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Espaço e Economia
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Reflexões geográficas em tempos de pandemia Reflexões geográficas em tempos de pandemia Réflexions géographiques en temps de pandémie Reflexiones geográficas en tiempos de pandemia Geography reflections in times of pandemic
Disciplinarum Scientia - Ciências Humanas, 2020
O presente texto apresenta uma reflexão sobre os diálogos realizados na disciplina de "Tópicos Especiais de Geografia B" (GCC896), ofertada pelo Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGGeo), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Para tanto, a abordagem utilizada foi a qualitativa, realizando um debate sobre a realização da disciplina em ensino remoto. Dessa forma, considera-se que as discussões que ocorreram ao longo da disciplina favoreceram as reflexões sobre o ensino de Geografia, em seu sentido amplo, no contexto pandêmico. Os debates foram de suma importância para a formação continuada dos profissionais da área e, também, para mudanças de cunho pessoais para estudantes e docente. Por fim, pode-se dizer que foram espaços relevantes para a construção de um ensino de Geografia mais significativo e de qualidade em época de ensino remoto.
DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 2020
Universidade Estadual de Maringá (Programa de Pós-graduação em Geografia), 2020
Estamos vivendo em um momento ímpar para nossa geração, que é o evento-crise da Covid-19. O espectro de análises do momento é infinitamente variável e, destaca-se o termo "espectro" justamente pelas poucas bandas visíveis do processo e das muitas bandas invisíveis, ora escondidas na insanidade de estrategistas das relações internacionais e da geopolítica, ora não explicitadas nas inúmeras tentativas de interpretação da crise e de suas consequências no mundo atual. Mas as tentativas e as arrojadas interpretações cunhadas por grandes pensadores vivos e pesquisadores do tema, em sua multiplicidade e polifonia, demonstram um acorde palatável: de que o capitalismo neoliberal fracassou e de que, a despeito das negações ad nauseam do personagem "mercado" e de todos que o representam, a saída é pelo Estado e por políticas de bem estar. Nesse contexto, David Harvey já anunciava, antes das últimas crises (2008 e atual), que a sobrevida da China frente ao fracasso já anunciado era resultante da produção do espaço urbano capitalista. Os números de produção de cidades, espaços urbanos singulares, mimetização de espaços para atração de setores como o turismo, criação de áreas para grandes projetos urbanos, incentivos ao setor da construção civil, dentre outras estratégias, mantiveram a China como protagonista na perseguição do fetiche do crescimento do PIB. Por outro lado, economias cujo processo de urbanização estava estagnado ou tinha diminuído o ritmo, como os EUA, por exemplo, demonstravam amplas dificuldades de sustentação do modelo, cuja recuperação jamais ocorreu após o subprime de 2008. O Brasil, por exemplo, desenvolveu programas como Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para, dentre os motivos, atenuar a crise. Nesse contexto, o capital financeiro cria novas formas de reprodução e ampliação a partir de novos nichos e territórios, buscando reciclagem inclusive, no âmago do capitalismo fossilista, como dizia Porto-Gonçalves (vide combustíveis fósseis na nossa Amazônia e Venezuela, por exemplo). Os novos nichos e territórios significou, nas últimas décadas, o convencimento de governos ou a retirada de governos que não pudessem ser convencidos, de que o necessário para manutenção do modelo era usar a estrutura do Estado para sua reprodução. Por isso, a fórmula mágica era atrair empresas e investidores por meio de austeridade fiscal, venda de ativos do Estado (inclusive os subsolos) e criação de estrutura maciça de papeis e títulos para manter o rentismo. O resultado disso foi a "destruição" forçada das capacidades estatais de gerir empresas públicas (operação mãos limpas na Itália e lava-jato no Brasil, por exemplo), sabotagem operacional dos serviços à população (Cedae-RJ, por exemplo), destruição dos marcos legais de proteção dos direitos fundamentais (Reformas do Estado) e operação dos fundos públicos para reversão para o "mercado" (Previdência, Fundo de Participação dos Municípios - proposta de redução, dentre outras). Enfim, aquilo que Schumpeter conceituava como "destruição criativa". O mercado, por intermédio dos agentes públicos de direita e extrema direita, destrói a capacidade estatal de viabilizar a vida. Itália, Espanha, EUA e, agora o Brasil, estão experimentando o resultado dessa fórmula que pode ser interpretada como fracasso neoliberal frente ao Covid-19, o que permite, aos estudiosos - e, no nosso caso, aos estudiosos da Geografia -, contribuirem com o debate sobre o papel do processo de urbanização na manutenção desse modelo como crítica e, eventualmente, com propostas e demonstrações, a partir de nossas pesquisas, daquilo que Milton Santos já anunciava, de uma outra globalização. Acrescenta-se, com resultados de pesquisa e reflexões que demonstrem a importância do Estado e das políticas públicas como condicionantes essenciais da vida e de sua reprodução. Como possibilidades de debate, geógrafos de diferentes universidades paranaenses, participantes do Grupo de Estudos Urbanos (Geur) vinculado à Universidade Estadual de Maringá (UEM) trouxeram reflexões demonstrando os desdobramentos da crise que impactam nas múltiplas geografias possíveis e têm rebatimento no território e na vida das pessoas. Esta obra, constitui-se portanto, por uma coletânea de textos produzidos a partir de pesquisas temáticas, que visam contribuir com o debate sobre esse momento de crise, na qual a pandemia e a luta pela vida se tornam o centro da discussão em contraponto com o capital, o que a Geografia e a produção do conhecimento geográfico podem contribuir com reflexões e proposições. Desse modo, o agrupamento de textos com proposições teóricas e de interpretação do nosso tempo em simbiose com estudos de caso que abrangem temáticas fundamentais na compreensão dessa Geografia em tempos de pandemia foi proposital, no sentido de ampliar esse debate, denunciar a perversidade do capitalismo neoliberal e evidenciar propostas e reflexões para superação da crise.
2021
As relações entre os arranjos espaciais dos fenômenos na superfície e suas interações através do tempo sempre fizeram parte dos estudos geográficos. Mais uma vez a Revista Geousp: Espaço e Tempo contribui no conhecimento geográfico com sua nova edição.
2022
Resumo Este ensaio traz uma reflexão sobre alguns fenômenos espaço-territoriais diretamente relacionados com a rápida e crescente difusão da Covid-19. Para isso, tomam-se como referências principais, interpretações geográficas sobre alguns tópicos que emergem no decorrer dessa pandemia, e que têm sido abordados por reconhecidos pensadores contemporâneos, em especial, o britânico David Harvey e o brasileiro Rogério Haesbaert. O texto abordou ainda, de forma generalista, duas evidentes e conectadas realidades espaço-territoriais do atual momento do capitalismo, marcas desse momento histórico, que têm sido impactadas pela difusão da pandemia: as mobilidades e as contradições socioeconômicas. Palavras-chave: Espaço. Território. Contradições. Mobilidades. Covid-19. Abstract This essay reflects on some spatial--territorial phenomena directly related to the rapid and growing spread of Covid--19. For this, it takes as main references, geographic interpretations on some topics that emerge during this pandemic, and that have been addressed by recognized contemporary thinkers, in particular, the British David Harvey and the Brazilian Rogério Haesbaert. The text also addressed, in a general way, two evident and connected spatial--territorial realities of the current stage of capitalism, marks of this historical moment, which have been impacted by the spread of the pandemic: mobilities and socioeconomic contradictions. Keywords: Space. Territory. Contradictions. Mobility. Covid--19.
Revista de Geografia, 2021
O presente trabalho descreve uma prática pedagógica, realizada em uma escola da rede estadual da Bahia, em que conceitos e conteúdos trabalhados na disciplina de Geografia foram utilizados para analisar a dinâmica da pandemia da Covid-19, nomenclatura dada a doença causada pelo patógeno novo coronavírus (Sars-Cov-2). Para melhor organização da temática proposta, a aula em questão foi dividida em três tópicos: 1) Surgimento da Covid-19 na China; 2) Expansão da pandemia relacionada aos fluxos da globalização; 3) Covid-19 no Brasil: reflexo da segregação socioespacial. Contatamos que a experiência observada foi de grande valia para os alunos, pois aproximou a sala de aula a uma temática atual, relevante não apenas para a aprendizagem escolar, mas também para a formação cidadã dos educandos.
2011
What are the causes of the economic, social and political crisis that struggles the country? How the teaching of geography can help young people to understand in an informed manner the crisis that Portugal is facing and can act as conscientious citizens and stakeholders in addressing the problems at national, regional and local levels? In this article we tried to carry a reflection on the two previous issues and highlight the role of Geographic Education in the formation of participatory citizens.
Revista Territorialidades, 2020
Este ensaio é resultado de uma aula inaugural proferida no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social da Universidade Católica de Salvador. Para discutir questões do mundo atual a partir de uma perspectiva disciplinar da geografia, dividi o texto em duas seções: na primeira, me apoio nos livros Grammaire des Civilizations, de Fernand Braudel (1963); The Clash of Civilizations, de Samuel Huntington (1996); The Revenge of Geography, de Robert Kaplan (2012), e Géohistoire de la Mondialisation, de Christian Grataloup (2007). Na segunda, dou destaque à questão do mundo islâmico, tendo em vista seu papel crescente em recentes conflitos internacionais.
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Boletim da Conjuntura, 2020
GEOUSP, 2021
Revista Vértices (Campos dos Goytacazes), 2010
EPITAYA eBooks, 2022
Geografia urbana. Revisitando conceitos e temas, 2023
Boletim Amazônico de Geografia, 2015
Geografia Ensino & Pesquisa, 2014
Revista Tamoios, 2015
Espaço e Cultura
JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750
Revista da Anpege, 2016
Boletim Gaúcho de Geografia, 2020
Revista Movimentos Sociais e Dinâmicas Espaciais