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1997
A multiplicidade de acepes em que se pode tomar texto e a diversidade de reas cientficas que por ele se interessam seriam razo bastante para comear por esclarecer o que convir entender por texto em lingustica. A pertinncia da questo no assegura porm uma resposta evidente. Ainda recentemente, num artigo publicado em 95, Franois Rastier fazia sentir a divergncia que subsiste nesta matria, ao afirmar: Le texte est attest: il n'est pas une crcation thorique comme 1'exemple de linguistique, mme considere comme texte. RASTIER 1995:195 No sendo pois consensual, esta posio, que aqui subscrevo, implica duas vertentes: assumir o texto como patamar de descrio lingustica e encarar os textos como sequncias lingusticas empricas, orais ou escritas, produzidas numa prtica social determinada1. Uma das dificuldades que decorre desta noo de texto tem a ver com o facto de nos reencontrarmos face a um objecto multifacetadoe de nos redescobrirmos, ns, linguistas, e mesmo linguistas do texto, razoavelmente desmunidos. Como comentava Jean-Michel Adam, na introduo aos seus Elementos de Lingustica Textual:
1997
Podia fazer hoje os mesmos comentrios que fiz num artigo publicado no n.3 da Revista da Faculdade, em 1989, em que comecei citando um ttulo de Jackendoff (1988)-"Why are they saying these things about us?". Ento como agora a incompreenso manifestada por muitos sobre o trabalho desenvolvido em gramtica generativa resulta, creio eu, da impossibilidade de acompanhar os avanos teri cos que se tm vindo a processar a um ritmo acelerado. Os sucessivos modelos introduziram uma linguagem sofisticada s compreensvel para os que com ela trabalham. Nos ltimos anos, poucos meses de afastamento podem ser suficientes para que surjam srias dificuldades no entendimento de hipteses tericas novas. E ns, os que aqui esta mos interessados na teoria lingustica, com esforo que seguimos o que vai acontecendo l fora, dadas as muitas dificuldades que ainda temos nesta extremidade da Europa. Por curiosidade, recordo que, enquanto no incio do sculo XIII, em Inglaterra, Roger Bacon (Somerset, 1214?-Oxford, 1294) reflectia sobre gramtica considerando que "Grammar is substantially the same in ali languages, even though it may vary accidentally", aqui, pela mesma altura (1214?), algum escrevia o que se julga ser o mais anti go texto em portugusa Notcia de Torto-, um relato terrvel de acontecimentos violentos: "E ora in ista trgua furua Veraciama-zaru~li os omeess ermaru~li X casaes seu torto ai rec." Afinal, s decorridos seis sculos (no sculo XIX) surge em Por tugal, com Soares Barbosa, a primeira reflexo gramatical terica.
2016
Este título partiu de algumas discussões teóricas desencadeadas pela Ana Afonso sobre o conceito de representação. As dúvidas levantadas ajudaram-nos (e motivaram-nos) a propor uma apresentação ao WGT sobre este tema. O texto que agora se apresenta, sendo um trabalho em curso, obrigou-nos a pensar, a partir de vários ângulos, sobre o conceito de 'representação'. Este texto a quatro mãos foi, só por si, uma aprendizagem.
Letras Representações, Construções e Textualidades, 2021
Em LETRAS: REPRESENTAÇÕES, CONSTRUÇÕES E TEXTUALIDADES, coletânea de vinte capítulos que une pesquisadores de diversas instituições, congregamos discussões e temáticas que circundam a grande área da Linguística, Letras e Artes e dos diálogos possíveis de serem realizados com as demais áreas do saber. Temos, nesse volume, três grandes grupos de reflexões que explicitam essas interações. Neles estão debates que circundam estudos literários; estudos em adaptação e tradução; e outras temáticas. Estudos literários traz análises sobre identidade cultural, memória, resistência, feminino, ecocrítica, cultura, regionalismo, história, poesia, prosa, turismo e literatura. Em estudos em adaptação e tradução são verificadas contribuições que versam sobre literatura e teatro, além de mitologia andina. Outras temáticas congrega estudos sobre arquitetura do espaço escolar e sociologia das ausências. Assim sendo, convidamos todos os leitores para exercitar diálogos com os estudos aqui contemplados. Tenham proveitosas leituras!
Textura Ulbra, 2013
Linguagem e representação da realidade Cristiane Fuzer RESUMO Este trabalho tem por propósito mostrar como a linguagem pode ser usada para representar experiências do/no mundo real. Para isso, são utilizados pressupostos teóricos da Gramática Sistêmico-Funcional, em Halliday e Matthiessen (2004) referentes à função experiencial da linguagem. A análise, do tipo qualitativa, consiste na descrição dos componentes da transitividade (processos, participantes e circunstâncias) que constituem as orações do texto, e na verificação do modo como a linguagem é usada para representar lugares, coisas, pessoas ou fenômenos. Para ilustrar a análise, selecionou-se um texto que circula em correntes na Internet e que tem o status de mensagens de aconselhamento. A sistemática proposta possibilita uma leitura criteriosa dos textos, cuja interpretação é autorizada pelos elementos lingüísticos escolhidos pelo usuário do sistema da língua.
