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Grilhões invisíveis: as dimensões da ideologia, as condições de subalternidade e a educação em Gramsci
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Revista HISTEDBR on-line, 2021
Fluminense RESUMO O exercício de reflexão presente neste estudo procura compreender e analisar a presença da filosofia positiva de Auguste Comte, entre finais do século XIX e início do século XX-momento de transformações econômicas, sociais e fundamentalmente política-entre os círculos intelectuais no Brasil, com particular interesse em sua introdução no pensamento educacional brasileiro. Com efeito, procuramos incidir nossa pesquisa pela difusão do positivismo na educação a partir de dois intelectuais específicos: Benjamin Constant e José Veríssimo. Por ambos, traçarem um debate que buscava, cada qual a seu modo, a partir do ideário positivista, empreender mudanças que trariam ao Brasil o progresso e a ordem civilizatória nos mesmos marcos que se dispunham na Europa ocidental e nos Estados Unidos. Intencionamos, deste modo, expressar que a formação de certas camadas intelectuais, centradas nos preceitos positivistas, manifestava a busca por hegemonia, no sentido explicitado por Antonio Gramsci (2000, 2004), de uma elite republicana e abolicionista, composta por frações militares, funcionários públicos, bem como, de uma pequena burguesia ainda em formação constituída por profissionais liberais, tais como, escritores, médicos, jornalistas, entre outros. Tal grupo, longe de expressarem um todo coeso, procurava disputar suas concepções de mundo junto ao Estado brasileiro.
movimento-revista de educação, 2020
A partir de Marx, Engels e Gramsci, o artigo objetiva apontar como, no sistema capitalista, a relação de hegemonia atravessa a práxis da educação popular. Está dividido em três partes: o século das luzes e a educação popular; a educação popular e a hegemonia em Marx e Engels; a educação popular e a hegemonia em Gramsci. Mostra que a “educação” destinada pela burguesia à massa popular está calcada na hegemonia de classe, pois visa ao seu controle, à sua disciplina e à exploração da sua força de trabalho. Nas considerações finais, faz-se uma rápida referência à educação no Brasil para afirmar, de acordo com Darcy Ribeiro, que “a crise educacional do Brasil da qual tanto se fala, não é uma crise, é um programa”.
Germinal: Marxismo e Educação em Debate, 2020
Este texto busca evidenciar os traços de continuidade e descontinuidade entre os sucessivos mandatos de governos neoliberais, no Brasil, dos anos 1990 até os dias que correm, e suas implicações no campo educacional. Para cumprir com desafio, emprega categorias analíticas como capitalismo dependente, fascismo dependente, hegemonia às avessas e crise de hegemonia, tendo como mediações as ações governamentais em torno das políticas macro e microeconômicas, apontando para a contínua perda de direitos sociais e subjetivos da classe trabalhadora e para os processos de privatização e mercadorização da educação.
Revista SOLETRAS, 2014
Resumo: Neste artigo buscamos contribuir para a problematização do direito à educação de jovens e adultos trabalhadores, tomando como tensão repercussões e rebatimentos políticos e sociais que perpassam processos de leitura e escrita em contexto escolar. A abordagem teórica do artigo está ancorada no enlace entre linguagem oral e escrita como problema de hegemonia político-cultural e, em última instância, como questão de ideologia. Apoiando-nos no diálogo com Antonio Gramsci, Mikhail Bakhtin e Paulo Freire, o artigo teve sua possibilidade material de escrita desenvolvida a partir de atividades de produção textual de jovens e adultos e em entrevistas realizadas junto a professoras que atuam nesta modalidade de ensino em uma escola pública de periferia urbana, no estado do Rio de Janeiro. Palavras-chave: Linguagens. Educação de Jovens e Adultos. Hegemonia político-cultural. Na pesquisa realizada, o ato de compreender as mediações realizadas pelos professores e professoras tem ganhado maior amplitude e densidade diante de perguntas: formar leitores ou escritores da língua? Ou, considerando ser leitura e escrita processos distintos, mas não excludentes, como superar as dificuldades de alfabetizar jovens e adultos na perspectiva de formar leitores e escritores da língua? A polêmica fomentada pelos diversos veículos de comunicação sobre o livro didático Por uma vida melhor (RAMOS, 2011), ganhou repercussão em nossas reflexões e estudos sobre as questões anteriormente destacadas. O referido livro voltado para a educação de jovens e adultos, em seu primeiro capítulo, "Escrever é diferente de falar" apresenta exemplos sobre variedades linguísticas 3 , tendo sido este tema tratado de forma descontextualizada pelos mesmos veículos, ao sentenciarem que o livro "ensinava errado" a língua portuguesa. A magnitude do destaque dado pela imprensa levou diferentes vozes de entidades e associações acadêmicas, escritores e profissionais da linguagem a se posicionarem 1 Professora Associada e Procientista da UERJ. Atua na graduação e no Mestrado em Educação Processos Formativos e Desigualdades Sociais da Faculdade de Formação de Professores da UERJ.
