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2012
Ao meu orientador, Profº. Dr. João Leal, pelo incentivo e pela compreensão demonstrada durante todo a pesquisa; À minha grande mestra, a minha admirável mãe, por acreditar; À querida Prof. Drª. Celeste Ciccarone, por despertar em mim o desejo de desbravar o universo da Antropologia; Ao paciente Profº. Dr. Osvaldo Martins de Oliveira, pelo encorajamento; À doce Profª Drª. Simone Batista Ferreira, pelos conselhos e inspiração; Ao Profº Dr. Paulo Scarim, pela prontidão em ajudar, Ao Jaime, do INCRA, que, apesar das burocracias do sistema, agilizou o acesso ao Processo; À Miúda pelo acolhimento; Ao Vermindo pela confiança; Ao meu pai e ao meu "grande brother" Diogo pela amizade e apoio constantes; À minha tia (madrinha e amiga) Ana, por estar sempre presente; À tia Fati pelas longas conversas e reflexões; Ao Anderson, Tânia e meninos, por me aturarem nesses últimos anos; Aos amigos Caio, Fabiane, Wanderson e Adriano Elisei pelos pedidos de última hora; À igreja em Portugal pelo acolhimento e orações; À Tereza Fernandes pela amizade eterna e pelo apoio mediado pelo Just Voip Aos amigos Lídia, Dani, Rafa, Edinha e Karol por entenderem (às vezes nem tanto…he) a minha ausência; Ao amigo Felipe pelos livros e disponibilidade; À D. Teresa, do Departamento de Antropologia, pela cordialidade e competência; À querida Portugal, pelos ensinamentos; Ao meu maior motivo, o maior sentido, o maior amor, meu amado Jesus. meus sinceros agradecimentos.
Revista Prelúdios
Este artigo apresenta um recorte teórico-metodológico e ético de uma pesquisa etnográfica que tomou como objeto de análise o campo de atuação profissional da produção dos laudos antropológicos de reconhecimento dos territórios quilombolas. Tendo como referência os laudos antropológicos elaborados pela Superintendência Regional do INCRA na Bahia, de 2003 a 2018, a pesquisa consistiu em realizar uma descrição e análise desses laudos, sob a perspectiva dos processos etnográficos (Silva, 2015) que lhes deram origem, suas características e suas consequências. O método forjado pela/na pesquisa, baseado no diálogo com os agentes e documentos deste campo de atuação profissional, e lastreado pelas categorias do contexto, texto, subtexto e pós-texto, permitu fomentar uma reflexividade antropológica sobre os laudos de identificação e delimitação territorial quilombola na Bahia e fazer uma análise comparativa dos seus processos etnográficos.
Revista Farol, 2021
Este artigo tem por objetivo analisar as concepções de duas lideranças quilombolas da comunidade de Retiro, Santa Leopoldina (ES), sobre as lutas pelos direitos ao território e ao patrimônio cultural. A proposta surgiu das pesquisas realizadas pelo projeto Africanidades Transatlânticas e para a elaboração da dissertação de mestrado de uma das pesquisadoras, que atuou como colaboradora no presente projeto. Para tanto, foram realizadas entrevistas de narrativas de vida sobre as trajetórias de escolarização de quilombolas que concluíram o curso universitário e seus pontos de vista sobre os direitos da comunidade.
Este artigo analisa a autoidentificação do quilombo por comunidades rurais no vale do Ribeira, na luta pelo acesso à terra, ancorada no artigo 68 da Constituição Brasileira, que garante o direito às terras de quilombos, no Brasil. A análise se estende ao fato de que comunidades de rappers, bem como outros moradores da periferia de Capão Redondo, em São Paulo, também vêm chamando para si a auto-identidade de quilombolas e para esses espaços da cidade, de quilombos. Procura-se entender que essa representação expressa, tanto a exclusão da terra no campo, como a segregação social, espacial e racial na cidade.
Resumo O presente ensaio reflete sobre etnicidades, a partir da emergência da identidade quilombola no contexto do reconhecimento de direitos diferenciados às comunidades de quilombos, no âmbito do prescrito pelo Artigo 68 do ADCT/CF-88. Em questão se coloca o fato de que marcadores étnicos – fluidos e carregados de singularidades – representam o acesso a direitos – genéricos – a diversos grupos historicamente destituídos dos mesmos, na esteira do reconhecimento jurídico da diferença e do multiculturalismo. O caso dos remanescentes de quilombos, sujeitos instituídos, servirá à reflexão ora proposta, momentos onde o recurso a identidade étnica se torna bandeira de luta; colocam-se em questão as orientações políticas da etnicidade e a politização da diferença.
