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2019, Revista do NESEF
Todo trabalho humano é um dispêndio de força de trabalho durante uma dada duração, que é capaz de gerar mais valor do que consome para se reproduzir. É da natureza do trabalho, enquanto dispêndio de força de trabalho, que produza mais do que o necessário para reproduzir, pelo metabolismo interno do corpo, a capacidade para despender a mesma força. E esse fato constitui a produtividade do trabalho humano. A racional exploração dessa produtividade inerente a atividade do trabalho é o que configura a mais-valia. É quanto o trabalho não se volta a uma atividade de mediação com a natureza, mas para a produção de mercadorias: a força de trabalho humana e social é usada para a produção de valores de troca. Enquanto forma particular, a mercadoria é uma anomalia social, e aqueles que ela influência, tem suas vidas condicionadas também por outros fatores histórico-sociais. Mas enquanto forma universal, a mercadoria, entendida como o processo de produção de objetos exclusivamente para troca, tor...
RESUMO: O estudo de György Lukács abordagem particular do ser social revela–se uma importante contribuição para a reflexão filosófica acerca da problemática do trabalho como elemento fundamental na explicação do homem e do processo social, em seu fundamento ontológico. Tomando em consideração a noção de totalidade, é possível compreender o processo pelo qual os homens, na atividade de produção e reprodução de sua existência social complexa relação entre natureza e sociabilidade podem estar construindo novas possibilidades a cada momento, em que indivíduo e gênero se completariam na busca de uma ética orientada pelas mediações estabelecidas pelo mundo do trabalho. ABSTRAT: György Lukács's study private approach of the social being reveals important contribution for the philosophical reflection over the problem of the work as a fundamental element in the explanation of man and the social process, in its ontological foundation. Taking into consideration the notion of totality, it is possible to understand the process in which the men, in the production and reproduction activity of their social existence complex relationship between nature and sociability they might be building new possibilities every moment, in which individual and gender would complete each other in the search of an ethics guided through mediations established by the world of work.
2017
Resumo: O artigo busca verificar o lugar da nocao de trabalho na ontologia lukacsiana. Para isso foi preciso, em primeiro lugar, destacar a capital influencia exercida pela concepcao ontologica de Karl Marx e como, seguindo este ultimo, Lukacs tambem coloca o trabalho como sendo a categoria fundante do ser social. Afirmar isto significa dizer que a genese da categoria do trabalho corresponde ao surgimento de uma nova esfera de ser e que fornece o modelo generico da praxis humana e social. O trabalho e o elemento fundante da vida humana, tanto que Lukacs chega a afirmar junto com Friedrich Engels que “o trabalho, por si mesmo, criou o homem”. A caracteristica que estabelece a distincao fundamental entre o trabalho da producao realizada pelo animal consiste em seu carater consciente e livre, elementos significativos da passagem do ser orgânico para o ser social. O carater consciente da atividade produtiva do homem se revela na capacidade que este possui de antecipar em sua mente o res...
Cadernos ANPOF (2019) - Marxismo e Teoria Crítica, 2019
A centralidade do trabalho é a premissa basilar do método de Marx. No prefácio dos Manuscritos de 1844, ele indica essa posição ao descrever no percurso de sua análise a relação necessária entre as estruturas sociais que representam o espírito social (direito, moral e política) com a economia política. Da mesma forma e legitimando essa premissa, Lukács ao apresentar as bases fundamentais de sua Ontologia do ser social, diz que “somente o trabalho tem, como sua essência ontológica, um claro caráter de transição (...), no homem que trabalha, do ser meramente biológico ao ser social” (LUKÁCS, 2013, p.44). De acordo com o filósofo, no trabalho estão contidas as determinações que constituem a essência da realidade humana.
