Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2017, verve, 31: 63-96, 2017
…
34 pages
1 file
Resumo O artigo apresenta uma análise sobre a presença anarquista na América Central nas três primeiras décadas do século XX, a partir de suas fontes documentais, como as publicações anarquistas da época. Argumenta-se em favor de uma linha de investigação que entenda o anarquismo dentro de suas particularidades sócio-históricas, assim como de abordagens que levem em consideração a interação entre tempo e espaço no estudo das redes de militantes, a fim de compreender os alcances do movimento e das práticas libertárias na região. Palavras-chave: anarquismo, fontes documentais, América Central.
Revista Tempo Amazônico, 2022
O presente artigo tem como objetivo analisar a escolas anarquistas em Belém do Pará ao longo dos anos de 1910. Com base na consulta dos periódicos daquele momento, tanto os da imprensa operária quanto os da grande imprensa diária, se verificou a atividade de pelo menos três escolas organizadas por grupos de afinidade anarquistas e baseadas nas propostas pedagógicas do professor espanhol Francisco Ferrer y Guardia naquela década. Se procurou identificar seus grupos organizadores e analisar aspectos gerais do funcionamento delas, comparando suas práticas efetivas com os pressupostos da pedagogia racionalista de Ferrer.
This work is a study of the circulation of books and reading practices among anarchists active in the city of São Paulo in the 1930s. We analyzed the formation and development collection of the Centro de Cultura Social (CCS) Library. This center was organized by anarchists in the year 1933 and closed in 1937 on the occasion of the Estado Novo, ending its first phase. His library in that period consisted of books, newspapers, anarcho-syndicalist militant documents and had the duty to serve as input to the center of culture activities, as commented readings, lectures, courses and theatrical activities. In addition to this source of research we also used reviews and adverts of selling published books in the newspaper A Lanterna and A Plebe, between 1933 and 1935 and DEOPS / SP documents, such as notices of search and seizure of anarchists private libraries and research reports about books circulation and newspapers libertarians. Were used as a theoretical research of Robert Darnton on the history of books and reading practices. About the authors of the books of both libraries, the old library of the Centro de Cultura Social and the private libraries seized, draw attention classic authors of anarchism as Malatesta, Proudhon, Kropotkin, Reclus Elisée, but also others like Marx and Trotsky. In the Literary genres we found essays, stories, novels and poetry. Regarding to the circulation of books, was found that some were sold in bookstores in the city of São Paulo, through newspapers libertarians and by the militants. Among the anarchists were frequent as commented reading practices on spaces like centers of culture and public libraries as the readings of individual works acquired through purchase and stored in small private collections.
2015
Anais das IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos: Lutas, Experiências e Debates na América Latina - ISBN 978-950-793-223-6 - Orgs. Paulo Renato da Silva ; Mario Ayala ; Fabricio Pereira da Silva ; Fernando José MartinsEste artigo buscou investigar e compreender as contribuições políticas do movimento anarquista no início do século XX, analisar o porquê dessas contribuições serem relegadas às mar- gens da história. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, cuja mesma aponta para fatores combinados como responsáveis por quase obliterar da memória historiográfica o movi- mento anarquista no BrasilPPG – IELA – UNIL
Um breve olhar em retrospectiva da luta dos anarquistas pela conquista de direitos para toda a classe trabalhadora e contra toda forma de coerção e opressão, seja por parte do Estado ou dos capitalistas, durante os primeiros anos da chamada Era Vargas.
2021
In this article, we try to detect the nuances of action and libertarian thought, observing the anarchist principles, among which internationalism. To this end, the historical paths taken by the Brazilian labor movement are surveyed, thus detecting, as well as some of its landmarks, the First Brazilian Congress, of 1906, the intentions to implement workers' schools, free or rational, in general, since the end the 19th century and, in particular, the beginning of the 20th century. We also bring the historical context of the emergence of the Modern School nº 1, created by anarchists as a model and headed by João Penteado, an anarchist professor from the interior of São Paulo. The libertarian pedagogy, which had its roots in european socialism and anarchism, had political and cultural impacts and its historical development counted on the militancy of Brazilians and the presence of immigrants living in the country.
