Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2017, Geografia e ensino: dimensões teóricas e práticas para a sala de aula
All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0. Seção II-Ensino de geografia: dimensões teóricas para reflexão e auxílio à prática em sala de aula A paisagem no espaço da vida: do vivido ao refletido
Oculum Ensaios, 2012
Paisagem é uma noção bastante difundida e amplamente reconhecida pelo senso comum. Ainda que a palavra que a designa, e portanto seu próprio conceito, tenha se forjado apenas no despontar da modernidade, os séculos transcorridos desde então foram suficientes para sua naturalização, como se ela sempre tivesse existido e não fosse uma criação cultural. Hoje, sobre paisagem pode-se dizer tudo e nada, comentava Guido Ferrara, em 1968, na introdução a L'architettura del paesaggio italiano, pois é assunto que admite tanto um tratamento trivial quanto complexo. A paisagem pode ainda ser entendida como um fato objetivo, real, passível de análise, relacionado ao "mundo da ciência", ou como um fenômeno, isto é, como "coisa sensível", pertencente ao "mundo percebido", nos termos de Merleau-Ponty (2004). Trata-se, enfim, de um conceito dependente de tantas acepções quantas forem as disciplinas ou práticas-Gografia, Atropologia, História, Psicologia, Arquitetura, Pintura-que tomam a paisagem como objeto ou como tema. A ampla gama de significados implícitos na paisagem está presente nos ensaios escritos por Jean-Marc Besse, reunidos no pequeno livro Voir la Terre-six essais sur le paysage et la géographie [Ver a Terra-seis ensaios sobre a paisagens e a geografia], publicado em 2000. Não se trata, porém, da exposição enciclopédica de diversas definições de paisagem nem da evolução desse conceito no tempo, e sim da experiência vivenciada no contato com a paisagem e das questões suscitadas por essa experiência. Quem são
2013
Paisagem existe para ser vivida, vivenciada, usufruida. Paisagem existe ainda para ser estudada, reconhecida, compreendida. O lancamento de Arquitetura Paisagistica preenche uma das lacunas sobre o tema no Brasil e sua influencia no plano internacional. Semeada, cultivada e irrigada pelas habilidosas maos das organizadoras — com apoio de autores de firme trajetoria teorico-academica e pratica —,essa fertil cooperacao produziu uma publicacao que merece tornar-se referencia. Direcionado a academicos, profissionais e estudantes, o livro sera tambem apreciado por aqueles que desejarem aprender sobre esse campo do conhecimento na criacao ou requalificacao de parques, jardins e espacos livres que fazem parte de nosso dia a dia. A narrativa e estilo dos textos e fluida e prazerosa, as analises, instigantes e repletas de curiosidades, e a qualidade grafica ilustra a narrativa com imagens atraentes.
As descobertas durante o processo de evolução, civilização e do impacto humano na paisagem são pano de fundo para a construção deste artigo. A singular ecorregião presente no extremo norte do Brasil, especificamente no estado de Roraima, é protagonista: O Lavrado. Nesse sentido puderam-se ilustrar as antropizações herdadas historicamente além das possibilidades para o futuro desta paisagem. Importância científica e cultural, relativamente pouco explorada e documentada, de tal ecorregião, traz consigo indagações acerca de sua relevância de modo geral. A análise de suas restrições e potencialidades busca corroborar, além de sua singularidade, a necessidade de não obliterar conhecimentos intrínsecos presentes neste lugar. O artigo busca consolidar reflexões no campo do Paisagismo e da Paisagem Cultural, que vem sendo levantadas pelos autores através de outros trabalhos anteriores
2018
Tendo o espectro da morte como eixo condutor das refl exoes, o presente artigo, explora as multiplas possibilidades interpretativas para dimensionar como a fi nitude diferentes processo de perecimento da vida se manifestam na paisagem. As questoes de ordem etica, estetica e simbolica sao tratadas como pontos de infl exao para pensar cultura e natureza e arte e paisagem.
Notas pessoais de uma aula de Aurora Carapinha
Cadernos De Pesquisa, 2013
Este artigo pretende analisar o Poema sujo, obra prima do brasileiro Ferreira Gullar, a partir da relacao intima - transpassada pela experiencia "incuravel" do exilio ao qual estava submetido o poeta - que o eu-lirico mantem com o lugar. O poema tem como espaco principal a cidade natal do poeta, Sao Luis, e e construido por meio do conteudo proveniente de seu acesso a memoria de sua infância e juventude. O artigo, portanto, coloca em dialogo a Literatura e a Geografia Humanista Cultural. Palavras-chave: Espaco. Exilio. Memoria. Poesia brasileira SPACE AND MEMORY: Dirty poem in the light of the landscape perception Abstract: This article aims to analyse the Poema sujo (Dirty poem), masterpiece from the Brazilian poet Ferreira Gullar, from the intimate relationship between the I-lyric and the place, which is strongly trespassed by the never healed experience of exile, to which Gullar had to face at that time. The poem has, as its main space of action, the poet's hometown...
Thésis, 2023
A partir de uma complexa trama de influências e problemáticas relações, a experiência acerca da espacialidade moderna no Brasil teve nas constantes tensões que se estabeleceram entre arquitetura e paisagem (construída ou natural) seus mais potentes resultados. Sendo assim, este trabalho busca trazer alguns questionamentos sobre a obra do paisagista Roberto Burle Marx e seu caminho na definição de uma estética moderna da paisagem, ao colocar o paisagismo como forma de manifestação artística não mais subsidiária à arquitetura, mas, ao contrário, enquanto um campo disciplinar expandido, focado no gesto moderno de intervir e de desenhar o próprio território.
PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade , 2024
Este ensaio é um experimento de leitura e escrita sobre o conceito de paisagem, cujo objetivo é pensá-la através da arte. Para isso, escolhemos a pintura O grande dia de sua ira, do artista John Martin, e desdobramos a teoria a partir daquilo que é visto no quadro, tomando como base a questão: por que significamos e teorizamos acerca da paisagem? Nossa leitura se fundamentou, inicialmente, em uma perspectiva fenomenológica, que nos permitiu abordar a dimensão sensível que toca a paisagem, para em seguida problematizar a relação da paisagem com o sujeito que a percebe. Essas reflexões nos levaram a pensar acerca dos limites do conceito de paisagem. Nesse sentido, concluímos propondo uma reflexão sobre o fim da paisagem, e consequentemente da divisão entre sujeito e natureza, a partir de categorias da arte, em especial da possibilidade de ela estabelecer novas formas de expressão sobre o futuro que queremos.
ILUMINURAS, 2015
Introdução Que é uma paisagem para o geógrafo? Foco de interesse para toda a pesquisa geográ-fica, a paisagem ocupou, ocupa e ocupará todo o horizonte geográfico, constituindo-se como um tema clássico, um conceito permanente dentro da Geografia e um ponto de partida das observações. Mas que é paisagem? Que significa este termo? Enfocada sob o ângulo da Geografia, a paisagem constitui tema central para compre-ender os diferentes aspectos da organização espacial: os aspectos físicos formam os quadros naturais aos quais os grupos humanos imprimem transformações maiores ou menores, se-gundo o grau de tecnologia alcançada e os valores atribuídos a eles. As paisagens geográ-ficas, tanto as naturais, como as humanizadas, diversificam e homogeneízam a superfície terrestre, surgindo assim, os mais variados tipos. O interesse em uma superfície terrestre tão variada contribuiu para que os geógrafos se dedicassem ao estudo de áreas individualizadas, dirigindo sua atenção para a paisagem, isto é, para a fisionomia, para a maneira como ela se apresenta aos nossos olhos. Mas, como percebemos as paisagens? Atividade 1-Explor ando Paisagens Selecione fotos de paisagens em jornais, revistas, livros, cartões postais, entre outros. Essas paisagens serão exploradas pelo aluno em sala de aula. Cada aluno receberá uma pai-sagem e buscará identificar nesta os seguintes elementos em cada uma: rural/urbano, mar/ rio/lago, mata/campo/floresta, montanha/vale/planície, nuvens, dia/noite, estações do ano, construções, campos de cultivo, criação de animais, colheitas, pessoas etc. Em seguida, os alunos confrontarão suas paisagens, procurando destacar semelhanças e diferenças entre elas.
EDUFES, 2013
"Viajar, transitar, percorrer, transladar, caminhar, deslocar, seguir, passar, perceber, refletir, analisar, conhecer, conversar. Cada uma dessas palavras manifesta o desejo de encontrar um território ao qual pertenço, mas que, ao mesmo tempo, sinto não ser o meu" – é o sentimento que perpassa essa obra de fotografias de viagens.
