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Mário Pedrosa e a arte moderna italiana

Abstract

Ainda que seja já de praxe começar os agradecimentos pelo orientador, aqui eu o faço de modo extremamente sincero: agradeço imensamente à professora Ana Gonçalves Magalhães que, em 2016, a partir de uma disciplina optativa sua que eu cursava no MAC-USP (quase como forasteiro que observava tudo aquilo como algo distante e de difícil acesso), viu em mim alguma coisa que lhe despertou confiança para me convidar a adentrar o mundo tão rico da arte que, como disse Pedrosa, é "necessidade vital". Além disso, não é necessário salientar o seu trabalho como pesquisadora: o currículo fala por si, e reflete uma pessoa muito rara dentro do meio acadêmico, de erudição ímpar. Agradeço aos professores da minha banca de qualificação: a professoressa Maria Cecilia Casini e o prof. Ricardo Fabbrini, de presteza e interesse enormes em relação à pesquisa que lhes foi apresentada e, agora, também à prof.ª Ana Candida de Avelar. Reitero o agradecimento a Cynthia, Carlos e Francisco, fundamentais neste período da minha vida; agradeço ao Raphael Fernandes Lopes Farias que me ajudou muito a entender o mundo da academia e a conseguir minha primeira publicação, além de sermos afinados no mesmo diapasão em muitos aspectos da vida; agradeço sobremaneira à minha irmã, Virgínia Rodrigues, que me fez dar o primeiro em relação ao ensino superior, ainda imberbe; destaco também o papel importantíssmo de Willyam Yatsu Horcel, que me deu força e estímulo para que eu conseguisse ingressar na graduação na USP, porta de entrada para todas as minhas ações no mundo acadêmico; por fim, agradeço aos amigos próximos que, apesar de este mundo caduco estar cada vez mais difícil, mantiveram a lucidez e um modo de enxergá-lo mais autenticamentenesse sentido, destaco Danielle Hernandes, "Danizita"e Marco Antônio Teixeira Júnior, que realmente se mostra um "intelectual", apesar de eu ter certeza de que sua discrição não vai gostar de eu ter dito isso. De qualquer forma, é pessoa rara, com repertório amplo, sensibilidade e inteligência, e mesmo discordando sempre de mim, nossas conversas (que quase viram discussão) são muito frutíferas. Contemporanea, de Roma, ao MASP, à instituição Estorick Collection, de Londres, ao setor de documentação do MAC-USP, à Galleria Laocoonte (Roma/Londres), ao Marco Guardo, diretor da Biblioteca dell'Accademia Nazionale dei Lincei (Roma) e caro amigo, companheiro na apreciação da ópera, minha maior paixão; agradeço também aos fotógrafos Romulo Fialdini, Nelson Kon, Flavio Demarchi e Vittorio Pavan pela presteza em relação aos meus pedidos de publicação de suas obras. Agradeço à secretaria do PGEHA, especialmente ao Paulo Marquezini, à Sara V. Valbon e também à CAPES. Agradeço também à Renata Rocco, grande pesquisadora da arte italiana e uma pessoa extremamente "solar". Por fim, agradeço à minha mãe, Rosa, que pode não adentrar o meu mundo, mas nunca me impediu de viver nele, apoiando-me em vários sentidos. Te amo. O clássico na Itália não é uma escola, é uma permanência espiritual, um rio profundo que vem do fundo do tempo, e não cessa de passar. Está por isso mesmo acima do tempo. Os revolucionários são apenas afluentes que acabam absorvidos na grande corrente. (PEDROSA, 1947) A presente pesquisa tem por objetivo verificar, sistematicamente, como Mário Pedrosa, durante toda a sua trajetória crítica, observou, interpretou e valorou a arte moderna italiana. Isto se mostra particularmente importante justamente pelo fato de a arte italianatanto a antiga como a modernater se mostrado algo perene no sistema das artes brasileiro. Para tanto, foi lida a obra crítica completa do pensador, coletando-se um corpus em que figuram artistas e pensadores da arte italianos tratados por ele. A partir disso, foi interpretado o modo como via a arte moderna da Península (ainda que com muitas referências àquela da tradição).