BETTINE, Marco (org.). Mudança Social e Participação Política: os conflitos, as transformações, as utopias. São Paulo: Edições do Programa Pós-graduação em Mudança Social e Participação Política (EACH-USP), 2020., 2020
Quando falamos em anarquismo e movimentos sociais no Brasil, entendemos, em primeiro lugar, que o anarquismo é uma ideologia, uma doutrina política, um tipo de socialismo libertário e revolucionário que surgiu na Europa na segunda metade do século XIX, e que se consolidou entre o fim dos anos 1860 e o início dos anos 1880 em distintos continentes. O cerne de seus fundamentos ideológicos e doutrinários encontra-se em três aspectos: 1.) na crítica radical do capitalismo, do Estado e de todas as formas de dominação; 2.) na defesa intransigente de um projeto autogestionário, que implica a socialização generalizada da propriedade, do poder político e do conhecimento; 3.) numa estratégia classista, em que trabalhadores e oprimidos em geral convertem sua capacidade de realização em força social e, por meio de um enfrentamento marcado pela coerência entre meios e fins.
Revista Crítica Histórica, 2020
Anarquia na Bahia (1920-1922)-militância, repressão e circulação geográfica na trajetória de Eustáquio Marinho Anarchy in Bahia (1920-1922)-militancy, repression and geographical circulation in the Eustáquio Marinho's trajectory Luciano de Moura Guimarães Resumo: Na tarde de 18 de novembro de 1918, na capital federal, centenas de trabalhadores de diversas categorias profissionais, aproveitando as greves decretadas por suas associações de classe, reuniram-se no Campo de São Cristóvão. O objetivo era assaltar um quartel do Exército para dar início a uma revolução que pretendia implantar uma República de Operários e Soldados, de caráter soviético, no Brasil. Frustrada a insurreição, a consequente
Este trabalho tem como objetivo analisar as práticas políticas anarquistas durante o período compreendido entre a Revolução Cubana e as ditaduras militares da Argentina, Brasil e Uruguai. Pretendemos no presente estudo analisar as transformações nos debates estratégicos e políticos das organizações anarquistas desses países, assim como elucidar a influência da Revolução Cubana e da luta armada no interior do anarquismo. Servindo-nos de diferentes fontes documentais (cartas, entrevistas, jornais, folhetos e atas) e de um amplo debate historiográfico procuramos neste trabalho elucidar as transformações operadas na sua cultura política, as práticas junto a sindicatos, estudantes e movimentos populares. Pretendemos compreender os fatores em comum que afetaram o anarquismo nos três países e os fatores singulares, assim como, compreender comparativamente as relações, posições estratégicas e debates transnacionais entre as organizações anarquistas. A partir de uma análise baseada na História Política e na História Social e de diferentes procedimentos metodológicos procuramos mapear o campo político anarquista e o resultado da sua adesão ao que convencionamos chamar de gramática guerrilheira e ao latino-americanismo.
