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2015, Revista Transversos
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Ilinx, 2017
as artes podem ser percebidas e pensadas como formas de inscrição do sentido [...]. Essas formas definem a maneira como obras ou performances "fazem política", quaisquer que sejam as intenções que as regem, os tipos de inserção social dos artistas ou o modo como as formas artísticas refletem estruturas ou movimentos sociais".
O fenômeno da Nova Era -NE -apresenta-se como um emaranhado complexo de difícil apreensão, de modo que diversos pesquisadores têm buscado delimitá-lo (D'Andrea 1999), muitas vezes como um movimento de "sensibilização espiritual" , compartilhando alguns pressupostos, como a ideia de que estamos entrando em um novo tempo, marcado por profundas alterações na [...] maneira de pensar, sentir, agir e relacionar-se uns com os outros, com a natureza e com a esfera do sobrenatural. De uma forma geral, essas transformações são entendidas no sentido de um reequilíbrio entre pólos -corpo/mente, espírito/matéria, masculino/feminino, ciência/tradição etc. -até então opostos e em conflito (Magnani 2000:10).
Na tradição do humanismo ocidental, aprendi a pensar o corpo como o elemento menos nobre de uma série de pares: corpo-alma, corpo-espírito, corpo-mente, corpo-razão. Nesses pares, ele ocupava o lugar da natureza em oposição ao da cultura; o local do primitivo em oposição ao do civilizado; o lado animal e instintivo em oposição ao racional ou ao humano. Para que tais dicotomias " funcionassem " era preciso tomar seus pólos como exteriores um ao outro, como independentes e incontaminados. O corpo, nesta lógica tradicional, não poderia ser pensado como instância da cultura ou como esfera da política. No entanto, pergunto: como as sociedades têm distinguidos seus filhos e filhas? Para onde se voltam os olhares quando se quer classificar e " localizar " alguém? Quais as referências a que se recorre para, de imediato, dizer quem alguém é ? A determinação das posições dos sujeitos no interior de uma cultura remete-se, usualmente, à aparência de seus corpos. Ao longo dos séculos, os sujeitos vêm sendo examinados, classificados, ordenados, nomeados e definidos por seus corpos, ou melhor, pelas marcas que são atribuídas a seus corpos. Diz o dicionário Houaiss, que aparência é " a configuração exterior de alguém ou de algo, aquilo que se mostra imediatamente, o aspecto ". A aparência é, pois, algo que se apresenta ou que se representa. Vê-se o que se mostra, o que aparece; e ao que se vê se atribui significados. Pele, pêlos, seios, olhos são significados culturalmente. Muitos são os significados atribuídos ao formato dos olhos ou da boca; à cor da pele; à presença da vagina ou do pênis; ao tamanho das mãos e à redondeza das ancas. Significados que não são sempre os mesmos — os grupos e as culturas divergem sobre as formas adequadas e legítimas de interpretar ou de ler tais características. Alguns desses aspectos podem ser considerados extremamente relevantes (para alguns grupos) e, então, podem vir a se constituir em marcas definidoras dos sujeitos — marcas de raça, de gênero, de etnia, de classe ou de nacionalidade, decisivas para dizer do lugar social de cada um. Para outros grupos, as mesmas marcas podem ser irrelevantes e sem validade em seu sistema classificatório. De qualquer modo, há que admitir que, no interior de uma cultura, há marcas que valem mais e marcas que valem menos. Possuir (ou não possuir) uma marca valorizada permite antecipar as possibilidades e os limites de um sujeito; em outras palavras, pode servir para dizer até onde alguém pode ir, no contexto de uma cultura. O dicionário também diz que a aparência pode ser " uma ilusão, um disfarce ". Neste caso, o dicionário faz supor que existe, embaixo desse disfarce, uma " verdade ". Se é à aparência dos corpos que se está referindo, então, a verdade deve ser, provavelmente, a da natureza, ou melhor, a da biologia. Não é à toa que as discussões sobre gênero e sexualidade, embora pretendam aceitar a importância da cultura, acabem por se remeter, sempre, a uma " verdade " inexorável dos corpos. Ainda que comportamentos, códigos e normas culturais sejam reconhecidos, eles são considerados, de certa forma, como algo que se agrega, como algo que é " posto sobre " uma superfície
Tropelías: Revista de Teoría de la Literatura y Literatura Comparada, 2015
ara efeitos dessa apresentação, definirei literatura pornográfica como aquela que convoca, na composição do texto, sentimentos e comportamentos sexuais reconhecidos como degradantes, bárbaros ou animalescos, explicitados em linguagem de baixo calão e escatológica. Em sua constituição, ela é desprovida de metáforas suavizantes nas referências que faz a desejos, realizações e frustrações sexuais e na descrição dos corpos e de suas partes. Essa relativa delimitação não significa negar a importância que é o estabelecimento das diferenças que distinguiriam e aproximariam discursos eróticos, obscenos, pornográficos e as possibilidades de efeitos que cada um deles teria para a literatura e para os estudos literários.
