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O artigo propõe uma agenda de análise rítmica para estudar as criatividades do protesto. A discussão sobre a análise rítmica é ancorada na ontologia dos selves de autoria de Cornelius Castoriadis. Abarcaremos psique e sociedade no mesmo pensamento e mudaremos os termos do debate das subjetividades coletivas para a emergência rítmica dos divíduos. O artigo introduz a noção de ritmos concêntricos como um quadro analítico para tornar inteligíveis as polirritmias dos locais de protesto. Finalmente, o artigo constrói uma vinheta sobre ritmos concêntricos, onde, analisando uma coreografia particular do protesto, nos habilitamos a falar sobre autonomia, reconhecimento e política pós-edípica.
Métodos em Movimento, 2022
Neste capítulo verifico e comparo as relações ao longo do tempo entre os principais atores da esquerda envolvidos nos protestos iniciados em 2011 na Espanha e em 2013 no Brasil, por meio da técnica da análise de redes. Os dados sobre os quais aplico o método são oriundos do Facebook, mídia social que foi de grande relevância para a organização dos eventos, para a ampliação do debate político e para a divulgação das informações dos movimentos. A análise das redes mostrou diferenças significativas entre os protestos espanhol e brasileiro, sendo os primeiros compostos por uma rede mais densa onde se destacaram novos atores políticos, enquanto os segundos apresentaram uma composição mais híbrida, articulando antigos e novos atores.
Anais do 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação , 2023
Este trabalho reconhece os protestos brasileiros como fenômenos sônico-espiralares que seguem uma temporalidade curva e se instituem por vias das corporeidades e sonoridades. A partir de conceitos como roteiro (TAYLOR, 2013), oralitura (MARTINS, 2020), entreouvido e agência sônica (LABELLE, 2022), constrói-se um caminho metodológico que articula performance, som e mídia a fim de apreender as singularidades dos protestos carnavalizados no Brasil.
Tudo começou com 0,20 centavos. A passagem de ônibus em São Paulo -a maior cidade do país -, cara para a péssima qualidade do transporte, sofreu um aumento de vinte centavos, o que engatilhou protestos levados a cabo pelo grupo Movimento Passe Livre, ou MPL. O MPL,
Caderno de Letras, 2022
O Brasil do século XXI é socio-historicamente constituído por diferentes embates no campo político-ideológico, começando com a eleição de Lula, em 2002, e, atualmente, com o governo de Bolsonaro. A partir de 2013, durante o primeiro governo de Dilma Rousseff, é possível afirmar que os protestos se intensificaram no país, aparecendo como ponto simbólico que inaugura a disputa nas ruas na última década. O presente artigo trabalha sobre os protestos como uma forma histórica, designada como forma-protesto, embasando-se nas jornadas de junho de 2013 para delimitar a teorização. A visada teórico-analítica a partir da qual o trabalho é desenvolvido é a Análise Materialista de Discurso, que, com sua sustentação no materialismo histórico-dialético, garante os elementos necessários para a observação da forma-protesto, considerando, especialmente, as modalidades de subjetivação proposta em Pêcheux (2014). Desde a circulação do enunciado “O gigante acordou” é possível afirmar que os manifestantes representam a posição da burguesia liberal, como bom sujeito, não rompendo com a formação social capitalista, ao passo que as manifestações posteriores, a partir das que pediam pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff passaram a se identificar com uma posição que sustenta o fim das instituições democráticas, em um funcionamento fascista. A reivindicação pelo fim do capitalismo ainda não tem força nos protestos do Brasil contemporâneo, resultando em posições contraditórias entre direita e esquerda.
2021
O presente artigo busca identificar a circulação de repertórios (Tilly, 1978) que façam uso da violência, compartilhados por movimentos sociais na América Latina. Com base em um levantamento bibliográfico em um período de 30 anos, em 14 revistas e 1478 artigos, examinaremos as congruências e divergências comparativas entre as associações e seus repertórios. A circulação entre os movimentos latinoamericanos aparece como fundamental para o entendimento das configurações dos protestos desde a década de 1960. Em relação aos resultados, chamamos a atenção para a presença das guerrilhas no território considerado até o final da década de 1970, com um trânsito que incluiu as vitoriosas guerrilhas do movimento cubano e da FSLN, na Nicarágua. Ademais, a subsequente ideologia da caça aos comunistas serviu para criminalizar formas contemporâneas de dissenso. A ocorrência das ditaduras militares no cone sul aparece como um agravante nestes processos incriminatórios bem como dinâmicas de afastamento e posterior aproximação e recuperação de repertórios armados das guerrilhas rurais pelo pujante movimento indígena na região, exemplificado nos casos da Colômbia e do México. Finalmente, o circuito revolucionário - bem sucedido ou não - em seus repertórios de ação tem de ser entendido em sua responsividade às dinâmicas sociais no subcontinente, como o acesso à terra, golpes militares, crise da dívida, neoliberalismo, e reprimarização da economia.
