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Revista IBERC
Em um contexto global já marcado pela desordem e poluição informacional e diante da pandemia do Coronavírus, este texto propõe-se a investigar se a conduta de criar e espalhar desinformação por parte dos trolls, faker, hater e bullies pode configurar (e por quais razões) o abuso de direito, previsto no art. 187, do código civil. Tem-se como hipótese que tais conduta se revestem de pleno potencial para configurar abuso no exercício do direito à liberdade de comunicação por violar a boa-fé, a função social e os bons costumes, ainda que outros requisitos precisem ser constatados. O artigo abordará (i) o cenário de desordem e poluição informacional, (ii) os agentes objeto de estudo (trolls, faker, hater e bullies) e (iii) as desinformações reconhecidas pelo Ministério da Saúde brasileiro. Será empregado o método de abordagem hipotético-dedutivo, o método de procedimento monográfico e a técnica de pesquisa de documentação indireta.
Revista Brasileira de Educação em Geografia
O texto parte de uma situação vivenciada no trabalho de campo de minha pesquisa de doutorado. Tal situação, apresentada em detalhes no texto, poderia ter sido apenas um detalhe incômodo escamoteado da pesquisa uma vez que não interessava à intenção inicial de desenvolver junto aos participantes habilidades cartográficas, tão importantes para a compreensão da Geografia. A opção, à época, de considerar o referido evento, foi a mais difícil e, hoje percebo, a mais frutífera, com impacto radical nos objetivos, no problema, na metodologia, no referencial teórico e na concepção de saberes geográficos. No presente artigo retorno àquele fragmento, tanto de experiência quanto do texto da tese, para explorar suas potências sobre os limites que o educador encontra quando se depara com algo novo sem resposta na linguagem usual da cartografia escolar. O que está em evidência é a dificuldade de encontrar signos na linguagem para a expressão da questão: ‘habito este lugar, mas não vivo aqui’. A ex...
Revista V!RUS, 2022
As comunidades tradicionais no Brasil são marcadas historicamente por situações de conflitos, falta de autonomia e negação de direitos. Abordaremos a questão da moradia da comunidade da Mata dos Crioulos, localizada em Diamantina, Minas Gerais, que se autorreconhece como quilombola e apanhadores de flores sempre-vivas. Em meio aos conflitos territoriais nos quais está inserida, os modos de morar se relacionam intimamente com os modos de vida e com a “apanha” de flores, característica que fundamenta sua identidade coletiva. Na época da “apanha”, as famílias moram nas lapas, e na época de cuidar das roças, moram em casas construídas com técnicas tradicionais, prática esta que pode ser compreendida como contra-hegemônica por não estar pautada nas formas socialmente aceitas pela ideologia do modo de produção capitalista. Estas práticas foram ameaçadas pela implantação de Unidades de Conservação de uso restrito, que sobrepõe o território da comunidade. Este texto tece reflexões a respeito do porquê desses modos de morar não serem considerados legítimos pela sociedade ocidental urbana, e se a contra-hegemonia pode ser uma chave para compreensão desses modos de vida. A partir da compreensão da ideologia como forma de consciência social específica e de uma investigação acerca da relação sociedade/natureza, concluímos que o descaso das lapas e das casas de barro que articulam a territorialidade dos apanhadores de flores estão diretamente ligadas às noções hegemônicas de natureza externa e universal.
Cyborgs and monsters on non-places: aspects of education at a supermodern society Resumo O sujeito que reside no ambiente escolar recebe a ação de forças específicas que o condicionam a certos comportamentos e determinam aspectos de sua personalidade. No entanto, ele mesmo causa impactos no sistema em que é inserido, por suas características de constante mutação. A Escola é, aqui, percebida como pano de fundo político, social e cultural desse ente social. Com base em algumas ideias de Michel Foucault e da dupla formada por Gilles Deleuze e Felix Guattari faz-se a análise dos instrumentos de poder e das ações neles presentes. Além desses, apresentam-se conceitos apoiados nas definições de Marc Augè, sobre as características do não-lugar na supermodernidade, lugar desprovido de experiência. Para apoiar a observação realizada a respeito do ser que habita a Escola, toma-se a ciborgologia, de Donna Haraway, oferecendo a chance de substituir a dicotomia homem versus máquina por uma ontologia do homem-máquina e as sete teses sobre os monstros, de Jeffrey Jerome Cohen que volta o olhar para a monstruosidade que nos cerca. É, portanto, possível identificar o que é a Escola e os entes que são a ela submetidos: um não-lugar repleto de infantes-ciborgues-monstruosos.
