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2012, Revista Eletrônica da ANPHLAC
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Analisando a história do pensamento latino-americano é possível reconhecer a existência de uma linhagem de atores políticos que, ao longo de suas trajetórias, defenderam a existência de um sentido nacional para a América Latina. Tal trajetória pode ser entendida como uma espécie de tradição e será por nós chamada de latino-americanismo. Dentre os vários nomes que se apresentam como representantes desta tradição latino-americanista destacamos a figura do importante intelectual peruano Luis Alberto Sánchez (1900-1994). Sánchez fez parte de uma geração que lutou por ideais latino-americanistas e formulou uma linha de atuação política norteada pela mesma. Ao analisarmos o pensamento de Luis Alberto Sánchez pretendemos aprofundar nossa compreensão a respeito do latino-americanismo e estudar algumas características fundamentais desta tradição, ao mesmo tempo em que poderemos delimitar como Sánchez se encaixa na mesma.
Revista América, nº1, 2018
RESUMO: Este ensaio foi escrito a partir da experiência como docente na Pós-Graduação lato Sensu Civilização América - Geografia, cidade e arquitetura, da Escola da Cidade. O artigo parte da pergunta sobre as imagens da América Latina e sobre as distintas configurações do latino-americanismo colocadas em circulação na história recente do continente. Proponho desenvolver esta reflexão por dois caminhos: buscando mapear, ainda que não exaustivamente, algumas das formas vigorosas que acabaram por se impor a partir do campo literário como paradigma identitário latino-americano entre os anos 60 e 70, e dos quais encontramos ecos ainda hoje; por outro lado, procurando problematizar certo padrão hegemônico que se cristalizou em torno de tais buscas identitárias que talvez precisem ser revistas em seus pressupostos (o que de fato vem acontecendo no campo da produção e da crítica cultural latino-americana contemporânea).
Editora Matrioska, 2023
A colonialidade estabeleceu a reiteração, ajustada ao capitalismo, das demais maneiras de abuso da mão de obra e assim se desenvolveu um percurso de segmentação coletiva/étnica entre o indivíduo caucasiano e os outros tipos raciais encarados como insignificantes. Embora em cada um dos corpos sociais as composições de indivíduos brancos fossem uma estreita minoria de todo o contingente regional latino-americano, elas praticaram a dominação e a submissão dos coletivos de indígenas, afrodescendentes e mestiços que habitavam nas repúblicas recém-instituídas. Tais grupos não tiveram obtenção do comando dos modos e recursos produtivos e foram compulsoriamente submetidos à composição de suas abstrações em equivalência aos modelos culturais oriundos da Europa. Dessa forma, o colonialismo da autoridade vigeu de tal maneira que foi factualmente impraticável a instauração de uma verdadeira democracia nessas sociedades. Por consequência, a historicidade da América Latina se caracteriza pela debilidade e opacidade dos Estados nacionais, bem como pela agitação típica de seus corpos sociais. Não pode haver Norte, para nós da América do Sul, senão por contraposição ao nosso Sul. É por esse motivo que foi posicionado o mapa de cabeça para baixo, possuindo uma adequada noção de nossa posição, em oposição ao que interessa ao restante do globo. A “América Invertida” exibe a extremidade da América expandindo-se e direcionando-se exaltadamente para o Sul, o nosso norte. Não cremos que o Norte deva subsistir apenas em contraposição ao Sul, assim como não acreditamos que o Sul só deve perdurar como antagonismo do Norte, tendo em vista, afinal, que cada integralidade é composta de pedaços e que cada fragmento pode vir a se transformar em sua própria completude. Não consideramos que deve haver opostos binários como maneira de enxergar o mundo.
Miguilim - Revista Eletrônica do Netlli, 2019
Neste trabalho, tratamos de Sobre Sánchez, obra que é ao mesmo tempo a biografia do escritor argentino Néstor Sánchez e a autobiografia de seu biógrafo, Osvaldo Baigorria. Analisamos de que maneira o livro desarticula algumas das características mais consagradas da biografia literária, se estabelecendo como um texto em processo, no qual o biógrafo, longe de configurar-se como uma figura invisibilizada no corpo da biografia, dramatiza o seu papel e os caminhos que o levaram à investigação e escrita da vida de Sánchez na materialidade da própria biografia.