Repertório
O presente artigo se dedica a examinar a noção de paisagem sob diferentes perspectivas e os modos de compreendê-la como dramaturgia nas artes da cena. A paisagem, tradicionalmente associada àquilo que o olhar humano é capaz de abarcar, tem mobilizado especial interesse na contemporaneidade, especialmente por possibilitar um modo de pensar a complexidade e multidimensionalidade dos fenômenos sociais do nosso tempo. Nesse sentido, configura-se como um conceito operatório na análise de parte da produção teatral brasileira contemporânea que, de modo acentuado desde a década de 1990, se interessa por um diálogo composicional fora do edifício teatral institucionalizado, ou seja, dirige-se ao mundo a céu aberto. As reflexões são tecidas tomando como exemplo algumas encenações, tais como Bom Retiro 958m (2012), Dias Felizes (1993), BR-3 (2006) e recorre aos estudos de pesquisadores como Besse (2014), Cauquelin (2007), Dias (2010) e Ingold (2015). Ao refletir sobre a paisagem como represen...
Princípios (Revista de Filosofia), 2018
Os estudos que se dedicam à paisagem a compreendem como a materialização de relações entre o homem e o território. Por outro lado, a noção de paisagem abriga, desde sua origem, uma conotação estética, pensada como discurso valorativo da natureza. Assim, o objetivo desse artigo é mostrar a paisagem como categoria do pensamento e parte do campo reflexivo da disciplina Estética. Serão mencionados escritos de determinados filósofos empenhados em interpretar a paisagem em sua dimensão estética. Dentre eles, pode-se citar Georg Simmel, Augustin Berque e Arnold Berleant. Busca-se ampliar sua noção para além das transformações sociais do espaço, celebrando as maneiras sensíveis de apreensão da natureza. Pretende-se, ainda, compreender a noção de pai- sagem formulada no Renascimento e, especialmente, no final do século XVIII, pondo luz em algumas obras literárias de Goethe, tais como Os sofrimentos do jovem Werther e Escritos sobre arte.
Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas
Este trabalho teve como ponto de partida a problematização da relação entre corpo e espaço presente na dança realizada em salas de ensaio e em teatros italianos, questionando as ideias de um espaço neutro para o bailarino e de um único ponto de vista ideal para o espectador, e reconhecendo as relações de poder inerentes a essas espacialidades. A partir da reflexão sobre as criações em dança contextuais do projeto Corpo e Paisagem, defendeu-se a importância de práticas artísticas de posicionamento realizadas a partir de saberes localizados e de uma visão encarnada e contextualizada, para então rever os papéis do artista e do espectador e suas relações contemplativas e compositivas com a paisagem e com a obra artística.
O dossel do rio se rompeu: os derradeiros dedos das folhas Agarram-se às úmidas entranhas dos barrancos. Impressetido, O vento cruza a terra estiolada. As ninfas já partiram. Doce Tâmisa, corre suave, até que eu termine meu canto.
Revista Portal de Divulgação, 2011
As "paisagens" da longevidade O envelhecimento está cada vez mais presente na mídia, alertando sobre os territórios tenebrosos que nos aguardam caso nenhuma intervenção seja feita por autoridades, vizinhos, familiares e instituições de apoio social. Todos nós estamos convocados a preparar esses terrenos. Desde o início do ano não param de aparecer na imprensa portuguesa casos de vários idosos encontrados mortos nas suas residências, após dias, meses ou até anos de terem sido vistos pela última vez, como é o da idosa de mais de 80 anos encontrada em casa (junto com o esqueleto de seu cachorro), morta há oito anos, em Rinchoa, distrito que faz parte da grande área metropolitana de Lisboa, capital de Portugal, um dos países que mais tem envelhecido no mundo sem ter se preparado para tal como os demais países da Europa.
2018
Geografias Culturais da Musica reune um conjunto de artistas e cientistas cuja fundamental motivacao e a paixao pelo fenomeno musical na sua relacao com a experiencia de paisagem. Uma proposta de trabalho que contem varios desafios, entre eles, o questionamento de uma origem ou essencia locativa para cada cultura musical, a exploracao das veredas emocionais que se organizam em cada imaginacao geografica, ou, talvez o maior desafio, a tentativa de superacao de uma tradicao de aprisionamento da ideia de paisagem a dimensao puramente visual: da paisagem como experiencia optica a paisagem como experiencia hatica. E se a musica faz espaco, produz viagens no tempo e no sentido, pois tambem ela resulta de uma profunda relacao com os lugares tornados expressao.
CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES
Este trabalho descreve ferramentas didáticas utilizadas na atividade "Da Janela do Meu Quarto Eu Vejo...", atividade direcionada a discentes do primeiro semestre do curso de arquitetura e urbanismo. O artigo tem como objetivo apresentar as ferramentas e o referencial teórico que embasam a atividade, sua aplicação e resultados. A dinâmica aqui descrita encoraja os alunos a desenvolver um olhar reflexivo sobre a paisagem, assim como habilidades de representação abstrata. O debate teórico aborda definições de paisagem e questões relativas à definição, representação escrita e pictórica da paisagem. Neste último ponto, a questão do processo de abstração foi especialmente trabalhada. Por fim, são discutidos os resultados textuais e gráficos da atividade e seus possíveis desdobramentos.
Ateliê Geográfico, 2018
ResumoAcompanhando as proposições metafísicas que sobrecarregam o discurso geográfico e, certamente, nossas noções de paisagem, este artigo dialogando com um conjunto de citações disponibilizado pelo professor e amigo Nicolás Ortega Cantero, em uma das aulas ministrada na Universidade Autônoma de Madri, é uma revisita ao tema – lembrando que os artigos que já publiquei sobre o assunto se encontram identificados na bibliografia. Palavras-chave: Geografia, teoria e método, paisagem, território, região. Following the metaphysical propositions that overload the geographical discourse and, certainly, our conceptions of landscape, this paper is a revisit to the theme and dialogues with a set of quotes, provided by the friend and professor Nicolás Ortega Cantero, in one of his classes given at the Autonomous University of Madrid – remember, the articles I have already published about the subject are identified in the bibliography. Keywords: Geography; theory and method; landscape; territ...
Tese, 2021
Aos meus pais, sem os quais este trabalho não seria possível. Pelo suporte emocional e financeiro, pelo amor incondicional, pela paciência e pela vida compartilhada. Pela vida, sobretudo. Aos meus irmãos, pelos anos de caminhada e por serem irmãos-com as alegrias e aflições que podem derivar dessa relação. Aos meus sobrinhos, por me mostrarem a beleza incapturável da infância. Ao meu cachorro Farinha e à minha gatinha Mia, sem os quais minha vida seria bem menos pulsante. Vocês me ensinam, todos os dias, que nossos corpos são parte da vibração elementar e vital do cosmos, e que somos parentes. Aos cães que estiveram sob minha responsabilidade durante os últimos 12 anos e aos remanescentes que, no ano de 2019, tragicamente perderam suas condições materiais de existência. Sua vida e morte sublinharam em mim o significado do cuidado e da finitude. Ao mar e às montanhas de Florianópolis, sem os quais as linhas de escrita deste trabalho seriam mais pobres e menos curvas. Suas silhuetas, ora suaves, ora agudas, me mostram repetidamente como ver. À "planitude" de Buenos Aires e aos contornos de toda a Argentina, que realçaram muito de mim, mais dos Outros em mim e tanto dos que existem além de mim. E às palavras, todas elas. Porque me animam, me constituem, desejam. E fabulam. Ao meu orientador, Leandro Belinaso Guimarães, por ter me acompanhado durante os cinco anos de pesquisa que resultaram neste trabalho e por ter acolhido o que dele resultou. Sem a abertura generosa e os limites firmes, certamente nada do que aqui se apresenta existiria. Ao supervisor de meu doutorado-sanduíche e diretor da Maestría en Estéticas Contemporáneas Latinoamericas da Universidad Nacional de Avellaneda (UNDAV), Adrián Cangi, por me receber e acompanhar ao longo de minha estadia em Buenos Aires, também pelas dicas valiosas na composição da versão final deste trabalho. À coordenadora da Maestría en Estéticas Contemporáneas Latinoamericas da Universidad Nacional de Avellaneda (UNDAV), Alejandra Adela González, pelo acolhimento e ajuda em todas as etapas de meu doutorado-sanduíche. Também pelas aulas (incríveis) ministradas e pela amorosidade, sempre presente e tão reconfortante. Aos membros participantes de minha banca de qualificação, por terem me ajudado a encontrar os fios que desejava desenrolar neste trabalho e aqueles que não. Todas as contribuições foram extremamente relevantes para o resultado que agora se apresenta.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.