Germinal: marxismo e educação em debate
O artigo busca apresentar as categorias trabalho, objetivação e alienação tal como surgem em Para uma Ontologia do Ser Social. Esse conjunto constitui um dos principais núcleos estruturantes da obra de Lukács e é decisivo para a compreensão das categorias reificação e estranhamento. A ontologia materialista de Lukács opera com categorias universais/gerais; a análise de formações sociais específicas exige a intensificação categorial, o aumento de mediações especificadoras de cada categoria, de modo a aproximá-las das suas formas de aparecimento. A elucidação da centralidade do estranhamento autoproduzido pela reificação da mercadoria pressupõe adequada compreensão das referidas categorias.
A influência da filosofia de G. W. F. Hegel foi muito marcante na estruturação do pensamento de K. Marx. Embora tenha posto em evidência aspectos questionáveis de seu mestre de juventude, Marx assimila substancialmente a "filosofia da história" e a concepção "dialética" de Hegel. Poucos, no entanto, sabem que o maior filósofo "idealista" chegou a inspirar também os elementos fundamentais do trabalho no idealizador do "materialismo histórico". Nas páginas desse texto, enquanto se evidenciam os diferentes pontos de vista desses dois grandes pensadores, se destaca particularmente a revolucionária concepção de trabalho e de homem que emana dos seus escritos, apontando com isso horizontes que podem dar respostas à crise que assola profundamente o mundo atual.
Kínesis - Revista de Pós-graduação em Filosofia, 2020
Resumo: O objetivo deste trabalho está em analisar a tese de Lukács acerca da gênese do Ser Social. Em sua obra, Para uma Ontologia do Ser Social, em especial, no capítulo O Trabalho, Lukács propõe uma das premissas centrais do seu pensamento, que em sua interpretação constitui o cerne estruturador do pensamento de Marx, a saber, o trabalho enquanto atividade fundante do ser social. De acordo com esta premissa, é a ação do trabalho que demarca a especificidade e singularidade do ser social, uma vez que por meio dele, o homem opera uma transformação no mundo natural e, por sua vez, produz uma nova forma de objetividade cujas características são determinadas pelas intenções previamente idealizadas na consciência humana. Palavras-chave: Lukács. Ontologia. Ser social. Trabalho.
Revista Dialectus, 2016
Aponto, inicialmente, uma positividade do trabalho em Hegel, que é recepcionada criticamente por Marx nos seus Manuscritos Econômico-Filosóficos (Ökonomisch-philosophische Manuskripte) (1844). Hegel defende na Fenomenologia do Espírito (Phänomenologie des Geites) que, pela mediação do trabalho, a consciência-de-si se torna consciência-para-si, autoconsciência, ou seja, que o trabalho forma, educa, a consciência. Marx vê na Fenomenologia do Espírito, de Hegel, uma grande realização, dado que Hegel concebe a “autocriação” do homem como um processo, porque compreende a essência do trabalho e porque evidencia o homem objetivo “como resultado de seu próprio trabalho”, mas Hegel reconhece só o lado positivo do trabalho, mas não o seu aspecto negativo. Ao contrário de Hegel, há em Marx uma concepção dupla do trabalho: tanto em seu sentido afirmativo (o trabalho livre e consciente, trabalho útil-concreto, vivo), quanto negativo (trabalho estranhado, trabalho assalariado, trabalho abstrato, ...
Revista Trabalho Necessário, 2020
O artigo propõe uma reflexão sobre a relação entre as categorias Trabalho e Educação. A partir de uma análise exegética e imanente das categorias, buscaremos compreender a função social da Educação no processo de formação humana. A nossa hipótese busca dilucidar os nexos constitutivos entre o processo de formação da sociabilidade, sua ontogênese, fundada no Trabalho, e sua imbricação na Educação. A pesquisa se apoiou na análise produzida por Karl Marx, sobre a categoria Trabalho, e na abordagem de György Lukács, que se desdobra em complexos sociais, tais como a Educação.
