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2020, PORTO ARTE: Revista de Artes Visuais
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Quando criança, chamaram-me de bichinha. Calado, fiquei. Pensei: na adolescência, mudará. Quando jovem, chamaram-me de traveca. Calada, continuei. Matutei: na fase adulta, acabará. Quando adulto, abusada fui. Questionei: o que sou? Nada sou. Não tenho fala. Não tenho identidade e o isolamento imposto, eu já o vivo há anos. Está em cada lágrima, cada chute e olhar. Está nas marcas que carrego, inclusive, as que não podes ver. Este distanciamento que, agora salva; a mim, sempre me machucou. Como no tapa maternal que me proferistes e na mão do pai a apontar a porta da casa que nunca fora um lar. E agora, quando idosa, nada pronunciaram, já não se importam.
2012
O artigo aborda o esforço criativo em termos da autobiografia de pessoas surdas ao se definirem e narrarem-se. Os significados são negociados dentre muitas histórias específicas de determinadas pessoas surdas, o que não significa que ao se definirem ou narrarem-se, apenas descrevam algo que já existe, mas sim, criam o objeto – o Ser Surdo – na medida em que o descrevem. Os dados em análise são as narrativas, em entrevistas, os chamados perfis, de acadêmicos surdos brasileiros, mais especificamente, doutores surdos que compõe a liderança surda e que nos interessa por acionarem críticas a uma educação homogeneizante. Os líderes presentes nesta análise transitam pelos mundos dos movimentos sociais e da formação acadêmica, além disso, participam da investigação e da pesquisa sobre a produção cultural de seu próprio grupo, dos surdos. Para a aproximação teórica sobre autobiografia e autenticidade utilizamos Peter Gay (1999); para aproximação da ideia de inversão do estigma e da delimitação de uma determinada identidade básica, aproveitamos o referencial de Fredrik Barth (1998); para entender a busca por um essencialismo estratégico pela liderança surda empregamos Vale de Almeida (2009). Baseamo-nos também na ideia Bakhtiniana de tessitura de fi os ideológicos que envolvem a trama e as relações sociais por meio das palavras. Concluímos nesta investigação que a essencialização estratégica do Ser Surdo por meio de uma liderança intelectual e política surda dão indícios da definição dos ideais e dos posicionamentos do movimento surdo brasileiro. Marcas de um contra combate fundamental para repensar a sociabilidade e uma educação diferenciada.
O livro é uma compilação de trabalhos produzidos e apresentados em eventos ao longo do ano de 2016 na Faculdade Arquidiocesana de Mariana. Além de ser um dos organizadores do volume, publico um texto de minha autoria: "Sobre o estatuto da história da filosofia para a realização do projeto adorniano".
RESUMO A existência é a presença do homem no mundo, senhor de sua singularidade e consciência, responsável por suas escolhas. Neste trabalho buscou-se destacar a angústia do homem frente a sua existência como senhor de suas escolhas, abordando também sua consciência de finitude. O presente artigo foi realizado através de revisão da literatura, buscando-se informações em artigos, monografias, dissertações e livros, tanto em ambiente virtual quanto físico. A partir das pesquisas realizadas, pode-se verificar que os pensadores existencialistas buscam mostrar as angústias do ser humano, seus dilemas, conflitos, mas, sempre mostrando o valor da vida, seu humanismo. O ser humano existe, está presente no mundo, sozinho, sem ninguém para ampara-lo. O ato de fazer escolhas causa desconforto, pois independente de sua tomada de decisão, ele não deixa de perder algo e é esse medo que lhe gera angústia. Durante sua existência o indivíduo vivencia diversos tipos de perdas, sejam elas materiais ou físicas, porém, a morte, o fim da existência é o que traz um significado doloroso, coloca o homem enquanto ser vigoroso e autônomo diante de algo inevitável, faz com que ele pense a respeito de sua finitude e daqueles que ama. ABSTRACT Existentialism can be characterized as a philosophical movement that began in the nineteenth and twentieth century, whose representatives include: Hurssel, Kierkegaard, Heidegger, Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre, among others. Existentialist thinkers seek to show the anguish of human beings, their dilemmas, conflicts, but always showing the value of life, his humanism. The human being exists, is present in the world, alone, with no one to support him. Existence is the presence of man in the world, master of its uniqueness and awareness, responsible for their choices. This paper was developed through a bibliographic research, with the aim to address through an existential and humanistic perspective, the concept of man's existence, front anguish to the world. The act of making choices causes discomfort, because regardless of their decision-making, he does not fail to miss something and it is this fear that creates her anguish. During its existence the individual experiences different types of losses, whether material or physical, however, the death, the end of existence is what brings a painful meaning, places the man as a vigorous, autonomous before inevitable causes he thinks about his finitude and those you love.
