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2018
No limiar entre ciência e arte, os embalsamamentos durante o século XIX, antes da utilização do formol, envolveram médicos do Brasil e da França em uma série de controvérsias que revelam muito sobre a cultura fúnebre do Oitocentos. Neste estudo de caso, acompanhamos a trajetória de José Tavano, português que chegou ao Brasil em meados de 1858 disposto a trabalhar como médico, cirurgião e, principalmente, embalsamador, utilizando o sistema desenvolvido por um conhecido químico francês do qual era cessionário. Suas prováveis relações com pessoas influentes no Império e a troca de artigos com um desafeto são elementos que ajudam a compor o cenário da chamada medicina científica da época.
História (São Paulo)
RESUMO O objetivo deste artigo é entender o tráfico de coolies, os movimentos emigratórios da Índia e da China e a questão da diversidade de formas de trabalho compulsório em diversos espaços da América no século XIX. Pretende-se, ainda, realizar uma apreciação dos números da emigração de chineses e indianos para a América e a inserção dos primeiros em diversos espaços do continente, especialmente a partir da década de 1840 até o final do século XIX. Para finalizar, o artigo procura relacionar a crise da escravidão no espaço Atlântico, a reorganização do mercado mundial de mão de obra e as políticas imperiais de Portugal e Grã-Bretanha.
Anais da 26 a Reunião Anual da ANPEd, 2003
Agência Financiadora: Não contou com financiamento No decorrer do século XIX algumas províncias brasileiras experimentaram a substituição de um modelo "artesanal" de formação de professores, baseado na tradição e imitação características da cultura pragmática, pelo modelo "profissional" que, segundo Nóvoa pressupõe alargamento de conteúdo acadêmico, domínio de métodos específicos e aquisição de um ethos condizente com a profissão. Essa pesquisa focalizou o processo de institucionalização da Escola Normal da Província do Rio de Janeiro na transição entre as décadas de 1860 e 1870 estabelecendo seus nexos com o movimento de transformação da cultura na sociedade ocidental e com as particularidades conjunturais do momento brasileiro. As leituras realizadas juntamente com a exploração das fontes selecionadas, (jornais, manuais, materiais didáticos, relatórios, programas,) apontaram o período da gestão de Alambary Luz como diretor daquele estabelecimento de ensino normal entre os anos 1868 e 1876, como um campo privilegiado para observar a mudança que ocorreu no modelo de formação de professoras e professores primários levando em conta as seguintes hipóteses: 1a. hipótese: Entre os anos 1860 e 1880, viveu-se na Província do Rio de Janeiro a experiência de substituição do modelo "artesanal" de formação de professores, baseado na tradição e imitação características da cultura pragmática, pelo modelo "profissional", baseado no critério da racionalidade em que conhecimentos teóricos e prática profissional acontecem em lugares distintos e pressupõem um alargamento do conteúdo acadêmico, domínio de métodos específicos e aquisição de um ethos condizente com a profissão.
Cadernos de Saúde Pública, 1991
A presente pesquisa objetivou resgatar as particularidades da constituição da Arte Obstétrica no Brasil do século XIX, quando, por edital de Dom João VI, é incluída nas disciplinas que inauguram as escolas de medicina e cirurgia, na Bahia e Rio de Janeiro, em 1808. Para realizar a pesquisa foram revistas 83 teses médicas obstétricas - produzidas tanto na Bahia quanto no Rio de Janeiro - no século XIX. Verificou-se que, tradicionalmente, esta Arte era realizada por mulheres denominadas "aparadeiras" ou "comadres", que assistiam as mulheres, seja no trabalho de parto e nos cuidados pré e pós-parto, quanto em outras circunstâncias, tais como doenças venéreas e abortos. A entrada dos médicos-parteiros nesta prática inaugurou, não só o esquadrinhamento do corpo feminino, como a produção de um saber anatômico e fisiológico da mulher, a partir do olhar masculino.
O legado deixado pelo século XIX à contemporaneidade pode ser resumido por três das mais bizarras criaturas que nasceram da literatura e tendo caído no gosto popular dos séculos seguintes, ganharam notoriedade através do cinema. A saber: o monstro do Doutor Frankenstein , Drácula e o Quasímodo
Caligrama: Revista de Estudos Românicos, 2011
Este artigo tem por objetivo o estudo filológico de dois manuscritos do século XIX, o primeiro (Ms1), escrito em Mariana-MG, em 8 de fevereiro de 1812, e o segundo (Ms2), sem indicação de data e local, pertencentes ao Arquivo Público do Estado de São Paulo, ambos cópias, sendo o Ms2 cópia do Ms1. Para tanto, foram feitas as edições fac-similar e semidiplomática, buscando-se, através do cotejo dos dois documentos, analisar as diferenças e semelhanças detectadas entre eles e efetuar os comentários paleográficos.