Revista Espaço Acadêmico, 2012
Preocupada com os conteúdos físico-estruturais do/no espaço geográfico, a ciência geográfica tem se esquecido de abordar a casa, simplificadamente tomando-a como mera habitação. A intenção do presente trabalho é tramar uma insurreição pela casa, no sentido amplo de sua compreensão, a partir do ato do habitar. Partindo de uma apreensão historiográfica para depois compreendermos o sentido ampliado com o qual trabalhamos esta categoria, discutimos o sentido da categoria casa tomando como base o Santuário de Fátima em Fortaleza – CE (casa da mãe de Deus). Destarte, ampliamos a possibilidade de apropriação dessa categoria como uma renovada maneira de compreendermos os diferentes/diversos espaços vividos.
E-Compós, 1970
O mundo real tornou-se fábula Friedrich W. Nietzsche, Crepúsculo dos deuses Qual é a transformação da experiência adquirida que não deve ao imaginário seu motor primário? Qual mudança humana não foi formulada simbolicamente através de uma fantasia? E qual fantasia, se significativa, não é oposta à cultura no interior da qual surgiu? Jean Duvignaud, Heresia e subversão
Superinteressante, 2023
É recorrente a reflexão sobre o que significa ser português, assunto que atrai intelectuais de diferentes áreas do saber. Ora convocando o messianismo, através de explicações esotéricas, ora assumindo que os factos, e apenas os factos, interessam. A este respeito, José Mattoso (2008) é muito lúcido, ao sublinhar que, se o critério de análise for o da objetividade, excluem-se desde logo as teorias míticas e messiânicas. É neste quadro que vou discorrer sobre o que me propuseram, com os olhos postos, sempre, na investigação que desenvolvo há já alguns anos, a propósito da “portugalidade”. Desconstruindo-a, como é timbre das Ciências Sociais e Humanas (CSH), que não se dão bem com essências, mitos ou cartilhas. Eduardo Lourenço sublinhava uma hiperidentidade portuguesa devido a um défice de identidade real, que se compensava no plano imaginário. Mas, nem por isso o ensaísta invocou a “portugalidade” para o justificar, bem pelo contrário, como deixou claro em entrevista à RTP, em que afirmava não existir “o” português, muito menos “portugalidades” .
Resumo: Este texto explora relações entre espaços, identidades e processos turísticos. Baseado em trabalho de campo antropológico (realizado em Portugal, Malásia e Sin gapura), aborda-se o processo de construção social do espaço do bairro português de Malaca (1929-2009). Discute-se o processo de apropriação social do bairro por várias categorias de pessoas e argumenta-se que, desde a sua produção colonial à sua reapro priação contemporânea, coexiste uma retórica de nostalgia empacotada subjacente aos usos do espaço. Abstract: This text explores relationships between spaces, identities and tourism process. Based in anthropological fieldwork (conducted in Portugal, Malaysia and Singapore), it adresses the process of social construction of the " Portuguese Settle ment " of Melaka (1929-2009). Ir discusses the process of social appropriation of the settlement by several categories of people and it argues that, since its production until its contemporary (re)appropriation, coexists a rethorical packaged nostalgia underlying the uses of space.
Existências: Anais do 31º Encontro Nacional da ANPAP, 2022
Esta proposta apresenta parte dos resultados oriundos de pesquisa, ainda em andamento, realizada por uma artista e curadora. A proposta curatorial reuniu um conjunto de ações construídas por intervenções em vídeo-performance, instalações e três mesas de debate, nas quais artistas convidadxs e estudiosxs refletiram sobre a centralidade da Arte em debates sobre o Antropoceno, os saberes tradicionais, a Descolonização, a sustentabilidade e os caminhos que nos guiarão à justiça social.
Kalagatos - Revista de filosofia, 2024
Para uma visão ontológica da casa, tece-se o sentido da paralaxe (método) como prumo para sua fenomenologia. Nisso, a casa, enquanto lugar, admite a dialética aristotélica: o lugar-do-ser (rumo ao constituir) e o ser-do-lugar (rumo ao construir). Desse modo, guia-se a trama dos conceitos entrelaçados aos sentidos da casa: o morar (lugar-do-ser) e o residir (ser-do-lugar), aos extremos do morar sem residir (habitar) e o residir sem morar (abrigar). Assim, situa-se a lugaridade entre as paralaxes econômica e política em abertura da paralaxe científica. Dessarte, à visão da paralaxe geográfica, entreteceu-se, com a história-filosófica da casa, seu ser: a casidade.
Reescrever o século XVI: Para uma história não oficial de Camões, 2022
A paremiologia, ciência aplicada ao estudo das parêmias (adágios, anexins, provérbios, ditados e alegorias breves), parte de alguns pressupostos básicos para definir seu objeto de análise. Funk & Funk (2009) propõem que o primeiro deles seja o estatuto de combinação fixa de palavras, característica que as parêmias partilham com as expressões idiomáticas, ainda que estas não possuam autonomia semântica; brevidade e independência do contexto também são algumas de suas propriedades primordiais. A partir dos aportes teóricos de Franco (2019a) e Willis (1995), o presente estudo propõe-se a averiguar a contextualização da parêmia “Cá e lá más fadas há” presente na carta em prosa “Desejei tanto ũa vossa”, a carta de Goa, de Luís de Camões, complexificando o emprego do referido adágio português com base na situação político-social em que o poeta se encontrava à época da redação.