Századvég Publishing House
A realidade social, ou nos termos de Nicolai Hartmann, a "camada do ser" da vida social, existe em cima dos estratos físicos e biológicos, e seu material são construções intelectuais. Essas construções intelectuais são fixadas quando um problema é resolvido com sucesso, depois adotadas cada vez mais amplamente como um padrão bem-sucedido de ação em uma dada situação ou como uma formulação de algo, e mais tarde funcionam como normas e padrões estabelecidos de percepção, também nas gerações subsequentes. Uma vez que não têm realidade de fermentação física e são meras construções intelectuais difundidas, o que constitui o critério para julgar sua objetividade? Quando podemos dizer que tal construção social existe ou não existe?
Ser ou Não ser Justiça Restaurativa, 2019
No caso da Justiça restaurativa como efetiva e duradoura alternativa ao sistema de Justiça criminal vigente, em estado de crise irreversível, os desafios podem ter sido equacionados por ora pelas Diretrizes traçadas em 2016 pela Resolução CNJ nº 225/2016, materializadas recentemente no ‘Planejamento para Efetivação da Política Nacional de Justiça Restaurativa’, que prometem garantir suporte aos Tribunais e dar-lhes impulso no sentido da superação dos desafios postos pelo interregno. O que certamente inclui promover “verdadeira mudança dos paradigmas de convivência voltada à conscientização dos fatores relacionais, institucionais e sociais motivadores da violência e da transgressão, de forma a envolver todos os integrantes da sociedade como sujeitos protagonistas da transformação rumo a uma sociedade mais justa e humana” (Conselho Nacional de Justiça/ Comitê Gestor da Justiça Restaurativa, 2019). O hoje distante ‘Projeto Jundiaí’ antecipava e a experiência que lhe sucedeu confirmou, que a superação depende pesquisa e experimentação constantes, assim como do aprofundamento conceitual desse novo campo jurídico. Isso acarreta não apenas, conforme disse o grande precursor, Professor Frank Sander, “educar mais e melhor a população acerca dos benefícios dos modos alternativos”, mas também envolver os estabelecimentos de ensino (em particular de ensino jurídico), o sistema político e a sociedade. “Os benefícios potenciais”, insisto em lembrar o professor, “são grandes demais para que nos recusemos a enfrentar tais desafios”. Tarefas para serem assumidas, antes de qualquer coisa, pela criação de um ‘Órgão Central de Macro Coordenação’ previsto no Planejamento, dotado de estrutura e pessoal com a missão de “desenvolver a implantação, a difusão e a expansão da Justiça restaurativa”, assim como “garantir suporte e possibilitar supervisão aos projetos e às ações voltados à sua materialização”. Outro desafio, desta vez de uma perspectiva que, receio, ainda seja somente minha, é a superação do informalismo e do voluntarismo, absolutamente necessária para afirmar a Justiça restaurativa no campo profissional brasileiro. Refiro-me à regulamentação da profissão de facilitador de procedimentos restaurativos, em paralelo com o projeto ainda em trâmite na Câmara dos Deputados (Projeto de Lei nº 5.749, de 2013), de regulamentação da profissão de paralegal, com capacidade civil, diploma ou certidão de graduação em Direito, conforme já ocorre nos Estados Unidos e na Inglaterra, por exemplo. Essas medidas vão além do determinado pela Diretriz que exigem do facilitador “formação com um padrão mínimo de qualidade”, estabelecendo, ademais, conexão imediata com os cursos jurídicos, mediante inclusão da Justiça restaurativa, suas técnicas e teorias, no currículo das faculdades de Direito, qualificando-as para o futuro.