Letras: Representações, construções e textualidades 2, 2021
Em LETRAS: REPRESENTAÇÕES, CONSTRUÇÕES E TEXTUALIDADES 2, coletânea de vinte capítulos que une pesquisadores de diversas instituições, congregamos discussões e temáticas que circundam a grande área da Linguística, Letras e Artes e dos diálogos possíveis de serem realizados com as demais áreas do saber. Temos, nesse volume, dois grandes grupos de reflexões que explicitam essas interações. Neles estão debates que circundam estudos linguísticos; e estudos em ensino e leitura. Estudos linguísticos traz análises sobre léxico, semântica, linguagem, gênero discursivo, análise do discurso, livro didático. Em estudos em ensino e leitura são verificadas contribuições que versam sobre língua, cultura, português como língua estrangeira, ensino, escrita, estágio supervisionado, tradução intermodal, tecnologias, contexto e compreensão, leitura e prática. Assim sendo, convidamos todos os leitores para exercitar diálogos com os estudos aqui contemplados. Tenham proveitosas leituras!
Almanaque Rapsódia n. 12, 2018
Da representação à expressão 1 J R A, R F S 2 Apresentação Escrito por Jacques Rancière e publicado em 1998, La parole muette: Essai sur les contradictions de la littérature é, juntamente com o Mestre Ignorante e o Desentendimento, uma de suas obras mais importantes, a qual integra o corpus de sua primeira fase teórica. Pode-se dizer que ela constitui a pedra angular do pensamento de Rancière: suas investigações no campo da estética e as relações que mantêm com a esfera da política. A título de exemplo, antes mesmo da publicação de sua obra mais popular, o livro entrevista A partilha do sensível, La parole muette já antecipava algumas de suas famosas teses, como a conceitualização dos "regimes de identicação das artes" -o que Rancière denomina, em um primeiro momento, de "sistemas de representação" e de "sistemas poéticos" -os modos especícos segundo os quais cada momento histórico compreende a natureza da 3 RANCIÈRE, Jacques. La parole muette. Essais sur les contradictions de la littérature. Paris: Librairie Arthème Fayard/Pluriel, 2010
Scripta, 2000
C om base em textos produz idos em si tuação escolar, o presente tra- balho re flete sobre a concepção de texto que circula na escola e por ela é difundida, o que resulta, certame nte, das condições de produção vivenciadas na sala de aula. Propõe-se, a inda, que essa concepção seja compreend ida tanto através da relação que estabelece com abordagens d esse objeto em estudos da ling uage m como no que se refere à prática de produção de textos que se efetiva fo ra da sala de aula. as duas últimas décadas, inumeráveis foram as transform ações pelas quais
Rdbci, 2013
Resumo: Apresenta discussão teórica sobre a linguagem, a metalinguagem e a metarrepresentação, bem como as palavras-chave e a sua função no campo da Ciência da Informação, pois, elas têm sido importantes aliadas para a representação de textos como os artigos de periódicos. O texto aborda conceitos de vários autores, buscando ratificar a importância de se debater esses conteúdos, em virtude de sua necessidade junto ao processo de representação e recuperação da informação. Vislumbrando o crescimento informacional e as novas formas de representar e recuperar conteúdos, os processos e instrumentos de representação e recuperação precisam se adequar conforme as necessidades de se obter informação.
2020
É com enorme prazer que ofertamos ao público o v. 4, n. 1 da revista caleidoscópio: literatura e tradução, número especial por diversas razões. Nesse ano de 2020, marcado por uma pandemia mundial, muitos dos nossos rituais acabaram por sofrer (algumas) drásticas alterações, o que nos permite trazer à luz
A Cor das Letras
Revista da ABRALIN, 2011
Até hoje, muitos analisadores gramaticais constroem apenas uma análise sintática. Na tentativa de reverter esta situação, revisaremos algumas implementações que também incluem alguma representação semântica; e, depois da identifi cação de algumas inadequações destas implementações, proporemos uma alternativa que se pretende mais consistente com as teorias semânticas modernas, baseada no cálculo de predicados e na redução-β.
