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2014
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Este trabalho tem como objeto a concepcao que Paulo Freire desenvolveu sobre a alfabetizacao e a pos-alfabetizacao, configurando a Educacao de Adultos (EDA) que, no Brasil, e impropriamente denominada Educacao de Jovens e Adultos (EJA). Essa concepcao insere-se no universo da educacao Popular que e, certamente, a maior contribuicao da America Latina ao pensamento pedagogico mundial. Freire propoe a substituicao da aula pelo que denominou “circulo de cultura” no qual, por meio de relacoes horizontalizadas, educadores e educandos aprendem mutuamente, discutindo palavras, temas ou contextos geradores de suas proprias culturas. Ressalte-se que, para Freire, toda relacao humana desenvolve-se sobre uma dimensao politica, apreendida pela leitura de mundo que, por sua vez, e a base da leitura da palavra. O autor do texto demonstra, por meio de exemplos de sua propria experiencia, como duvidou e, depois, ratificou essa importante licao de Freire.
Educação Online, 2013
Neste artigo, analisa-se a influência da pedagogia de Paulo Freire na Escola Cabana, com ênfase na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Tem por base uma dissertação de mestrado concluída em 2012, no Programa de Pós-Graduação em Educação da UEPA, vinculada a um projeto interinstitucional da Cátedra Paulo Freire da PUC/SP. A pesquisa consiste em uma investigação qualitativa. Os sujeitos são quatro profissionais da educação, que, no período da Escola Cabana, atuaram na EJA. Entre as estratégias metodológicas, estão o levantamento bibliográfico e documental e a aplicação de entrevistas narrativas com os sujeitos da pesquisa. A sistematização e análise dos dados foram construídas com base na Análise de Conteúdo. Palavras-chave: Paulo Freire. Escola Cabana. Educação de Jovens e Adultos. Entrevistas narrativas. Análise de Conteúdo.
Quando muita gente faz discursos pragmáticos e defende nossa adaptação aos fatos, acusando sonho e utopia não apenas de inúteis, mas também de inoportunos enquanto elementos que fazem necessariamente parte de toda prática educativa desocultadora das mentiras dominantes, pode parecer estranho que eu escreva um livro chamado Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Para mim, pelo contrário, a prática educativa de opção progressista jamais deixará de ser uma aventura desveladora, uma experiência de desocultação da verdade. É porque sempre pensei assim que, às vezes, se discute se sou ou não um educador. Foi isto que, recentemente, ocorreu em um encontro realizado na UNESCO, em Paris, me disse um dos que dele participaram, em que representantes latino-americanos negavam a mim a condição de educador. Não a eles, é óbvio. Criticavam em mim o que lhes parecia minha politização exagerada. Não percebiam, porém, que, ao negarem a mim a condição de educador, por ser demasiado político, eram tão políticos quanto eu. Certamente, contudo, numa posição contrária à minha. Neutros é que nem eram nem poderiam ser. Por outro lado, deve haver um sem-número de pessoas pensando como um professor universitário antigo meu que me indagou, espantado: "Mas como, Paulo, uma Pedagogia da esperança no bojo de uma tal sem-vergonhice como a que nos asfixia hoje, no Brasil?" É que a "democratização" da sem vergonhice que vem tomando conta do país, o desrespeito à coisa pública, a impunidade se aprofundaram e se generalizaram tanto que a nação começou a se pôr de pé, a protestar. Os jovens e os adolescentes também, vêm às ruas, criticam, exigem seriedade e transparência. O povo grita contra os testemunhos de desfaçatez, As praças públicas de novo se enchem. Há uma esperança, não importa que nem sempre audaz, nas esquinas das ruas, no corpo de cada uma e de cada um de nós. E como se a maioria da nação fosse tomada por incontida necessidade de vomitar em face de tamanha desvergonha. Por outro lado, sem sequer poder negar a desesperança como algo concreto e sem desconhecer as razões históricas, econômicas e sociais que a explicam, não entendo a existência humana e a necessária luta para fazê-la melhor, sem esperança e sem sonho. A