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2018, Vista
A cidade é um universo que pode ser concebido a partir de diversos pontos de vista. É, desde logo, um território, com fronteiras formalmente definidas e com uma geografia que é ocupada por diferentes materialidades e seres (humanos e não-humanos). É, também, um universo social, na medida em que é habitada e vivida, ao longo do tempo, por diferentes pessoas e grupos sociais que vão produzindo a cidade. O espaço e o tempo são, assim, componentes da cidade que é fabricada em camadas, marcada pela permanente mudança da sua paisagem. Mas a cidade também é imaginário, é construída mentalmente não correspondendo necessariamente às suas configurações físicas concretas. Deste modo, a cidade imaginária é aquela que habita as nossas mentes mas, também, cada vez mais, aquela que se fabrica através dos circuitos digitais e dos ecrãs, com distintas conexões à realidade concreta que habitamos.
BARACHINI, T. APROPRIAÇÕES IMAGÉTICAS DOS ESPAÇOS URBANOS. In: Anais [recurso eletrônico] do 24o Encontro da ANPAP: Compartilhamentos na Arte: Redes e Conexões. Santa Maria e Porto Alegre, Brasil: 2015. , 2015
RESUMO: As apropriações imagéticas praticadas pela fotografia ao captar fragmentos das cidades deflagram não apenas seus espaços como também as diferentes experiências do corpo em relação ao urbano. Por vezes, é a sua ausência que reforça sua presença, por outras é a sua presença que reafirma a sua ausência em um determinado lugar ou mesmo sua impermanência como resultante de ações praticadas através de errâncias para absorção dos espaços urbanos. RESUMEN: Las apropiaciones imagéticas practicadas por la fotografía al captar fragmentos de las ciudades deflagran no solamente sus espacios sino también las diferentes experiencias del cuerpo en relación a lo urbano. Por veces, es su ausencia que refuerza su presencia, por otras es su presencia que reafirma su ausencia en un determinado lugar o aun su impermanencia como resultante de acciones practicadas a través de errancias para absorción de los espacios urbanos.
Vista, Revista de Cultura Visual, 2018
A cidade é um universo que pode ser concebido a partir de diversos pontos de vista. É, desde logo, um território, com fronteiras formalmente definidas e com uma geografia que é ocupada por diferentes materialidades e seres (humanos e não-humanos). É, também, um universo social, na medida em que é habitada e vivida, ao longo do tempo, por diferentes pessoas e grupos sociais que vão produzindo a cidade. O espaço e o tempo são, assim, componentes da cidade que é fabricada em camadas, marcada pela permanente mudança da sua paisagem. Mas a cidade também é imaginário, é construída mentalmente não correspondendo necessariamente às suas configurações físicas concretas. Deste modo, a cidade imaginária é aquela que habita as nossas mentes mas, também, cada vez mais, aquela que se fabrica através dos circuitos digitais e dos ecrãs, com distintas conexões à realidade concreta que habitamos.
A prática de documentar e/ou ficcionalizar a cidade significa construir uma reflexão que compreenda as diferentes referências históricas, simbólicas e artísticas relacionadas a fenômenos políticos, econômicos ou espaciais da cidade. Com relação a esse fato, torna-se implícita nas narrativas fílmicas mesclar as perspectivas acerca de um determinado tema contextualizado em tempos e espaços específicos. O olhar sobre a cidade, nesse caso, é uma corrente de análise por meio do qual o indivíduo que " assiste " a cidade, também distribui sentidos afetivos do espaço urbano de convivência durante a produção de um filme. Nesse contexto, é objetivo deste trabalho identificar a cidade a partir de algumas obras cinematográficas que apresentam o espaço urbano através das narrativas documentais e ficcionais dos espaços por onde ocorrem dinâmicas, trajetos, conflitos e associações entre os atores sociais na construção dos lugares e dos sentidos simbólicos da cidade moderna. Conclui-se que ambas as narrativas possibilitam representar a cidade por meio de um " olhar " estético no fazer cinematográfico.
Revista Contemporânea
A tentativa de entender a urbanidade é um desafio, em consequência das desigualdades entre estudos de abordagem morfológica e pela escassez de sistemáticas pesquisas sobre o objeto de estudo pretendido. Apresenta-se neste artigo diferentes visões e caminhos de pesquisa de diferentes pesquisadores da Urbanidade. Para melhor compreensão os pesquisadores foram organizados em 3 (três) grupos: 1) pesquisadores que entendem a urbanidade com uma qualidade do espaço urbano e como uma crítica principalmente ao urbanismo moderno; 2) pesquisadores que conceituam a urbanidade como algo relacionado à configuração espacial e utilizam como método a Sintaxe Espacial; 3) pesquisadores que entendem a urbanidade mais como algo relacionado às pessoas e o modo como apropriam os espaços urbanos e utilizam diversos métodos, especialmente relacionados à percepção dos usuários.
