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O contexto literário vitoriano é conhecido pela produção de poemas, romances e biografias moralizantes. Nesse contexto, enquanto a Grécia antiga era vista como ideal de civilização e de democracia a ser imitado, buscou-se ressaltar o passado romano em sua expansão territorial, seu imperialismo, sua força bélica, sua literatura, suas construções e sua arte: cada um desses temas foi mais ou menos privilegiado, em virtude do momento histórico em que esse passado era reclamado. Cada época baseada em valores de seu momento presente tentou recuperar um determinado tipo de passado de acordo com suas necessidades identitárias, buscando estabelecer as ideias de herança cultural e continuidade histórica. Destarte, quando na Modernidade e Contemporaneidade, buscou-se em Roma a ideia de identidade, ao mesmo tempo em que a sexualidade era vista com preconceitos e tabus, construiu-se um passado assexuado: durante muito tempo, arqueólogos e historiadores da arte silenciaram sobre esse tema em suas pesquisas. Ao excluírem fontes documentais representantes da sexualidade, se fazia uma opção por um determinado tipo de passado a ser reconstruído, lembrando que o discurso histórico começa na seleção e transformação de objetos
Temáticas, 2023
Ainda nesta década a Sociologia da Ciência fará 100 anos. Um século em que a Sociologia busca pensar em como a ciência e suas transformações mudam as sociedades e a maneira como as sociedades e seus imaginários promovem mudanças na produção da ciência e da tecnologia. Robert Merton foi um dos responsáveis pelo rompimento com a então Sociologia do Conhecimento e pela renúncia às questões levantadas por Mannheim e Popper sobre a natureza do conhecimento e sua organização. Em paralelo, o médico polonês Ludwik Fleck colocou sob escrutínio sociológico a medicina, seu processo de organização e os próprios conhecimentos médico-científicos.
albuquerque: revista de história, 2020
Trata-se de analisar dois ensaios produzidos pelo crítico e historiador Paulo Emílio Sales Gomes sobre os cineastas Serguei Eisenstein e Orson Welles. Publicados na segunda metade de 1950 no Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo, os ensaios analisam aspectos da linguagem, do estilo e da expressão social dos filmes de Eisenstein e Welles a partir de um recorte histórico-biogr´áfico delineado a partir dos estudos históricos desenvolvidos pelo cineasta em sua estada em Paris e na pesquisa sobre o cineasta francês Jean Vigo. Veremos como revisitar a fortuna artística de Eisenstein será fundamental para compreender aspectos da linguagem cinematográfica clássica, fundamentada significativamente na montagem paralela e no close-up. No caso de Welles, o foco repousa nas descobertas da profundidade de campo e do plano sequência como recursos narrativos carácterísticos do cinema moderno. Em conjunto, o comentário às obras de Eisenstein e Welles abrem caminho para reflexões histór...
de restauração de velhos valores devido às mudanças causadas pela industrialização, entre outros fatores.
Escassas disciplinas devem ter mais interesse que a etimologia; isto se deve às imprevisíveis transformações do sentido primitivo das palavras, ao longo do tempo. Dadas tais transformações, que podem beirar o paradoxal, de nada ou de muito pouco serve a origem das palavras para a elucidação de um conceito. Saber que, em latim, cálculo significa pedrinha e que os pitagóricos usavam dessas pedrinhas antes da invenção dos números não nos permite dominar os arcanos da álgebra; saber que hipócrita era ator, e persona, máscara, não é um instrumento válido para o estudo da ética. De modo semelhante, para fixar o que hoje entendemos por clássico, é inútil saber que esse adjetivo advém do latim classis, frota, que depois tomaria o sentido de ordem.(Lembremos, de passagem, a formação análoga de ship-shape.)
Translation of Ovid's Amores 1.9 seeking for dialogue with intersemiotic or visual poetry.