Educação e os múltiplos sentidos da linguagem, 2024
Este artigo visa pensar uma ação educativa não fetichizada a partir da definição de Bernard Charlot, para quem o saber se dá em uma relação mediada por um desejo, e não meramente sob a forma de “objetos” já pré-fixado. Para tanto, parte de uma reflexão sobre a linguagem como uma prática que forja mundos não previamente existentes e estabelece possiblidades alternativas de construção a eles. Segundo essa formulação, é fundamental compreender que os processos de significação se dão em relações antagônicas que disputam redes de sentidos e forjam relações de poder. Nesse contexto, vão sendo formadas cadeias semióticas de (re)produção, circulação e consumo de sentidos, que são sempre disputados. Pensar a educação nesse contexto significa não a isolar em seus elementos, mas compreender (e participar junto aos discentes) as diversas cadeias processuais das quais fazem parte um “saber” consolidado: as pesquisas envolvidas, as instituições, o seu processo de reprodução, as suas repercussões sociais, a sua circulação e consumo. Se buscam assim, no lugar de conhecimentos substancializados, aqueles operados e imersos nas redes afetivas de discentes e docentes daquele mundo escolar.
Educação e Emancipação, 2023
Nesta pesquisa, foram analisados artigos e notícias publicadas nos jornais O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Correio da Manhã, O Globo e Jornal do Brasil, que expressaram ideologicamente, assim como outros órgãos de imprensa, a defesa da ditadura civil-militar (1984-1985) e a construção de um consenso em torno do projeto de desenvolvimento associado e dependente ao capital financeiro internacional, notadamente o Norte-americano. Verifica-se que as reformas educacionais promovidas pelos governos militares, foram justificadas com base na Teoria do Capital Humano (TCH), da eficiência técnica, do desenvolvimento e das liberdades democráticas. Concomitantemente, a ampliação da escolarização não significou ruptura alguma com o dualismo educacional em nosso país, mas inversamente ocorreu seu aprofundamento, além da precarização das condições de trabalho docente. Por fim, as pesquisas foram realizadas nos bancos de dados dos jornais do período e na Hemeroteca Digital
Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, transmitida ou arquivada desde que levados em conta os direitos dos autores. Fábio Marques de Souza; Angela Patricia Felipe Gama [Orgs.] Mídia, linguagem e ensino-Diálogos transdisciplinares. São Carlos: Pedro & João Editores, 2013. 278p.
Fronteiras & Debates
O presente artigo teve como tema os Acordos Bilaterais Brasil/EUA no campo da educação e partiu do seguinte problema: de que forma o Memorando de Entendimento sobre Educação/1997 remete a uma concepção hegemônica neoliberal de educação, contribuindo para a perpetuação do modelo capitalista de produção vigente na Sociedade? O objetivo constituiu-se em analisar o citado Memorando na perspectiva do modelo de educação proposto no texto do Acordo estabelecido entre os dois países signatários. O estudo apresenta-se, então em duas seções. A primeira, intitulada Discutindo categorias essenciais busca verificar de que forma as categorias hegemonia, pedagogia da hegemonia e Terceira Via, a partir dos estudos de Gramsci (2001); Martins e Neves (2010) e Lima e Martins (2005), estão relacionadas com os termos do Acordo celebrado entre Brasil e EUA, que resultaram no documento “Memorando de Entendimento sobre educação/1997.” A segunda seção chamada Acordo bilateral Brasil/EUA: análise do Memorand...
Revista GESTO-Debate
Este ensaio vale-se de reflexões gramscianas como fundamento na defesa da imprescindibilidade da liberdade de ensinar dos/as professores/as da Educação Básica no bojo do projeto de construção de uma nova hegemonia —alicerçada nos interesses do povo. Para isso, percorre o caminho argumentativo de mostrar: em primeiro lugar, a relevância da profissão docente na conformação das sociedades modernas; e, a partir daí, a visão de Gramsci tanto no que tange à importância estratégica da instituição escolar para a autodeterminação das classes subalternas quanto no que se refere ao “tipo” de intelectual que ela deve formar para que uma vontade coletiva de base popular se constitua.
