Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2011, Revista de Ensino de Engenharia
Este trabalho mostra a evolução do conhecimento sobre a Engenharia Elétrica. As contribuições deste trabalho procuram evidenciar os principais fatos que revelam os benefícios desta evolução para a sociedade humana, através da utilização da Eletricidade e do seu ensino. A Eletricidade está em estado latente na natureza e seu potencial tem sido descoberto e desenvolvido pelos seres humanos através dos milênios. A sua utilização nos primórdios pelas civilizações antigas, o desenvolvimento do conhecimento sobre ela e suas aplicações elementares, bem como a descoberta da inter-relação das várias formas de Eletricidade na natureza são exemplos disto, e são abordados neste trabalho. Os fundamentos da Engenharia Elétrica são a base do estado da arte e o seu ensino estruturado tem cooperado para a formação rigorosa de profissionais.
2020
Este trabalho apresenta um breve apanhado histórico do Programa de Educação Tutorial da Engenharia Elétrica UFES. Nele é contado um pouco das origens do grupo, como é feita a divisão interna de atividades, qual seu impacto na graduação e uma apresentação dos principais projetos realizados ao longo dos anos. É discutido também como o tripé acadêmico se encaixa em meio ao cenário do PET Elétrica e como o grupo se comporta e se organiza diante das normas estabelecidas pelas portarias que regulamentam o programa e o MOB (Manual de Orientações Básicas). O trabalho permite se ter uma visão do PET Elétrica, expondo suas principais características de modo a difundir o que é feito pelo grupo em benefício do curso de Engenharia Elétrica e dos outros grupos PET.
A primeira observação da eletrificação de objetos por atrito perdeu-se na antigüidade. Os filósofos gregos, como por exemplo, Thales, de Miletus, no ano 600 a.c., já sabiam que ao esfregar uma peça de âmbar com um pedaço de lã ou pele, eram capazes de conferir ao âmbar a propriedade de atrair pequenos pedaços de palha. A palavra elétron, aliás deriva da palavra âmbar (elektron), em grego. Esta constatação originou a ciência da eletricidade. Os gregos sabiam também que algumas "pedras", as magnetitas (lodestones) que eram encontradas em Magnesia, uma localidade da Ásia Menor, podiam atrair exclusivamente o ferro, e isto mesmo sem serem esfregados. O estudo desta propriedade origina a ciência do magnetismo. No século 11, árabes e chineses usavam a magnetita flutuando sobre a água para se orientarem ao navegar pelos mares. Eram as bússolas. O primeiro estudo sistemático dos ímãs foi feito em 1269 por Pierre de Maricourt. Ele usou uma agulha magnetizada para traçar o que chamava de "linhas de força" ao redor de uma esfera de magnetita e descobriu que estas linhas convergem em duas regiões, em lados opostos da esfera, como as linhas longitudinais da Terra. Por analogia, ele chamou as regiões onde as linhas de força convergem de pólos. Em 1600, William Gilbert estendeu estes trabalhos e sugeriu que a própria Terra comporta-se como um gigantesco ímã. Por volta de 1753, observações de que relâmpagos eram capazes de conferir propriedades magnéticas a peças de ferro sugeriam uma convergência entre a eletricidade e o magnetismo, mas demorou ainda algum tempo até que a relação entre as duas ciências se tornasse clara. Em 1600, William Gilbert, médico da rainha Elizabeth I, foi o primeiro a distingüir claramente entre fenômenos elétricos e magnéticos. Foi ele quem cunhou a palavra eletricidade, derivando-a de "elektron" que significa âmbar em grego. Gilbert mostrou que o efeito elétrico não é exclusivo do âmbar, mas que muitas outras substâncias podem ser carregadas eletricamente ao serem esfregadas. Em 1729 Stephen Gray observou que era capaz de transferir a carga elétrica de um bastão de vidro para uma bola de marfim pendurada por um barbante. Porém a transferência de carga não ocorria se a bola era pendurada por um fio metálico. Daí concluiu que o metal "levava embora" o fluido (carga). Gray concluiu que a maior parte das substâncias podem ser classificadas de condutoras ou isolantes. Os condutores, como por exemplo os metais e soluções iônicas, permitem o fluxo livre do fluido, enquanto que os isolantes, como por exemplo a madeira, borracha, seda e vidro, não permitem o fluxo do fluido. Quando um bastão de vidro é friccionado por seda, ambos ficam carregados. Imagine a seguinte experiência. Duas bolas de isopor são suspensas por fios e colocadas próximas uma da outra. Ao tocar ambas as bolas com o bastão de vidro, ou ambas com seda, as bolas se repelem. Tocando uma das bolas com o vidro e a outra com seda elas se atraem. Baseado neste tipo de evidência, Charles du Faye, em 1733, propôs que existem dois tipos de cargas, que são observáveis como "fluxos elétricos", e que as cargas iguais