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2018, Museologia & Interdisciplinaridade
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Museologia e Interdisciplinaridade, 2018
Esta apresentação do Dossiê Os Museus e o Mar não se iniciava com essa epígrafe. Achamos oportuno incluí-la frente ao incêndio que devastou as coleções do Museu Nacional do Rio de Janeiro, à medida provisória de extinção do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM – e às recentes e complexas discussões internacionais sobre as diversas perspectivas de análise dos agora chamados ‘Lost Museums’. Talvez as discussões desse outro dossiê contribuam para adensar nossas reflexões sobre os necessários processos para consolidação da Museologia no Brasil. Para voltar nosso olhar particularmente para temas que por vezes parecem perdidos nos estudos da Museologia no país: a História dos Museus, das exposições, das coleções e de suas permanências e impermanências (Aranha Filho, 2011).
2009
Memória e resistência são palavras-chave nesse vídeo que apresenta o Museu da Maré do Rio de Janeiro. A Maré é uma enorme área de favela, categoria que denomina as moradias populares surgidas em processos irregulares de ocupação do solo urbano no Brasil. A autoconstrução é signo característico desse tipo de espaço onde a resistência adquire múltiplos aspectos. Os moradores da Maré não apenas resistiram às autoridades públicas que nos primeiros anos de ocupação tentaram removê-los, à pobreza e à falta de recursos e infraestrutura para habitar ali, mas, também, às forças da natureza. Chegados à baía de Guanabara à busca de emprego, do interior do Estado do Rio de Janeiro e de Minas Gerais nos anos de 1940 e do Norte e Nordeste do país a partir de 1950, os primeiros moradores construíram suas casas sobre palafi tas. Eles colocaram precárias pontes para transitar entre os barracos de madeira, sobre uma água contaminada que ameaçava de morte as crianças que usavam aquelas estreitas passarelas como espaço de brincadeira. As ventanias, as tempestades, as enchentes, tudo podia acabar a qualquer momento com as precárias casas ou, pelo menos, estragar objetos no seu interior mal protegido por telhados que deixavam passar a água da chuva.
Anos atrás, em viagem à Espanha, percorri o Museu do Prado inteiro arrastando meu caçula para ver El sueño de la razon produce monstruos (1797-1799) de Francisco de Goya. Não podíamos perder aquela oportunidade: monstros haviam me acompanhado ao longo da escrita de tese -Leviatãs, Golens, Cyborgs, Calibãs, etc -mas não eram monstros produzidos pelo sono da razão e sim pelo acordar ou abertura da razão a uma multiplicidade de formas de vida. Esses monstros da ambivalência, do excesso, da desmedida e da resistência eu os havia encontrado na leitura de Antonio Negri e dela estava impregnada quando me deparei com um cartaz-faixa que, pendurado no alto de uma imensa ocupação em pleno centro da cidade de São Paulo, gritava "Zumbi somos nós!"[i]. Impactada pela sublime visão da Prestes Maia, decidi pesquisar sua potente produção social, cultural e artística, e a ela dedicar um texto: Outros monstros possíveis [ii]. Anos mais tarde, voltei a me deparar com o monstro, desta vez na cidade do Rio de Janeiro em plena "ressignificação" criativa e "revitalização" urbana. Nesse processo, a museificação (ou simplesmente institucionalização) da cultura e da arte carioca organiza em termos econômicos a primeira e legitima em termos políticos a segunda. É no seio desse projeto que remove favelas, gentrifica bairros populares e elimina qualquer possibilidade de alteridade e heterogeneidade na cidade,
Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013., 2013
Essa comunicação foi gerada a partir de conversas com público leigo sobre a Caça ao Tesouro submerso. Os interlocutores defendiam que ela compensava monetariamente. Em contraposição argumentou-se, com base em um artigo de George Bass, (pai da Arqueologia Subaquática Científica) que a musealização da Arqueologia Marítima pode ser tão ou mais lucrativa beneficiando um número maior de pessoas não só financeiramente, mas também culturalmente e socialmente. O tema é um ponto central na dissertação de mestrado dessa autora: Refletindo sobre Musealização da Arqueologia: um encontro entre Público e Arqueologia em Santos, desenvolvido no MAE USP com orientação da professora doutora Marília Xavier Cury. A proposta da dissertação tem como enfoque principal um estudo de recepção visando à criação de subsídios para a proposição de um Museu de Arqueologia para a cidade de Santos – São Paulo - Brasil, por meio de simulações e protótipos. Uma prática em consonância com a Arqueologia Pública. Na comunicação, haverá uma explanação teórica sobre a Musealização da Arqueologia Marítima confrontada com a prática. Para tanto, será utilizada uma das etapas do trabalho de campo da investigação, que contou com visitações em museus e exposições que tinham como enfoque a maritimidade por meio dos temas: água, mar, porto e navegação. A maior parte no Brasil e duas na Espanha. A comunicação visa oferecer elementos para enriquecer a discussão, nos permitindo refletir sobre os desafios enfrentados por nosso país na área de musealização da Arqueologia.