2013
RESUMO: O objetivo desse trabalho é analisar aspectos da teoria política de Antonio Gramsci, para examinar as concepções de hegemonia e cultura e salientar a dimensão política da educação. A hegemonia tem como apoio principal na cultura. A escola é um dos aparelhos de formação cultural para a consolidação da hegemonia, com perspectivas de formação crítica. O presente artigo examina os limites do sistema escolar para a organização dos trabalhadores.
Revista Espaço do Currículo
O presente texto propõe uma reflexão sobre a noção de hegemonia, desenvolvida por Laclau e Mouffe em suas relações com a pesquisa em currículo. A abordagem desenvolvida permite compreender, no amplo campo da política curricular da BNCC, diferentes hegemonias. Para o presente artigo, serão destacadas duas delas: os novos e multiletramentos, associados à Língua Portuguesa (LP); e o Esporte, no componente Educação Física (EF). A Teoria do Discurso compõe a estratégia de pesquisa, junto às apropriações realizadas, principalmente, por Alice Lopes e Elizabeth Macedo para pesquisas no campo de políticas de currículo. Com esses aportes, é problematizada a política pública de currículo em que se constitui a BNCC. É ponderado que a centralização curriculardefendida via discursos hegemonizados nos dois componentes destacados se justifica por uma suposta aproximação à realidadedo jovem, ao passo que projeta a ideia de que a educação que acontece nas escolas é pouco atraente, conteudista e desvi...
Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 2013
Analisa a concepção de educação integral do Programa Mais Educação, nova estratégia do governo federal para a educação integral em tempo integral na escola pública brasileira. Por meio da análise de documentos que fundamentam o programa, constatamos uma concepção intercultural, assentada numa gestão intersetorial e sistêmica, instrumentos de democratização e inovação capazes de melhorar a qualidade da educação.
Educação & Sociedade, 2000
O texto concebe alfabetização como forma de política cultural. Critica teorias de alfabetização, sugere uma teoria renovada, bem como focaliza campanhas de alfabetização, principalmente as que se realizam em ex-colônias na África. Por fim, argumenta que os programas de alfabetização, para se pautarem por uma perspectiva emancipadora, precisam partir da língua dos alunos.
Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 1998
The cornerstones for the critical theoretical assessment of educational reality have been the concept of ideology such as it was developed in Marxist literature, especially through the contributions of Gramsci, Lukacs and Althusser. The text seeks to investigate some of the consequences of the redevelopment of the concept of ideology put forth by T.W. Adorne and M. Horkheimer, with a view to attaining a critical reflection on the theme of education. The essay also highlights the ideological function of the cultural industry and of the growing technological orientation within broad segments of society, which directly influence school reality , as well as raising issues that have only rarely been considered to date.
Educar em Revista, 2021
RESUMO Este artigo retoma alguns aspectos de escritos críticos: a pergunta sobre a linguagem e seu significado político e pedagógico é importante a partir do entendimento de que a linguagem, na leitura crítica, tem uma dimensão política e metafórica e, como tal, traduzível, viabilizando a relação dos saberes entre si e destes com o real vivido. Ao mesmo tempo, por sua dimensão política, torna-se um instrumento importante de consolidação da hegemonia. A linguagem é um elemento vital neste processo e as Universidades, no seu interior e no exercício da linguagem acadêmica, têm a incumbência fundamental de nutrir o processo hegemônico por meio da atividade dos intelectuais e de sua formação para funções na estrutura produtiva, política e cultural, no sentido da preservação da ordem social. A educação torna-se mediadora no movimento de superação do horizonte ideológico dominante na medida em que possibilita o acesso ao contexto de formação, ao questionamento e renovação da linguagem.
Revista Lusofona De Educacao, 2007
Pretendemos, com este artigo, reflectir sobre educacao e desenvolvimento. Para tal, e nossa intencao rever diversos conceitos, dando especial relevo a interculturalidade. Terminaremos com uma referencia aos trabalhos de Freire e Gramsci. Palavras-chave: Participacao; Sociedade Civil; Sociedade Intercultural; Cidadania.