se repelem enquanto que as cargas diferentes se atraem. O tipo da carga do vidro foi chamado de "vítreo" e o tipo da carga da seda ou do âmbar de "resinoso". du Fay acreditava que estas cargas eram separadas pelo ato da fricção. Por volta de 1750 Benjamin Franklin propôs que um único tipo de fluido flui de um corpo para o outro pela fricção, designando de positivamente carregado o corpo que acumulou fluido e negativamente carregado o corpo que perdeu fluido. Franklin realizou também a seguinte experiência: colocou duas pessoas, A e B, sobre um pedestal coberto de graxa para evitar a perda de carga. Depois de carregar um deles com o bastão de vidro e o outro com o pano de seda, observou que um terceiro indivíduo, C, aproximando-se de qualquer um deles causava o aparecimento de uma faísca. Contudo se A e B se tocavam, não havia faísca. Franklin concluiu que as cargas armazenadas no bastão de vidro e na seda eram de mesma amplitude mas de sinais opostos e propôs ainda que a carga nunca é criada ou destruída, mas simplesmente transferida de um corpo para o outro. Hoje chamamos a esta propriedade de Conservação da Carga. Em 1753, John Canton descobriu que é possível carregar um objeto metálico isolado eletricamente mesmo sem tocá-lo fisicamente com outro objeto carregado. Imagine por exemplo duas bolas metálica sobre pedestais isolantes, em contato entre si. Aproxima-se um bastão de vidro positivamente carregado de uma das bolas. Nesta situação, separa-se as duas bolas e afasta-se o bastão de vidro. Canton observou que a bola próxima ao bastão de vidro ficou carregada negativamente, enquanto que a outra ficou carregada positivamente, e que a quantidade de carga armazenada era a mesma nas duas bolas. Este fenômeno é chamado de indução. Durante todo o século XVIII uma série de experiências foram realizadas, mas as observações eram meramente qualitativas. O primeiro passo importante na quantificação das forças elétricas foi dado pelo químico Joseph Priestley, descobridor do oxigênio, em 1766. Poucos anos antes, Benjamin Franklin havia realizado a seguinte experiência. Era conhecido que um copo metálico carregado era capaz de atrair um pequeno corpo descarregado e que este corpo neutro se carregava prontamente em contato com a superfície externa do copo. Contudo, ao suspender uma pequena esfera de
Engenho e Obrauma abordagem à história da …
As máquinas eléctricas são constituídas por: circuitos eléctricos, circuito magnético e orgãos mecânicos. Mas, para cada tipo de máquina eléctrica estas diferentes partes constituintes têm uma construção própria que se traduz n u m orgão de máquina específico, como se verifica pela observação cuidada dessas máquinas eléctricas
História & Ensino, 2023
Este artigo discorre sobre o ensino de história a partir da imprensa sindical de trabalhadores urbanitários do setor elétrico em Foz do Iguaçu, cidade situada na fronteira trinacional entre Argentina, Brasil e Paraguai. Para isto, recolhe suas fontes entre as páginas do Jornal Alerta Geral, nos anos de 1992 e 1993, discutindo possibilidades do ensino da história de trabalhadores em vista de questões como a luta por direitos, desenvolvimento social e emancipação humana. A metodologia empregada parte da lógica das mediações, conforme nos propõe Maria Ciavatta, e observa as relações entre capital e trabalho. Ao final do texto, encontram-se algumas considerações sobre possibilidades e limites da utilização da imprensa sindical enquanto recurso didático.
CONGRESSO BRASILEIRO CIÊNCIA E SOCIEDADE, 2019
1,3,4 e 5 Instituto Federal do Piauí -IFPI 2 O setor de energia elétrica do Brasil desde a sua criação necessitou da criação de leis para regulamentar desde a geração de energia com o aproveitamento dos rios, passando pela distribuição e comércio. A necessidade de entender como se deu esse processo pode revelar o cenário atual de desenvolvimento do setor em estados como o Piauí. Objetivando entender como se encontra o cenário de universalização e de incentivos ao desenvolvimento de energias no Estado, esse artigo foi realizado por meio de uma revisão da literatura e de dados das políticas públicas como PROINFA e Programa Luz para Todos, que ajudou na inserção de fontes de energia renováveis como a solar e eólica, além do acesso dessa energia para a população. Observa-se que a segurança regulatória nacional possibilitou a criação da usina hidrelétrica no estado, assim como órgãos de operação como é o caso da CEPISA. No entanto, é necessário que essa regulamentação seja estável para que investimentos sejam realizados, e com isso, a implantação das políticas públicas de desenvolvimento do setor energético atinja áreas de difícil acesso. Possibilitando ainda que as fontes de energia solar e eólica possam ser incentivadas para aproveitamento do potencial que possui o Estado.
