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Uma Ode À Queda

2014

Abstract

O medo do desconhecido, de um descontrole em micro-instantes no refazer da cena em um espetaculo, acaba impossibilitando a plena vivencia do espaco efemero – que sendo assim ja nasce em direcao a morte, como tudo o que e vivo. Na necessidade as vezes premente do acerto, do perfeito e acabado, acaba-se por vezes mecanizando aquilo que poderia e deveria ser vivo ja na sua genese. Como, na arte do ator, nas suas extensas e intensas pesquisas sobre si, romper a inercia, o medo da queda, ir em direcao a vertigem e nao fugir dela? Como criar ambientes favoraveis a esse corpo aberto? Como, diante da inevitavel morte perante a qual estamos expostos desde que nascemos, brincar, no territorio do corpo-em-arte, com as forcas que atuam nesse movimento de escuridao e luz? Este texto propoe problematizar a aceitacao do fracasso como potencia no territorio das artes da cena.