Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2013
Este trabalho fez parte da apresentação realizada no XIII Colóquio do Centro de Pensamento Antigo (CPA) & IV Semana de Estudos Clássicos do CEC-IEL, ambos ocorridos em novembro de 2015 pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Seu intuito era demonstrar o motivo pelo qual Boudica foi escolhida no século XIX como um dos símbolos nacionais da Inglaterra e como essa escolha estava ligada à corrida e às atividades femininas que se enquadraram no início do levante do movimento feminista durante esse período.Boudica foi uma rainha bretã da tribo dos iceni que liderou um exército contra o Império Romano no século I d.C. Seus atos inspiraram tanto as mulheres poderosas da Inglaterra, tais como Elizabeth I e Vitória, quanto as sufragistas do início do século XX, bem como as de épocas posteriores. Ela também esteve associada a um período de extremo nacionalismo para o Reino Unido, tendo em vista que sua figura estava diretamente relacionada com as raízes e glórias do passado desse grupo.
Este artigo está vinculado a uma apresentação feita durante o CPA de 2013, que ocorreu na Unicamp, mostrando como as mulheres foram muitas vezes escondidas pela História e que, quando evidenciadas, suas figuras foram distorcidas e descritas de forma pejorativa. Dessa forma, para expor esses efeitos, o trabalho em questão se baseou na personagem Boudica e em algumas outras mulheres relacionadas a ela ou ao período em que ela viveu, as quais foram descritas pelos antigos escritores Tácito e Dião Cássio, contando com Cartimandua, rainha bretã da tribo dos brigantes, e algumas romanas, como Agripina e Messalina. O artigo também comenta sobre a cultura material que envolve Boudica e o ponto de vista britânico em relação à personagem. This article is linked to a presentation done during the CPA, in 2013, that occurred in Unicamp, which demonstrated how women were many times hidden by History and when they were shown those fi gures were distorted and described in a pejorative way. Thus, to illustrate these effects this work was based on Boudica’s character and other women who were related to her or connected to the period she lived and were described by the ancient writers Tacitus and Cassius Dio, counting with Cartimandua, Briton queen from the tribe of Brigantes and some Romans women, such as Agrippina and Messalina. The article also comments about the material culture that involves Boudica and the point of view of the British regarding her character.
Este estudo trata-se da interpretação, em fontes textuais e artísticas, das representações femininas de Boudica, rainha bretã da tribo dos Iceni, a qual liderou uma rebelião contra o Império Romano durante a invasão deste na antiga Bretanha, durante os anos de 60 a 61 d.C. Seus atos de guerra foram escritos em primeira mão por Tácito e Dião Cássio, que pertenciam a uma sociedade incapaz de aceitar uma mulher como comandante de um exército Entretanto, atualmente é muito difícil encontrar essas fontes primárias de uma forma completa, por exemplo, em relação as obras de Tácitos temos apenas os anos de 68 e 69 de A Vida de Agrícola e de Os Anais do Império Romano, o livro V e todos do livro VII ao X estão desaparecidos. A obra de Dião Cássio também possui problema semelhante (Pinto, 2011, p. 107). Contudo, estes textos foram lidos e relidos durante séculos e a mesma história foi reescrita e contada várias vezes e de diversas formas. A criatividade de certas informações, nessas novas obras, era corriqueira, pois elas não passavam de poemas, peças, esculturas, livros, pinturas, trabalhos políticos e até charges que envolviam a figura feminina da Boudica. Esses trabalhos não tinham por intuito maior contar a verdade, mas chamar a atenção da audiência.
Arqueologia hoje: tendências e debates, 2019
This paper is related to the exposed presentation occurred at the IV International Week of Archaeology Student, held at the Museum of Archaeology and Ethnology (MAE), of the University of São Paulo (USP). Its contents is part of a post-doctoral work that was developed at the Institute of Archaeology, of the University College London (UCL), supervised by Prof. Tim Schadla-Hall and co-supervised by Prof. Pedro Paulo Funari. The work was intended to demonstrate the uses of the past, development, pros and cons of the study of the British collective memory by means of interviews with the public about Boudica character, a Briton Queen of the Iceni tribe who led an army against the Roman Empire during the first century.
Este artigo objetiva demonstrar como o passado é utilizado para para abraçar novos temas de pesquisa, como os estudos de gênero.
Resumo: Este artigo tem por intuito mostrar como Boudica, rainha bretã da tribo dos iceni, que liderou um exército contra o Império Romano no século I d.C., está consolidada na experiência histórica do passado britânico e em sua memória coletiva por meio de uma cultura material composta por estátuas e um vitral localizados em diferentes cidades no Reino Unido, tais como Colchester, Londres e Cardiff.