2017
No estado presente da investigação o panorama natural que denominamos de Paisagem, foi designada como género da Pintura pela primeira vez no século XVI. Até então a Paisagem era o cenário onde interagiam as personagens principais das obras numa cena mitológica, de batalha ou religiosa. A presença da Paisagem na Arte acontece gradualmente, com o desenvolvimento do cenário de fundo, tirando as personagens principais do lugar central, e ocupando o centro do quadro. Através das várias linguagens artísticas, como a Pintura ou o Desenho, e mais recentemente a Fotografia ou o Vídeo, a Paisagem é um tema inesgotável, devido ao apelo que suscita aos sentidos, tanto dos artistas como do público. Contudo, existe uma necessidade de pensar o caminho que estamos a levar. Uma necessidade de parar, e olhar à nossa volta, ou então olhar para linha do horizonte, e ao contrário do que estamos habituados, não procurar o seu limite. Com este estudo teórico-prático, pretende-se procurar o lugar da Paisag...
Diálogos
Centrando-se na exposição que João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira apresentaram em 2018 na Galeria Cristina Guerra (Lisboa), o presente artigo aborda as estratégias discursivas de repressão à identidade homossexual durante o período do Estado Novo. Analisando as obras exibidas e sua recepção crítica, recorremos à conceptualização foucaultiana em torno do panóptico e da estratégia arqueológica enquanto arquivo marginal (queer). À supressão oficial do termo “homossexual”, Vale e Ferreira respondem com a palavra inglesa “cruising”, a fim de podermos classificar um conjunto de práticas interditas que, em Portugal, ainda recentemente não podiam ser nomeadas.
2019
Shaun Tan nasceu em 1974 na Austrália Ocidental. É licenciado em Belas Artes e em Literatura Inglesa e actualmente trabalha como artista e autor freelance em Melbourne. Participa ainda em projectos de cenografia, arte conceptual e cinema de animação. As suas obras de carácter histórico exprimem sempre uma crítica social e política e como o próprio autor afirma, revelam o "interesse recorrente pela ideia de 'pertença'" (Tan, 2007). O presente estudo centra-se na obra "Emigrantes", de 2007 que conta a história, em imagens, de um homem que deixa a sua família para partir rumo ao desconhecido. Este emigrante chega a um lugar "enlouquecido" de costumes estranhos, animais peculiares, objectos flutuantes e idiomas indecifráveis. Desta forma, Tan introduz temas como a difícil adaptação a outra cultura, a importância da família, a identidade e o sentimento de pertença. Na pesquisa para este livro, o autor recolheu histórias autobiográficas de emigrantes,...
Revista Graphos, 2021
Texto de apresentação do dossiê O fantástico e a (de)formação do riso.
Revista Kalagatos – ISSN: 1984-9206, 2022
Artigo de Aurosa Alison que traduzi do francês, "A inferência existencial do redondo na função do habitar" ["L'inférence existentielle du rond dans la fonction de l'habiter"], agora publicado na Revista Kalagatos / Universidade Estadual do Ceará UECE, 2022.
Emblemas Revista Do Departamento De Historia E Ciencias Sociais Ufg Cac, 2014
II Congresso Ibero-americano Sobre Habitação Social: ciência e tecnologia: “Por uma nova abordagem” , 2009
Na década que antecedeu o final da ditadura de Oliveira Salazar, Portugal encontrava-se com um problema grave de défice de habitação. Um conjunto de arquitectos, carregados de preocupações sociais, fixam a sua atenção no tema da habitação e procuram, neste contexto, um aprofundamento de conhecimentos que visa responder melhor, mais depressa e com menor custo a esta questão premente. Este trabalho visa a reflexão efectuada sobre a habitação social e o habitar mínimo, num universo de produção onde o arquitecto Nuno Portas tem um papel de relevo. ********** In the decade that preceded the end of Oliveira Salazar's dictatorship, Portugal faced a tremendous housing deficit. As a consequence, a group of socially concerned architects started focusing their efforts on this ever more pressing issue by widening the knowledge-base required to design better housing units in as little time as possible and at reduced costs. This research focuses on some of the inquiries done around that time on the subjects of social housing and the minimum dwelling, with an emphasis on architect Nuno Portas given his special involvement in the overall process.
Psicologia: Ciência e Profissão, 1992
A casa dos sem-casa "As ciências, arrastadas nessa aventura, a nossa, existem para refrescar tudo o que tocam e aquecer tudo o que penetram, a terra na qual vivemos e as verdades que nos fazem viver" (Moscovici)
(Apresentado no Congresso Fantasia, IFAC-UFOP)
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