[EN] Text Linguistics originates in Brazil in the 80s of the twentieth century. The first work that we know of is from 1981, authored by Prof. Ignacio Antonio Neiss, entitled Por uma gramática textua, which was followed by two other in 1983: Linguística textual: o que é e como se faz, by Prof. Luiz Antônio Marcuschi and Linguística textual: introdução by Leonor Lopes Favero and Ingedore Villaça Koch. Professor Neiss shows how initial attempts to textual linguistics, were generally related to structural and generative grammars. The work of Prof. Marcuschi focuses on the analysis of some text definitions and on the study of theoretical aspects in relation to their applicability. Leonor Lopes Favero and Ingedore V. Koch aim to provide the Brazilian reader with an overview of text linguistics in Europe, a recent branch of language science then. This work is part of the History of Linguistic Ideas, part of the Cultural History, which seeks to identify how at different times , a social reality is constructed, designed, and enlightened (Chartier, 1990). [PT] A Linguística Textual inicia-se no Brasil na década de 80 do século XX. O primeiro trabalho de que se tem notícia é de 1981 , de autoria do Prof. Ignácio Antônio Neiss, intitulado Por uma gramática textual, ao qual se seguiram dois outros, em 1983: Linguística textual: o que é e como se faz, do Prof. Luiz Antônio Marcuschi e Linguística textual: introdução de Leonor Lopes Fávero e Ingedore Villaça Koch. O prof. Neiss mostra como as tentativas iniciais da linguística textual estavam, de modo geral, ligadas às gramáticas estruturais e gerativas. A obra do Prof. Marcuschi concentra-se na análise de algumas definições de texto e no estudo de aspectos teóricos em função de sua aplicabilidade. Já Leonor Lopes Fávero e Ingedore V. Koch têm como objetivo apresentar ao leitor brasileiro uma visão da linguística textual na Europa, então um recente ramo da ciência da linguagem. O trabalho insere-se na História das Idéias Linguísticas, parte da História Cultural, que procura identificar o modo como em diferentes momentos, uma realidade social é construída, pensada, dada a luz (Chartier, 1990).
Eu não tinha este rosto de hoje, Assim calmo, assim triste, assim magro, Nem estes olhos tão vazios, Nem o lábio amargo.
Letras & Letras, 2015
Considerando os conceitos de alfabetização e letramento propostos nos PCNs (2000) e Soares (2004 e 2008), que são os correntes na academia ao tratar desses processos, nosso objetivo nessa apresentação não é falar de mais um letramento como os muitos que têm sido explicitados nos últimos tempos, tais como os letramentos digital, matemático, literário e em outras linguagens como as das artes. O foco dessa apresentação se volta para a possível relação entre conhecimento linguístico e alfabetização e letramento (enquanto processos de aquisição e domínio da língua escrita e seu uso), sobretudo com o letramento. Ou seja, o objetivo é mostrar como o ensino de gramática como parte do ensino de Língua Portuguesa pode contribuir para que o processo de alfabetização, mas principalmente o de letramento, sejam processos com maior qualidade, levando a um domínio da modalidade escrita da língua que tenha melhor qualidade e efetividade em função do domínio maior dos processos funcionais e de significação dos diferentes recursos, regras e princípios da língua.
2019
O texto, que aqui se apresenta, enquadra-se na evocação do 90º aniversário do nascimento de Henriqueta Costa Campos. Diversas formas são possíveis na descoberta e no conhecimento de uma pessoa: direta e pessoalmente, pelo que se conta dessa pessoa e/ou pelo que deixou. No meu caso, conheço a Henriqueta Costa Campos pelo que as colegas partilham e pelos seus textos. É sobretudo a partir desta última forma de descobrir e conhecer alguém que vou evocar o 90º aniversário, tecendo alguns comentários entre os escritos de Henriqueta Costa Campos que permanecem e o meu trabalho realizado no âmbito da tese de doutoramento (Gonçalves, 2010). Assim, realizarei uma breve reflexão sobre os cruzamentos prováveis ou improváveis entre a linguística e a literatura. Para tal, partir-se-á das diversas conceções sobre a língua/linguagem desenvolvida por Platão no Crátilo e suas consequências na apreensão da língua no seio da ciência que a estudaa linguísticae continuar-se-á a discussão com os contributos de Bronckart (1997), Campos (1994), Coseriu (2001) e Saussure (2002). Na parte final do trabalho, ilustrar-se-ão algumas potencialidades de língua com exemplos do corpus da tese de doutoramento.
2016
Este artigo procura construir e realocar um quadro teorico estabelecido a partir do Curso de Linguistica Geral (CLG). Para isso, discorremos sobre os conceitos de lingua, sistema e valor presentes no CLG, procurando compreender como tais conceitos se relacionam e como o processo tradutorio poderia se configurar a partir de uma visao saussuriana da lingua. Nesse sentido, o valor linguistico torna-se um elemento imprescindivel para entender tanto a lingua-sistema como as linguas-idiomas, de modo que, em nossa perspectiva, a articulacao entre linguas e a passagem de uma lingua a outra seria possivel nao pela correspondencia entre o signo tomado como uma composicao de significante e significado, mas pela reconstrucao das redes associativas que configuram os valores linguisticos na/da lingua posta em discurso. A lingua-idioma configura-se justamente por ser um sistema distinto das outras linguas-idiomas: a particularidade de cada lingua inviabiliza uma conversao completa duma lingua nout...
Unidade de Ensino: 04 • Competência da Unidade: Conhecer os principais aspectos que envolvem o ensino da leitura e da escrita, bem como o ensino dos gêneros textuais/discursivos.
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