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Muitos são os especialistas, brasileiros e estrangeiros, que, ao refletirem e analisarem questões vinculadas à geopolítica, as Relações Internacionais e os mundos árabes e islâmicos -(faço questão de utilizar a forma plural para enfatizar melhor sobre a complexidade desses mundos), tem apresentado dificuldades em reconhecer o caráter golpista envolvendo o recente afastamento da irmandade muçulmana da esfera política no Egito. Não raro, essa dificuldade parece despontar em situações relacionadas a um processo ainda incipiente de eleições democráticas, mais especificamente, em se tratando da provável vitória de um partido de obediência islâmica -seja em Túnis, Gaza ou Cairo -e provém de um medo intrínseco de que recaiam acusações tais como ser pró-islamista 2 ou de aderir ao jogo de extremistas, salafistas, terroristas ou jihadistas conforme o vocabulário à la mode. Na maioria das vezes, os próprios analistas têm optado por recomendar cautela, alguns inclusive, deixando de assumir uma postura mais clara, talvez por medo de cometerem um ato próprio a qualquer ser humano: um erro de analise.
Estudos de Sociologia
Abordando o problema do terrorismo religioso, este artigo propõe uma análise deste fenômeno a partir da relação entre política e religião. Usando como método o estudo de caso, o artigo tem como objetivo abordar o terrorismo islâmico, no contexto da laïcité francesa, a partir de uma perspectiva pós-secular. Argumenta-se que a separação entre política e religião no modelo francês, cujas raízes têm como base a tradição liberal moderna europeia, diferentemente da tradição islâmica, pode ser considerada como um fator que contribui para a perpetuação do terrorismo religioso (islâmico) no país. O autor propõe uma abordagem pós-secular e interdisciplinar das Relações Internacionais no estudo do terrorismo religioso.
Meritum Revista De Direito Da Universidade Fumec, 2008
Resumo: Quando falamos sobre a cultura muçulmana, ou, especificamente, sobre a religião e o direito muçulmano, há duas formas de analisá-la(os). A primeira considera a realidade dos países muçulmanos e sua política e a segunda toma como base a doutrina do Islã, ou, em outras palavras, a doutrina original do Islã, a despeito da forma como ela tem sido usada pelas forças políticas para atingir seus objetivos. Neste artigo, fazemos um pequeno esboço da segunda perspectiva e analisamos, com base nele, como a cultura islâmica pode ser relacionada à idéia de direitos humanos. Há muita dificuldade na conciliação entre a tradição islâmica e os direitos humanos, os quais resultam da cultura ocidental, cuja forma de entender o ser humano é bastante diversa da muçulmana. Assim, muitas idéias, como a de dignidade humana, não podem ser entendidas no mundo muçulmano como no ocidental. Na visão islâmica, não há distinção essencial entre o sagrado e o secular; além disso, o dever humano de servir seu criador está presente em todas as circunstâncias da vida. A religião é um elemento muito importante nessa cultura, e os direitos humanos-se pretendemos aplicá-los e efetivá-los-devem ser interpretados sob a perspectiva do Islã.
Instituto de História Económica e Social, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2008
A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso.
Previsíveis as lições do Nobel da Paz Mohamed el Baradei quando, em 2012, tentava--se forjar uma Carta Constitucional no Egito: "se um país encontra-se dividido, como é o caso do Egito, a constituição será meramente um texto sem legitimidade"; "esse documento não vai durar muito e logo será parte de um folclore político e irá para o lixo da história". Esta citação é parte do texto que escrevi, denominado "Egito: afinal, qual o sentido da redemocratização?", disponível em < http://dimensaoconstitucional.blogspot.com.br/2013/07/egito-afinal--qual--o--sentido--da.html>. Este texto se fundamenta na Constituição do Egito e na inspiração da sharia, o qual foi motivo de protestos por parte dos liberais, secularistas e da Igreja. Apesar da aprovação da nova ordem constitucional, em tal data, novos enfrentamentos entre opositores e correligionários de Mohamed Morsi, presidente eleito?, ocorreram em cidades ao longo do Canal de Suez, deixando um lastro de violência e morte, que viera precedida de uma advertência do General Abdel Fattah el--Sisi, em 29 de janeiro de 2013, que a crise poderia "levar a um colapso do Estado" 1 . As forças militares, no dia 03 de julho de 2013, anunciaram, por meio do General Abdel Fattah el--Sisi, que Morsi não era mais o presidente do país, anunciando ainda a instauração de um governo de transição, comandado pelo Presidente da Suprema Corte Constitucional, Maher El--Beheiry, também
Locus: Revista de História
O sentimento de rechaço ao islã tornou-se algo como um lugar-comum junto à emergência da nova direita populista em vários países e regiões do planeta. Sobretudo após os atentados de 11 de setembro de 2001, o islã ganhou um papel de protagonismo dentro daquilo que essa direita propõe combater. Todavia, os motivos do sentimento anti-islâmico tornam-se turvos, uma vez que antes do 11 de setembro vários setores da direita na Europa e nos EUA já enquadravam o imigrante não europeu, ou de países do chamado terceiro mundo como um grande problema. Quando o sentimento anti-islâmico surge nos discursos da direita em países que não se defrontam com a questão da imigração de forma tão incisiva, como no Brasil, este tema fica ainda mais problemático, tornando-se necessária uma averiguação mais detalhada da questão. Neste artigo analisa-se a abordagem do islã no contexto da nova direita no pensamento de Olavo de Carvalho, um influente formador de opinião da direita brasileira atual. Busca-se comp...