Veritas (Porto Alegre)
H. G. Gadamer faz uma leitura do sistemade Hegel a partir de uma crítica externaque, diagnosticando corretamente a perda da dimensãoda contingência e da historicidade no sistemahegeliano, constrói uma ontologia específicana qual se enraíza, então, a hermenêutica. C. Cirne-Lima faz uma crítica interna ao sistema de Hegel,reformulando-o, todo ele, de ponta a ponta,sob o primado de um operador modal deôntico, odever-ser. Com isso pretende repor a contingênciae a historicidade dentro do método e da lógica dosistema. Disso resulta um projeto de sistema, travejadopor princípios de necessidade deôntica,que tem uma ontologia com características próprias.
Trabalho, Educação e Saúde, 2013
Cadernos Cajuína, 2017
Hidemi Soares Miyamoto 1 RESUMO: O objetivo deste texto é realizar uma análise da reinterpretação da teoria social de Marx empreendido pelo pensador húngaro György Lukács. Pretendemos analisar de que forma Lukács interpreta as questões atinentes à ontologia, à metodologia e à epistemologia no pensamento de Marx. Tentamos compreender como estes três elementos se encontram articulados especialmente nas obras póstumas Prolegômenos para uma ontologia do ser social (2010), Para uma ontologia do ser social I (2012) e Para uma ontologia do ser social II (2013). Assim como buscamos recuperar a relação existente entre o trabalho e o conhecimento humano no pensamento crítico de Lukács e Marx.
Revista de Ciências do Estado, 2021
O presente texto visa demonstrar, da perspectiva da ontologia do ser social, os aspectos gerais que o movimento imanente das categorias econômicas nascidas do trabalho perfaz historicamente através dos diferentes modos de produção da riqueza material. À luz de Para a ontologia do ser social, do filósofo húngaro György Lukács, buscamos evidenciar as principais mediações econômicas e sociais que intervêm objetivamente para fazer surgir e consolidar a linha evolutiva da crescente socialidade do ser social, cujo princípio determinante é o constante afastamento das barreiras naturais. Veremos que nesse processo é a ação das forças produtivas sobre a sociedade a potência social decisiva que impulsiona o desenvolvimento social como um todo, através do deslocamento crescente da naturalidade operante nas primeiras formações sociais, a ingressar na circulação de mercadorias e, por meio desta, a alcançar a sociabilidade pura do capital. Observaremos, ainda, que o progresso social objetivo a que o imanente desenvolvimento das categorias econômicas conduz, ao chegar ao capitalismo revela tendências fundamentais como o predomínio da mais-valia relativa na extração do trabalho excedente e a manipulação como mediação que articula as necessidades da produção ao consumo de mercadorias, cuja compreensão é imprescindível para o futuro da reprodução social como um todo.
O principal objetivo do artigo é demonstrar que, em plena maré “pós-moderna”, a derradeira obra lukacsiana – a Ontologia do Ser Social - fornece um aparato teórico simultaneamente capaz de não ignorar a crise do racionalismo burguês e de não abandonar a razão tout court. Neste sentido, passar-se-á por temas importantes da filosofia como a relação sujeito-objeto, a totalidade, a mediação, a práxis e finalmente o cotidiano.
edipucrs.com.br
O conceito de trabalho (Arbeit), tal como apresentado por Hegel na Filosofia do Direito, tem um aspecto não somente econômico, como é comum pensar, mas também filosófico, na medida em que ele forma (bilden) a consciência em direção à universalidade.
A ontologia do trabalho se faz como forma da crítica marxista, contudo, em Marx de O Capital, encontramos uma crítica ao trabalho no sentido de sua finitude e determinação estritamente moderna, sendo sua transistoricidade uma forma de consciência a ser superada.