Revista Iberoamericana de Educación
A idéia da inexorabilidade da globalização hegemônica como única saída para o desenvolvimento pós-guerra fria tem marcado grande parte do debate acadêmico e midiático atual, inclusive no campo educacional. Este nosso artigo pretende argumentar em um sentido contrário, corroborando as teses da existência das várias possibilidades de «globalizações» (Boaventura de Souza Santos, 2002), verificando as convergências e as divergências das relações entre a globalização e a educação, especialmente quanto ao estabelecimento de uma «cultura educacional mundial comum» ou de uma «agenda globalmente estruturada para a educação» (Roger Dale, 2004). Pretende também captar o rebatimento dessas influências nas políticas educacionais brasileiras entre 1995 e 2002 (Silva Jr., Dourado, Azevedo et al., 2002). Por fim, ao advogar a idéia de «história como possíbilidade do novo», busca destacar as denúncias, as respostas e as propostas de uma educação contribuinte da globalização contra-hegemônica utiliza...
Ao Fabio Frosini, com quem tanto aprendo, por ter sido sempre tão acessível e generoso e pela essencial ajuda para a realização do meu período de Doutorado Sanduíche em Roma. Ao Guido Liguori, por ser quem é, pelas exposições brilhantes e pela companhia e amizade que tornaram os meus 6 meses em Roma mais felizes. Sigo aprendendo contigo e espero ter oportunidade novamente de compartilhar sessões de cinema, pizzas e fiori di zucca... À minha orientadora, Carmen Sylvia, por ter acolhido esse trabalho e a todos do grupo de estudos e pesquisas em educação e trabalho, coordenado por ela, pelas leituras e discussões estimulantes partilhadas nesse último ano. Ao Dermeval Saviani e ao Lincoln Secco, por serem exemplos tão importantes para mim, por toda generosidade e valiosos apontamentos feitos na qualificação desse trabalho. À Lisete Arelaro, pela fundamental ajuda, no momento que mais precisei, para que o desejo de realizar um período de estudos na Itália pudesse ser concretizado. Ao Giovanni Semeraro, por aquela aula e conversa em 2013 e pela alegria de ter convivido e aprendido contigo durante o curso em Ghilarza. À International Gramsci Society Italia, à Fondazione Istituto Gramsci e à Casa Museo di Antonio Gramsci e, especialmente, ao comitê diretivo, pela oportunidade e honra de ter sido selecionada para participar do primeiro curso avançado da Scuola Internazionale di studi gramsciani, Ghilarza Summer School, em setembro de 2014.
2018
Hegemonia, Cultura e Educação para onde caminhamos? Hegemony, Culture and Education where we walk? Hégémonie, culture et éducation pour oú de marche? Nilton Ferreira Bittencourt Junior 1 Universidade Federal do Piauí Resumo: Neste artigo buscamos a representação da escolarização/educação como mecanismo determinante na formação da cultura moderna. E como no século XXI este mecanismo apresenta indícios de ser desarticulado e substituído pelas mídias eletrônicas. Analisamos desde o processo de escolarização em massa, a partir do século XVI até os dias de hoje. Nesta análise utilizamos o conceito hegemonia do filósofo Italiano Antônio Gramsci e sua relação com o processo educativo-a pedagogia e a cultura. Neste jogo social, a escolarização em massa sofreu mutações, dentro do princípio experimental iluminista. Inicialmente com a ingênua missão de igualar seres humanos, mas tomada pela nova classe dominante, a burguesia, ser torna seu instrumento de ampliação de lucros e controle social. De libertadora das trevas da ignorância para a alienadora formação de descartáveis máquinas humanas.
1986
Dentro da vasta obra de Pier Paolo Pasolini, Meninos da vida é o sétimo título em português lançado no Brasil, precedido pela publicação de A hora depois do sonho, Teorema, O pai selvagem, Caos — Crônicas políticas, As últimas palavras do herege (depoi mento a Jean Duflot) e Amado meu, isso sem contarmos as edições lusas de Últimos escritos, Pasolini poeta e Escritos póstumos, às vezes encontráveis em nossas livrarias. Não podemos esquecer, também, que muito se debateu em torno de seu polêmico ensaio “A poesia do novo cinema’', publicado pela Revista Civilização Brasileira em maio de 1966, o que vem reforçar o fato de Pasolini ser familiar ao público brasileiro sobretudo enquanto homem de cinema, cuja filmografia, desde fins dos anos 60, quando da exibição de O evan gelho segundo São Mateus, tem sido possível acompanhar quase que em sua totalidade.
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