A cidade, definida como materialidade possui múltiplas formas de visualização. Não é somente a voz do poeta nem mesmo a literatura mais engajada esteticamente que lança o leitor para espaços e temporalidades próprias e exclusivas. Ultimamente tem se caminhado pela cidade por muitos trajetos que se destacam em trabalhos no campo da História Cultural demonstrando a farta variabilidade documental e não cabe aqui elencá-la mas a prioristicamente fazer aqui uma menção da prática historiográfica dos últimos dois decênios da história brasileira pelo menos. Assim, propomo-nos a lançar um olhar curioso de saborear tal como um leitor faz com os alfarrábios que lhe caem a mão uma imersão no mundo urbano envolvido pelas transformações e designações da cafeicultura e nesse caso destacado pela leitura de almanaques. Nosso local de leitura/viagem é a cidade de Itu. Uma cidade quase quadricentenária que possui um acumulo de materialidade urbana transferida em arquitetura, traçado, mobiliário urbano. Assim, Itu permite idas e vindas em formulações discursivas que envolvem a apropriação de uma cidade em imagem histórica. "Berço da Republica" pois cediou a "Convenção Republicana de 1873" envolvendo a cidade numa missão epicêntrica das transformações políticas dos anos seqüentes e à Proclamação de 1889. Percorremos a imprensa da cidade de Itu a "caça" de flagrantes da vida urbana na transformação operada pelo crescimento econômico do município. É nesse clima de precipitações e torvelinhos que estão envolvidos os dois almanaques publicados desse período: os de 1898 e 1910. Nosso roteiro tem algumas paradas necessárias, algumas considerações prementes.
Urbana - Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos da Cidade, v. 2, 2008
Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação (RESAFE), 1969
este artigo procura problematizar as visualidades, na medida em que estas são imensamente caras às instituições modernas, embora pouco estudadas quanto à sua intrínseca participação nos procedimentos responsáveis pela instauração da Escola na sua relação com a Cidade. Assim como discute a participação de um regime do estético em prol dos dispositivos disciplinares, procura também pensar as inflexões e alternâncias entre visibilidade, escola e cidade na Sociedade de Controle.
Revista Letras, v.54, n.2, p.163-181, jul./dez. 2014. E-ISSN: 1981-7886; ISSN: 0101-3505 (UNESP, São Paulo/SP – Brasil).
▪ RESUMO: O ensaio aborda as relações entre a cidade e o olhar nos diferentes momentos históricos do século XVI, XIX e XXI. A partir das características do olhar na e sobre a cidade, o texto estabelece princípios definidores do olhar e uma breve tipologia da cidade, embasados na análise de textos literários relevantes em cada época quanto à temática proposta. ▪ PALAVRAS-CHAVE: Cidade. Olhar. Utopia. Flâneur. Pós-modernidade. A vontade de descoberta e exploração do mundo na Renascença impulsionou, a partir do século XVI principalmente, o desenvolvimento da cartografia, mas também o cultivo de certos hábitos como o da contemplação da paisagem. Subir uma montanha pelo prazer da observação da natureza de um ponto de vista mais amplo é algo que passa a fazer sentido para a sensibilidade renascentista. A contemplação do mundo através do olhar que abrange largas paisagens ocupa alguns pintores do período, como o flamengo Pieter Bruegel (1525-1569), que costumava pintar do alto de colinas. Abarcar o mundo com o olhar e descrever esse mundo através de mapas e pinturas, por exemplo, é algo de extremo interesse na época.
Cadernos De Pesquisa Do Cdhis, 2014
Resumo: Este trabalho tem por objetivo trazer uma reflexão historiográfica que reelabore questões históricas e teóricas pautadas em algumas bibliografias discutidas no curso de história e cultura, disciplina do primeiro semestre do mestrado em história da UFU/2012, buscando situar as questões envolvidas no projeto de mestrado. Esse trabalho propõe um estudo sobre a cidade de Governador Valadares no período compreendido entre os anos de 1960 e 1980, buscando apreender algumas dimensões das formas de representação da cidade e do viver urbano presentes nos discursos produzidos pela imprensa (Diário do Rio Doce) e na documentação dos arquivos municipais (CEDAC).