Manifestações e protestos no Brasil: uma resenha, 2019
Resenha do livro Manifestações e protestos no Brasil: correntes e contracorrentes na atualidade, de Maria da Glória Gohn
Estudos Ibero-americanos, 2015
A realidade é uma hipótese repugnante / fora de mim, entrando por mim a dentro Solidão errante / órfã de centro. (Manuel António Pina em La fenêtre éclairée) O século XXI nasceu sob o signo da insurreição. Num mundo em desassossego, e um pouco por todo o lado, a ideia de que "nada será como dantes" parece ter vindo para ficar. As palavras cansam-se na tentativa de definir uma realidade que, de tão apressada, parece tropeçar sobre si mesma. Protestos, tumultos, revoltas, revoluções, contrarrevoluções sucedem-se, trocam de lugar, aparecem, desaparecem, teimosamente resistem, ou transformam-se em sombras que inspirarão num futuro que cada vez mais se confunde com um longo presente, outros protestos, outros tumultos, e outras revoltas. E a cabeça do ser humano neste nosso ainda jovem século roda, e gira, vertiginosamente à procura de um centro, de uma orientação, de um eixo, para um mundo que parece ter saído dos eixos. A geografia da crise não tem um centro difusor, e ela, nas suas várias manifestações, tanto pode ser econômica, financeira, política, social, cultural ou todas ao mesmo tempo. A Oriente, ditaduras foram combatidas nas ruas, e enquanto umas caíram, outras resistiram, transformaram-se, ou revigoraram-se. A Ocidente, movimentos estudantis e sociais desafiam o Estado, a democracia-liberal, e a globalização capitalista, e muitos proclamam que um "outro mundo" não só é possível, como inevitável. E toda esta onda de protesto rebentou nas ruas, nas calçadas, nas avenidas, e nas praças, nas televisões, na Internet e nas redes sociais, lugares físicos e virtuais, onde se mobilizaram desejos e se celebraram indignações, inconformismos, e a rejeição do mundo tal como ele é. E no meio da ebulição, também irromperam guerrilhas urbanas, fizeram-se pilhagens e destruiu-se
Cadernos Espinosanos, 2012
O a priori universal da correlação entre o ente transcendente e seus modos subjetivos de doação desenha o quadro mínimo de qualquer abordagem que se reivindique fenomenológica. Seu objetivo próprio é, então, caracterizar ao mesmo tempo a natureza exata da relação e o sentido de ser dos termos em relação, a saber, do sujeito e do mundo. Trata-se de mostrar que uma análise rigorosa da correlação necessariamente se desdobra em três níveis e que a fenomenologia está, assim, destinada a ultrapassar-se a si mesma em direção a uma cosmologia e a uma metafísica. A correlação fenomenológica, a qual se estabelece como sendo, no fundo, a relação entre um sujeito que é desejo e um mundo que é profundidade, supõe sua filiação comum a uma physis, cuja descrição depende de uma cosmologia. Mas a diferença do sujeito, sem a qual não há correlação, remete ela própria a uma cisão, ainda mais originária, a qual afeta o processo mesmo da manifestação e abre espaço a uma metafísica. Nós mostramos, portan...
The text considers the dramaturgical metaphors and the theatrical realities called on upon by the Free Fare Movement (mpl) and by the World Cup's Popular Committees (cpc). Leaning on the analytical categories of a theatrical sociology, it focuses on the events prior to the eruption of street protests in June 2013 in Brazil. The analysis highlights the drama of violence, the high dose of contingency of social movements performances.
2015
The present article draws up some reflections upon the protests which took place in Brazil on March 15 2015 against the government of President Dilma Rousseff and the Workers Party, having as a reference the metaphor of the palimpsest in order to problematize the old new Brazilian Republic. The aim is to examine how these protests concerning the understanding of the present of the past unveil views of Brazil based on overlapping paradigms of thinking and discourses/political languages pervaded by cultural traditions and grievances, which build and are built in a place of permanent consensus and conflict among historical subjects. Relying on a diverse perception of joining present, past and future, these assumptions unfold into an important issue concerning the labour of denaturalizing the present as a univocal result of an elapsed past, taking into consideration the impermanence of human societies, and thus the provisional character of historical interpretations.
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Opinião Pública
Opinião Pública, 2015
Mundos Plurales - Revista Latinoamericana de Políticas y Acción Pública
Lua Nova: Revista de Cultura e Política, 2017
Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, 2016
Comunicação & Sociedade
IX Encontro da Associação Brasileira de Etnomusicologia, 2019
EUROPEAN JOURNAL OF THEATRE AND PERFORMANCE, 2022
REVISTA SABERESLETRAS
Verinotio – Revista on-line de Filosofia e Ciências Humanas, 2019
Intercom Sul, 2014
Junho de 2013: sociedade, política e democracia no Brasil, 2022
Livro de Atas do 2º Congresso Internacional de Redes Sociais| CIReS Redes Sociais: perspetivas e desafios emergentes nas sociedades contemporâneas, 2019
Psicologia: Ciência e Profissão, 2022
Anais do IX ENABET 2019, 2019
Efeitos da presença de Freda Indursky na Análise do Discurso, 2022