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Políticas Públicas, Educação e Diversidade: Uma Compreensão Científica do Real
Griot : Revista de Filosofia
Tendo como ponto de partida a obra de René Girard, o presente artigo pretende apresentar a dimensão antropológica presente na obra deste autor, destacando a sua originalidade e novidade ao pensar o homem como animal socialmente desejante. A teoria mimética, como Girard a formula, pretende ser uma teoria que, colocando no centro da sua reflexão o desejo e a imitação, permita compreender como se estruturam as sociedades arcaicas e actuais, partindo de mecanismos marcadamente antropológicos, para afirmar que as sociedades se estruturam a partir do desejo, do sacrifício e da necessidade de existência de «bodes expiatórios». A partir deste pressuposto, o sacrifício é a primeira instituição humana, com a capacidade farmacológica de preservar a sociedade e de permitir a sua subsistência no tempo. A cultura, por seu lado, emerge a partir do desejo mimético; e o mecanismo do bode expiatório, mecanismo vitimário por excelência, regula a sociedade ao solucionar as suas tensões internas. Consid...
Estudos Teológicos, 2019
A relação entre religião e violência, apesar de há muito discutida, tende a se reificar em duas posições extremas. De um lado, compreende-se que a religião, não obstante algumas atitudes violentas, tem como núcleo central um discurso e uma prática de paz. No outro extremo, há a associação muita rápida entre religião e violência, como se os termos fossem sinônimos. Tendo em vista a complexificação desse quadro, o presente artigo busca explorar as contribuições de René Girard, mostrando como ele se situa para além dessa polaridade, ao reconfigurar o lugar da violência no interior da religião. Para ele, de um lado, a violência é a alma e o coração da religião. Por outro lado, a religião visa à paz. Para entender essa aparente ambiguidade, o artigo explora as noções de desejo mimético e de vítima sacrificial. O artigo aponta como em Girard o desejo mimético conduz à exacerbação da violência e ao conflito. Para solucionar essa violência maior, recorrese à vítima sacrificial, cuja função ...
revistadeletras.ufc.br
Resumo A partir dos rituais de oferenda aos deuses na tragédia grega, esse artigo discute a paródia do sacrifício na comédia grega antiga. Aristófanes tenciona, com a paródia, fazer a crítica à degeneração dos valores político e religioso Palavras-chave: comédia-sacrifício-paródia
O sacrifício ritual é um costume presente na maioria das religiões. A sua forma mais radical é o sacrifício de seres humanos. / The human sacrifice is a habit commonly present in many religions. Its most radical form is the human sacrifice.
REVER: Revista de Estudos da Religião, 2021
Transcrição traduzida ao português de sua palestra em inglês, com o mesmo título, para a aula magna do PPG em Ciência da Religião da PUC-SP, ocorrida em 7 de outubro de 2021. Por se tratar de uma palestra, não há citações e outros elementos típicos da língua acadêmica escrita. Transcrição e tradução por Fábio L. Stern. * Professor da Nord universitet (Noruega). Doutor em Religionsvetenskap (Ciência da Religião)
RESUMO: Os autores estudam um caso de linchamento ocorrido na cidade de Guarujá. Formulam sua hipótese a partir da teoria mimética de René Girard, demonstrando, no caso concreto, a presença de sinais vitimários que tornam um indivíduo suscetível a ser tomado como bode expiatório de uma comunidade em crise. Problematizam sobre a questão da mentalidade persecutória, justiça comunitária e sistema judiciário. PALAVRAS-CHAVE: Teoria mimética. Bode expiatório. René Girard. Violência mimética. Linchamento na cidade do Guarujá. ABSTRACT: (e authors study a case of lynching occurred in the city of Guarujá from the postulates of mimetic theory of René Girard, and demonstrate that in this case there is the presence of victimizers signs that make one susceptible to be taken as a scapegoat for a community in crisis. (e authors problematize the case from the issue of persecutory mentality, community justice and judicial system. KEYWORDS: Mimetic (eory. Scapegoat. René Girard. Mimetic violence. Lynching in the city of Guaruja. SUMÁRIO: 1 Introdução; 2 O desejo mimético e suas consequências – introdução ao pensamento girardiano; 3 Os estereótipos persecutórios que de-nem um bode expiatório; 4 O linchamento de Guarujá; 5 Conclusão; Referencial.