Metáfora Visual e o Semionauta Urbano, 2021
Esta dissertação analisa as similaridades entre pinturas do Impressionismo e fotografias de rua atuais, no sentido de avaliar as metáforas visuais articuladas por essa comparação, em sua capacidade de retratar, além da indumentária, os hábitos cotidianos e a paisagem urbana. Para Roland Barthes, assim como o texto e a imagem, a cidade é um discurso que fala a seus habitantes. A partir das reflexões do autor sobre uma semiologia urbana, a leitura das imagens tem respaldo no conceito barthesiano de mito, com destaque para a análise da significação produzida pela semelhança encontrada no conteúdo das pinturas e das fotografias. Discute-se também o conceito de altermodernidade, com destaque para o papel desempenhado pelo flâneur, segundo as conceituações de Baudelaire e as características do semionauta urbano, associado à expressão “radicante”, termo extraído da botânica e cunhado por Bourriaud, para explicar como surgiram, quais são suas condutas e influência no registro visual. Diante da variedade de campos do conhecimento envolvidos, a presente pesquisa caracteriza-se por três vias: abordagem qualitativa, procedimento bibliográfico e método comparativo. Como resultado, pode-se afirmar que o entendimento das linguagens de imagem produz, na comparação, uma em relação à outra, a condição de ambas retratarem e fazerem compreender, com maior riqueza de elementos – além do estilo com o qual as pessoas caminham pela rua –, o dia-a-dia de uma cidade.
2019
______. Streets as public spaces and drivers of urban prosperity. Nairóbi: UN-HABITAT, 2013. Referências O artista de rua como facilitador de interações sociais na cidade
Oculum Ensaios, 2023
A evolução da cidade do Rio de Janeiro foi pontuada por influências e impactos que se refletem em sua paisagem e forma urbana atual. A construção do metrô, na década de 1970/80, é um caso de exemplar intervenção urbana que marcou significativamente a morfologia de alguns bairros cariocas. A atual configuração da Rua do Catete é o resultado da combinação de trechos preservados, com edifícios construídos em terrenos remanescentes das demolições e persistência de vazios urbanos, sem clara articulação. O objetivo deste artigo é, portanto, apresentar uma análise das alterações morfológicas verificadas na Rua do Catete, desde 1960, e sinalizar as mudanças promovidas em seu estrato físico e histórico através de narrativas proporcionadas pela justaposição de relatos memoriais. Tal ação visa evidenciar o atual cenário complexo e reforçar a conexão memória/espaço físico/usos e práticas locais, que é parte de uma pesquisa maior, oriunda de dissertação de mestrado. A metodologia de pesquisa se configura através de junção entre abordagem pela forma, estudos por narrativas e o método "Palácio de Memórias"-aplicado à Rua do Catete, ratificando um dos pontos principais para este trabalho: a necessidade de aprender com os registros e modificações urbanas do passado para se compreender as necessidades de hoje. Deste modo, este artigo leva a conclusões que permitem evidenciar que a desterritorialização e a territorialização dos espaços urbanos precisam ser colocadas em questão por meio das contribuições em micro-escalas, aquelas que permitem olhar o usuário e os fenômenos de forma sistêmica à forma.
2020
A cidade é um organismo autônomo que estabelece padrões, mas que aguarda constantemente de seus ocupantes a subversão desses padrões e para tal, é necessário conhecê-la e imprescindivelmente ocupá-la, de forma que nos tornamos integrantes operantes nesse organismo. As questões que se apresentam de maneiras diversas nesse estudo são: de que forma será possível percorrer, integrar e preservar criando hábitos experenciais apreciativos estéticos nesse espaço cotidiano banal e efemêro, de forma que possamos ocupá-lo em uma vivência mais íntima e significativa? E, principalmente, é possível tornar a experiência mais do que uma experiência antropológica urbana, mas uma vivência artística?
Territórios do Cinema: Representações e Paisagens da Pós-Modernidade, 2016
Este artigo apresenta o projeto em Artes Visuais/Fotografia Conhecidos de Vista, que tem as relações entre vizinhos que não se conhecem, mas têm suas janelas próximas demais, como tema principal. Questões como a influência da especulação imobiliária na vida das pessoas e o ver e ser visto na cidade são abordadas por meio das imagens e depoimentos coletados para o projeto e das aproximações com os filmes Janela indiscreta, de Alfred Hitchcock (1954), e Medianeras, de Gustavo Taretto (2011).
LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer
Este artigo pretende refletir sobre a constituição de novos olhares sobre a cidade e o espaço urbano a partir de uma experiência educativa no âmbito do lazer e do turismo realizado por estudantes do curso técnico em Guia de Turismo do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) – campus Vitória, ofertado na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). A partir de uma reflexão teórica sobre os limites e potencialidades do lazer, bem como sua importância para a concretização do direito à cidade, buscou-se demonstrar como uma experiência educativa relacionada à elaboração de roteiros turísticos urbanos contribuiu para que os estudantes, em sua maioria, de bairros de periferia, ressignificassem sua visão sobre a cidade, passando a valorizar sua identidade cultural, espaços de vivência e antigos espaços de lazer.
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