F ALAR sobre clássicos e tradição, nos vários sentidos que as diferentes formas de conhecimento nos oferecem, é nos colocarmos, imediatamente, numa frente de batalha entre um passado que se mostra pela fresta de uma porta semicerrada, de dimensões cartapácias, e a contemporaneidade que recolhe, pelas frestas da mesma porta que nos liga ao que já findou, peças antigas para compor o seu próprio quebra-cabeças. Nas ciências, em especial naquelas que chamamos de Sociais, não é diferente. No confronto com o passado, muitas vezes é necessário redefinir não só a importância dos clássicos, mas demarcar a extensão e os limites da lista que contempla aqueles que devem ser considerados os autores capitais de um determinado campo, num movimento constante de reconstrução.
The essay, published on conjur (www.conjur.com.br) consists on a short analysis of Ovidio's Ars Amatoria.
O assunto desta comunicação é a análise do processo que, nos finais do séc. XVI, inícios do séc. XVII, levou à criação da ópera, como resultado de uma intenção de restaurar a tragédia antiga. Esta análise, por outro lado, revela uma atitude em relação aos clássicos que me parece útil considerar. A velha imagem dos anões que vêem mais longe por estarem aos ombros de gigantes tem um interesse histórico, mas perdeu adequação. Desde o séc. XVI que as proporções já não são essas, e a modernidade descobriu a penicilina e a bomba atómica. Já não somos anões. Por outro lado falta a esta imagem, medievalmente contemplativa, o lado funcional, a dinâmica activa do fazer. Propomos, talvez atrevidamente, uma outra imagem para a nossa relação com os clássicos e o seu legado, mais prosaica e quotidiana, a imagem do acto de caminhar: ao caminhar há um pé que se apoia, apoio que é simultaneamente uma relação de tensão, e que podemos comparar à tradição recebida, e um pé que avança para o devir, que será, etimologicamente aliás, o progresso. Se só usarmos o pé que se apoia, andaremos ao pé-coxinho, se só usarmos o que avança, estatelar-nos-emos inevitavelmente. Foi este avançar harmonioso, um pé depois do outro, a atitude que gerou a ópera a partir da tragédia, e a nossa análise poderá eventualmente ser de proveito e exemplo. A ópera surge nos finais do séc. XVI, no seio da Camerata Fiorentina, espécie de tertúlia de humanistas reunidos em torno do conde de Vernio, Giovani Bardi, homem de letras e compositor amador, que tem a ideia de restaurar a tragédia antiga e se abre aos projectos de músicos e literatos que frequentam o seu salão. A tragédia desaparecera durante toda a Idade Média, até porque a possibilidade de redenção que o Cristianismo comporta dissipa a própria essência do trágico. Ressurge no séc. XV, com o Orfeo de Ângelo Poliziano, cuja segunda versão data de 1480 e se estrutura em cinco actos, representando o primeiro passo no sentido do drama lírico neo-antigo. Poliziano inspirou-se em Vergílio e Ovídio, e o seu texto era já acompanhado por partes musicais, nos entreactos, com música composta pelo cardeal Riario, sobrinho de Sixto IV. Esta obra integra-se na transição teatral italiana das Sacre rappresentazione (tragédia religiosa) para a tragédia laica. A Camerata Fiorentina procura ressucitar integralmente a tragédia antiga, incluindoa recuperação do seu carácter musical, no próprio corpo da acção e não só nos espaços intervalares. Os hpmens que desenvolvem este projecto são Vincenzo Galilei, pai do astrónomo, Cavalieri (autor do primeiro oratório), o pai de Alessandro Striggi (futuro libetista do Orfeo de
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Actas Del Ix Congreso Internacional De La Asociacion Hispanica De Literatura Medieval Vol 3 2005 Isbn 84 96259 75 7 Pags 503 520, 2005
Etnografica, 2008
Revista de Administração Contemporânea, 2014
dialnet.unirioja.es
Nuntius Antiquus, 2019
Tese de Doutorado - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2023, 2023
Revista Elaborar, 2014
Revista Arquitetura e Urbanismo, Ed. PINI, 1987
ociedade, poder e cultura no tempo de ovídio, 2010
Memória e Materialidade: Interpretações sobre Antiguidade, 2018
Omni Tempora, 2018
Passado presente em obras tridimensionais.uma antologia da história da arte em Santa Catarina, 2023
Anais do V Enanparq, 2018
Projeto Contracondutas - Escola da Cidade (SP), editoria História e Escravidão, 2016