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Texto e representação uma questão linguística

1997

Abstract

A multiplicidade de acepes em que se pode tomar texto e a diversidade de reas cientficas que por ele se interessam seriam razo bastante para comear por esclarecer o que convir entender por texto em lingustica. A pertinncia da questo no assegura porm uma resposta evidente. Ainda recentemente, num artigo publicado em 95, Franois Rastier fazia sentir a divergncia que subsiste nesta matria, ao afirmar: Le texte est attest: il n'est pas une crcation thorique comme 1'exemple de linguistique, mme considere comme texte. RASTIER 1995:195 No sendo pois consensual, esta posio, que aqui subscrevo, implica duas vertentes: assumir o texto como patamar de descrio lingustica e encarar os textos como sequncias lingusticas empricas, orais ou escritas, produzidas numa prtica social determinada1. Uma das dificuldades que decorre desta noo de texto tem a ver com o facto de nos reencontrarmos face a um objecto multifacetadoe de nos redescobrirmos, ns, linguistas, e mesmo linguistas do texto, razoavelmente desmunidos. Como comentava Jean-Michel Adam, na introduo aos seus Elementos de Lingustica Textual: