Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
1994, Cadernos De Saude Publica
The author refers to the social, economic, individual, and collective dimensions of the relationship between health and disease. He considers that individuals and populations are not equally exposed to protective and risk factors. He highlights the uneven development between nations and Brazilian regions, and communities, as well as discussing the relationship between development, wealth, health, and social justice. The article analyzes development theories and makes a distinction between economic development and growth. The concepts of development trap and social refugees are coined. The author defines a healthy community, points to the need for a shift in the current development model, and delineates the health sector's role and limitations in dealing with social inequality.
2020
The article aims to analyze Gunnar Myrdal's view on the process of economic development and demonstrate that the reduction of social inequality is a central element for underdeveloped nations to achieve development. The core of Myrdal's argument in this respect is the principle of Circular Cumulative Causation (CCC). The inequalities he discussed are presented not only as a statistical analysis of per capita income levels but as gaps that form in issues related to social justice and in the range of institutions that emerge from there. The article concludes that: i) when compared to conventional theories, CCC presents itself as a more adequate tool to analyze the problems of underdevelopment; ii) the reduction of inequalities impacts on greater economic growth; iii) there must be state intervention in the economy through planning; iv) local institutions may widen inequalities and impact negatively to the process of economic development.
2012
A quantificação da desigualdade, da pobreza e, mais recentemente, da riqueza tem o seu espaço próprio na literatura económica. A aplicação de medidas tradicionais no contexto de avaliação da distribuição do rendimento pode ser desenvolvida com vantagem no contexto da avaliação empírica da saúde. A nossa principal contribuição para a literatura está na utilização desse tipo de medidas com base num índice de saúde susceptível de captar a multidimensionalidade do fenómeno. Ilustramos a aplicação das medidas de pobreza, riqueza e desigualdade em saúde ao caso português, usando dados do último Inquérito Nacional de Saúde (INS).
Saúde, mediação e mediadores , 2017
Este capítulo trata da vida de uma mulher Xavante, experienciada a partir de um adoecimento relativamente novo no universo Xavante, proveniente da colonização, a diabetes mellitus, que a levou a morte. Entrelaçam nessa história, a violência da colonização e projetos desenvolvimentistas genocidas .
Revista Cadernos De Economia, 2012
Resumo: O trabalho buscou mostrar as diferentes visões acerca da relação crescimento econômico, desigualdade e pobreza. Para tanto, inicia-se expondo a evolução do entendimento a respeito do crescimento econômico e desenvolvimento econômico, chegando até o entendimento da pobreza como fator de fundamental importância para se alcançar o desenvolvimento. A apresentação de todas as abordagens a respeito da pobreza mostrou a sua complexidade e multidimensionalidade, porém, para efeitos de estudos e análises, a abordagem mais utilizada é a de insuficiência de renda. Assim, umas das formas de analisar a evolução dos quadros de pobreza é através do conceito de crescimento pró-pobre, conceito este que pode ser analisado de várias maneiras. Analisando essas diferentes óticas acerca do conceito de crescimento pró-pobre, pode-se considerar que essa heterogeneidade de visões enriquece o entendimento acerca do assunto e auxilia o entendimento do mesmo de acordo com cada caso.
2003
Sumário: 1. Introdução; 2. Metodologia de análise; 3. Fonte de dados e definição das variáveis; 4. Resultados; 5. Considerações finais. * Artigo recebido em fev. 2001 e aprovado em dez. 2001. A autora agradece as valiosas sugestões e comentários de dois pareceristas anônimos a uma versão preliminar, ressaltando, porém, que os erros e omissões eventualmente remanescentes são de sua exclusiva responsabilidade.
São Paulo em Perspectiva, 2003
Resumo: O artigo analisa a inclusão da questão da eqüidade na área da saúde, sobretudo nas políticas de saúde. Apresenta informações recentes quanto à alocação de recursos financeiros, oferta e utilização de serviços em saúde no Brasil, em um universo particular de municípios, e conclui que ocorreram alguns avanços positivos do ponto de vista da eqüidade, desde a implantação do SUS, notadamente quando do processo de descentralização da política de saúde. Palavras-chave: política de saúde; eqüidade e oferta; utilização de serviços de saúde.