A Burocracia do "Eloquente" (1433-1438). Os textos, as normas, as gentes, 1996
O trabalho agora dado à estampa constituiu originariamente dissertação de mestrado em História Medieval apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto em Abril de 1991, e defendida com êxito e unânime atribuição da classificação máxima em Julho seguinte. A Autora tornara-se-me notada no ano lectivo de 1984/85, ao frequentar, no âmbito do 2º ano da licenciatura, a "saudosa" cadeira de História Institucional e Política (séculos III-XIV). A elaboração de um relatório de leitura sobre as duas clássicas monografias versando a época de Filipe, o Belo revelara-ma como especialmente propensa para estudos no âmbito da História dos Poderes (inclinações naturais em quem quase até "à última hora" parecera apontar para a licenciatura em Direito?). Não mais a "perdi de vista" E nos dois anos subsequentes tive o ensejo de orientar leituras e primeiros trajectos por fontes impressas . Em Abril de 1987, com relativa naturalidade, surgiu a "estreia" pública do seu labor, e por sinal face a um auditório exigente, no X Encontro da Associação Portuguesa de História Económica e Social, subordinado ao tema: FACTORES DE CRESCIMENTO E BLOQUEIO DAS SOCIEDADES, OS PODERES, sob a direcção do Professor Vitorino Magalhães Godinho. Armando Luís de Carvalho Homem (Professor Catedrático da FL/UP)
Revista de Letras Norte@mentos , 2018
A partir da importância do conceito psicanalítico de " trauma " para a cultura desde o início do século XX, este artigo busca compreender como esse conceito aparece na obra de Baudelaire, obra fundamental para a compreensão da modernidade que, segundo Walter Benjamin, estaria marcada pela " vivência do choque ". Neste sentido, Benjamim pensa a poesia de Baudelaire como uma poesia que teria incorporado na sua própria estrutura a noção de choque. Ao passar pela relação ambígua do poeta com a multidão, Benjamin nos sugere uma relação ambígua de Baudelaire com a própria modernidade, deslocando a sua poesia dos lugares tradicionais.
Para um milhão e meio de habitantes no século XII, Inglaterra e Escócia tinham aberto, apenas as duas, 220 leprosários. Mas já no século XIV o vazio começa a se implantar: no momento em que
2021
The respective article seeks to describe the warlike exploits of the Queen of the Iceni - Boudicca, all her Celtic legacy and in return propose a reflection on the creation and reinvention of Boudicca in the Tacitus and Cassius Dio’s speech registered on the primary sources. In Celtic society, there are records about these warrior women named Dux Femina being leaders both in the war and in the government of their people, in this case, the source of inspiration for this Celtic legacy is Boudicca. Keywords: Boudicca. Cassius Dio. Celts. Dux Femina. Tacitus
Revista de História da Sociedade e da Cultura, 2008
Artigo do volume 8 da "Revista de História da Sociedade e da Cultura" (2008), p. 97-143, redigido pela Prof. Dra. Maria Alegria Fernandes Marques.
Revista Portuguesa de História, 52, 2021
Assistência na doença prestada aos monges beneditinos no âmbito da Congregação de São bento, em particular as boticas dos Mosteiros de Tibães e de Refojos de Basto.
Portuguese translation, with Introduction and commentary of the entire corpus of Bacchylides.
