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Voluntas: Revista Internacional de Filosofia
Neste artigo é apresentada a tese segundo a qual parte do projeto filosófico de Arthur Schopenhauer deve ser entendida como o estabelecimento de um sistema de filosofia transcendental, constituído de uma teoria da experiência coordenada a uma teoria geral das faculdades cognitivas e a um “primeiro princípio”, que apresentamos e discutimos. Assim compreendida, a filosofia de Schopenhauer guarda uma relação peculiar de continuidade com a filosofia transcendental de Kant: herda e reformula o projeto de Karl Leonhard Reinhold, articulado em resposta aos céticos Salomon Maimon e Gottlob Ernst Schulze, edificando um sistema de filosofia transcendental que contempla as ambições fundacionistas presentes no projeto de Reinhold e críticas que esse projeto recebera
Revista de Filosofia Aurora, 2018
Sabe-se que Schopenhauer louva Berkeley como um grande idealista ao lado de Kant, seu principal inspirador. Schopenhauer, por sua vez, não segue o caminho kantiano, antes elaborando uma dura crítica da Analítica Transcendental e reformulando profundamente a doutrina do conhecimento intuitivo. De Berkeley, Schopenhauer toma a tese de que “ser é ser percebido”, que, em suas palavras, corresponde à sentença “o mundo é minha representação”. Apesar disso, são poucas as vezes em que Berkeley é mencionado por Schopenhauer ainda que se trate de importantes ocasiões. Isso talvez possa servir como explicação para o estranho fato de ser tão raro encontrar o nome de Berkeley nos estudos sobre a metafísica ou a teoria do conhecimento de Schopenhauer, exceto como casuais alusões àquelas breves menções. Diante disso, o presente artigo consiste em uma introdução à seguinte tese: o idealismo transcendental de Schopenhauer desenvolve o pensamento berkeleyano, utilizando-se do ponto de vista kantiano, de maneira a levar este último à consequência que Kant teria querido evitar.
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia
Nós nos propomos analisar e interpretar em que sentido a descrição de Philonenko de que Schopenhauer desenvolveu uma “fenomenologia da vida ética” pode ser lida sem grandes problemas, se nos detivermos à sua fundamentação empírica da moral, exposta em Sobre o Fundamento da Moral. Caso a estendamos à metafísica dos costumes do filósofo, como fez Philonenko, essa expressão já será inadequada pelo fato da última não ter por objeto nenhum fenômeno, mas o que se “esconde por trás deles (...), a coisa em si mesma”. Esse esclarecimento também nos ajudará a evidenciar que Schopenhauer inovou cientificamente, na moral, ao reconduzir as ações humanas a três motivos fundamentais: o bem-estar próprio, alheio e o mal-estar alheio (predicados, respectivamente, por egoísmo, bondade e malevolência); e ao explicar a possibilidade da segunda motivação como oriunda do sentimento da compaixão (divisível em um grau negativo, o da justiça, e um positivo, a caridade).
Schopenhauer e a religião, 2021
A recuperação da teologia nos últimos escritos de Horkheimer, com a ideia de anseio pelo inteiramente outro e de uma solidariedade laica, se inspirará no autor de O mundo como vontade e representação, que teria fundado filosoficamente o amor ao próximo sem depender de questionáveis prescrições religiosas. Uma participação “a-religiosa” no combate ao sofrimento alheio seria mais autêntica porque, mesmo tendo momentos teológicos, evitaria a sanha do fanatismo que, notadamente quando unido a falsos patriotismos e orgulhos nacionais, produz o contrário da identificação com todo ser que sofre. Daí podermos ter contribuições em vista de certas reconsiderações de teses aproximativas entre filosofia e religião como interessante tendência da pesquisa schopenhaueriana. Uma tendência que já recebeu a impactante contribuição do aluno e herdeiro de Horkheimer na Universidade de Frankfurt, Alfred Schmidt, em textos tão relevantes quanto (ainda) pouco estudados, como o seu livro Die Wahrheit im Gewande der Lüge. Schopenhauers Religionsphilosophie [A verdade travestida de mentira: a filosofia da religião de Schopenhauer]. Com efeito, surgiram nas duas últimas décadas diversos estudos que, de um lado, colocam em questão a própria relação de Schopenhauer como estudioso das religiões orientais e suas Schopenhauer e a religião 11 fontes e, de outro, evidenciam a coerência e a contundência das teses schopenhauerianas no campo da assim chamada “filosofia da religião”; assim como inserem o filósofo no horizonte de uma das mais profícuas linhas de pesquisa da atualidade, aquela que trata do diálogo entre as tradições orientais e ocidentais de pensamento. Foi a partir desses elementos contextuais que fizemos a proposta para a publicação de um livro com a temática Filosofia e Religião no horizonte da filosofia de Schopenhauer, a fim de reunir resultados de pesquisas de estudiosos tanto da obra de Schopenhauer quanto de filosofias que com ela dialogam no Brasil e no mundo.
