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2018, Anuário Antropológico
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Apesar da popularidade da prática de apostas no turfe esta atividade aponta para uma fronteira moral inserida em suas estruturas. Durante a realização das corridas de cavalos um sinal de alerta é constantemente acionado para com os limites que cada indivíduo possui com as apostas. Aqui, busca-se compreender como a categoria "vício" [no jogo] é imputada de valores estigmatizantes, acusatórios, em dois espaços distintos. O primeiro organizado para a realização de apostas em comparação com outros espaços onde se prega a abstinência desta atividade. Refiro-me aqui as "casas de jogo" e dos encontros regulares de grupos de autoajuda denominados de Jogadores Anônimos (J.A.). A comparação busca compreender as disputas sobre a moral do jogo como um "campo" nos moldes de Bourdieu (2004) a partir da construção de narrativas que vão apresentar o jogo como uma atividade mais ou menos perigosa.
Artigo - Revista Anuário Antropológico, 2018
O vício inerente: fronteiras materiais, simbólicas e morais nas apostas do turfe Rômulo Bulgarelli Labronici UFF Introdução As práticas de corridas de cavalos, denominadas de turfe, foram estabelecidas no início do século XIX, sendo uma das atividades pioneiras no âmbito das com-petições esportivas. A prática destacava-se pela sua organização de calendários de competição, formação de clubes, pelo desenvolvimento de um corpo técnico especializado e por sua adesão popular, fato este que gerou um enorme mercado ao seu redor. Além disso, em grande medida, a popularidade desta atividade se deu pela sua extensa aproximação com os jogos de apostas, o que marcou defi-nitivamente a existência do turfe no cenário do mercado de diversões esportivas e que permanece até a atualidade movimentando recursos e um público cativo de jogadores (cf. Carvalho, 1998a, 1998b, Melo, 2001). Apesar da extensa popularidade das apostas no turfe, esta prática aponta para uma fronteira moral existente em seu cotidiano. Durante a realização dos jogos, um sinal de alerta é constantemente acionado aos limites da relação individual com o jogo no turfe. Assim, este trabalho busca discutir como os discur-sos e as representações nativas do jogo estão sempre alinhados a partir de uma "normalidade" (Foucault, 1978, 2000) que impõe limites (materiais, simbólicos e morais) constantes para que o jogo possa ser exercido em uma série conti-nuada. Segundo Gilberto Velho (2004), ao se perceber a vida social como um processo, contraditório e complexo, em que a realidade tem de ser permanen-temente negociada por diferentes atores, o conflito passa a ser encarado como um fenômeno a ser pesquisado. "Sistemas de acusação" podem, segundo ele, desempenhar funções e delimitar fronteiras com uma estratégia mais ou menos consciente de manipular poder e organizar emoções. Creio, aqui, ser possível abrir uma ponte de comparação entre a catego-ria viciado [no jogo] com a de drogado-em Velho (2004)-, em que ambas se tornam acusações morais que assumem explicitamente uma dimensão política, sendo, portanto, também uma acusação totalizadora. Há a ideia de que há acu
Requiem para os vicios ocultos, 2021
O artigo trata do problema da qualidade dos produtos e formas de regulá-la , por contrato, vícios ocultos ou boa-fé objetiva. Aponta, ademais, a tendência de migração da teoria da garantia (que fundamente os vícios ocultos) para a teoria da conformidade (que trata do inadimplemento contratual).
Reportagem Especial realizada em 15 de abril de 2013 para o jornal A Tribuna.
REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões, 2014
Como é possível a experiência da confiança numa cultura da desconfiança e do medo? Qual é sentido da palavra confiança na arquitetura de uma cidade, de um país cujos muros são cada vez mais altos? A palavra confiança perdeu o seu significado nessa civilização que, não por acaso, tem sido chamada de civilização do medo? Contudo, não há coexistência humana sem a arte da confiança. A confiança é o fio invisível que sustenta a coexistência humana no mundo. Ela sustenta silenciosamente a vida e não deixa o ser humano sucumbir ao abismo do sem sentido. Palavras-chave: Confiança. Desconfiança. Conflitos.
SCRIPTA. Revista Internacional de Literatura i Cultura Medieval i Moderna
Resumo: Exposição do pensamento de Ramon Llull acerca do vício capital da inveja, inserida na cultura e na espiritualidade da Idade Média, destacando, de um lado, sua conformidade com a doutrina espiritual e teológica acerca do assunto, e de outro lado sua extrema originalidade na aplicação prática dessa doutrina.Palavras-chave: inveja, vício capital, espiritualidade medieval, literatura catalã, Ramon Llull.: Exposition of Ramon Llull’s thought about the capital vice of envy, inserted in the culture and spirituality of the Middle Ages, highlighting its conformity with the spiritual and theological doctrine on the subject, and at the same time his extreme originality in the application practice of that doctrine.Keywords: envy, capital vice, medieval spirituality, catalan literature, Ramon Llull
Quanto mais se discute com um pentecostal sobre a contemporaneidade dos dons, mostrando para ele que não há base bíblica para a experiência que ele alega experimentar, mais ele quer que nós provemos nas escrituras, se há base bíblica para o cessacionismo. Parece que o continuísta é o único que acredita na bíblia verdadeiramente, pois entende que os dons de línguas e de curas milagrosas, ditos extraordinários, para a manifestação, nos compete buscar a experiência. Por certo são bíblicos, estão na bíblia e aconteceram na época apostólica, mas hoje o que se vê não tem base com relação aos dons bíblicos. Fica complicado dizer para alguém, que a sua experiência espiritual está errada, pois para ele é certa e entende que é de Deus. Só há um jeito de um continuísta se libertar deste mover de êxtase, é entender que toda a experiência espiritual deve ser avaliada pelas escrituras, se for bíblica amém, se não for é preciso abrir mão dela.
Dependência, hábito e medo, 2001
A insegurança, a falta de autonomia, o ajustamento/desajustamento a normas e padrões estabelecem a necessidade de apoios. Esses apoios são representados genericamente pelas comunidades e instituições, e especificamente pelo outro: o amigo, a amada, o marido, a companheira, o pai, a mãe, os irmãos etc. Os apoios são responsáveis pelo estabelecimento de regras, de rotinas estruturantes de hábitos mantenedores do processo social e civilizatório.
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DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, 2020
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2019
Tabagismo abordagem prevenção e tratamento, 2010
Revista Brasileira de Economia, 2003
Revista Nava 08: O Presente Corrente, 2020
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 2012
Novos Desafios da Responsabilidade Civil: Atas das II Jornadas Luso-Brasileiras de Responsabilidade Civil, 2019
Revista Brasileira de História das Religiões, 2019
Serrão, Adriana Veríssimo... [et al.], org. - Poética da razão: homenagem a Leonel Ribeiro dos Santos. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa 385-397, 2013
Litterata: Revista do Centro de Estudos Hélio Simões, 2018
Revista de Direito da Responsabilidade, 2022