Verinotio - Revista on-line de Filosofia e Ciências Humanas. ISSN 1981-061X. Ano XIII. nov./2018. v. 24 n. 2, 2018
O presente trabalho busca rastrear em alguns escritos de L. Feuerbach os lineamentos de uma ontologia materialista do ser objetivo e seu papel correspondente e capital no pensamento de Marx. Ler em Marx uma obra de corte ontológico, à maneira de Lukács, e um tal movimento de apreensão do talhe materialista-ontológico em Feuerbach indica que este não apenas tem como traço uma antropologia filosófica, efetivamente enunciada em sua aguda crítica à religião, que seria então superada rumo a uma ontologia por Marx, mas que há já no autor d'A essência do cristianismo um primado ontológico do ser objetivo indelével, resguardado e aperfeiçoado por Marx em sua crítica a Feuerbach no que concerne às determinações presentes na relação entre natureza e sociedade. Neste esforço, a análise se concentra na leitura imanente de alguns escritos feuerbachianos produzidos sobretudo entre 1839 e 1843-a saber, Para a crítica da filosofia de Hegel (1839), A essência do cristianismo (1841), Necessidade de uma reforma da filosofia (1842), Teses provisórias para a reforma da filosofia (1842) e Princípios da filosofia do futuro (1843)-e de Marx, especialmente os Manuscritos econômico-filosóficos (1844). É possível notar no pensamento de Feuerbach um movimento pendular entre a asserção de uma percuciente objetividade materialista do ser e uma primazia assoberbada da consciência e da essência humana. Ambivalência que, ao final, põe enormes dificuldades à captura da objetividade em sua forma mais complexa de ser, o ser social.
Cadernos Nietzsche, 2018
Resumo: O presente trabalho explora o expediente metodológico aplicado por Merleau-Ponty sobre a obra e a vida de Cézanne: a vida como exigência de uma obra. Discutimos como esse expediente oferece uma chave de leitura para as polêmicas relações entre a vida e a obra nietzschiana, tanto no sentido de verificar como Nietzsche se apresenta internamente à sua obra, quanto para analisar como as circunstâncias de sua vida (doença, solidão, amizade, nomadismo, geografia, clima e distrações corporais) podem ser interpretadas como exigências do tipo de obra que ele se propôs a formular. Isso nos leva a uma nova estratégia para interpretar também a própria genealogia da obra nietzschiana e, com ele, de toda a história da filosofia. Palavras-chave: vida, obra, Nietzsche, Merleau-Ponty, Cézanne.
Kriterion-revista De Filosofia, 2005
Hegel's Phenomenology of Mind is not the specific place of the position of his philosophy of arts. However, it is possible to understand the systematic relationship between many fundamental concepts of this work of 1807 and the Hegel's conception of art in his maturity. Through this relationship, we will detach in our interpretation three different and complementary theses: 1. From the work of art as ideal product of the work of the "Geist"; 2. The symbolism of the natural religion as product of the worker to the beauty of the religion of the arts; 3. The necessity of the oracle to the concrete subjectivity of the actor of the theatre.
2017
O presente trabalho tem por objetivo discutir a relacao entre o ser ai, com o ser e o ente segundo Heidegger, visando assim ampliar o conhecimento na area da filosofia ontologica. No livro de Heidegger, Ontologia (Hermeneutica da faticidade), estuda-se o ser e a existencia, o ser ai proprio de cada ocasiao, a hermeneutica por sua vez busca compreender o ser ai, a partir da interpretacao, por meio dos questionamentos em cada caso, esta questionabilidade ontica leva a inquietude, pois, de acordo com a ontologia o homem tem a abertura para se aproximar ao ser. Palavras chave :Heidegger.Ontologia. Ser ai. Ocasionalidade.
Atos de Pesquisa em Educação, 2019
Este artigo tem como objetivo analisar a relação entre o trabalho e a educação, do ponto de vista da sua constituição, enquanto complexos sociais, e do seu desenvolvimento histórico capitalista. Essa discussão parte dos pressupostos teóricos de Marx e de Lukács, fundamentando-se, portanto, na Ontologia do Ser Social e na contribuição de autores como Tonet (2011, 2005, 2006) e Lessa (1996, 2012a, 2012b). Compreendemos que existe uma relação intrínseca entre o trabalho e a formação humana e, decorrente disso, as possibilidades de desenvolvimento das múltiplas potencialidades humanas são inviabilizadas enquanto houver exploração do trabalho. Contudo, com a possibilidade histórica de transformação social radical, é possível considerar a contribuição da educação no processo de constituição e consolidação da emancipação humana.
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