Revista Manzuá, 2020
RESUMO Considerando a dança como arte da presença, pretende-se promover reflexões sobre estudos da presença e estados de atenção em ações artísticas e pedagógicas mediadas por tecnologias digitais em tempos de isolamento social. A atual situação pandêmica gerou uma atmosfera de grande insegurança para a classe artística que se deparou com a privação do trabalho presencial, impulsionando, assim, outras instâncias compositivas de aulas e de cenas-como aulas on-line, lives e videodanças-para possibilitar a relação e o encontro de singularidades de maneira virtual devido à privação da coletividade presencial. ABSTRACT This text-considering dance the art of presence-intends to promote reflections on presence studies and states of attention in artistic and pedagogical actions mediated by digital technologies in times of social isolation. The current pandemic situation has generated an atmosphere of great insecurity for the artist's class that has been deprived of face-to-face work. This situation has propelled other compositional conditions for dance classes and performances-such
XIX Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e VI Congresso Internacional de Ciências do Esporte, 2016
Analisou-se as atividades para realização do espetáculo de dança Mulan: uma história da China com 116 alunos com deficiência. Foi feita observação participante e registro dos diários de campo. A experiência mostrou que o respeito às individualidades e ao tempo de cada um pode significar um importante caminho para a efetiva inclusão educacional e social.
Atas das Conferências: Expressão Múltipla IV Teoria e Prática do Desenho, 2021
Atas das Conferências: Expressão Múltipla IV Teoria e Prática do Desenho. Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas-Artes, Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes (CIEBA). Lisboa, Maio 2022. Coordenação: Artur Ramos – Universidade de Lisboa. Comissão Organizadora: Artur Ramos - Universidade de Lisboa; Américo Marcelino - Universidade de Lisboa; Henrique Costa - Universidade de Lisboa; Domingos Rego - Universidade de Lisboa; Beatriz Manteigas - Universidade de Lisboa; Gabriela Torres - Universidade de Lisboa ISBN: 978-989-8944-63-4 Resumo O objetivo do artigo é pensar o aprendizado a partir do corpo, como uma possibilidade complementar às práticas tradicionais, a partir de uma proposta de disciplina na Graduação em Artes Plásticas na Escola Guignard/UEMG. Ela propõe a repetição/simulação/refazer de ações de desenho previamente executadas por alguns artistas, além da prática de trabalhos autorais. Esse procedimento metodológico de repetição, simulação ou refazer tem como objetivo despertar o corpo com o intuito de que a experiência seja parte da construção de conhecimento prático-teórico sobre arte. Palavras-chave: Desenho, Corpo, Aprendizado. Abstract The objective of the paper is to think about learning from the body as a complementary possibility added to traditional practices, from a proposal for a discipline in the Undergraduate in Fine Arts at Escola Guignard/UEMG. It proposes the repetition/simulation/redoing of drawing actions previously performed by some artists, in addition to the practice of works made by the own students. This methodological procedure of repetition, simulation or redoing aims to awaken the body so that the experience becomes part of the construction of practical-theoretical knowledge about art. Keywords: Drawing, Body, Learning. GODOY, Luisa; GRANDINETTI, L. Desenho: o corpo em experiência. In: V Colóquio Expressão Múltipla: teoria e prática do desenho, 2022, Lisboa. Atas das Conferências: Expressão Múltipla IV Teoria e Prática do Desenho. Lisboa: Centro de Investigação e de Estudos em Belas Artes, Faculdade de Belas-Artes, 2022, v.1, p.159 - 169. ISBN: 978-989-8944-63-4.
Revista de Arqueologia, 2021
Based on an ethnoarchaeological study on plaitworks technology of the Mapuera River peoples (northwest of Pará state of Brazil), the present paper discusses materials and the modern concept of material culture, submitting both to Amerindian's ontology and cosmovision. Articulating cosmopolitics, ecology of practices, transduction, and individuation concepts, the paper proposes that to plait is not an exclusively human's know-how. Plaitworks are bodies basically made of metamorphosed vegetables and their lives emerged from technical operations permeated by negotiations. The plaitworks agency is linked to their respective corporealities and to the subjectivities and powers of part of the vegetables that make up their bodies. Although perishable, plaitworks are persistent in the lives of the Mapuera River Amerindian peoples.
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A Transversalidade da Prática do Profissional de História, 2019
Ilha do Desterro A Journal of English Language, Literatures in English and Cultural Studies, 2015
Revista Sinais Issn 1981 3988, 2007
(Re)Apropriando-se de seus Corpos, 2018