Lemos sobre vários homens que têm o nome de Tucídides. Há um Tucídides farsálio, mencionado no livro oitavo desta história, que era próxeno dos atenienses em Farsalo e, por acaso estando em Atenas na época em que o governo dos Quatrocentos começou a cair, com sua intervenção e persuasão apartou as facções que então se armavam, para que não lutassem na cidade acarretando a ruína da república [commonwealth]. Há o Tucídides filho de Milésias, um ateniense do demo de Alopes, de quem Plutarco fala na vida de Péricles, o mesmo, com toda probabilidade, que é citado no livro primeiro desta história, aparecendo à frente de quarenta naus enviadas contra Samos, cerca de vinte e quatro anos antes do início desta guerra. Outro Tucídides, filho de Aríston, também ateniense, do demo de Aquerdos, era um poeta, embora de seus versos não tenha restado nada. Mas Tucídides, o autor desta história, um ateniense do demo de Alimos, era o filho de Oloro (ou Orolo) e Hegesípele. O nome de seu pai normalmente é grafado como Oloro, mas a inscrição em sua tumba trazia Orolo. Como quer que se o escreva, é o mesmo nome que foi usado por vários reis da Trácia, e lhe foi dado em respeito a seus antepassados. Desse modo, mesmo que nosso autor (como diz Cícero a seu respeito, lib. ii, De Oratore) nunca tivesse escrito uma história, ainda assim seu nome não se extinguiria, em vista de sua honra e nobreza. E não apenas Plutarco, na vida de Címon, mas também quase todos os outros que tocaram nesse ponto afirmam claramente que ele descendia dos reis trácios, aduzindo em prova que pertencia à casa de Milcíades, aquele famoso general dos atenienses contra os persas em Maratona, o que também provam pelo fato de que seu túmulo permaneceu por muito tempo entre os monumentos daquela família. Pois, perto dos portões de Atenas, chamados Melitides, havia um local chamado Coela, e lá se encontravam os monumentos chamados Cimoniana, pertencentes à família de Milcíades, onde só podiam ser sepultados os que pertencessem a ela. E entre eles estava o monumento de Tucídides, com a inscrição THUCYDIDES OROLI HALIMUSIUS. Ora, todos concordam que Milcíades descendia de Oloro, rei da Trácia, cuja filha se casou e teve filhos com outro Milcíades, avô deste outro. E Milcíades, que conquistou a memorável vitória em Maratona, foi herdeiro de grandes possessões e cidades no Quersoneso da Trácia, sobre as quais também reinou. Na Trácia também ficavam as possessões de Tucídides e suas valiosas minas de ouro, como ele mesmo declara em seu quarto livro. E, embora tais riquezas lhe possam ter vindo de uma esposa (como também afirmam alguns) com quem se casou em Scapte Hyle, uma cidade da Trácia, ainda assim tal casamento mostra que ele mantinha relações com aquele país e sua nobreza não era desconhecida por lá. Mas seu grau de parentesco com Milcíades nunca veio à luz em lugar algum. Houve também quem conjeturasse que Tucídides pertencia à casa dos Pisistrátidas, conjetura esta cuja única base é que ele faz uma honrosa menção ao governo de Pisístrato e de seus filhos e diminui a glória de Harmódio e Aristogíton, provando que a libertação do Estado de Atenas da tirania dos Pisistrátidas foi falsamente atribuída à ação daqueles dois (que derivava de uma vingança pessoal num problema amoroso), que não pôs termo à tirania, a qual, pelo contrário, tornou-se ainda mais pesada para o Estado, até ser finalmente deposta pelos lacedemônios. Mas essa opinião, por não ser tão bem fundamentada, não é tão bem acolhida quanto a primeira.
Resumo Com este texto pretende analisar-se um manuscrito inédito do século XVIII no qual se encontram receitas de culinária a par de outras dedicadas a questões de higiene e beleza e mezinhas utilizadas na época, numa mistura comum neste tipo de documentos, em que se entrelaçam permanências e rupturas. Se no que se refere aos preparados com vista a obter saúde e beleza estamos perante um receituário bastante tradicional em que se cruza superstição, magia e pretensa medicina já no que se refere ao receituário de culinária estamos perante um cozinheiro criativo que apresenta várias novidades, em especial no que se refere à utilização de novos produtos. Abstract This paper aims to examine an unpublished Portuguese manuscript of the eighteenth century, with cooking recipes and other ones about hygiene and beauty and also remedies used at the time, a common mixture in this type of documents, in which intertwine stays and ruptures. In the preparations in order to obtain health and beauty this is a very traditional recipe that intersects superstition, magic and medicine. In the other hand, is a very creative cookbook, with several novelties, particularly with regard to the use of new products.
A difusão e apropriação do pensamento de Pierre Bourdieu no Brasil tem se consolidado como objeto de estudo nas duas últimas décadas no interior das Ciências Sociais. O presente artigo junta-se, pois, a esta frente de análise, com o escopo circunscrito aos pesquisadores brasileiros que atuaram como divulgadores das ideias e das obras de Bourdieu entre as décadas de 1960 e 1990, a partir de contato direto e indireto com o sociólogo francês. Com o objetivo de compreender o papel desses então jovens investigadores na difusão do pensamento bourdieusianos no Brasil, construímos um esboço da genealogia acadêmica de Bourdieu no Brasil a partir de dados extraídos das plataformas Lattes e Acácia, de entrevistas e relatos de experiências publicados no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) e em periódicos científicos, bem como de contato direto com os sujeitos mapeados. Os resultados apontam para a existência de uma divulgação científica que ocorreu não apenas através da tradução de trabalhos originais de Bourdieu para o português e da publicação de artigos e coletâneas sobre sua obra, como também através da circulação de suas ideias por meio de cursos, palestras e orientações, de modo que esses interlocutores assumiram uma posição central na consolidação deste autor no campo acadêmico brasileiro.
SHOAH – 80 ANOS DE MEMÓRIA E RESISTÊNCIA [VOL. 1]
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.