Textos Para Discussao Cedeplar Ufmg, 2006
One of the main socioeconomic problems observed in most countries-particularly in less developed countries-is the presence of high income inequality and poverty level. Several empirical works have attempted to analyze their major determinants as well as their effect on some indicators related to social welfare, such as the level of economic growth, criminality rate, and health status. In Brazil, such issues are particularly relevant, since it possesses one of the worst income distributions in the world, whose Gini coefficient is around 0.607. This paper aims at studying the relationship between health status and income distribution, considering theoretical and metodological aspects of this analysis. On the one hand, income distribution may affect health status, since more unequal societies are characterized by the existence of social conflicts and lower social cohesion-which in turn affects the quality of individual relations. On the other hand, as it is one of the human capital components and directly affects the capacity of generating wage earnings, health may have impacts on income distribution.
2012
Agradecemos aos pareceristas, professores do programa de pósgraduação em Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem da Faculdade de Ciências da Unesp Bauru, que leram e contribuíram com sugestões para o aperfeiçoamento dos capítulos deste livro. Também agradecemos, em especial, a colaboração preciosa de Gethiely Silva Gasparini, secretária do referido programa, na preparação dos materiais iniciais e na organização dos documentos necessários para a conclusão desta obra. Parte 3-Adolescentes: maternidade, riscos e proteção 7 Gravidez e maternidade na adolescência 133 8 Mães adolescentes desenhando e falando sobre suas interações familiares 155 9 Fatores de risco e mecanismos de proteção em adolescentes do sexo feminino com transtorno mental 177 Parte 4-Manejo de estresse e outros fatores em diferentes populações adultas 10 Estresse, habilidades sociais e desordens temporomandibulares em universitários 199 11 Manejo de estresse, coping e resiliência em motoristas de ônibus urbano 217 12 Pacientes com líquen oral: avaliação de eficácia adaptativa em estudo longitudinal 237 APRESENTAÇÃO Lígia Ebner Melchiori Este livro representa o esforço de muitas pessoas e é dirigido principalmente aos estudantes de graduação e pós-graduação em Psicologia e áreas afins. Também se destina a pesquisadores que compartilham dos mesmos interesses. Seu objetivo é apresentar contribuições da Psicologia da Saúde e de sua inter-relação com a Psicologia do Desenvolvimento Humano. Ele contém trabalhos extraídos de dissertações elaboradas por alunos do programa de pós-graduação em Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem da Unesp, campus de Bauru. O livro está dividido em quatro seções. Na primeira, "Sexualidade e corporeidade", encontram-se três capítulos. No Capítulo 1, "Corporeidade e gênero: relações entre homens e mulheres com os cuidados com a saúde", Florêncio Mariano da Costa-Junior e Ana Cláudia Bortolozzi Maia abordam, além do conceito de corporeidade, elementos que levam à compreensão de que os cuidados com o corpo variam em função do gênero e, consequentemente, na busca de serviços de saúde e na adesão aos tratamentos. A "Imagem corporal em mulheres com depressão" é abordada no Capítulo 2, no qual Gislaine Lima da Silva e Sandro Caramaschi investigam a percepção da imagem corporal em dois grupos de mulheres, com depressão e sem tratamento para depressão, utilizando escala, ques-PARTE 1 SEXUALIDADE E CORPOREIDADE
2014
This paper analyses the impact of the economic crisis and the reforms in the Portuguese health system in the access to maternal and child health and use of reproductive health of immigrant women, as well as the strategies to cope with or minimise those difficulties. The results of this study show a worsening of the social and economic barriers in the access to and use of these health care services in immigrant women and other vulnerable groups. Due to the growing limitations that the health care professionals and other members of the society face in the provision of quality health care services, a set of specific strategies is identified, which can help to overcome and minimise those barriers.
