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Resistência e dissonância nas narrativas em disputa

2020

Esse artigo analisa as narrativas produzidas pela midia e pelos segmentos juvenis durante os movimentos de ocupacao nas escolas e universidades no segundo semestre do ano de 2016. O exame dessas narrativas em disputa revela estrategias discursivas especificas: no âmbito das ocupacoes, o agendamento de temas destinados a formacao de certos enquadramentos propostos pelos jovens estudantes, interessados em: (1) “furar” a narrativa dominante inaugurada pelos meios de comunicacao televisivos; e (2) escapar as estrategias de silenciamento por meio dos atos de resistencia. No âmbito midiatico, tem-se o agendamento de temas destinados a formacao de enquadramentos centrados na: (1) deslegitimacao do movimento (a partir de chaves de oposicao e contrafaccao no campo semântico); na (2) estigmatizacao do discurso da resistencia; e (3) na criminalizacao dos atos de resistencia.