Deslocamentos/Déplacements, 2019
Sacrifício e renúncia são temas antropológicos clássicos; todavia, o diálogo entre ambos os conceitos, no âmbito da teoria social, ainda permite alguns avanços. A proposta deste artigo é reler, em caráter introdutório, ambos os conceitos em perspectiva dialógica, principalmente a partir das obras de dois importantes intelectuais franceses, René Girard e Louis Dumont. Pretende-se, portanto, analisar o bode expiatório girardiano e o renunciante dumontiano em busca de um eixo em comum que os envolva, levando em consideração o processo de fuga ou de rejeição às estruturas sociais, sob a influência da violência e/ou da religião e em direção à produção do Sagrado.
2019
Compreender que os símbolos e as metáforas presentes em uma produção audiovisual desvelam algum sentido primordial e mais profundo é uma forma de apreender como os significados são construídos no mundo, bem como o sentido do religioso derivada dessa construção. Sublinhar esses símbolos e metáforas presentes no filme Abril Despedaçado (2001) de Walter Salles, por intermédio dos sons, enquadramento, luzes e diálogo entre as personagens, para compreender o sentido do sagrado e sua respectiva relação para com o ciclo de vingança da narrativa em questão é o que se objetiva nesse artigo. Para tanto, será articulada a teoria do francês René Girard (1923-2015), presente em seu livro A violência e o sagrado (1990), possibilitando, assim, a articulação entre os temas da vingança, religião, sagrado e cinema. Sendo assim, metodologicamente, será apresentada o enredo, narrativa, símbolos e metáforas espaço-temporais do filme afim de evidenciar a relação para com a teoria girardiana, em vista do refletir da seguinte questão: como o sagrado é manifesto na adaptação cinematográfica Abril Despedaçado (2001) de Walter Salles?
Protestantismo em Revista, 2004
Este artigo apresenta a concepção girardiana de desejo e levanta algumas questões acerca do mesmo. Trata-se de colocar em relevo o modo como Girard concebe o desejo e o ser humano, problematizando se tal concepção abarca, de fato, "todas" as possibilidades de compreensão das formações desejantes, como parece pretender o autor. Palavras-chave: desejo-desejo-mimético-espaço potencial-crise sacrificial-violência.
Revista de Literatura, História e Memória
A narrativa, ou melhor, as formas de narrar os eventos-limite, de produzir significado à vida, como o que acontece no conto “A Confissão de Leontina” (1978), de Lygia Fagundes Telles, nos fazem interrogar seus sentidos, até porque, segundo Candido (2000), a literatura é essencialmente uma reorganização do mundo em termos de arte, sendo tarefa do escritor de ficção construir um sistema arbitrário de objetos, atos, ocorrências, sentimentos. Dessa forma, objetivamos discutir, neste trabalho, ambiguidades e contradições da sociedade moderna por meio do conto mencionado, cuja leitura nos inspira a refletir sobre fatos inerentes à condição da mulher pobre na sociedade capitalista, os quais podem ser representados na ficção de forma a romper com a mera reprodução da vida social, constituindo-se não apenas como encadeamento de tempos lineares e vazios, como diria Bosi (1996), mas como construção e tematização da vida-morte degradada, desprovidas da aura positiva com que as palavras realismo...
ANAIS DO 7º SEMINÁRIO NACIONAL CINEMA EM PERSPECTIVA E XI SEMANA ACADÊMICA DE CINEMA, 2018
Aufklärung: journal of philosophy, 2022
É poss vel dizer que o sacrif cio é um dos assuntos mais tratados acerca em campos como a antropologia cultural e a teologia, devido a sua presença em diversas religiões ao redor do mundo. Há um mistério que ronda o sacrif cio: por que
Indispoibilidade de bens em consonância com o poder geral de cautela e a proteção do resultado útil no processo de improbidade administrativa .....
Fronteiras - estudos midiáticos
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC-BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados.
Um Presente para os deuses: o Sacrifício no Mundo Antigo, 2021
Ao longo de sua história sobre a terra, o homem desenvolveu uma divisão de sua experiência em duas esferas que se contrapõem e se complementam: as esferas do sagrado e do profano (ELIADE, 1993). Esta última pode ser entendida como o conjunto das experiências do cotidiano, dos fenômenos naturais e sociais transcorridos dentro de um tempo e espaço comuns, enquanto a primeira pertence ao universo do extraordinário, situada além do controle e da compreensão humana, normalmente vinculada a outra noção de tempo e de espaço. Este “outro mundo” – como chama Edmund Leach – é o lugar dos deuses imortais e antepassados divinizados, cuja existência se situa dentro de um tempo estático, também concebido como “eterno” (LEACH, 1978, p. 116). Naturalmente, tal divisão é demasiado esquemática pois, na prática, estas esferas se interpenetram, de acordo com as particularidades de uma determinada cultura. A noção do sagrado permeia uma série de aspectos da vida que, para nós, se inscrevem dentro da esfera do cotidiano e da ordem natural ou social. Mas, esta irrupção do sagrado dentro da esfera do cotidiano somente é possível graças ao ritual. O ritual é precisamente o elemento que promove o contato entre o mundo dos homens e o “outro mundo”, podendo ser definido como um conjunto de movimentos, posturas, gestos, sons e palavras estereotipadas, em momentos específicos da vida do individuo ou da coletividade, cuja eficácia tem caráter meramente emocional, ou seja, não existe relação causal direta entre a realização deste e os resultados que se quer produzir (RAPPAPORT, 1971, p. 62). Embora o ritual esteja relacionado aos vários campos de ação humana e possua um papel fundamental na organização das diversas sociedades, é no campo da experiência religiosa que tal fenômeno ocorre com mais ênfase e frequência. O sacrifício tematizado em cada contexto histórico-arqueológico aqui apresentado, em cada enquadramento geográfico-cronológico tratado, sempre busca, de um modo ou de outro, mostrar os traços significativos e representativos dos fazeres deliberados que provocam a comunhão entre a esfera humana e a divina. Queremos crer que o produto final que ora apresentamos ao leitor – desejoso destes saberes – alcançará as expectativas de qualidade e seriedade que nós mesmos nos impusemos. Queremos crer que o Brasil recebe um compêndio relevante sobre o sacrifício e suas derivações. Existem mesmo muitas facetas nas formas de sacrifícios entre homens e deuses. Preces, ritos, procissões, cantares, movimentos tantos que a singularidade de uma obra não poderia esgotar. Este livro, Um presente para os deuses: o sacrifício no Mundo Antigo, organizado e escrito por arqueólogos, historiadores, professores universitários e pesquisadores de importantes instituições brasileiras (USP, UNISA, PUC-SP, IPHAN, FMU, ABAMO, UNICID, UNEB e UFOP) tem a ambição de proporcionar ao leitor múltiplos conhecimentos de múltiplas formas que transcendiam na Antiguidade – Índia, Egito, Israel, Fenícia, Grécia, Roma, entre os celtas, mesoamericanos e indígenas brasileiros –, o frágil, paradoxal, e ao mesmo tempo vigoroso e necessário contrato que a humanidade sempre firmou e sempre haverá de firmar com os deuses.