Barbarói
O presente artigo visa analisar as tramas e tensões entre o surgimento da psicanálise de Freud em contato com a filosofia de Schopenhauer. Com a publicação dos escritos psicanalíticos de Freud em sua fase metapsicológica, o psiquismo começou a ser trabalhado por ele sob uma nova perspectiva, rompendo assim com a psicologia clássica de sua época. Por sua vez, e comparativamente, o sistema metafísico adotado por Schopenhauer, visava responder as teorizações sobre um princípio básico que rege o universo, independente de uma utilização necessariamente prática. Embora a psicanálise e a filosofia tenham diferentes objetivos, ainda não se conhece com profundidade a contribuição da filosofia na construção da teoria psicanalítica desenvolvida por Freud, principalmente, no que tange aos encontros e desencontros que o prefixo meta tem na metafísica preconizada por Schopenhauer e na metapsicologia de Freud.
2021
O curso tem por objetivo oferecer uma caracterização introdutória da Fenomenologia Transcendental de Edmund Husserl. Inicialmente, serão abordadas as teses de Husserl acerca da cientificidade da Filosofia no ensaio Filosofia como Ciência de Rigor (1911). Aqui, importa examinar como tais teses estão intimamente conectadas com a crítica a duas formas de pensamento relativistas muito importantes no fim do século XIX e no início do XX - a saber, o naturalismo e o historicismo. Em seguida, será feito um exame gradativo das bases da Fenomenologia Transcendental de Husserl a partir da Seção Segunda de Ideias para uma Fenomenologia Pura e para uma Filosofia Fenomenológica (1913). Neste ponto, interessa compreender como a Fenomenologia Transcendental exige um afastamento de nossa orientação natural perante objeto e mundo e possibilita uma análise dos traços gerais e do sentido de uma consciência pura. Serão trabalhadas noções husserlianas fundamentais como ato, percepção, objeto e redução.
2021
O curso tem por objetivo oferecer uma introdução à obra de Edmund Husserl, criador da Fenomenologia. Inicialmente, serão abordados os antecedentes históricos e intelectuais mais imediatos deste método, encontrados na Filosofia e na Ciência do séc. XIX. Em seguida, será examinada a origem da Fenomenologia, na obra Investigações Lógicas (1900-1901), a partir do conhecido problema do ‘Psicologismo’, bem difundido na Alemanha daquele século. Uma vez obtida uma compreensão geral do que propõe a Fenomenologia, serão abordados os elementos gerais de Doutrina do Método apresentados nas Seções Primeira e Segunda da obra Ideias para uma Fenomenologia Pura e para uma Filosofia Fenomenológica (1913). Especial atenção será dada aos temas da eidética (apreensão de essências) e da redução transcendental (depuração do fenômeno em unidade de sentido).
2018
RESUMO: O artigo tentar mostrar três coisas: primeiro que, embora Nietzsche rejeite alguns dos aspectos mais importantes da famosa metafísica da vontade que se encontra no centro de toda a filosofia de Schopenhauer, tal metafísica não deixa por isso de ser o ponto de partida da sua análise do "facto fundamental da vontade humana" na Genealogia da Moral; depois, que o modo como Schopenhauer entende o ascetismo e a "negação da vontade" tem uma importância crucial para a compreensão da concepção nietzschiana do "ideal ascético" e de uma "vontade do nada" como vontade ascética; por fim, que a interpretação daquilo a que Nietzsche chama "niilismo" na Genealogia e, em geral, na sua obra não pode dispensar a reflexão sobre o modo como Nietzsche e Schopenhauer pensam o ascetismo e a ideia de uma "vontade do nada". Este último ponto implica a revisão crítica de importantes interpretações do niilismo em Nietzsche, como a de Stegmaier e a de van Tongeren.
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, 2021
Pretende-se com este artigo encontrar um possível esclarecimento para a afirmação de Schopenhauer segundo a qual somente a Vontade é o unicamente Real, uma tese publicada pela primeira vez em "A vontade na natureza" que exigiria várias mudanças em sua obra capital, uma vez que se torna a definitiva demarcação do pensamento de Schopenhauer com relação a seus antecessores. Esse problema nos levou a considerar a relação entre Schopenhauer e Kant em vista de descobrir o sentido próprio dessa tese, bem como o de alguns aspectos da crítica levantada pelo primeiro contra o segundo. Nesse sentido, aproveita-se para destacar muitas passagens novas ausentes na edição de 1819 de "O mundo como vontade e representação", além de uma cuidadosa consideração de suas anotações ao exemplar pessoal.
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Perspectiva Filosófica, 2023
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, 2018
FILOSOFIA POLÍTICA: PERSPECTIVAS PÓS COVID-19, 2020
Estudos Kantianos [EK]
Polifonia - Revista Internacional da Academia Paulista de Direito (APD), nº 13, 2024
DoisPontos, 2012
E-book Filosofia, Vida e Morte
Arthur Schopenhauer e a Tradição Jusnaturalista Moderna, 2011
Colloquium Socialis, 2019
Veritas (Porto Alegre), 2012
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia
In: AMORA, Kleber; et al (orgs.). Extratos filosóficos, 2009
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