A Federação Operária de São Paulo: Anarquistas e sindicalistas nos anos 1930 RODRIGO ROSA DA SILVA * "Ontem, na sede da Federação Operária realizou-se uma assembléia (...) a quase totalidade dos anarquistas de S. Paulo estiveram presentes. A sala quase que só tinha anarquistas" 1 . Ao nos depararmos com tal relato não poderíamos logo imaginar que essa reunião tenha ocorrido no início do século XX, quando os anarquistas eram atuantes e "hegemônicos" nos sindicatos, segundo parte da historiografia sobre o movimento operário brasileiro? Talvez em 1906, quando da realização do Primeiro Congresso da Confederação Operária Brasileira ou nas agitações preparatórias para a Greve Geral de 1917? Mas qual não é a surpresa ao constatarmos que a referida assembléia realizou-se no dia 23 de agosto de 1933. Tratava-se de uma conferência onde discursaram os anarquistas Florentino de Carvalho e Hermínio Marcos para uma platéia repleta de anarquistas e para os ouvidos atentos dos policiais infiltrados, que relataram todo o ocorrido às autoridades do DEOPS. O surgimento de novos documentos possibilitam a afirmação da sobrevivência e, mais importante, da atividade de muitos militantes anarquistas, grupos e órgãos de orientação libertária nos anos 1930. E ainda mais importante, permite desvendar a presença do anarquismo na cena política e sua influência nas associações e sindicatos de trabalhadores. A maior parte dos autores que se dedicou a estudar o anarquismo no Brasilcom raras exceçõesconsiderou-o como uma fase embrionária do sindicalismo brasileiro. Quase a totalidade das pesquisas que tratam, direta ou indiretamente, do anarquismo e dos anarquistas no Brasil conclui praticamente com as mesmas idéias: que o seu surgimento foi concomitantemente à chegada dos primeiros imigrantes italianos e espanhóis no último quartel do século XIX e que o ideal libertário se desenvolveu em *
O internacionalismo anarquista e as articulações políticas e sindicais nos grupos e periódicos anarquistas Guerra Sociale e A Plebe na segunda década do século XX em São Paulo. KAUAN WILLIAN DOS SANTOS * O movimento anarquista bem como seus instrumentos comunicacionais, enquanto tema de pesquisa, foi comumente abordado pela historiografia brasileira, principalmente envolvendo os temas do movimento operário, cultura proletária ou trabalhista, imigração e mais recentemente sobre as amplas iniciativas educativas que os militantes libertários disseminaram durante suas trajetórias no país (OLIVEIRA, 2009). Esses estudos aumentaram potencialmente ao findar da década de 1980, onde podemos observar a consolidação do estudo das classes trabalhadoras, principalmente com a disseminação da obra A Formação da Classe Operária Inglesa do historiador inglês Edward Thompson, publicada primeiramente em 1963 na Inglaterra. O autor contextualiza a noção de classe, que nessa interpretação, não é o resultado natural do desenvolvimento de forças produtivas ou de uma economia funcionalista. Para Thompson, a formação da classe operária inglesa deve ser vista como resultado de sua própria experiência particular e de seus embates, que ressignificavam e adaptavam culturas anteriores em relação às forças produtivas e à economia. Nesse sentido, o autor ressalta os próprios agentes históricos e elementos como a cultura popular na construção da classe e nas próprias lutas e resistências que esta pudesse possuir (THOMPSON, 1987). Sidnei Munhoz argumenta que ao "refazer" a história do primeiro proletariado inglês, Thompson desenvolveu um percurso próprio, objetivando penetrar nos meandros do que ele denominou o "fazer-se" da classe operária inglesa. Tanto seu objetivo quanto suas fontes foram abordados de forma pouco convencionais. O estudo não se restringia a sindicatos e organizações socialistas, mas abrangia um vasto campo que compreendia a política popular, tradições religiosas, rituais, conspirações, baladas, pregações milenaristas, ameaças anônimas, cartas, hinos metodistas, festivais, danças, listas de subscrições, bandeiras, etc (MUNHOZ, 1997:157). Nas décadas de 1980 e 1990, no Brasil, a historiografia do tema parecia perceber que o estudo das classes trabalhadoras ainda estava ressaltando apenas uma movimentação política dos trabalhadores e negligenciado outras culturas de classe como lazer, cotidiano, alimentação, elementos propostos por autores como Thompson. Desse modo, se intensificaram de maneira
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
Anais II Jornada de Genero - GT de Gênero, 2019
2010
Faces de Clio, 2018
REBELA - Revista Brasileira de Estudos Latino-Americanos, 2019
Anais do X Encontro Internacional da ANPHLAC
Revista Faces da Clio, 2024
El movimiento obrero y las izquierdas en América Latina: Experiencias de lucha, inserción y organización. Volumen I, 2018
Geographia (UFF), 2019
VII Encontro de Pós-Graduação em História Econômica & 5ª Conferência Internacional de História Econômica, 2014
Revista Mundos do Trabalho, 2022
Revista Estudos Libertários, 2023
Livro "Diálogos e práticas no campo da pesquisa qualitativa", 2021
Revista Estudos Libertários, 2019
Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação
Revista Semina (UPF), 2007