2011
Uma vida dedicada ao desenvolvimento É sempre necessário registrar o papel estratégico que a professora Maria da Conceição Tavares desempenhou tanto na luta política por um Brasil mais justo quanto na desconstrução dos mitos-muitos deles importados-da economia política nacional. Sempre ativa na nossa vida política e intelectual, Conceição Tavares-juntamente com pensadores da envergadura de Celso Furtado, Florestan Fernandes e Darcy Ribeiro-nos ajudou, e ajuda, a identificar as singularidades do desenvolvimento brasileiro. A experiência recente, inaugurada e aprofundada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está nos mostrando que grandes transformações socioeconômicas são possíveis sem que precisemos transplantar modelos de outras latitudes ou que desperdicemos nossos esforços lamentando nosso "atraso". Uma das muitas coisas que a professora Conceição Tavares nos ensinou foi que o desenvolvimento, como a efetivação de um Brasil com melhores oportunidades que assegurem mobilidade social para todos, não será nem obra da ação espontânea da "mão invisível" do mercado, nem cópia caricatural dos padrões de acumulação e de consumo da Europa Ocidental e dos Estados Unidos. Um Brasil desenvolvido não será resultado apenas do livre comércio ou de uma industrialização sem definição estratégica. Não existe uma fórmula simples para solucionar os nossos complexos desafios. As benéficas transformações Maria da ConCeição Tavares 20 que vivemos nos últimos anos são resultado da combinação de ousadia para fazer diferente, liderança, criatividade e vontade. O professor Celso Furtado nos ensinou, ao longo da sua bela obra, que só poderíamos vencer a dependência e o subdesenvolvimento com criatividade. E mais, ele afirmava que nenhuma sociedade se desenvolveria se assim não o quisesse. A prática do otimismo da vontade-conceito caro a um filósofo do quilate de Antonio Gramsci-é o que nos permite reconhecer a complexidade do real, não abrindo mão da nossa capacidade de transformá-lo. A atual conjuntura social, econômica e política do nosso Brasil é a prova disso: de que, ao contrário do que ocorria em sombrios tempos pretéritos, é possível crescer incluindo cada vez mais pessoas na esfera da cidadania e do gozo dos direitos constitucionais. Agora o bolo em crescimento já está sendo servido à mesa de todos os brasileiros. Como a professora Conceição Tavares sempre diz: "estou lutando pela igualdade desde que cheguei aqui... e só agora acho que estamos no rumo certo." Essa conjuntura é baseada no crescimento econômico continuado, na redução da pobreza e das desigualdades, na valorização real do salário-mínimo como política de Estado, na expansão da renda do trabalho, nos sucessivos recordes na geração de empregos formais (melhor distribuídos geograficamente, como atestam os excepcionais resultados do Nordeste e da Bahia) e no ingresso de cada vez mais pessoas nos estratos médios de renda. Todas essas metamorfoses, nunca antes sentidas na história do nosso país, são o resultado da livre e soberana escolha popular por um projeto político-capitaneado pelo presidente Lula-antenado com a necessidade de construir um Brasil desenvolvido; e que teve, sem dúvida, a obstinada colaboração de "intelectuais orgânicos do povo" como a professora Conceição Tavares. De fato, nosso Brasil está passando por diversas transformações que estão fazendo virar realidade o nosso caminho para uma nação desenvolvida. Estamos assistindo ao reencontro entre o Estado e a nação brasileira: não mais uma nação sem Estado (aprisionada por disputas particulares) e não mais um Estado sem nação, governando de costas para o povo. Contudo, ainda restam muitos obstáculos a serem superados, a exemplo da erradicação da pobreza. A construção das condições sociais para a igualdade de oportunidades entre gêneros talvez seja um dos desafios nacionais de mais difícil solução. O certo é que esse tema é muito oportuno. Não só pela merecida homenagem que prestamos à professora Conceição Tavares-exemplo de mulher corajosa que sempre defendeu suas ideias, ignorando injustas "convenções eva Chiavon desenvolviMenTo e igualdade 21 de gênero"-mas também pela recente publicação do comunicado nº 65 (Ipea) que investiga a chefia feminina nas famílias brasileiras a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Alguns fatos chamam a atenção no referido documento. Um deles diz respeito ao aumento da proporção de famílias chefiadas por mulheres no Brasil entre 2001 e 2009, que passou de aproximadamente 27% para 35%, representando hoje mais de 21 milhões de famílias que identificaram uma mulher como principal responsável pelo sustento familiar. Outro se refere à manutenção de ampla desigualdade nos rendimentos obtidos. A renda média do trabalho principal das mulheres chefes em casais sem filhos representa cerca de 80% da renda dos homens cônjuges nas mesmas famílias. No caso dos casais com filhos, a renda das mulheres chefes