Muito da prática do ensino de engenharia brasileiro tem suas origens esquecidas no tempo, como se a historicidade não fizesse parte do ensino tecnológico ou da própria tecnologia. Também é comum, no modo de pensar desta área, a idéia de que o ensino resulta de uma realidade posta, pronta e acabada, o que nos faz relegar o passado à condição de erros agora desconsideráveis, já que teriam sido finalmente corrigidos. É assim que, a todo momento, reproduzimos acriticamente procedimentos didáticos cujas origens virtualmente desconhecemos e que, talvez por isso, os desconsideremos. Isto deve contribuir para que releguemos as atividades docentes a plano secundário, como se fossem atividades acessórias. E do confronto, na prática acadêmica, da pesquisa, da extensão e da administração com o ensino, este acaba sendo, num caso limite, inclusive menosprezado. Tentando traçar um paralelo entre a nossa prática atual e o início da sistematização do ensino técnico, neste artigo procuramos apresentar dados e análises que podem ser úteis para uma reflexão sobre algumas das características do ensino que realizamos. São analisados em especial alguns aspectos de três escolas técnicas francesas, dos séculos 17 e 18, cujas histórias nos revelam similaridades com a prática do ensino tecnológico brasileiro de hoje. São resgatados elementos da Academia Real de Arquitetura, da Escola de Pontes e Estradas e da Escola de Minas. São elas escolas características, quer pelo ineditismo do que ajudaram a trazer, em termos de uma nova forma de tratar o ensino e o conhecimento, quer pelo fato de terem, de alguma forma, tornado-se padrões de referência para o ensino tecnológico, em vários países, até os dias de hoje. Em função disso, procuramos destacar algumas características da nossa prática atual, tentando apontar na direção de uma maior conscientização do exercício docente na área tecnológica.
2021
Este estudo teórico possui o objetivo de analisar historicamente o setor elétrico brasileiro na intenção de favorecer a elucidação dos fatos relativos ao contexto histórico e às estratégias geopolíticas e socioeconômicas consideradas pelo governo federal ao longo da história. A metodologia possui natureza teórica, apoiada em levantamento bibliográfico e documental. O estudo foi dividido em três etapas a saber: dos primórdios da política energética brasileira até 1985; entre 1986 e 2002; e entre 2003 e 2020. A investigação concluiu que a evolução histórica do setor elétrico brasileiro foi balizada em políticas imediatistas, que visavam a geração de PIB a curto prazo, e em grandes empreendimentos hidrelétricos, que ao mesmo tempo em que procuravam atender as demandas crescentes de energia elétrica, impactaram negativamente por meio de prejuízos aos aspectos socioambientais.
Conforme havíamos mencionado no Capítulo I, a busca da qualidade, eficiência e precisão nos processos industriais, exige sistemas de controle em malha fechada sem a presença do operador humano, os quais são chamados de Controladores Automáticos.
8 14 de roubos, uma vez que a Estrada Colonial era toda patrulhada, e o que fosse transportado fora dela poderia ser caracterizado como contrabando.
Engenharia Elétrica: O Mundo sob Perspectivas Avançadas, 2021
A engenharia elétrica tornou-se uma profissão há cerca de 130 anos, com o início da distribuição de eletricidade em caráter comercial e com a difusão acelerada do telégrafo em escala global no final do século XIX. Na primeira metade do século XX a difusão da telefonia e da radiodifusão além do crescimento vigoroso dos sistemas elétricos de produção, transmissão e distribuição de eletricidade, deu os contornos definitivos para a carreira de engenheiro eletricista que na segunda metade do século, com a difusão dos semicondutores e da computação gerou variações de ênfase de formação como engenheiros eletrônicos, de telecomunicações, de controle e automação ou de computação. Não há padrões de desempenho em engenharia elétrica que sejam duradouros. Desde que Gordon E. Moore fez a sua clássica profecia tecnológica, em meados dos anos 60, a qual o número de transistores em um chip dobraria a cada 18 meses - padrão este válido até hoje – muita coisa mudou. Permanece porem a certeza de que não há tecnologia na neste campo do conhecimento que não possa ser substituída a qualquer momento por uma nova, oriunda de pesquisa científica nesta área. Produzir conhecimento em engenharia elétrica é, portanto, atuar em fronteiras de padrões e técnicas de engenharia. Algo desafiador para pesquisadores e engenheiros. Neste livro temos uma diversidade de temas nas áreas níveis de profundidade e abordagens de pesquisa, envolvendo aspectos técnicos e científicos. Aos autores e editores, agradecemos pela confiança e espirito de parceria. Boa leitura!