Revista Brasileira de Sociologia - RBS, 2016
A diversidade cultural sempre foi objeto de reflexão por parte dos cientistas sociais preocupados com a interpretação dos fenômenos étnicos. Atualmente, em um contexto de emergência de grupos diversos reivindicando seu lugar na sociedade, como a comunidade Kalunga, novas teorias da etnicidade surgiram, deixando de lado a raça e a cultura como elementos explicativos. Esse trabalho objetiva fazer uma reflexão sobre tais teorias identificando seus limites e possibilidades, por meio de um estudo de caso, com o intuito de gerar uma leitura crítica sobre a organização social e a estrutura social do grupo étnico-quilombola Kalunga. A hipótese é que as lacunas não conseguem dar conta do sistema completo de relações nas quais e pelas quais as ações se realizam a partir das posições ocupadas pelos agentes dentro do campo étnico-quilombola, o que requer o diálogo com teorias que se ocupam dessas dimensões.
Novos Debates - Fórum de Antropologia, 2017
O presente texto traz à baila, de forma sucinta, os resultados finais alcançados a partir de uma pesquisa realizada no âmbito do curso de Bacharelado em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Pelo caráter interdisciplinar do referido curso, a presente pesquisa buscou compreender, sob um viés antropológico e na esteira da Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, a trajetória histórica, a construção e as estratégias de fortalecimento da identidade, bem como a luta em defesa e reivindicação do território quilombola, a partir do olhar lançado sobre a comunidade de Alto Alegre, localizada no município de Horizonte, região metropolitana de Fortaleza/CE.
2019
This thesis analyzes the agrarian occupation in the Bico do Papagaio region on the extreme north of the Tocantins state the identity and territoriality relations of the Sao Vicente Island Remaining Quilombo Community, located in Araguaia river, district of Araguatins city. The general objective is to understand the history, way and trends of the agrarian occupation in the Bico do Papagaio region and its effects in the identification and in the territoriality of the in the Sao Vicente Island community. The specific objectives are: describe historically the territorial occupation of the Bico do Papagaio region; contextualize the black presence in the Tocantins state; ethnograph the quilombola communities to understand the process of identity construction; verify the current identity category (quilombola and remnant) and the modalities of social and economic organization, starting from kinship; verify the historical and current modalities of the occupation and the use of land (individu...
169 da OIT. Sandro José da Silva [[email protected]] Conferência proferida na 1 a .Conferência de Direito e Igualdade Étnico Racial -Ordem dos Advogados do Brasil, seção Espirito Santo -Brasil.
2019
Resumo: Pesquisa, de natureza qualitativa e exploratória, com o objetivo geral de analisar o modo e condições de vida de idosos quilombolas de Porto Alegre, RS. Foram realizadas entrevistas com idosos e submetidas à análise de conteúdo. Os idosos quilombolas são os guardiões da cultura, e sua identidade está associada à resistência e posse do território, o que implica também acesso aos direitos sociais. Palavras-chaves: Idosos quilombolas. Identidade. Território.
A reorganização dos movimentos sociais com base na etnização e territorialização dos conflitos tem revelado a profundidade da expropriação das comunidades tradicionais diante do modelo predatório de ocupação do solo. Comunidades tradicionais que têm sua existência baseada na relação com a natureza e formas específicas de socialidade são as que mais experimentam as formas “invisíveis” de violência no campo, devido, especialmente, a sua forma de organização social e percepção dos direitos.
Patrimônio: revista eletrônica do IPHAN, n. 1, 2005
Estudo da questão da proteção legal aos quilombos no ambito do IPHAN: alguns problemas da aplicação do artigo 216 da Constituição Federal
2020
O quilombo Patos do Ituqui, no qual se desenvolve esta pesquisa etnográfica, está localizado na mesorregião do Baixo Amazonas, mais especificamente em Santarém, estado do Pará. De acordo com a memória social do grupo, o quilombo foi formado por negros antes escravizados e depois aquilombados na Fazenda Taperinha, vivendo em liberdade e autonomia no pós-abolição até 1911, quando foram expulsos e se estabeleceram em uma terra doada a uma família que ali fez seu lugar permanente de ocupação. Autorreconhecido como quilombo em 2012, mediante certificação da Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura, Patos do Ituqui está inserido em um cenário de conflitos socioambientais que envolvem a disputa pelo uso da terra, dos rios, igarapés e lagos do território ocupado de modo tradicional pela comunidade. Tanto os conflitos que contrapõem interesses de fazendeiros aos da comunidade quilombola, quanto as disputas intergrupos que emergem nesse contexto de reivindicação territorial como quilombo, junto ao Estado brasileiro a partir de procedimento administrativo em curso aberto no INCRA, constituem temas a serem desenvolvidos neste trabalho de pesquisa, a partir de uma análise situacional, visando a construção de uma etnografia dos processos políticos envolvidos no reconhecimento das terras de quilombo na fronteira amazônica. Os modos de ser, fazer, criar e viver de Patos do Ituqui, como em outras comunidades tradicionais, são diretamente relacionados com suas experiências individuais e de grupo, em interação com o meio ambiente nas atividades de caça, pesca, extrativismo vegetal, agricultura e pecuária de pequeno porte. O exercício dessas atividades segue uma lógica própria da comunidade, segundo o ciclo de desenvolvimento dos grupos domésticos e das atividades de reprodução, no qual pode-se afirmar que os danos causados pela extração ilegal de madeira, queima de áreas florestais e pesca predatória de peixes no território quilombola destroem a lógica de reprodução social e cultural e põem em risco os modos tradicionais de conhecimento garantidos pelos artigos 215 e 216 da Constituição Federal de 1988.
