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Tum ille: «Tu autem cum ipse tantum librorum habeas, quos hic tandem requiris?» «Commentarios quosdam», inquam, «Aristotelios, quos hic sciebam esse, ueni ut auferrem, quos legerem, dum essem otiosus.» Então ele perguntou: «Tu que tens tantos livros, que livros procuras tu aqui?» «Vim buscar uns comentários de Aristóteles», disse eu, «que sabia que aqui havia, para os ler quando tiver vagar.» Cícero, De finibus 3. 9-10. O ritual da procura, na biblioteca, de um volume da extensa obra aristotélica, imitando o gesto de Cícero, filia-nos numa tradição de leitura e interpretação tão antiga como o próprio filósofo. E lê-lo é, ainda hoje, um desafio. Séculos de leitores e exegetas reconhecem a complexidade do seu pensamento, debatendo-se por o esclarecer e traduzir; a sua dificuldade, o carácter obscuro de muitas passagens, o nível de corrupção do texto tornaram-se desabafos «tópicos» de quem exaspera na luta constante pela aproximação ao grego, necessariamente imerso em problemas e perplexidades. Numa nota introdutória, não poderia ser nossa pretensão elencá-los, muito menos esclarecê-los 1 ; Parte da alma que move Desejo e entendimento Implicação de outras faculdades 9 10 11 A faculdade nutritiva e a sensibilidade Necessidade da faculdade nutritiva no ser vivo. Carácter necessariamente compósito do corpo do animal. Necessidade da sensibilidade no animal, e primeiramente do tacto. Necessidade do tacto, sem o qual não existem outros sentidos. Carácter necessariamente compósito do corpo do animal. Explicação teleológica dos sentidos. Necessidade da nutrição e da sensibilidade Necessidade do tacto, finalidade dos sentidos 12 13 TRADUÇÕES ANOTADAS E COMENTÁRIOS CALVO MARTÍNEZ, T., Aristóteles: Acerca del Alma, introducción, traducción y notas, Madrid, 1978.
Muitos dos conceitos existentes na neurociência moderna possuem suas origens nas especulações elaboradas pelos antigos filósofos e médicos gregos. Questões centrais sobre a fonte dos pensamentos humanos, o mecanismo da atividade cognitiva, e a natureza das emoções, percepção e movimento voluntário, por exemplo, foram levantadas pelos pensadores gregos. É a partir desta civilização que surgem as observações mais sistemáticas sobre a estrutura e o funcionamento do corpo, da mente e a relação entre estas duas entidades. Assim, o presente trabalho pretende observar as principais tentativas iniciais gregas em vincular estruturas do corpo (tais como o cérebro ou o coração) e atividades mentais, ao longo das diversas especulações gregas sobre a natureza, a filosofia, a psicologia e a medicina. Palavras-chaves: Relação Mente-Corpo; Relação Mente-Cérebro; Grécia Antiga; História da Neurociência.
2021
Esta dissertação não teria sido possível de realizar sem o apoio constante e a orientação da professora Verônica Fabrini. Também foi de grande importância, especialmente no início da pesquisa, a co-orientação de Elizabeth Zimmermann. Devo ainda à professora Suzi Sperber, seja em sala de aula, seja na banca de qualificação, meus agradecimentos pelas valorosas contribuições e apoio humano. A Cassiano Quilici, pelo interesse em participar da banca de avaliação, pela aguda percepção do objeto de pesquisa e por tantos encontros casuais, nas reuniões da ABRACE e na Unicamp. A João-Francisco Duarte Júnior, pelos longos debates que travamos em suas aulas, acerca da natureza e função do sensível, na educação e na arte, e pela presença na avaliação final. À memória de Renato Cohen, que soube apoiar, compreender e contribuir sempre com o amadurecimento desta pesquisa e de meu trabalho artístico, em geral. Ao amigo e mestre em teologia José Carlos Iglesias, pelas sugestões bibliográficas e por todas as conversas informais, em torno das fogueiras sagradas, sob a batuta de Kaká Werá Jecupé. Quero agradecer ainda à minha mãe, Aureci Nunes, e meus irmãos, que apoiaram e financiaram a realização desta pesquisa, na falta de instituições de fomento em condições de fazê-lo; a Potira de Azevedo, pela companhia e pela interlocução informal, acerca dos desígnios insondáveis de Eros e Psiquê; a Eduardo Néspoli e Marco Scarassati, pela parceria em diversas experimentações performáticas; a Margha Vine, pela amizade e pelo apoio nestes últimos dois anos de docência e pesquisa. Por fim, agradeço a todos os alunos e professores da Universidade Estadual de Londrina, onde lecionei por dois anos, o que permitiu o amadurecimento das idéias aqui apresentadas, através de debates e da aplicação de alguns de seus princípios. A questão da interioridade do ator, em