Este trabalho analisa como a história da eletricidade é apresenta- da em livros didáticos e paradidáticos voltados para os Ensinos Fundamental e Médio. Em particular, analisamos como as contri- buições de Benjamin Franklin são abordadas do ponto de vista da qualidade das informações históricas e das idéias sobre a nature- za da ciência induzidas por estas narrativas. A História da Ciên- cia presente nos livros didáticos e paradidáticos analisados é su- perficial, com muitos erros historiográficos e, além do mais, transmite visões sobre a natureza da ciência e seu método que não correspondem aos conhecimentos epistemológicos atuais. De uma maneira geral, esses livros reforçam a idéia da existência de grandes gênios, valorizam apenas os conhecimentos que coinci- dem com os aceitos atualmente e, além disso, muitas obras trazem uma visão empírico-indutivista sobre a dinâmica científica.
Revista Música Hodie, 2014
A história tecnológica eletrônica, sua utilização e as transformações decorrentes de seu aproveitamento na música são a tônica desse trabalho que trata dos instrumentos de produção sonora por meio eletrônico. Abrange os instrumentos que produzem sinteticamente a sonoridade de instrumentos convencionais ou daqueles que criam virtualmente qualquer som, bem como da utilização de instrumentos de registro sonoro aproveitados para fins de composição musical. Nesse contexto, aborda as grandes mudanças paradigmáticas que promovem o estabelecimento de novas estéticas.
America Latina En La Historia Economica Boletin De Fuentes, 1997
I s inovacoes técnico-científicas e industriáis observadas ñas tres últimas décadas do século XIX afetaram de forma determinante a esfera da producáo, a estatura social, a vida cotidiana e o imaginario dos homens, desenliando um novo modelo de organizacáo e funcionamento da civilizacáo ocidental. 1 A chamada sociedade urbano-industrial, circunscrita espacialmente até a virada do século XIX para o século XX à Europa Ocidental e aos Estados Unidos, conquistaría escala planetaria no decorrer dos Novecentos, incorporando progressivamente o restante do mundo.
Revista Inova Ciência & Tecnologia, 2018
Este trabalho tem como objetivo entender como os projetos de instalações elétricas evoluíram no decorrer da história, desde sua criação, no século XIX, até os dias atuais. Através da análise documental de projetos de instalações elétricas antigos, que estão sendo buscados em museus, arquivos e outros centros de preservação da memória, e uma posterior análise comparativa com os atuais projetos de instalações elétricas, buscaremos observar as mudanças ocorridas no desenvolvimento desses projetos, contribuindo assim com os conhecimentos acerca da História da Eletricidade e da História da Ciência.
História da Ciência e Ensino: construindo interfaces
Resumo Este trabalho considera a História da Ciência como campo multidimensional que pode contribuir para interconectar diferentes disciplinas por meio da integração curricular. O ponto de partida do ensino e da aprendizagem contextualizados foi a história da Electro Metallurgica Brasileira, foi um empreendimento que reuniu cafeicultores e ações governamentais para criar uma siderúrgica em Ribeirão Preto, interior de São Paulo na década de 1920. A história dessa usina mostra os desafios e as tomadas de decisão diante das controvérsias tecnológicas da época quanto ao uso de alto forno elétrico, melhor combustível e redutor (carvão mineral ou vegetal), bem como a localização da siderúrgica. Dois engenheiros (João Pandiá Calógeras e Luis Felipe Gonzaga de Campos) com forte formação geológica e metalúrgica tiveram papel de importante na definição e orientação de políticas de desenvolvimento industrial mas divergiam quanto às melhores opções para cria...
Revista USP, 2015
O setor elétrico brasileiro vem sofrendo sucessivas revisões e reformas nos últimos 30 anos. Ainda que, no discurso, essas reformas sempre visem ao melhor e mais universal atendimento às necessidades da sociedade, na prática, esse resultado nem sempre esteve em primeiro plano. E mesmo sendo um critério prioritário de planejamento, a garantia da segurança do abastecimento foi alterada ao longo dessa sucessão de mudanças no modelo setorial de gestão. Atualmente, em um cenário de planejamento da expansão e da operação de alta complexidade, esse critério ostenta o caráter de particularidade brasileira frente ao cenário internacional, pairando sobre a sociedade uma persistente ameaça de “crise” do serviço de energia elétrica. Nesse contexto, este artigo elabora uma reconstituição histórica do processo de planejamento do setor elétrico em termos da importância da segurança do abastecimento.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.