representa 73% da renda média de seus maridos. Apesar dessas desigualdades, a maior participação das mulheres brasileiras no mercado de trabalho tem se traduzido em maior autonomia e empoderamento feminino. A eleição da primeira mulher presidente do Brasil-a companheira Dilma Roussef-é mais um belíssimo exemplo que simboliza esses novos tempos de ares mais democráticos, mais justos e mais humanos, construídos e conquistados por todas as brasileiras e todos os brasileiros. Em um dos seus livros mais famosos-Brasil, a Construção Interrompida-, o professor Celso Furtado mostrava-se preocupado com a interrupção do processo de formação econômica brasileira e a perda de nossa esperança de desenvolvimento. Alguns anos depois, a angústia do mestre Furtado foi-para a felicidade dele também, onde quer que esteja-substituída pela esperança vivida na construção cotidiana de um Brasil desenvolvido, onde a garantia do pleno exercício da cidadania e a igualdade de oportunidades são a regra e não mais uma exceção. RicaRdo Bielschowsky A gradeço a João Sicsú e ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) pelo convite para falar sobre a obra de Maria da Conceição Tavares: uma honra, uma alegria, e excelente ocasião para traduzir, em sua presença, a admiração que tenho-e todos nós aqui-por ela. Algumas palavrinhas sobre a Conceição no plano humano: integridade, lealdade para com a família, os amigos e as causas políticas (e nisto, disciplina); um espírito humanista e universalista, no qual sempre coube também paixão pelo Brasil, e coragem para a exposição pública de ideias raramente convencionais e frequentemente "hereges" (que expunha mesmo durante o período mais duro da ditadura). Além disso, a energia. Conceição é uma guerreira no front intelectual da luta política por uma sociedade mais democrática e mais justa. No plano intelectual: mente brilhante, solidez teórica em economia, cultura histórica, e perspectiva multidisciplinar. Nunca pretendeu fazer análises "totalizantes"-ao contrário, sempre fez burla disso-mas sempre teve a sensibilidade que os economistas tradicionais não possuem para as disciplinas afins, como a sociologia, a ciência política, a história. Para ela, a economia é uma disciplina social e histórica que para ser bem empregada requer, é claro, conhecimento teórico, mas requer também análises que saiam do âmbito restrito das aborrecidas tecnicalidades e ajudem a entender a história e a sociedade em toda sua complexidade. E, não menos importante, a poderosa combinação entre criatividade e rebeldia: mexe com a cabeça dos alunos e dos colegas, obrigando todo mundo a "pensar grande". As preferências teóricas e metodológicas são conhecidas de todos nós: admiração pelos clássicos e por Marx; e, entre os autores do século XX, Keynes, Kalecki, Schumpeter e, talvez, Steindl. Maria da ConCeição Tavares 24 Mas Conceição é, essencialmente, uma economista do desenvolvimento, heterodoxa, eclética. Suas abordagens dão-se de forma ad hoc, de acordo com as necessidades da reflexão que está realizando-que é como fazem aqueles que pensam de forma livre, dando espaço para a criatividade para organizar ideias, formular hipóteses e transformá-las em teses. Para exercer esta função, sua principal ferramenta é o método histórico-estrutural da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), inspirado em Raul Prebisch, Celso Furtado e em Aníbal Pinto. Outro pensador que exerceu influência sobre Conceição, por sua originalidade e liberdade, foi Ignácio Rangel. Por que o método histórico-estrutural? Porque contém uma teorização sobre os movimentos de médio e longo prazos das economias periféricas latino-americanas, entendidos como peculiares, processados sobre estruturas produtivas, financeiras, institucionais e sociais relativamente subdesenvolvidas. E porque é adequado à personalidade intelectual de Conceição, como livre pensadora da teoria estruturalista das condições de desenvolvimento da nossa periferia. É um método que abre espaço para o "indutivo", que lhe permite acomodar e organizar com grande flexibilidade as intuições que sua mente rebelde, irrequieta e criativa exige. Numa entrevista para o livro Conversas com Economistas Brasileiros, ela disse o seguinte: (...) o método que utilizo é sempre histórico-estrutural. Eu e todos os demais, os mais velhos que fizeram alguma coisa de relevante, neles incluído Delfim Netto. Ninguém ficou imune a um Furtado, a um Caio Prado, a um Rangel, a um Gilberto Freyre. Ninguém ficou imune aos grandes pensadores brasileiros, e todos são histórico-estruturalistas, todos" (BIDERMAN; COZAC; REGO, 1996, p. 138). Sua obra escrita pode ser dividida em dois grandes períodos: até as proximidades de 1980, na era desenvolvimentista, e depois dela. Ou seja, o primeiro diz respeito à presença do crescimento, e o segundo trata de elementos que causam sua ausência. Nesta apresentação, vou me ater, principalmente, ao primeiro período. Com relação ao...
