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2004, Caminhando
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A abordagem da religião pela sociologia é um empreendimento complexo e ao mesmo tempo compulsivo. Nos escritos de Auguste Comte, as religiões tradicionais eram tratadas como estorvo ao progresso da ciência, mas, ao mesmo tempo, ele julgava imprescindível o estabelecimento de uma religião civil para a nova sociedade, tendo-se incumbido de formular suas doutrinas. No primeiro caso, ele estava rejeitando as religiões como "explicadoras" dos fenômenos da natureza e da sociedade, convencido de que a ciência iluminista cumpria cabalmente este papel. No segundo caso, ele sentia necessidade de instituir um edifício místico que garantisse sentido e coesão aos grupos constituintes da sua tão cara sociedade moderna. Durkheim definiu o objeto da Sociologia, o fato social em si, como algo inconfundível, irredutível e insofismável, nas "regras do método sociológico" (1895). Mas, não muito depois, dedicou-se à análise das "formas elementares da vida religiosa", inaugurando assim os trabalhos sistemáticos de sociologia da religião. Fiel à sua definição de "fato social", ele tratava religião como "um sistema solidário de crenças e de práticas relativas a coisas sagradas, isto é, separadas, proibidas, crenças e práticas que reúnem numa mesma comunidade moral, chamada igreja, todos aqueles que a elas aderem" 2 .
Em todos os tempos só tem havido um meio de quebrar o poder da magia e estabelecer um padrão racional de conduta; este meio é a grande profecia racional. WEBER (1993, p. 362) Profecias liberaram o mundo da magia e, ao fazê-lo, criaram a base para a ciência e a tecnologia modernas, como também para o capitalismo.
Pretende-se mostrar a complexidade da “prostituição”, enquanto fenômeno social, especificamente em suas relações com a religião, em dois contextos: na instituição histórica da prostituição sagrada e no caso das prostitutas convertidas ao pentecostalismo nos dias de hoje. A intenção é perceber como a “prostituição” e a figura da “prostituta” acumulam camadas de sentido distintas, distantes e até paradoxais. Desta maneira, sua rica constituição não será bem traduzida se se concebe o fenômeno de forma achatada ou simplificada, como atividade/identidade moralmente condenada. As religiões, enquanto matrizes morais, orientam construções de sentido a respeito da prostituição que extrapolam este entendimento da condenação moral. Respaldada em fontes de múltiplas naturezas (históricas, teológicas, etnográficas), indico formas pelas quais acontece esta apropriação religiosa do tema.
Identidades Religiosas em Portugal, 2012
Para compreender a diversificação do campo religioso em Portugal torna-se indispensável aceder à dinâmica do processo revolucionário. Quando se dá a revolução, em 1974, a própria Igreja Católica está já envolvida num processo de transformação interna, iniciado durante o Marcelismo. No entanto, quando solicitada a apoiar o regime, a hierarquia recusa, quer a realização de urna celebração pública da Libertação Cristã, proposta por um grupo de cristãos de Lisboa, quer a celebração de um Te Deum que legitime o regime nascente, a pedido da Junta de Salvação Nacional. Entre a surpresa e a expectativa, os bispos só tornam urna posição oficial quando se fazem representar, através do Patriarca de Lisboa, na cerimónia de posse do presidente da República, general Spínola, no Palácio de Queluz. Para quem assume o poder político, parece estar ainda muito presente a memória da I República e as eventuais consequências das difíceis relações com a Igreja Católica para a legitimação do regime democrático (cf. Monteiro, 1993: 35).
The author describes how socialism is an intelectual deconstructive process of the basic western values such as the family and relates the issue with the foreground of socialism as a formal teology. The fact that Marx, Feuerbach and Bloch exaustively studied the Bible is enhanced as well as the epicurean philosophy was used to re-write or re-interpret the biblical message.
2021
O livro de José Pereira Coutinho, publicado pela Imprensa de Ciências Sociais, é um exercício de análise em sociologia da religião imprescindível para o campo dos estudos acerca do tema em Portugal. Entretanto, para o/a leitor/a brasileiro/a traz também importantes contribuições não somente acerca da realidade religiosa do país em questão, mas sobretudo por nos fornecer referencias conceituais fundamentais para a compreensão do fenômeno religioso na contemporaneidade. Coutinho foi capaz de articular e combinar uma escrita enciclopédica com uma análise profunda da temática tratada. Seu livro possibilita à/ao leitora/r navegar no contexto da sociologia da religião lusitana, diante de uma produção que faz uma sociologia da sociologia da religião em Portugal. Contudo, sua análise não fica circunscrita ao país estudado, visto que contém projeções pertinentes à compreensão das religiões e religiosidades no mundo global, principalmente no Ocidente. A obra começa com um percurso sobre a própria sociologia da religião em Portugal, caracterizando as origens, agentes e instituições principais que se debruçaram sobre o assunto nas últimas décadas. O autor faz uma atualização da configuração do campo em seu país, mostrando que os estudos de religião na área de socio-SOCIOLOGIA DA SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO EM PORTUGAL*
Resumo: O presente artigo tem por objetivo mostrar a estreita ligação e profunda influência da Religião sobre o Direito e igualmente nas relações sociais, e seu vínculo com as atividades estatais. A relação simbiótica que se estabeleceu entre Direito e Religião nos primórdios da humanidade é sentida atualmente na medida em que o ordenamento jurídico institui arbitrariamente normas que privilegiam determinada religião em detrimento das demais. Analisando sob uma perspectiva crítica a forte presença da religião nas relações sociais e nos textos constitucionais, a Concordata Brasil-Santa Sé e o protestantismo como impulsionador do capitalismo estatal, busca-se entender de que maneira o Estado, embebido por concepções religiosas, impõe deveres incoerentes com seus princípios e objetivos aos cidadãos. Com essas análises, chega-se à ideia da construção de um o Estado laico como forma de garantir e respeitar as mais diversas matrizes religiosas que compõem os traços culturais de uma nação.
uma análise da atuação de parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres e de LGBTs no Brasil
A MITOLOGIA IORUBÁ: MATRIARCADO E ANCESTRALIDADE NA FENOMENOLOGIA DOS CANDOMBLÉS DO BRASIL, 2021
Os textos que compõem os debates da obra Religião, Política e Sociedade vão ao encontro das várias reflexões e abordagens tanto teóricas quanto de análise a partir de linhas temáticas como: sistemas culturais religiosos presentes na América Latina; construção de sujeitos religiosos e políticos a partir das diversas matrizes religiosas; processos de secularização e laicidade; relações político-religiosas; e a problematização derivada de certas práticas na formação identitária que geram violência, em decorrência ora da supervalorização ora da subestimação e menosprezo de formas de existência, crença e visões de mundo. No capítulo A MITOLOGIA IORUBÁ: MATRIARCADO E ANCESTRALIDADE NA FENOMENOLOGIA DOS CANDOMBLÉS DO BRASIL, de minha autoria, analisei a presença do matriarcado na mitologia Iorubá para entender como os Orixás, enquanto imagem arquetípica, afetam e influenciam o comportamento social ao conferir características aos “filhos e filhas de santo”. No panteão Iorubá, por representarem o matriarcado, o arquétipo feminino, e a ancestralidade vinculada a este, se relaciona com conceitos fundadores da filosofia africana, cujos pilares de formação social são centrados na figura feminina. Foram analisados conceitos ligados à mitologia Iorubá, filosofia africana, fenomenologia e religião, relacionando-se os Orixás, especialmente os femininos, e a estrutura fenomênica do cotidiano de pessoas ligadas aos candomblés. Concluiu-se que esta relação empodera pessoas dentro e fora dos terreiros através da força ancestral da mitologia Iorubá, especialmente as mulheres.
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HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião
Revista Diálogos, 2013
Revista de Estudos Universitários - REU
PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP, 2020
CUIDADOS PALIATIVOS: O QUE E PARA QUEM., 2021
Paralellus: Revista de Estudos de Religião, 2019
Horizonte: revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiao, 2010
VIANA, Nildo (org.). Religião e Capital Comunicacional. Rio de Janeiro: Ar Editora, 2015., 2015