Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2022, Procurando Razões
…
20 pages
1 file
In this essay, I deal with two characters in a conversation, the first person and the second person. In the first part of this chapter, I deal with the notion of "talking about oneself" as a linguistic performance of a person whose object is one's own beliefs, thoughts, desires. On this basis, I take the view that our understanding of our psychological states (such as believing and desiring) is fallible, incomplete, and not luminous, and that, strictly speaking, it does not constitute a form of knowledge. This, however, does not take away our legitimate right to produce first-person statements about our states for which we have authority and responsibility that other people do not. The second part of this chapter provides a commentary on the conception of the second person in Donald Davidson. For Davidson, what distinguishes a meaningful act and the possibility of the content of an attitude is the interaction between two agents driven by a primary intention: the speaker has the intention that his utterances be understood by another person. This section of the chapter follows three steps: In the first, I introduce the specific sense of the second person as a creature with whom the speaker currently interacts, regardless of whether they share a linguistic rule or convention beforehand. In the second, I expound on the triangulation thesis in Davidson, namely, that the individuation of beliefs and thoughts is established from systematic causal connections in the triangulation between the individual, another speaker with whom he interacts, and objects or events in the world. Finally, in the third step, I present my considerations about the idea of the "norm of conversation" as a theoretical tool for addressing epistemological issues: in conversation, when interlocutors try to understand each other, speakers engage in a kind of inquiry about the meaning and content of the phrases, beliefs, and intentions in dispute.
Resumo A tratadística francesa e italiana do século XVI e XVII refletiu profundamente sobre o problema da comunicação como uma phronesis, uma racionalidade de corte, em manuais e breviários que circulavam ao final do barroco. Nestas reflexões podemos vislumbrar uma abordagem epistemológica ao problema comunicacional ainda anterior ao advento do iluminismo e, por isso, mais comprometida com os elementos existenciais que caracterizam o fenômeno. Partindo deste deslocamento epistêmico, o artigo procura desenhar uma reflexão sobre o conceito de comunicação, situado na crítica da filosofia de Heidegger e Gadamer, que seja capaz de articular elementos existenciais e epistemológicos e de sustentar-se como alternativa à abordagem tradicional dentro do escopo de uma ciência social aplicada. Abstract The French and Italian treatises of the sixteenth and seventeenth century deeply reflected on the problem of communication as a phronesis, a rationality of the court in manuals and breviaries that circulated at the end of the Baroque. In these texts we can glimpse an epistemological approach to the problem of communication even before the advent of the Enlightenment and therefore more committed to the existential elements that characterize the phenomenon. Starting from this epistemic shift, the article attempts to discuss the concept of communication, anchored in the philosophy of Heidegger and Gadamer, and to articulate the existential and epistemological elements in order to propose an alternative approach to the traditional research within the scope of an applied social science. A ensaística do século XVI dedicou muito esforço à arte da conversação. Embora os tratados sobre a arte de conversar não tivessem, em sua maioria, nenhuma
Estudos semióticos, 2020
ssociar o termo epistemologia à semiótica não é algo original. Há uma certa apetência dos semioticistas para a epistemologia. A atitude reflexiva e crítica, um certo rigor argumentativo e veleidades de formalização que encontramos nos trabalhos, os conceitos abstratos e as ideias gerais manifestadas nos textos, tudo contribui para fazer da semiótica um projeto de conhecimento sustentado por desenvolvimentos epistemológicos. Essa associação está de fato mais e mais presente no pensamento dos semioticistas. Aos pensadores que alimentaram as primeiras reflexões-seja Peirce, Saussure ou Hjelmslev-tem sido atribuído um pensamento epistemológico. Dizemos "atribuído" porque o termo epistemologia não aparece em seus escritos, ou ao menos eles não a reivindicam como parte de suas próprias reflexões. A posteriori, entretanto, a leitura de suas obras sugere frequentemente a presença de reflexões epistemológicas-até mesmo de um tratado completo de epistemologia. Os leitores semioticistas não são os únicos responsáveis por esse viés de leitura: filósofos, linguistas e pesquisadores em ciências humanas e sociais concordam a esse respeito. Aqui estão alguns indícios. Ao reler Peirce, três artigos recentes ressaltam o alcance epistemológico do pensamento do filósofo norte-americano para as ciências sociais:
v. 7 n. 1: Dossiê - Rebeldias Epistemológicas: (Re)existindo em/nas sociedades brasileiras entre 2018 a 2022, 2024
Ao tratar das significativas razões as quais fundamentaram o início do processo revolucionário cabano ocorrido ainda quando o Brasil enfrentava diversas tensões sociais e morais relacionadas à província do período oitocentista, far-se-ia de extrema necessidade analisar a narrativa historiográfica fortalecida por Cláudia Fuller a partir da obra Os Corpos de Trabalhadores e a organização do trabalho livre na província do Pará (1838-1859); Luís Balkar Pinheiro, através da obra O Ensaio Geral da Cabanagem: Manaus, 1832, e por fim, Magda Ricci, pela obra intitulada Cabanagem, cidadania e identidade revolucionária: o problema do patriotismo na Amazônia entre 1835 e 1840, objetivando a proposição de um estudo revisionista acerca das construções discursivas e dos conceitos historiográficos propostos pelos autores.
EDUFBA, 2020
O fato de que partilhamos uma linguagem comum, que vivemos no mesmo mundo natural e tenhamos uma mesma constituição humana nunca foi uma garantia para que esses encontros (sobre nossos assuntos corriqueiros, relevantes, urgentes) nos conduzam para o entendimento mútuo, a compreensão, a convergência de opiniões ou, pelo menos, a aceitação da divergência legítima. Falar é uma habilidade, conversar é uma arte. Aprende-se a falar com o tempo, na experiência com os outros e na espantosa descoberta do mobiliário do mundo. Conversar, por sua vez, exige ainda mais tempo, esforço e treino, requer dirigir-se aos outros, interessar-se pelos outros, mover-se das nossas próprias perspectivas, interesses e opiniões para as perspectivas, interesses e opiniões das outras pessoas. A conversa, ademais, impõe saber falar e saber silenciar.
Cadernos Pagu, 2021
O filósofo uranista, Paul Beatriz Preciado, convida os leitores a conhecerem um planeta que desfruta do fim do regime político da diferença sexual: a superação da taxonomia binária e hierárquica que procurou garantir o domínio do tecnopatriarcado 1 sobre a reprodução da vida. Depois de ter vivido em apartamentos e hotéis em vários lugares da Terra, Preciado anuncia Urano como uma possível residência onde retrata a utopia de um mundo habitável, no qual é possível inventar novas gramáticas de organização da vida distantes da Terra. A anunciação de novas ficções políticas e a análise crítica de regimes de poder e seus efeitos é o que retrata o livro Un Apartamento em Urano: Crónicas del cruce, lançado em 2019, em Barcelona, pela Editora Anagrama. O livro é uma reunião de 73 crônicas publicadas em colunas do jornal francês Libération e outras mídias. O prólogo foi realizado pela escritora Virginie Despentes com quem Paul compartilhou muitos apartamentos e epistemologias. Ela conta sobre os inúmeros e constantes trânsitos de Paul que costuma não assumir atividade fixa, residência oficial, abandonou a língua materna e a ideia de nacionalidade. Preciado prefere ser um clandestino, um dissidente de um mundo que encarcera as possibilidades e produz cicatrizes na subjetividade do que eventualmente se poderia ser. Como Despentes mesmo afirma Un apartamento en Urano é o livro mais autobiográfico de Preciado (2019:11), embora possa se estabelecer conexões com pensamentos e conceitos também presentes em Testo Yonqui (2008), Pornotopia (2010), Terror Anal (2009) e Manifesto Contrassexual (2017). De Testo Yonqui, Preciado tira o tom mais autoral para descrever seu "apartamento" onde
O presente Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Licenciatura em Música tem como objetivo dialogar a respeito da natureza do ouvido absoluto - habilidade de nomeação de alturas sem referência externa -, sobre a sua relevância para a musicalidade e a possibilidade dessa habilidade ser desenvolvida por qualquer músico, através do contato sistemático e direcionado com uma metodologia que se propõe a desenvolvê-lo. A proposta é desvelar a polêmica que existe entre os educadores musicais sobre a natureza genética do ouvido absoluto ou a possibilidade dessa habilidade poder ser desenvolvida através de uma sistemática educação musical, treino e aprendizado, formal ou informal. Foi feita uma análise crítica e aplicação prática do método de David Lucas Burge (1981), que se propõe a desenvolver o ouvido absoluto em qualquer músico que o estude e siga. Através de um colaborador que se dispôs a seguir o método por um período de tempo, foram analisadas as melhoras em sua percepção musical em função do método. Também será abordada a relação entre o ouvido absoluto e a prática musical do portador da habilidade, as implicações de ser um portador e como isso afeta sua vida musical, comparando essa habilidade com a do ouvido relativo e como esse se relaciona com o ouvido absoluto.