O Publico E O Privado, 2014
Tendo em vista os crescentes diagnósticos de processos de musealização, de espraiamento de centros culturais e de valorização da curadoria, este artigo procura investigar o surgimento de instituições museais como instrumentos de políticas públicas para intervenção no espaço urbano. Para tanto, pretendo analisar a fundação do Museu de Arte do Rio (MAR) na Zona Portuária, no contexto do Porto Maravilha. O objetivo deste texto é, ainda, discutir a possibilidade de construção de uma instituição de arte, a partir da formação de redes que agregam diferentes agentes sociais e de negociações para a emergência de um projeto compartilhado. 31 (*) Sabrina Parracho Sant'Anna é Doutora em Sociologia e Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro-UFRRJ @
LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 2021
O presente artigo traz uma reflexão teórica acerca dos significados e das interações entre o Lazer e os Museus. Os procedimentos metodológicos consistiram em revisão bibliográfica e análise documental. O percurso metodológico adotado permitiu uma ampla investigação sobre o universo museal e o lazer ao longo de diversos períodos históricos até o paradigma atual, com destaque ao que se convencionou chamar de Nova Museologia. Neste novo paradigma, pautado pela indústria cultural, consideramos que as novas formas de interação dos Museus com o seu público são sempre mediadas na perspectiva do lazer cultural e pelo alcance da importante função social dos museus.
Os Museus e seu(s) Poder(es), 2022
A partir da temática para o Dia Internacional dos Museus proposta pelo ICOM em 2022, neste pequeno e corrido texto, procuro esboçar três aspectos do poder, melhor dizendo, dos poderes dos museus. Não é demais ressaltar que o poder dos museus não se esgota nesses aspectos, mas que outros olhares e perspectivas são infinitamente possíveis, a partir de outras leituras e práticas museais. Além disso, esses poderes se entrelaçam e se emaranham, um dando suporte, liga e força aos demais.
O museu é, no seu próprio contexto geográfico, o mais valioso espólio do património local. Nele se deposita a memória dos nossos antepassados e através dele poderemos fazer uma verdadeira e alucinante viagem no tempo. Aí se contacta com testemunhos insubstituíveis cuja observação e estudo nos farão compreender melhor a nossa história. Porém, há que preparar convenientemente essa visita para que não nos confrontemos com situações ou peças museológicas que nada nos dizem por lhes desconhecermos o significado. Não vale a pena levar as crianças a visitar uma praça-forte sem terem previamente uma noção do que foi e em que consistiu o feudalismo.
Este artigo, publicado em Outubro 2014 na revista Argos nº 2 do Museu Marítimo de Ílhavo (pp 56-61), visa contribuir para a reflexão e o debate teórico sobre a denominada museologia marítima e os perfis de museus marítimos, partindo da análise e procurando evocar abordagens práticas e experienciadas sobre a relação entre comunidades, manifestações de cultura marítima e museus de, ou com, temática marítima. Em particular, e restringindo esse vasto campo de reflexão e de análise, tenta reportar-se à questão dos processos de reconhecimento e de valorização de património marítimo-fluvial, em relação com o protagonismo ou a capacitação das comunidades que vivenciam as culturas do mar, aludindo ao papel dos museus em tais processos.
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I Congresso de História e Património da Alta Estremadura, 2011
Historiografias portuguesa e brasileira no século XX: olhares cruzados, 2000
Coleção Museus, Memória e Cidadania, 2018
Cadernos De Sociomuseologia, 2002
Tur Senses Regional Conference 2023, 2023