DoisPontos, 2009
resumo O artigo pretende investigar o papel fundamental da violência na genealogia das instituições sociais e suas conseqüências, visando refletir sobre problemas cardeais da filosofia política contemporânea, como por exemplo, a fundação e a justificação do poder de comando, contrato social, estado democrático de direito, controle constitucional, estado de exceção e a possibilidade de compreensão de políticas que não se referem ao Estado. palavras-chave Soberania; violência; constituição; lei; exceção O último capítulo de Profanações se abre com uma referência aos antigos juristas italianos, que sabiam perfeitamente o significado do verbo profanar. "Sagradas ou religiosas eram coisas que de algum modo pertenciam aos deuses. Como tais elas eram subtraídas ao livre uso e comércio dos homens, não podiam ser vendidas nem dadas como fiança, nem cedidas em usufruto ou gravadas de servidão. Sacrílego era todo ato que violasse ou transgredisse esta sua especial indisponibilidade, que as reservava exclusivamente aos deuses celestes (nesse caso eram denominadas propriamente 'religiosas'). E se consagrar (sacrare) era o termo que designava a saída das coisas da esfera do direito humano, profanar, por sua vez, significava restituí-las ao livre uso dos homens." (AGAMBEN, 2007, p. 65) De um ponto de vista estritamente jurídico, profanar tinha, para os antigos jurisconsultos romanos, o sentido de reverter uma sacratio, devolvendo ao 'livre' uso dos homens o que anteriormente fora religiosamente consagrado. Correlativamente,'puro' poderia significar, por exemplo, um 33
Este ensaio discorre sobre as passagens da dramaturgia desde sua concepção na Grécia até os dias de hoje, tendo também paradas em outras fases da história da humanidade, como Roma antiga, idade média e idade moderna, até chegar ao pós-moderno e as novas formas de se verificar a dramaturgia no teatro e também no cinema. As obras aqui verificadas para servir de exemplos serão variadas. Tanto com obras clássicas como também cinema nacional e obras atuais, também exemplificaremos peças teatrais assim como alguns autores e personagens importantes, tanto teatral, quanto livresco, quanto cinematográfico, fazendo assim, o leitor, ter um repertório mais amplo para possíveis leituras posteriores. Iniciamos nosso texto falando do gestus, o movimento comunicacional do personagem no teatro, o qual, ao mesmo tempo é o ator e precisa passar informações a partir desses movimentos para uma plateia. No entanto, também vemos essa linguagem artística em outros tipos de arte sequencial como cinema, televisão, quadrinhos, animação, mas vamos nos prender apenas ao teatro nesta primeira parte do texto. O gestus é criado a partir de três eixos comunicacionais, sendo eles a produção poética, ou seja texto teatral, o que deve ser encenado e consequentemente gestualizado sobre o palco; a busca da técnica do formalismo no gesto e claro, seu contínuo melhoramento na procura pelo terceiro eixo a estética, ou seja, a compreensão da plateia (ou espectador/leitor) a partir do uso da técnica produzida. Esses elementos são necessários para que haja algo voltado para as artes cênicas e seu uso configura uma apreensão pelo espectador que sente a criação de alguma obra artístico-comunicacional 3. Apesar de ser tão antiga quanto a própria humanidade, com dados encontrados desde a cerca de quarenta mil anos, a arte da interpretação só veio a 1 Recebido em 03/01/2017. 2 Universidade Federal do Rio Grande do Norte. [email protected] 3 Nossa veemência à comunicação e à arte parece ser pleonástica, pois muitos esquecem que arte é comunicação.
TRAMA Interdisciplinar, 2013
Quando se pensa em violência, a associação imediata é aquela com atos de brutalidade física ou mental, no entanto, há diversas outras práticas ideológicas que também podem ser consideradas violentas. A própria imposição de uma posição subjetiva ideológica pode ser vista como um ato de violência. O artigo, uma tentativa de reflexão subjetiva e pouco acadêmica, busca relacionar uma ideia mais ampla de violência, definida a partir da relação do ato com a sua mediação e transformação em espetáculo com a audiência que se constrói a partir da relação com essa mediação focando, principalmente, na figura da pessoa de bem como espectador-alvo.
Revista Caminhos - Revista de Ciências da Religião
Este estudo aborda a proibição de imagens de metal fundido, massekah, ou de ouro e de prata. Defende que na originalmente eram gritos de resistência camponesa contra a religião urbana, exploradora e concentradora. Apropriadas pelas reformas centralizadoras de Ezequias e de Josias perverte-se seu papel e tornam-se importantes instrumentos impulsionadores e legitimadores da concentração de riqueza e poder em Jerusalém. BETWEEN IMAGES AND IDOLATRIA: RESISTANCE, AMBIGUITIES AND VIOLENCE This study addresses the prohibition of images of molten metal, massekah, or gold and silver. He argues that originally they were cries of peasant resistance against the urban, exploitative and concentrating Religion. Appropriated by Hezekiah and Josiah's centralizing reforms, their role is perverted and they become important tools for empowering and legitimating the concentration of wealth and power in Jerusalem.
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