esperança é necessidade ontológica; a desesperança, esperança que, perdendo o endereço, se torna distorção da necessidade ontológica. Como programa, a desesperança nos imobiliza e nos faz sucumbir no fatalismo onde não é possível juntar as forças indispensáveis ao embate recriador do mundo. Não sou esperançoso por pura teimosia mas por imperativo existencial e histórico. Não quero dizer, porém, que, porque esperançoso, atribuo à minha esperança o poder de transformar a realidade e, assim convencido, parto para o embate sem levar em consideração os dados concretos, materiais, afirmando que minha esperança basta. Minha esperança é necessária mas não é suficiente. Ela, só, não ganha a luta, mas sem ela a luta fraqueja e titubeia. Precisamos da herança crítica, como o peixe necessita da água despoluída. Pensar que a esperança sozinha transforma o mundo e atuar movido por tal ingenuidade é um modo excelente de tombar na desesperança, no pessimismo, no fatalismo. Mas, prescindir da esperança na luta para melhorar o mundo, como se a luta se pudesse reduzir a atos calculados apenas, à pura cientificidade, é frívola ilusão. Prescindir da esperança que se funda também na verdade como na qualidade ética da luta é negar a ela um dos seus suportes fundamentais. O essencial como digo mais adiante no corpo desta Pedagogia da esperança, é que ela, enquanto necessidade ontológica, precisa de ancorar-se na prática. Enquanto necessidade ontológica a esperança precisa da prática para tornar-se concretude histórica, É por isso que não há esperança na pura espera, nem tampouco se alcança o que se espera na espera pura, que vira, assim, espera vã. Sem um mínimo de esperança não podemos sequer começar o embate mas, sem o em ate, a esperança, como necessidade ontológica, se desarvora, se desenderereça e se torna desesperança que, as vezes, se alonga em trágico desespero.Daí a precisão de uma certa importância em nossa existência, individual e social, que não devemos experimentá-la de forma errada, deixando que ela resvale para a desesperança e o desespero. Desesperança e desespero, conseqüência e razão de ser da inação ou do imobilismo. Nas situações-limites, mais além das quais se acha o "inédito viável"¹, às vezes perceptível, às vezes, não, se encontram razões de ser para ambas as posições: a esperançosa e a desesperançosa. Uma das tarefas do educador ou educadora progressista, através da análise política, séria e correta, é desvelar as possibilidades, não importam os obstáculos, para a esperança, sem a qual pouco podemos fazer porque dificilmente lutamos e quando lutamos, enquanto desesperançados ou desesperados, a nossa é uma luta suicida, é um corpo-a-corpo puramente vingativo. O que há, porém, de castigo, de pena, de correção, de punição na luta que fazemos movidos pela esperança, pelo fundamento ético-histórico de seu acerto, faz parte da natureza pedagógica do processo político de que a luta é expressão. Não será equitativo que as injustiças, os abusos, as extorsões, os ganhos ilícitos, os tráficos de influência, o uso do cargo para a satisfação de interesses pessoais, que nada disso, por causa de que, com justa ira, lutamos agora no Brasil, não seja corrigido, como não será carreto que todas e todos os que forem julgados culpados não sejam severamente, mas dentro da lei, punidos. Não basta para nós, nem é argumento válido, reconhecer que nada disso é "privilégio" do Terceiro Mundo, como às vezes se insinua. O Primeiro Mundo foi sempre exemplar em escândalos de toda espécie, sempre foi modelo de malvadez, de exploração, Pense-se apenas no colonialismo, nos massacres dos povos invadidos, subjugados, colonizados; nas guerras deste século, na discriminação racial, vergonhosa e aviltante, na rapinagem por ele perpetrada. Não, não temos o privilégio da desonestidade, mas já não podemos compactuar com os escândalos que nos ferem no mais profundo de nós. Que cinismo-entre dezenas de outros-o de certos políticos que, pretendendo esconder a seus eleitores-que têm absoluto direito de saber o que fazem no Congresso e por que fazem-, defendem, com ares puritanos, em nome da democracia, o direito de esconder-se no "voto secreto" durante a