O presente trabalho trata da identidade e da territorialidade na Comunidade Quilombola de Alto Iguape, localizada na região outrora conhecida como Goiabas, no município de Guarapari (ES), que recebeu a Certidão de Autodefinição como Remanescente de Quilombo no ano de 2012. Considero que Alto Iguape é uma comunidade quilombola translocal, pois seus membros não residem somente nas Goiabas, mas também em outras localidades da área urbana de Guarapari e em outros municípios da Grande Vitória. Mesmo assim, os sujeitos que moram fora das Goiabas possuem forte vinculação com seus parentes do interior e sentem-se parte da mesma comunidade. Após dois anos de pesquisa etnográfica realizada nas Goiabas e em Jabaraí, bairro da área urbana do município onde reside o maior número de quilombolas fora das Goiabas, constatei que o processo de constituição da sua identidade quilombola ocorreu paralelamente ao seu processo de reconhecimento e certificação pela Fundação Cultural Palmares, visto que anteriormente os seus membros não se identificavam como quilombolas. Participaram de ambos os processos, em maior ou menor grau, além dos próprios quilombolas, diversos atores externos, na maioria agências do Poder Público municipal, estadual e federal, bem como integrantes da Comunidade Quilombola de Monte Alegre, do município capixaba de Cachoeiro de Itapemirim. A identidade quilombola passou a ser reivindicada inicialmente no núcleo de Jabaraí, devido ao maior contato desse núcleo com as referidas agências, e só depois foi apropriada de diferentes maneiras pelos membros do núcleo das Goiabas: alguns negam tal identificação; outros a encaram como algo adjudicado; e outros, ainda, a apropriam autonomamente. Na constituição dessa identidade, os de Alto Iguape mobilizam os mesmos elementos que utilizam para a construção da sua territorialidade, que são as suas relações de parentesco, as suas atividades econômicas e relações de trabalho, as suas relações com o meio ambiente e as suas práticas culturais e religiosas. Por isso, é possível afirmar que ambos os processos são relacionais, já que são baseados nesses quatro níveis de relações sociais. Palavras chave: Comunidades quilombolas. Identidade. Territorialidade.
Revista Geonordeste, 2013
modelo capitalista de monocultura, la concentración de grandes extensiones de tierra y la degradación ambiental. A pesar de ello, existe la problemática racial devenida de hechos históricos y actuales que relegó a los negros a lugares marginalizados en Brasil. Siendo así, se realizó uma reflexión crítica del proceso de formación territorial de Cafundó, a partir de la concepción geográfica que no restringe el entendimiento del territorio apenas al espacio físico, incluyendo otros elementos como históricos, sociales, políticos, culturales y económico .
Em Construção, 2021
O artigo teve a sua sistematização durante a pandemia da Covid-19, período no qual o autor sentiu a necessidade de escrever sobre suas experiências a partir da abordagem decolonial. Trata-se um escrita que mescla memórias, afetos e que tem os suleamentos com a seguinte problemática: como o encontro entre um corpo-território-educador-gay e um corpo-território-educanda-sapatão-preta pode criar um giro decolonial aquilombado? Apresenta-se um olhar sobre as colonialidades que fundamentam a estrutura da universidade brasileira e como um giro decolonial aquilombado pode provocar desobediências epistêmicas.
Ciências Sociais Unisinos, 2011
O objetivo deste artigo é analisar as dinâmicas empregadas pelos integrantes do Terreiro Santa Bárbara, localizado na cidade de Olinda (PE), para transformar o terreiro da Nação Xambá, tida por muitos pesquisadores como extinta, no primeiro Quilombo Urbano de Pernambuco e o terceiro do Brasil. Como ponto de partida desta reflexão tenho por base minha Dissertação de Mestrado em Antropologia; esta pesquisa se baseia em fontes orais e escritas que apontam que, ao longo das últimas décadas, este grupo religioso tem realizado um grande esforço para romper suas barreiras históricas de isolamento e silenciamento. Verificando que as lideranças do terreiro utilizam a memória como uma representação coletiva construída no presente para manter o grupo coerente e unido (Santos, 2003, p. 21) procuro mostrar como as lembranças são acionadas ou olvidadas de acordo com as necessidades do grupo religioso.
Este estudo faz uma abordagem territorial sobre a luta pela manutenção da identidade quilombola e correlaciona com as políticas públicas voltadas para essa população. O sentido de empoderamento étnico determina a relação com o território que inclui uma significação simbólica. Como metodologia foi adotada a pesquisa bibliográfica e documental. Conclui-se que o território quilombola reflete a forma da comunidade se autodeterminar em razão das condições de sociabilidade, que se distingue da coletividade nacional; tendo suas próprias histórias de múltiplas resistências que importam em sua territorialidade, mas a diversidade dá ensejo ao grau de investida política, sendo esta indispensável.
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