Revista Letras, 2016
Revista da Abordagem Gestáltica, 2009
Resumo: O artigo propõe uma discussão em torno das relações entre Psicologia e Fenomenologia, tomando as duas disciplinas a partir de uma proximidade conceitual e formal. Principia por definir a Fenomenologia como uma epistemologia, um método, uma filosofia e uma ciência. O desenvolvimento do texto se apóia em quatro pontos, apresentados como pro-vocações, a saber: a) Que toda psicologia é e deve ser fenomenológica; b) Que a fenomenologia, em sua radicalidade, desemboca -necessariamente, numa ética da intersubjetividade e numa filosofia da existência; c) Que o pensamento fenomenológico no Brasil se constrói por vias diversas da filosofia husserliana, fazendo com que esta venha a ser conhecida tardiamente, o que provoca um "atraso" nos debates com a Fenomenologia em nosso país, e; d) Que Husserl pode ser considerado um psicólogo. Pretende-se apontar para o fato que os entrelaçamentos entre Fenomenologia e Psicologia são mais estreitos do que a literatura tradicional aponta.
This is the Portuguese translation of "Le dialogue socratique" (2011), puublished in São Paulo (Brazil) by Paulus Editore. Translated by Janaina Mafra. The book includes, other than a new preface (p 15 f.), a "Postfacio" (translated by Nicola Galgano) where the author and Dr. Laura Candiotto (Univ. Venezia, Univ. Edinburgh) offer a sustained exchange about subsequent developments of the investigations included in this book. The "Postfacio" is available in the section "Talks".
Crítica e curadoria em cinema: múltiplas abordagens, 2023
Artigo presente no livro Crítica e curadoria em cinema: múltiplas abordagens, organizado por Laécio Ricardo de Aquino Rodrigues, disponível em: https://seloppgcomufmg.com.br/publicacao/critica-e-curadoria-em-cinema-multiplas-abordagens/ O livro busca contribuir, de forma contundente e inédita, para o debate em torno de dois ofícios no âmbito cinematográfico e alguns dos seus dilemas contemporâneos: a crítica e a curadoria. A escassez de textos recentes em língua portuguesa foi a principal motivação para a organização do volume, que desponta com a proposta de concentrar reflexões em torno dos dois temas, possibilitando certo aprofundamento, mas sem perder de vista o viés didático. Assim, a proposta tem como objetivo congregar uma diversidade e heterogeneidade de vozes em torno das atividades investigadas, sem visar esgotamentos.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
A vitória é uma ilusão de filósofos e néscios: uma leitura do cansaço em “O som e a fúria” de William Faulkner, 2021
Revista Fragmentum, 2020
ETD - Educação Temática Digital, 2008
Comunicação & Sociedade, 2004
Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, 2018
Vozes e Diálogo, 2021
História: Questões & Debates, 2016
Revista Direito e Democracia, 2016
Revista Teias, 2021
Cadernos Discursivos, 2021
EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS: Reflexões entre desconfianças, a utilidade do inútil e a potência dos saberes, 2020