A recepção do Darwinismo no Brasil
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O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira, 2018
Textos Escolhidos de Cultura e Arte Populares, 2011
Este artigo procura problematizar os festejos de entrudo, buscando compreender a multiplicidade de sentidos das manifestações carnavalescas, a partir das narrativas de viagem produzidas sobre o Brasil, no século XIX, pelos viajantes estrangeiros. Festejo com costumes curiosos e brincadeiras consideradas pouco elegantes, o entrudo caracteriza-se por ser prática cultural multifacetada, em torno da qual se construíam significados do viver social e se projetavam simbolicamente as representações de mundo.
Análise Social, 1996
A intervenção política dos vinhateiros no século xix O sector vitivinícola foi, sem dúvida, um dos mais dinâmicos da economia portuguesa oitocentista. A cultura da vinha expandiu-se consideravelmente por todo o país e em finais do século ocuparia entre 10% e 15% da área cultivada e produziria um rendimento bruto superior a 36 000 contos. O vinho, por seu lado, representava cerca de 50% das receitas do comércio externo português e cobria à volta de 30% das importações. Uma região, o Douro, e um produto, o vinho do Porto, sobressaem inegavelmente no Portugal vinícola de Oitocentos. Em meados do século (1864), o «relatório» elaborado pela Comissão Encarregada de Estudar a Questão Vinhateira do Douro 1 dá-nos uma ideia da importância económica e social do sector do vinho do Porto. Na região demarcada viviam directamente da produção e do comércio do vinho do Porto 25 246 agregados familiares, e a este número haveria ainda que acrescentar os trabalhadores sazonais, os que viviam da navegação no Douro e os que se sustentavam deste comércio no Porto e em Gaia. Os capitais e os rendimentos provenientes da cultura, fabrico e comércio do vinho do Porto rondariam os 46 000 contos. Entre 1838 e 1862, o Estado cobrou anualmente, somente de direitos «excepcionais» pela sua exportação e consumo no Porto e em Gaia, fora os impostos comuns e os específicos, mais de 250 contos 2 , representando as receitas provenientes dos direitos de exportação do vinho do Porto entre 67% e 81% das restantes mercadorias exportadas 3 . Na balança comercial portuguesa o vinho do Porto representava um terço * Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Relatório da Commissão Especial Encarregada de Estudar a Questão Vinhateira do Douro, Lisboa, Imprensa Nacional, 1865. 2 Cerca de 190 contos de direitos de exportação e 63 contos de direitos de consumo (ibid.). 3 O valor mais alto corresponde ao período em que os direitos foram mais elevados (12$000 em pipa) e o mais baixo ao da sua diminuição (2$4000 em pipa mais os adicionais). 413
As várias formas de trabalho no Brasil Entre a coerção e a liberdade, 2023
O capítulo trata das várias formas de trabalho, e sobre as experiências de trabalhadoras e trabalhadoras na região amazônica no século XIX.
Agradeço ao CNPq pelo financiamento para o projeto integrado de pesquisa, da qual este trabalfi fiiito.
Anais do II Encontro de Musicologia Histórica. Juiz de Fora. 1996.
2015
O trabalho analisa quilombos na regiao de Macae, provincia do Rio de Janeiro,durante o seculo XIX. Alem de obras de referencia e de memorialistas, o artigo se baseia em fontes primarias produzidas por diferentes atores sociais de epoca, sobretudo registros policiais e autos de perguntas de processos-crime. Nota-se a existencia endemica e ameacadora de quilombos na area estudada, dentre os quais o liderado por Carucango, um dos mais expressivos. Por outro lado, constata-se a possibilidade de negociacao de quilombolas com a sociedade escravista e que, em termos materiais, nem sempre a vida em quilombos era mais satisfatoria que a de determinados cativeiros.
2007
Resumo — Esta em curso um projecto de colaboracao entre a Universidade do Minho, o Instituto Monsenhor Airosa (IMA), tendo o Museu da Industria Textil da Bacia do Ave como consultor, no sentido de avaliar, recuperar e valorizar o Artesanato do IMA (AMA). Neste trabalho, efectuou-se um levantamento e estudo dos produtos da tecelagem. Foram estudados os mais diversos pontos: materias-primas, metodos e equipamentos de producao, desenhos utilizados, produtos acabados e sua colocacao no mercado, bem como a envolvente historica do Instituto Monsenhor Airosa.