2018
A expressão "poiesis da democracia" no título remete à sua preocupação central: compreender "democracia" não como conceito unívoco e absoluto, mas como resultado de permanências e transformações históricas inerentes tanto à sua formulação grega quanto a seus usos contemporâneos, isto é, como problema cujas respostas derivam de negociação permanentemente meditada e mediada. Assim, o volume tem por problema principal a análise-preferencialmente interdisciplinar e aberta a múltiplas abordagens teórico-metodológicas-da construção do conceito de democracia ateniense como arena político-cultural conflituosa e problemática (e não meta, estrutura ou programa), perceptível em distintos autores e discursos da época clássica, bem como em reflexões que os suplementaram ao longo dos séculos V e IV a.C. The expression "poiesis of democracy" in the title refers to its central concern: to understand "democracy" not as a univocal and absolute concept, but as a result of historical permanencies and transformations inherent of both its Greek formulation and its contemporary uses, that is, as a problem whose answers derive from permanently meditated and mediated negotiation. Thus, the main problem dealt with in the volume is the analysis-preferably interdisciplinary and open to multiple theoretical-methodological approaches-of the construction of the concept of Athenian democracy as a problematic political and cultural arena (and not as a goal, structure or program), perceptible in different authors and discourses of the classical period, as well as reflections that supplemented them throughout the fifth and fourth centuries BC.
Direito e Democracia: Revista de Ciências Jurídicas, 2005
Talvez alguns aqui se lembrem de uma reflexão de Maria de Lurdes Pintasilgo sobre esta questão, escrita já lá vão mais de 30 anos, a qual começava por afirmar o quanto -é salutar experimentar a vergastada desta interrogação.‖ 2 A diferença, escreveu ela então em resposta, reside, por um lado, na continuidade histórica de uma forma de se relacionar com o acto fundador da religião, e, por outro, com a sucessão de momentos históricos de um mundo sempre em transformação. Ou, relendo a sua resposta à luz do título da colectânea em que mais tarde foi reeditada, o ser cristão, e a diferença que o ser cristão faz, reflecte um exercício crítico e sempre renovado de recuperar, reimaginar e reinventar a Igreja. 3 Trinta e tantos anos passados, e sobretudo para os participantes neste Fórum, esta resposta poderá hoje parecer um tanto banal. Não sei, aliás, se a própria pergunta será ainda sentida por alguém como vergastada.
Uma terceira dimensão da sharia é aquela que se pode conhecer por moral ou ética islâmica. Quem tiver uma concepção mais estreita da sharia pode, no entanto, considerar que os preceitos morais, dirigidos à consciência de cada muçulmano, relativos ao pudor, à generosidade, à tolerância, ao altruísmo, etc., constituem um corpo normativo independente e de natureza diversa daquela da sharia.
Revista Estudos do Século XX, 2013
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scielo.oces.mctes.pt
f alar sobre democracia nos países da Ásia Central é uma desafio que parece, à partida, perdido. As repúblicas emergentes do colapso da União Soviética são conhecidas pelos seus regimes autoritários, repressivos e centralizados em torno de presidentes, cujos mandatos são de facto vitalícios. A região raramente é notícia e as dinâmicas internas destes países parecem demasiado complexas e distantes para serem uma prioridade na agenda internacional. Afinal, durante a maior parte dos séculos xix e xx, a região manteve-se sob controlo russo/soviético; uma realidade que só gradualmente tem sido contestada quer por novos actores externos, quer pelos líderes e populações locais. As repúblicas da Ásia Central foram as únicas na União Soviética que votaram em referendo a favor da continuação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Como alguns autores defendem, a Ásia Central tornou-se independente contra a sua própria vontade. Num contexto onde a penetração de ideais liberais democráticos tem sido, no mínimo, muito limitada e sem uma experiência anterior de independência que consolidasse projectos nacionais, as instituições políticas são frágeis e desprovidas de mecanismos de controlo democrático. A súbita condição de independência e integração no sistema internacional, que se seguiu ao fim da Guerra Fria, implicou, entre outras coisas, a adesão destes países à Conferência para a Segurança e Cooperação na Europa/Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (osce) e uma partilha (formal) dos seus valores e princípios. Mas que impacto teve este processo nas sociedades da Ásia Central? Como encarar o desafio da promoção da democracia neste espaço geográfico e cultural? Que futuro aguarda esta região? A resposta a estas questões tornou-se mais difícil hoje do que quando cheguei a Bisqueque, em Janeiro deste ano. A oportunidade de trabalhar durante um semestre no projecto educacional promovido pela osce na Ásia Central foi um desafio irrecusável, especialmente para quem, desde há alguns anos, tem procurado aprofundar o conhecimento pessoal sobre a região. A Academia da osce oferece todos os anos a oportunidade a 25 estudantes das cinco repúblicas da Ásia Central (e este ano também do Afeganistão) de completarem um
Revista Atlante: Cuadernos de Educación y Desarrollo, 2018
Seqüência: estudos jurídicos e políticos, 2010
Lua NovaRevista de Cultura e Política, 2003
A qualidade da democracia no Brasil: questões teóricas e metodológicas da pesquisa, volume 1, 2016
Revista de Teorias da Democracia e Direitos Políticos
Mercosul no limiar do …, 2000
Revista de Direito Público da Economia, 2019
Perspectivas Em Gestao Conhecimento, 2011
Pressupostos históricos e teóricos para o estudo da democracia e os novos desafios na era da globalização, 2016