seu trabalho artístico, tem demandado, já há mais de um século, a atenção de diversos encenadores e teóricos teatrais. Paralelamente a esse movimento de atenção à subjetividade do ator, tem havido forte retomada de interesse pelas origens de sua arte, num ambiente cultural cada vez mais caracterizado pela pluralidade de formas e pela experimentação. Neste mesmo ambiente, a psicologia teve nascimento, enquanto ciência, estruturou-se e desestruturouse, ao longo de um século. Um dos pais da psicologia profunda, Carl Gustav Jung, se dedicou ao estudo da alma humana, através de imagens de sonhos, mitos e símbolos da cultura. Em sua teoria, a alma possui uma característica teleológica, que aponta para o chamado processo de individuação, através do qual, potencialidades inatas da personalidade podem se desenvolver. Esta temática permanece até os dias de hoje, encontrando no pós-junguiano James Hillman um de seus principais expoentes. Hillman é um dos criadores do movimento psicológico denominado psicologia arquetípica, que tem buscado aproximar a psicologia (ou seja, o logos de psyqué) da cultura, das artes e da filosofia, em lugar do consultório médico. Recebendo influências de Henry Corbin e do renascimento florentino, Hillman demonstra a relação que existe entre a alma e a morte, e que a individuação junguiana pode ser vista como um processo de fazer a alma. Nesta dissertação, procuro coadunar a idéia do fazer a alma com o processo de formação e atuação em artes cênicas, usando a psicologia arquetípica como ferramenta para ampliar as discussões acerca da interioridade do ator e de sua relação com a corporeidade da cena.
Contemporânea
É supinamente cómodo resolver uma complicação como o fazem os simplistas, excluindo todas as outras complicações que não sejam aquela. Mas isso é do que nós já estamos fartos. Almada Negreiros 1 Almada foi moderno. E, portanto, paradoxal. O exercício e apologia da contradição fizeram parte do seu modus operandi: somemos a provocação e violência como estratégia para alcançar a intensidade, a constante insurreição contra a letargia nacional, a ironia, a exaltação da experiência e da excentricidade eaí está -temos uma «maneira de ser» 2 . Desta maneira de ser, constantemente sobressai um carisma extraordinário, uma destacada qualidade de presença cuja memória continua a ser um dos mais recorrentes aspectos associados ao artista 3 . No caminho na Direcção Única 4 , Almada -caso também único no grupo de artistas com quem convivia e trabalhava -pulverizou a sua actividade por múltiplos campos, sempre com um ímpeto totalizante, mas com resultados da Pintura ao Vitral, da Literatura ao Design Gráfico, e (enfim) «TUDO» 5 . Avesso à ideia de especialidades artísticas (e não é por acaso que esse outro «especialista de ideias gerais», Ernesto de Sousa, se aproximou e interessou tanto pela figura e trabalho de Almada), 1 Martins [et al.], 2006: 169. 2 « Isto de ser moderno é como ser elegante: não é uma maneira de vestir, mas sim uma maneira de ser» (Ibidem: 156). 3 Como relataram Mariana Pinto dos Santos e Sílvia Laureano Costa, investigadoras da obra de Almada, a quem desde já agradeço a colaboração na preparação deste texto. No decurso da investigação conducente à minha tese de doutoramento (Brandão, 2016), pude comprovar que as referências a Almada feitas pelos artistas associados às Artes Visuais ligados à Performance nas décadas de 60 e 70 que foram entrevistados, se prendem sobretudo com a sua atitude galvanizadora. 4Ibidem: 155-181. 5 Ibidem: 7. Negreiros acabou por reconhecer ser o Espectáculo o seu maior interesse 6 . Importa, no entanto, elaborar um pouco em que acepção terá esta palavra sido utilizada. Não dirá certamente respeito à ideia de palco em sentido literal, até porque esse foi esporadicamente pisado 7 . Podemos, por outro lado, considerar a criação -em que Almada parece ter sido mestre -do espaço cénico (não tradicional, pois claro) sediado no quotidiano, como aconteceu no seu encontro na Brasileira com Eduardo Viana 8 , ou numa primeira leitura do Manifesto Anti-Dantas e por extenso de 1916, declamada no café Martinho para um grupo de amigos, ou ainda no seu (para já) misterioso trabalho em Paris e Biarritz (1919-20) 9 , como bailarino de danças de salão e acompanhante de senhoras de sociedade e dançarino no clube nocturno Patapoom, gerido pelo seu amigo Homem Christo Filho 10 .
A presença de Almada nos grandes momentos da História de Portugal é uma constante, donde se destacam os cidadãos, factos e instituições que contribuíram para o desenvolvimento deste concelho.