2020
The study is part of an effort by researchers in the history of professional education, who dedicate themselves to the study of a historical period marked by sporadic training actions for professional education in the context of the emerging urbanization, industrialization and liberalism in the 19th century. Text that contributes to the reflection on the existence of professional education through the organization of institutions for the protection and learning of trades, from the perspective of assistance and the re-education of minors. Based on specific bibliographic and documentary research, we observed that during nineteenth-century Brazil, educational legislation was established that referred to the shelter of orphans in conjunction with professional training for mechanical and manufacturing work, as an alternative for the survival of the poorest and most deprived.
Revista de História da Arte e da Cultura
Em 1927, Henri Focillon (1881-1943), historiador da arte francês, publica em Paris o livro La peinture au XIXe siècle: le retour à l’antique, le Romantisme, seguido, no ano seguinte, por La peinture au XIXe et XXe siècles: Du Reálisme à nos jours. Os volumes, editado por H. Laurens, integravam a série Manuels d’Histoire de l’Art, sob direção de Henry Marcel, antigo diretor dos Museus Nacionais de França. A coleção tinha por objetivo “retraçar, em uma série de obras distintas, a história e a evolução de cada forma de arte”, das “origens” ao século XX. A tradução em português a seguir apresenta ao leitor a introdução do primeiro volume de Focillon, em que ele define as chaves para a compreensão da arte do século XIX.
História da historiografia, 2014
Os estudos de história da historiografia têm recebido diferentes aportes e têm tido vários desdobramentos em anos recentes. Assim, foram criadas não apenas disciplinas específicas, mas igualmente se multiplicaram as linhas de pesquisa e os eventos relacionados à área. Uma variação desse mesmo impulso é a publicação de obras que procuram explicitar os caminhos percorridos pelo ofício histórico. Nessa perspectiva, um breve levantamento, a partir do ano de 2010, permite identificar as iniciativas de Estevão de Rezende Martins (2010), Jurandir Malerba (2010), bem como as de Fernando Novais e Rogério Forastieri (2011), cujos livros possibilitam ao leitor brasileiro um contato mais estreito com textos e intervenções relacionados à trajetória moderna do ofício histórico. As iniciativas amealharam boa repercussão, na medida em que tanto o projeto de Malerba (2013b) quanto o empreendimento de Novais e Forastieri (2013) ganharam um segundo e complementar volume. No primeiro momento do projeto de Malerba, objeto desta resenha resumo, o mote principal que serviu de critério para a reunião dos textos é, conforme sugere o subtítulo, “O caminho da ciência no longo século XIX”.
Topoi. Revista de História, 2002
O presente artigo discute dois diferentes projetos de constituição da escrita histórica no século XIX a partir especialmente da experiência francesa, importante modelo referencial para a constituição da disciplina no espaço acadêmico brasileiro. Ele apresenta resultados parciais de uma pesquisa realizada com acervos documentais franceses a partir da bolsa de pós-doutoramento concedida pela Capes no período 1999-2000.
Tendo como fio condutor o tema da "liberdade", analisaremos o debate estético desenvolvido em diversas publicações periódicas francesas do início do século XIX (1815-1830) e observaremos como ele se relaciona com as condições históricas da época. Num contexto onde a escrita de imprensa carregava diversas influências políticas, sociais e literárias, o diálogo crítico acalorado acerca do valor da nova escola romântica se revela interessante para a análise das interseções entre literatura, imprensa, política e sociedade. Nesse período de grandes transformações, publicações de diversas vertentes tomaram a discussão artística como pauta importante. Desde quotidianos como Le Constitutionnel, até publicações mais esporádicas como La Muse française, e posteriormente o Le Globe, podemos perceber que o debate literário na imprensa toma contornos diversos em função de como e quanto cada folha incorpora e difunde ideias atreladas a elementos extraliterários ao seu discurso. Duas tendências se delineiam mais claramente: o romantismo, por um lado, é “incorporado” pela imprensa como caminho para a exploração de questões de ordem política, mas, por outro, o próprio movimento busca se apropriar da escrita periódica como meio de se afirmar no cenário cultural do seu tempo. Observamos uma diferença fundamental entre os tipos de suporte periódico: jornais (mais politizados) ou revistas (mais literárias). Além disso, surge dessa observação a visão do lugar ambíguo da imprensa (entre agente e testemunho) em meio às transformações literárias e culturais de uma época.
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