Notas Económicas, 2020
A economia global da saúde reflete o forte investimento em investigação e desenvolvimento (I&D) que tem sido realizado nos países desenvolvidos. No entanto, trata‑se de uma realidade que não se reflete nos países em desenvolvimento, os países do Sul sociológico. Estes países inclusivamente debatem‑se com outro tipo de problemáticas na área da saúde. Este artigo mostra uma panorâmica das lógicas dominantes na economia da saúde, à escala global, evidenciando as discrepâncias que se estão a originar em indicadores de referência. As considerações finais apontam como determinantes, para a correção das assimetrias, o nível de exequibilidade e de efetividade que os movimentos sociais que atuam neste campo possam vir a obter para o desenvolvimento de uma biopolítica democrática que corresponda às necessidades de todos.
Psicologia & Sociedade, 2011
Na Constituição Federal de 1988, foi assegurado o direito universal à Saúde e criado o Sistema Único de Saúde-SUS. Convivemos hoje com uma avançada construção legal que assegura o bem-estar da população por meio de políticas universais, ao lado de uma institucionalidade precária. O objetivo deste trabalho é analisar os dados de pesquisa realizada em hospitais públicos do Rio de Janeiro que utilizou diferentes técnicas qualitativas a fim de identificar os fatores percebidos como condicionadores de desigualdades injustas no acesso e utilização dos serviços de saúde. Os resultados apontam a precariedade material das condições de atendimento, associadas a situações de discriminação social e a práticas de uso de relações pessoais para ter acesso aos serviços públicos, como formas de materialização do contradireito à saúde.
The main objective in this investigation is to analyse the effects of the social structure on the unequal patterns of morbidity and mortality in Portugal. The unequal distribution of the diseases and the causes of death in the social space, reveals a structure of social inequalities based in the differentiated possibilities in the access and in the use of health resources. The research was placed in two different regions of Portugal: one, in an urban region, the Portuguese capital, Lisbon, and the other, in a poorer and rural region, Beja. The purpose was also to compare different social structures, under the hypothesis that the geographical inequalities in health are a reflex of social geographic inequalities. The empirical methodology was located on the individual level and was based on a complementary of quantitative and qualitative strategies. The main information was based on the analyses of the “Hospital Individual Clinical Files” of people who died in 2004 from two hospitals (N = 1935). In each clinical file social and health dimensions were collected. Life trajectories, as well as illness trajectories were built regarding each patient, to demonstrate in the end, that over the life course, individuals positioned in different social classes experience different health and diseases trajectories.
Textos & Contextos (Porto Alegre), 2021
As mulheres em situação de rua, parte de um fenômeno que se constitui como uma problemática global e inerente ao modo de produção capitalista (MPC), estão submetidas a uma série de opressões e desigualdades, especialmente alarmantes no que se refere a sua saúde. O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão sistemática de literatura a fim de conhecer o que tem sido pesquisado sobre a saúde desse grupo de mulheres no contexto nacional e internacional, considerando-se as especificidades relacionadas à condição de gênero. Foram realizadas buscas nas bases de dados Lilacs, Redalyc, Psychinfo, SciELO, ERIC e no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/Brasil). A partir dos descritores homeless women, health, health care, health care policy e therapeutic itineraries, chegou-se a uma amostra final composta por 21 artigos, cuja análise foi expressa em três categorias: violência, pobreza e viver nas ruas: implicações para a saúde d...