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A Jovelina Maia Rodrigues. 8 nitidamente o religioso e o além, como substrato permanente e inteligente do mesmo plano da vida?
. A água é fundamental à vida, satisfaz completamente a estas exigências e se encontra presente em proporções elevadas na constituição de todos os seres vivos, inclusive no homem, onde atinge cerca de 75 % de seu peso. (Moraes e Jordao, 2002). O homem sempre se preocupou com o problema da obtenção da água em quantidade e qualidade suficiente ao seu consumo e desde muito cedo, embora sem grandes conhecimentos, soube distinguir uma água limpa, sem cor e odor, de outra que não possuísse estas propriedades atractivas. (Moraes e Jordao, 2002).s, . A água presente em nosso ambiente encontra-se em constante movimento. Os processos de transporte de massa tem lugar na atmosfera, em terra e nos oceanos, sendo o conjunto desses processos chamado de Ciclo Hidrológico, (Moraes e Jordao, 2002).. Actualmente, o planeta Terra vem enfrentando diversas mudanças climáticas, devido ao aumento da poluição da água, solo, e ar e devastações em florestas, gerando graves problemas ambientais que automaticamente colocam em risco a qualidade de vida dos seres vivos existentes no planeta, (Moraes e Jordao, 2002).
Algas Tradicionalmente, sobretudo nos livros didáticos voltados para o Ensino Fundamental e Médio, as algas têm sido classificadas no Reino Protista, ou Protoctista, como sugerido por Margulis e Schwartz em 1982. No entanto, a classificação dos seres vivos tem passado por várias modificações, principalmente em função dos avanços em biologia molecular e sua influência sobre o estudo da evolução dos seres vivos. Tais modificações são, ainda, alvo de muitos debates entre os cientistas. Assim, em propostas de classificação mais recentes, como a sugerida por Sandra Baudalf em 2003, o reino protista deixa de existir e os diferentes filos de algas se distribuem por grandes agrupamentos de seres vivos. Por exemplo, os filos Chlorophyta (Clorofíceas-algas verdes), Phaeophyta (Feofíceas-algas pardas) e Charophyta (carofíceas) são colocados no mesmo agrupamento das plantas terrestres. Alguns autores de livros didáticos, mesmo adotando o termo Protista, já procuram deixar claro que se trata de um coletivo sem valor taxonômico. Elas são eucariontes ou procariontes, fotossintetizantes, unicelulares ou pluricelulares, de grande importância ecológica e evolutiva. Apresentam grande diversidade, ocupando ambientes terrestres úmidos ou aquáticos. Nos aquáticos são os principais componentes do fitoplâncton. São frequentemente muito mal conhecidas do público em geral e, algumas vezes, ainda permanecem objeto de noções bastante vagas por parte de numerosos biólogos profissionais, que conhecem melhor as Embryophyta (" vegetais superiores "). A maioria de nós já observou grandes algas litorâneas, mas poucas pessoas tiveram a ocasião de admirar o magnífico espetáculo constituído pelas algas microscópicas, sem dúvida mais numerosas, mas visíveis somente graças a um potente microscópio. As algas fascinam por sua beleza ou suas propriedades, exaltadas pelas publicidades em dietética, cosmetologia ou talassoterapia, mas, na atualidade, são às vezes percebidas como um prejuízo, devido às proliferações espetaculares que são capazes de formar, ou mesmo como uma ameaça, quando essas proliferações são constituídas de microalgas tóxicas. Cianofíceas Na árvore filogenética do mundo vivo, só uma categoria de " algas " é de natureza bacteriana: as Cianobactérias (Cyanobacteria ou Cyanophyta), também denominadas " algas azuis " ou " algas procarióticas ". Todas as outras algas pertencem aos eucariontes. As algas azuis (Cyanobacteria) são seres procarióticos, como bactérias comuns, e fotossintetizantes, como as algas. Existem cerca de 150 gêneros e 2.000 espécies. Elas possuem clorofila A (e não bacterioclorofila) e realizam a fotossíntese oxigênica. A presença deste pigmento é o caráter derivado (inovação evolutiva) compartilhado pelas cianobactérias, mas, no entanto, podemos encontrar cianobactérias com as mais diversas cores. A cor, geralmente azul, das cianobactérias é devida a pigmentos acessórios azuis e às vezes vermelhos (as ficobilinas), que mascaram a cor verde da clorofila. Suas reservas glicídicas são formadas por grãos citoplasmáticos de um composto próximo do amido. O aparelho vegetativo é unicelular, colonial ou filamentoso. As cianobactérias não possuem nunca células flageladas. Suas paredes celulares são constituídas de mureína, característica das bactérias, e são recobertas por uma membrana lipopolissacarídica externa (o que as faz bactérias de
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Swinburne, R. G. Tradução de Igor Neves Ferreira, 2021