votação do impedimento do presidente da República. Por que se esconder, se não há risco, o mais mínimo, de terem sua integridade física ofendida? Por que se esconder se proclamam a "pureza", a "honradez", a "inatacabilidade" de seu presidente? Pois que assumam, com dignidade, a sua opção. Que explicitem sua defesa do indefensável. A Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido é um livro assim, escrito com raiva, com amor, sem o que não há esperança. Uma defesa da tolerância, que não se confunde com a conivência, da radicalidade; uma crítica ao sectarismo, una compreensão da pós-modernidade progressista e uma recusa à conservadora, neoliberal. Num primeiro momento, procuro analisar ou falar de tramas da infância, da mocidade, dos começos da maturidade em que a Pedagogia do oprimido com que me reencontro neste livro era anunciada e foi tomando forma, primeiro, na oralidade, depois, graficamente. Algumas dessas tramas terminaram por me trazer ao exílio a que chego com o corpo molhado de história de marcas culturais, de lembranças, de sentimentos, de dúvidas, de sonhos rasgados mas não desfeitos, de saudades de meu mundo, de meu céu, águas mornas do Atlântico, da "língua errada do povo, língua certa do povo". * Cheguei ao exílio e à memória que trazia no meu corpo antas tramas juntei a marca de novos fatos, novos saberes constituindo-se então em novas tramas. A Pedagogia do oprimido emerge de tudo isso e falo dela, de como aprendi ao escrevê-la e até de como, ao primeiro falar dela, fui aprendendo a escrevê-la.
A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo Sobre nós: O Le Livros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: LeLivros.us ou em qualquer um dos sites parceiros apresentados neste link. "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível.
Cadernos Acadêmicos Unina, 2021
O presente artigo visa analisar como o pensamento e o método de Paulo Freire são relevantes no processo de uma educação emancipadora com vistas à humanização dos sujeitos e à conquista de direitos e de cidadania. A pergunta de partida é a seguinte: como as aulas da EJA podem contribuir para desenvolver o senso crítico dos estudantes e a consciência individual e coletiva, na conquista de direitos e da cidadania? O objetivo geral é analisar o pensamento e o método de Paulo Freire na alfabetização de Jovens e Adultos, visando ao desenvolvimento da consciência crítica e à construção da cidadania, a partir do resgate de direitos fundamentais, individuais e coletivos. Os objetivos específicos são: verificar o perfil do estudante da EJA; promover a consciência individual e coletiva, a conquista de direitos e cidadania, a partir do pensamento de Paulo Freire; analisar a concepção freiriana de cidadania. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica das obras de Paulo Freire e de algu...
2016
O artigo aborda uma experiencia com Educacao de Jovens e Adultos na qual Paulo Freire foi o principal referencial teorico, buscando verificar os modos de implementacao de uma pratica pedagogica na qual durante dez anos a educacao popular foi assumida como politica publica no governo municipal petista de Gravatai, Rio Grande do Sul. Apos introduzir o contexto em que se situa o campo empirico e apresentar a metodologia de pesquisa, sao analisados os principais temas que emergiram na pesquisa realizada: atualidade freireana, participacao, politicas publicas e juvenilizacao da EJA. Entre as conclusoes destacam-se, como aspectos positivos, a pratica da avaliacao emancipatoria e a conquista de um espaco semanal para a formacao permanente dos professores. Como principal limite aponta-se a ausencia da participacao da propria comunidade na construcao da proposta.
O artigo apresenta os resultados preliminares de estudo do Grupo de Pesquisa sobre o Sistema de de Espaços Livres de Criciúma e região abordando a caracterização e a qualificação do Sistema de Espaços Livres (SEL), na Região da Grande Santa Luzia, no município de Criciúma. A área de estudo denominada pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) como “Território Paulo Freire”, atualmente conta com 12 projetos interdepartamentais, de caráter participativo.
