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2021, Revista Espaço Acadêmico
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Resumo: A arquiteta italiana radicada no Brasil, Lina Bo Bardi, foi uma das pioneiras a utilizar o capital simbólico do sagrado afro-diaspórico no elitizado mundo da arquitetura formal-projetada segundo os preceitos do academicismo ocidental sob o gênio criativo do arquiteto-. Olívia Oliveira (2006) ao fazer um apanhado crítico da herança arquitetônica deixada por Lina, chega a levantar alguns pontos da relação que esta mantinha com a cultura afro-brasileira, sobretudo com o candomblé. A estética produzida pela arquiteta introduzia contradições na sua arquitetura formando um partido originado pelo hibridismo que junta o repertório do modernismo com a cultura popular. Havia em Lina a intencionalidade de projetar obras que manifestassem sua indignação com as contradições socioculturais geradas pelo ranço da colonização.
Arq.urb. Revista eletrônica de arquitetura, 2016
Este artigo aborda a produção do escritório Brasil Arquitetura sob uma ótica relacionada aos aspectos antropológicos envolvidos na concepção de seus projetos arquitetônicos. Ao investigar o percurso profissional dos integrantes do escritório, um dos temas fundamentais foi a relação com Lina Bo Bardi. Interessa aqui indagar como o legado da convivência com a arquiteta repercute na postura dos jovens arquitetos, especialmente na disposição de enfrentar a prática profissional em interação com as práticas sociais. Com base nessa premissa a abordagem prende-se ao "olhar antropológico", ou seja, à aproximação entre arquitetura e cultura e à valorização da cultura brasileira, como elementos inspiradores da criação arquitetônica.
XIV EHA, 2020
A condição de um olhar estrangeiro, tema de que trata o artigo, é um assunto subjetivo. Uma pessoa não nasce estrangeira, torna-se. Lina Bo Bardi (1914-1992) foi uma italiana naturalizada brasileira. O princípio da formação de seu olhar se deu na Itália, nos anos em que estudou arquitetura na Escola Superior de Roma e na vivência profissional em Milão. Um olhar marcado pelo testemu-nho da guerra e do fascismo. Em 1946, saindo de Nápoles, Lina deixa a Itália após seu casamento com o jornalista P. M. Bardi, partindo de navio rumo à América do Sul. Desde o alto mar, o encontro com o horizonte brasileiro é registrado em aquarelas. Nas suas palavras, a chegada ao Rio de Janei-ro é a "primeira mensagem de paz após o dilúvio da Segunda Guerra Mundial. Me senti num país inimaginável, onde tudo era possível" 2. Uma aventura do olhar O 'estrangeiro' está sempre já delineado-latente e invisível-nas brechas da nossa identidade, na trilha aberta por nossa própria indeterminação. 3 O olhar da viajante busca um sentido para um novo mundo indeterminado. 4. o cronotopo de um "tempo de aventuras" em um mundo estrangeiro, onde tudo é indeterminado, desconhecido e alheio.
REVER: Revista de Estudos da Religião, 2021
Este estudo teve por objetivo analisar a condição do Tambor-de-Mina enquanto matriz religiosa afro-brasileira a partir de um estudo de caso realizado no Terreiro Tambores-de-Mina Casa de São Benedito na Cruzada de Xangô, em Uberaba, Minas Gerais, Brasil. Os entrevistados reconhecem o Tambor-de-Mina como uma nação de candomblé, fruto de sua origem no Maranhão. Aventa-se que essa associação pode ser uma tentativa de valorização da tradição deste em nosso contexto. Mais do que a busca pelas irradiações dos cultos afro-brasileiros que culminaram na formação da comunidade estudada, a recomendação desta investigação ancora-se na permanente compreensão das sínteses realizadas pelas religiosidades, espiritualidades e ancestralidades afro-brasileiras em território nacional.
Cambiassu: Estudos em Comunicação
O artigo investiga elementos simbólicos de ancestralidade e os ritos do Candomblé no videoclipe Banho de Folhas (2017) da cantora negra baiana Luedji Luna. Promove uma análise estética em torno das narrativas visuais e estratégias de contestação das representações das orixás femininas – ialodê – no videoclipe Banho de Folhas (2017). Recorre aos conceitos de imagens de controle e transcodificações de imagens racializadas, enquanto método, para refletir a presença simbólica de entidades afro-religiosas femininas na produção musical e audiovisual brasileira. Indica que, neste trabalho, Luedji Luna busca um reposicionamento interseccional interpelado pelos marcadores de raça, gênero e classe atravessado pela inscrição por um sistema de significação ancestral em que o corpo memória se configura como um receptáculo de busca e aproximação espiritual.
In: Coleções de Arte em Portugal e Brasil nos séculos XIX e XX - Coleções em Exílio. / Maria João Neto, Marize Malta. (org.). Casal de Cambra: Lisboa, 2018. ISBN: 978-989-658-545-7 , 2018
Palavras-chave Religiões Afrobrasilciras: Arte sacra ;-;as primeiras décadas do séc. XX, as religiões afrobrasileira.� foram dura e frcquc. · ntementc.· r<primidas pela polkia. cmbasada no C6<ligo Penal de 1890 que punia. como crime s . a prática do espiritismo. da magia e do curandeirismo. Uma das consequências dessa repressão foi aí robrasileira; Repressão Policial: Restituição de propriedade cultural. a formação de coleções de objetos sacros afrobrasileiros apreendidos pela policia. que hoje se conservam cm instituições públicas espalhadas pelo Brasil. Nas últimas décadas, porém, religiosos e movimentos sociais vem denunciando tais coleções como indk!os do racismo que estrulura a sociedade brasileira e tem reivindicado suas restituições. A trama de fatores que tece o estatuto das coleções de objetos sacros afrobrasilciros 1, o tema do presente texto.
Revista Lugar Comum nº41, 2014
A transformação do Solar do Unhão em Museu de Arte Popular (1959) representa, na obra de Lina Bo Bardi, o encontro de dois elementos centrais: por um lado, o interesse por arte popular que traz já desde Itália, pelo outro, uma preocupação com a realidade política do Brasil, e em particular do seu Nordeste. O programa original propunha-se articular a ideia de "Civilização Brasileira" através de um encontro cultural entre "O Índio", "África-Bahia" e "Europa e Península Ibérica". Seria uma espécie de viagem à história do país através da sua arte quotidiana. Para Lina, a palavra "civilização" indicava "o aspecto prático da cultura, a vida do homem em todos os instantes", e a exposição devia tornar visível a "procura desesperada e raivosamente positiva de homens que não querem ser 'demitidos', que reclamam o seu direito à vida. Uma luta de cada instante para não afundar no desespero, uma afirmação de beleza conseguida com o rigor que somente a presença constante de uma realidade pode dar. Matéria prima: o lixo". 113 A partir de Lina Bo Bardi, este texto aborda um problema central para a arquitectura, nomeadamente, o do seu estatuto enquanto objecto, assim como as relações que estabelece com os objectos pelos quais é ocupada e habitada. Não é, contudo, a natureza filosófica deste problema que aqui interessa, mas sim a ligação entre o objecto e um território que lhe dá sentido. Identificando uma certa continuidade entre objectos e territórios, explora-se aqui o modo como o debate em torno à natureza dos objectos não se resume a estes, mas reflecte uma constante disputa em torno a diferentes concepções de território. Desde território entendido como espaço sob a jurisdição do estado nação, parte de uma organização social produtiva baseada na privilégio da propriedade privada sobre todos os demais direitos, até ao território entendido na sua dimensão existencial, agenciamento de elementos heterogéneos que dão consistência aos modos de vida. Em ambos os casos, quer por revelarem as condições de produção que os constituíram, quer por 113 Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, Lina Bo Bardi, São Paulo, Imprensa Oficial, 2008, 158. 152
2017
Este artigo partiu dos conceitos polissemicos da palavra cultura , trabalhados em disciplina de doutorado no programa de pos-graduacao em lingua e cultura da UFBA e relacionou a teoria a producao artistica, resultante do projeto pedagogico desenvolvido em aulas de lingua portuguesa do Colegio Estadual Atheneu Sergipense. O corpu s da pesquisa se baseou em dados dos 10 anos de producao do bale folclorico denominado “Um Que de Negritude” (UQN). O referido projeto surgiu no ano de 2007, coordenado pela Professora Clelia, visando a desenvolver junto ao corpo discente um aprofundamento acerca da Historia da Africa na interface teoria-pratica e na relacao intrinseca de arte-cultura, de acordo com as leis 10.639/03 (federal) e 497/04 (estadual). Numa metodologia qualitativa, portanto, consubstanciam este artigo conceitos de cultura (generalistas, particularistas, universalistas e relativistas), entrevistas e material multimidia.
2014
The present work explores the theatrical creation through Umbanda ritual elements connecting theater and ritual. This research resulted in the performance Suor de Preto ou O Alto do Morro de Santa Rita that was based on poetic appropriation of elements extracted from the terreiro and elaborated at the stage. The mentioned performance was presented for diferente audiences, at the 2nd Festival de Curimbas de Terreiro (September, 2011) at the Teatro Guaira attended by umbanda followers; at the Festival de Curitiba (March, 2012) at the Teatro Universitario de Curitiba (TUC) and at the Terreiro COUMFE - Comunidade Umbandista Filhos de Fe (May, 2012) at
Caderno de Trabalhos completos da V Jornada de Línguas e Linguagens & I Jornada Internacional de Línguas e Linguagens, 2021
RESUMO: Desde os diversos mesmos pontos e cantigas das encantarias afro-americanas, umbandas, candomblés e catimbós, itans e orikis iorubanos cantam e contam a beleza e a sabedoria da ciência ancestral de povos outrora transatlânticos, mas agora cruzados à gente que somos nós mesmos, vivendo em uma terra cujo nome é uma árvore. A literatura afro-americana apresenta-se como mais um dentre os demais artefatos ancestrais que se tornam palavra viva e incorporada através dos tempos, seja ao longo de versos inscritos em livros da linguagem moderna, ou através de cânticos encarnados traduzidos em diferentes línguas e culturas. Logo, este texto objetiva pensar os saberes e as práticas afro-americanas traduzidas à brasileira, com vistas a refletir sobre como a Orixalidade poética afro-americana transmutou-se de uma mitologia e cosmogonia africana à uma encruzilhada de saberes e práticas marcadas nas línguas, nos corpos, nos movimentos e nos ritmos localizados em diferentes zonas de contato e por pessoas diversas do Brasil.
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Horizonte Revista De Estudos De Teologia E Ciencias Da Religiao, 2013
Olhares: Revista do Departamento de Educação da Unifesp, 2019
Master thesis, 2022
História, Cultura e Religiosidades Afro-Brasileiras: volume 2, 2019
NO BERÇO DA NOITE: Religião e arte em encenações de subjetividades afrodescendentes, 2012
O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira, 2007
Antropolítica, 2020
Biblioteca Virtual do Pensamento Social, 2021
Trivium: Estudos Interdisciplinares
Revista Nós ¦ Cultura, Estética e Linguagens, 2017
Building the way - Revista do Curso de Letras da UEG (ISSNe 2237-2075)
“Fumo de negro”: a criminalização da maconha no pós-abolição, 2019
Anais do 4º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil, 2021
Revista Espaço Acadêmico, 2021
Macabea (Crato), 2021