Estudos Ibero-Americanos, 2020
Artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
2021
Com esta reflexão que se erige como balbucio teórico (ACHUGAR, 2006), objetiva-se evidenciar uma leitura crítico-biográfica fronteiriça, a partir do discurso transgressor que é evocado pelo escritor mineiro, Silviano Santiago, sobretudo em sua conceituação do entre-lugar do discurso latino-americano, que aponta para uma abertura ao debate pós-colonial podendo se relacionar com a desobediência epistêmica de Walter Mignolo, esse discurso se erige a partir da cultura marginal e dos corpos que acabam por se tornarem inconvenientes (SANTIAGO, 2019) frente às normas instituídas socialmente. A partir de tais indícios é possível vislumbrar toda relevância de se erigir tal reflexão, engendrando nesse debate conceitual um pensamento outro, numa abordagem que se pauta a partir de estudos descoloniais, que leve em conta o bios e o lócus de onde se emerge esses discursos, incorporando assim o pensamento que emerge na e a partir da fronteira e meu próprio bios, minha condição de pesquisador e hom...
Ao longo dos dois últimos séculos a questão da identidade latino-americana resultou na elaboração de uma variedade de interpretações sobre a origem, a realidade e o futuro do continente. Neste quadro de múltiplas elaborações, os intelectuais desempenharam papel central na mobilização de referenciais histórico-culturais. Concebidos como consciência crítica das sociedades e responsáveis por apontar os caminhos da comunidade política em que se inserem, coube aos intelectuais o papel de articular e difundir uma imagem capaz de traduzir as contradições e tensões da sociedade latino-americana. Por conta desse protagonismo, as diversas representações identitárias acabaram por se confundir com as próprias transformações ocorridas no campo intelectual, como: a formação de novos ambientes de sociabilidades intelectuais e a expansão do mundo letrado para setores sociais mais amplos da América Latina. Seguindo tal entendimento, o presente artigo se preocupa em apresentar uma trajetória sobre a produção/atuação dos intelectuais a partir da questão das identidades político-culturais latino-americanas. Interessa-nos averiguar como o próprio papel do intelectual na América Latina sofreu alterações ao longo dos dois últimos séculos e, ao mesmo tempo, como tais mudanças exigiram dos mesmos novas interpretações sobre a sua realidade e, mais especificamente, sobre a identidade latino-americana. Neste exercício, destaca-se o envolvimento dos atores sociais com o poder e a ambígua relação com o Estado. Diante desta problemática, é preciso destacar que Revolução e Democracia também interferem nesta complexa equação por meio da qual os intelectuais formulam interpretações sobre o continente.
RESUMO: O livro que se faz urgente a sua leitura é O Estado Militar na América Latina. Neste livro, seu autor, Alain Rouquié (1984), afirma que a busca dos grupos civis por alianças com os militares, demonstra uma fraca coesão do grupo dirigente, chamada de crise de hegemonia. Entre março e abril de 2014 estávamos relembrando os 50 anos do golpe civil-militar de 1964 e pequenos grupos, mas em várias cidades do Brasil foram às ruas pedindo uma nova intervenção militar. Neste artigo procuramos analisar as oposições militarescas ao governo Dilma estabelecendo um paralelo ao caso Allende no Chile em 1973.
Revista História & Perspectiva, 2018
O artigo analisa a circulação de projetos políticos entre autores espanhóis e portugueses situados entre os finais do século XIX e início do XX, período de maior percepção da decadência de seus países no cenário internacional entre os intelectuais ibéricos. Assim, serão utilizados obras e periódicos que contenham os projetos políticos defendidos por Ganivet, Unamuno e António Sardinha. Tais fontes serão analisadas a partir da história transnacional e da história do pensamento político. Tem-se como resultado a evidência da heterogeneidade e da complexidade no diálogo entre intelectuais acerca de projetos políticos.
2010
O objetivo deste artigo é analisar resumidamente a atuação política de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, desde a escravidão até o americanismo, na busca de seu entendimento da sociedade democrática. Na medida em que fui me introduzindo em sua obra, tarefa a que me propus no mestrado em direito pela UFSC (2), fui paulatinamente deparando-me com a atualidade de suas palavras, dirigidas, por incrível que pareça, ao Brasil de cem anos atrás. Épocas diferentes mas situações muito parecidas; as preocupações, os desejos, o ideal de um país desenvolvido e rico, os problemas.
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Cadernos do CHDD, 2022
Cadernos PROLAM/USP, 2012
Cadernos PROLAM/USP, 2015
XXIV Encontro da …
Psicologia para América Latina, 2020
Lenin: teoria e prática revolucionária, 2015
Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, 2014
Dialogos Latinoamericanos, 2006
Fronteiras: Revista Catarinense de História, 2013
Colóquio Marx e Engels , 2018
Travessia, 1993
Revista de Sociologia e Política / Universidade Federal do Paraná