Revista Lusofona De Educacao, 2012
e-Mosaicos
O presente artigo tem como objetivo central resgatar as vivências do campo do saber na EJA a partir das experiências dos professores egressos do componente curricular Educação Física do Instituto Federal de Roraima - Campus Boa Vista. Refletindo sobre a ação docente é que iremos ampliar a base de conhecimentos teóricos e metodológicos da EJA. O processo metodológico deste artigo caracteriza-se por ser um estudo qualitativo, com base nos teóricos como Freire (2009), Gadotti (1996), Martins (2019), Pereira (2013), dentre outros autores. É importante informarmos que a pesquisa foi desenvolvida em campo e realizada após a aprovação do parecer, número 3.940.488, por parte da Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Roraima – UERR. Acreditamos que esse estudo será de grande relevância para aqueles que buscam ampliar seu conhecimento sobre a EJA. Além de promover novas experiências e aprendizagens dentro da perspectiva dos docentes e discentes que atuam na EJA.
Revista Nova Paideia - Revista Interdisciplinar em Educação e Pesquisa, 2022
O presente artigo busca refletir sobre o modo de ensinar e aprender dos jovens e adultos no processo de escolarização formal, com vistas à análise de conteúdo de seis artigos publicados em periódicos e comunicações orais apresentados em eventos científicos nacionais, os quais discutem a temática deste artigo. As concepções de aprender e ensinar de professores (as) e educandos (as) são investigadas, tomando como base seis estudos, objeto de estudo deste trabalho. Foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: (i) identificar a conceituação de educação e escolarização; (ii) analisar as concepções de ensinar e aprender dos professores (as) e educandos (as) jovens e adultos da EJA que necessitam se inserir na sociedade; e (iii) analisar as aproximações e os distanciamentos das concepções de ensinar e aprender, preconizadas por Freire e Vigotski nos estudos analisados. Utilizou-se a metodologia de pesquisa qualitativa com a abordagem exploratória, com base no levantamento dos e...
Revista Cientifica E Curriculum Issn 1809 3876, 2006
com afinco, Como se deu esse processo? Licínio Lima-Eu me considero um eterno estudante da obra de Paulo Freire. Não me considero realmente um especialista. O Brasil tem grandes especialistas na obra de Freire e fora do Brasil também existem. Eu sou um estudante, um estudante universitário digamos assim; e o estudante universitário estuda lendo as obras dos autores e escrevendo sobre elas. Aliás, Paulo Freire tem um texto sobre o que é estudar, muito interessante, em que articula estudar e escrever. Como ler os autores, como estabelecer um confronto, um enfrentamento, como ele diz, entre o leitor, o autor e os textos; portanto, desse ponto de vista, eu faço isso recorrentemente. Logo no primeiro ano da universidade, estudei a Pedagogia do Oprimido. Estávamos em 1976, num período pósrevolucionário. A revolução democrática, a Revolução dos Cravos de 1974, tinha ocorrido há pouco tempo, e portanto foi um momento interessante para ler essa obra maior, que é a Pedagogia do Oprimido. Li também, nessa altura, alguns trechos da Educação como Prática da Liberdade. Freire foi um autor que sempre me interessou muito, até porque, quando era jovem, trabalhei na área de educação de adultos. A partir de 1979, com vinte e poucos anos, estive muito envolvido em
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Revista Nova Paideia - Revista Interdisciplinar em Educação e Pesquisa, 2022
Publicatio UEPG: Ciencias Humanas, Ciencias Sociais Aplicadas, Linguistica, Letras e Artes, 2010
Synergismus Scyentifica Utfpr, 2009
III ENCONTRO CIENTÍFICO DO GRUPO PESQUISAS & PUBLICAÇÕES - GPS, 2022
Revista Humanidades & Educação
Educação & Formação, 2018
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
100 voces (y una carta) para Paulo Freire
Revista Educação e Ciências Sociais, 2021
Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão 2008, 2016