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Dinâmicas sociais nos territórios de culturas de São Paulo

2013, Caderno de Discussão do Centro de Pesquisas Sociossemióticas - CPS N. 19 Vol. 1

Abstract

Dos mais de 1200 equipamentos culturais que existem hoje em São Paulo, dezenove foram selecionados, considerando a proximidade geográfica entre eles, e foram assim agrupados em quatro “territórios de culturas”: Luz, Jardim Europa, Av. Paulista e Ibirapuera. Entendido que tais territórios abrangem os prédios dos equipamentos culturais e seus arredores, investigamos além da existência de um possível diálogo entre esses equipamentos vizinhos as práticas que se dão dentro dos equipamentos e as práticas que se dão fora dos equipamentos, ou seja, em seus entornos. Dentro, nos equipamentos, temos a cultura dita institucionalizada: as exposições de arte, os saraus literários, os concertos musicais, as peças de teatro. Fora (na rua, no parque, na calçada) temos a cultura dita não-institucionalizada; são os comerciantes informais, as prostitutas, os sem-teto, os passantes, em suma: uma cidade em cena. A observação in loco foi feita ao longo de vários meses e considerou as transformações que ocorrem nos territórios ao longo dos diferentes momentos do dia. A presença dos equipamentos e as interações neles estabelecidas permitiu sistematizar como o espaço e os sujeitos se relacionam de modo a construir uma tipologia. Os territórios de culturas, enquanto configurações espaciais, mostraram-se constituídos pela convivência de grupos diferentes no mesmo espaço/tempo.