EccoS – Revista Científica, 2016
O objetivo maior deste texto o de apaziguar os espritos para que se possa enveredar com muita segurana nos caminhos da filosofia. Gestores, professores e estudantes podem realizar, a contento, esta experincia da reflexo filosfica se superarem as tantas auras que se colocam filosofia. Neste sentido, ganha importncia central a ao pedaggica do professor de filosofia para que as exigncias e as responsabilizaes, advindas do exerccio reflexivo filosfico, no venham encobrir a grandeza da busca por significados que trazem sentido existncia e s aes.
IX Simpósio Internacional Reflexões Cênicas Contemporâneas - Jornada Internacional Atuação e Presença, 2020
Este texto espelha as questões tratadas na mesa “Artes Presenciais e Resistência”, em que abordei práticas artísticas que investigam processos históricos de violação, apagamento e silenciamento de corpos dissidentes, bem como aquelas práticas que constroem poéticas e políticas da cena que sejam contra hegemônicas. Buscando responder questões como: “por que tratar de Antígona no Brasil de hoje?” ou “O que há de candente neste mito grego tão antigo que se atualiza em nossa sociedade?” trouxe à tona a figura emblemática de Antígona – símbolo do embate entre o indivíduo e o Estado – para pensar trabalhos em que a arte atua como dispositivo que opera com a memória e que, como algo que persiste em “não esquecer”, pode, para além da tarefa de denunciar, sugerir “formas de restauração simbólica”. Para tratar dessas questões, foi necessário buscar o seu móvel menos no aspecto sagrado que atravessa o mito e nos concentrar na alegoria de uma busca – uma jornada, uma saga, um ato, um grito – por justiça que, em trabalhos como Antônia ou Chorar os Filhos, a evocação à figura de Antígona encarna.
Colecao Mestrado Em Linguistica, 2011
Di ferentes formulações, tais como "prosodização da semiótica" (FONTANILLE, 1992) 2 , musicalização da semiótica (TATIT, 1997), acabam por se convergir e acentuar, na teoria semiótica, caminhos de investigação que indicam uma descrição, um tratamento teórico do sentido com categorias menos discretas e opositivas, mais comparativas e graduais. De maneira correlata, para Parret (1994), constata-se também uma "estetização da semiótica" 3 , que "se construirá sobre a base de uma hipóstase da sensibilidade radicalmente dependente do corpo dos sentidos e geradora dos sentimentos de nossa alma" (PARRET, 1994, p. 9).
Neste escrito vão reunidos três textos de minha autoria nos quais tratei das distintas formas de existência que se apresentam aos seres humanos. Com base na visão própria da teoria do conhecimento, busquei identificar distintas formas de existência, caracterizar os campos do real, do material e do ideal e descrever algumas das relações que tais campos mantêm entre si. Tal abordagem possibilitou a integração em um todo único de importantes elementos filosóficos desenvolvidos por K. Marx e G. F. Hegel. A primeira parte deste escrito foi publicada sob o título "Considerações sobre distintas formas de existência" em: Fênix – Revista de História e Estudos Culturais. NEHAC, jul./dez. de 2013, vol. 10, ano X, n. 2.
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Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics, 2021
Revista Argumentos, 2024
Ponto Urbe, 2014
EDUCAÇÃO E FILOSOFIA, 2009
Soares, A. (org.) "Filosofias Gregas e Orientais: a radicalidade das origens e o desafio do diálogo atual". Belo Horizonte: Initia Via, 2012
Revista Científica/FAP, 2022
Self - Revista do Instituto Junguiano de São Paulo
Pereira Castanheira, Nuno, «Ética e Filosofias da Existência: Pensar no que Estamos a Fazer», in Beckert, Cristina et al. (coord.), Ética – Teoria e Prática, Lisboa, CFUL - Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2012, pp. 225-250., 2012
OUTRAS FORMAS DE (RE)EXISTÊNCIA: Direito à cidade e agroecologia a partir da produção do espaço nas ocupações urbanas, 2019
Revista Dissertatio de Filosofia, 2015
Cadernos de Saúde Pública, 2024
A Metafísica da Mística Católica do Ser e não Ser, 2025
REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, 2020
XI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar, 2015