2013
Meu interesse pela temática das desigualdades sociais em saúde é relativamente antigo. Desde os tempos da faculdade, o interesse pelas ciências sociais e pela epidemiologia me fez buscar articular esses saberes para melhor compreender o processo saúde-doença em sua dimensão coletiva. A temática das desigualdades sociais em saúde esteve sempre presente na minha trajetória como investigadora do campo da epidemiologia social. Ainda na etapa de elaboração da dissertação de mestrado, sob a influência da professora Cecília Donnangelo e do meu orientador, professor José da Silva Guedes, decidi estudar o comportamento de uma epidemia de doença meningocóccica, analisando o surgimento e a disseminação do processo segundo distritos da cidade de São Paulo classificados por diferentes condições de vida. O trabalho acabou virando livro ainda na década de 1980. Na década seguinte, organizei em São Paulo um seminário ibero-americano sobre a temática das condições de vida e a situação de saúde, que resultou em uma publicação pela Abrasco dos trabalhos ali apresentados. Esta publicação teve enorme repercussão e circulação no âmbito da saúde coletiva em vários países da América Latina. Mais recentemente, escrevi o capítulo sobre desigualdades sociais em saúde para o tratado de saúde coletiva organizado por
Revista Kairós-Gerontologia
A desigualdade social condiciona os processos relacionados ao envelhecimento das populações. Na perspectiva da totalidade social discutimos o Sistema Único de Saúde (SUS) e os desafios à proteção social para as populações idosas no Brasil, onde 75,3% dos/as idosos/as dependem exclusivamente do SUS. Há, portanto, desafios na oferta da assistência ao referido segmento, no atual cenário de aprofundamento das desigualdades, crise econômica e ataques aos processos democráticos.
Revista da Associação Médica Brasileira, 2000
A nova Ramb passará a publicar nas próximas edições a seção " Imagem em Medicina". Será um espaço aberto ao leitor, que poderá participar enviando material de interesse educativo, como fotos, ilustrações e exames, acrescido de três linhas explicativas contendo ainda nome do autor e serviço onde foi realizado. O material poderá ser enviado para a Rua São Carlos do Pinhal,
Trabalho, Educação e Saúde, 2020
O racismo é um sistema estruturante, gerador de comportamentos, práticas, crenças e preconceitos que fundamentam desigualdades evitáveis e injustas, baseadas na raça ou etnia. Na saúde o racismo pode se manifestar de diversas formas, como o institucional, que frequentemente ocorre de forma implícita. A pandemia do coronavírus tem sido um desafio para países que apresentam profundas desigualdades. No Brasil, em que pese a ausência das informações desagregadas por raça ou etnia ou que quando coletadas apresentam um preenchimento precário, sabe-se que negras e negros irão sofrer mais severamente os impactos da pandemia e seus vários desfechos negativos. No texto recuperamos aspectos históricos e sua relação com as condições de vulnerabilidade da população negra e apresentamos uma agenda de ações específicas para o combate ao racismo e suas devastadoras consequências no contexto da Covid-19.
2009
In this research we investigate the relationship between economic growth and inequality in developing countries, with special attention to Latin America and the Caribbean. In opposition to the literature dedicated to this issue, that tries to establish a causal influence from inequality to growth, we focus on the attempt to identify the consequences of different economic growth processes on functional and personal income distributions. In most alternative approaches, factor accumulation and productivity growth lead to increases on production. Although those processes foster economic growth, they have distinct effects on inequality. For example, an increase on the rate of capital accumulation leads to an increase on labor/capital relative price while an increase in technical efficiency leads to a decrease on such price, leading to opposite impacts on functional and personal income distributions. The theoretical analysis also had leaded us to investigate the effects of political and institutional changes of developing countries on both growth and inequality. In this sense, the present research focused on two important questions: (i) the effects of economic reforms on growth and inequality trends in Latin American and the Caribbean; and (ii) the impacts of globalization (i.e. the openness of financial and goods markets for international trade) on growth and inequality in developing countries, including nearest reformed socialist economies.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.