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Resumo: As sombras representam assuntos culturais, econômicos e políticos do cotidiano. Na cidade de Macapá (BR) e no povoado de Aqui (MZ), os equinócios e solstícios, simbolizam sobreposição de sombras, assim como, as mudanças de estações do ano que subsidiam festividades por esses acontecimentos. As sombras frequentemente são entendidas como lugares escuros que se relacionam ao sombrio, entendidas como sítios de medo, estranheza, assustador e pouco se revelam as suas potencialidades na vida cotidiana. O artigo procura trazer a categoria sombra e suas contribuições em diferentes esferas da vida sociocultural, econômica e política. O estudo de caso foi baseado nos moradores do povoado de Aqui no distrito de Massinga em Moçambique (MZ) e da cidade de Macapá no Estado do Amapá no Brasil (BR). Os resultados da pesquisa mostram que as sombras são aproveitadas pelos moradores do povoado de Aqui para agricultura na produção de cultivares de baixo fotoperiodismo, na caça para identificação de abrigos/esconderijo de animais, na pesca para situar cardumes de peixe, determinação de distâncias a partir de numeração de sombras ao longo do percurso, traçado de rumos e azimutes nas trilhas de caminhadas, produção de calendários anuais baseados em ciclos naturais das sombras, na criação de ovíparos para selecionar o número de machos ou fêmeas, sendo que os ovos em sombras dará origem machos, elaboração de calendário anual, entre outros. Já em Macapá, são usadas as sombras na ventilação de habitações entre outras infraestruturas, sombreamento de calçadas e praças públicas, na produção animal são utilizadas para melhorar a qualidade da carne e na educação estão inseridos em conteúdos programáticos de ensino da Geografia sob alcunha de equinócios. Palavras-chaves: Sombra. Equinócios e solstícios. Aplicação das sombras.
Uniedusul Editora eBooks, 2022
DLCV - Língua, Linguística & Literatura, 2020
Rivais? Concorrentes? Adversárias? A crítica não especializada, como de praxe, mergulhada em más intenções, fez pairar sobre Clarice Lispector e Hilda Hilst um imaginário assaz criativo, repleto de batalhas, querelas e, por incrível que pareça, disputas amorosas. Entretanto, essas mulheres se revelaram sempre inócuas frente a uma avalanche de palavras mal(ditas) e informações desencontradas. Clarice & Hilda ou Hilda & Clarice ocupam lugares ímpares na cartografia literária brasileira. Mulheres que, ao seu modo, transformaram a palavra em substrato vivo, dinâmico, poético, capaz de erigir mundos adoecidos, paisagens cáusticas, assim como criar refúgios plácidos e quadros encantadores. Ambas abalam, conspurcam, terrificam, pervertem, aviltam, profanam o signo e, com efeito, sacralizam, acolhem, reabilitam o desejo. Dessas reflexões, resultou a proposta deste dossiê, dedicado à potência das escrituras lispectoriana e hilstiana, exploradas isoladamente ou em cotejo. Recebemos contribuições inéditas, cujas discussões homenageiam a grandiosidade de Clarice e Hilda que, em 2020, aniversariaram, e, com efeito, foram aplaudidas com inúmeras manifestações, artísticas e acadêmicas, tanto no Brasil como em nações estrangeiras. O primeiro artigo intitulado "Deus e o Nada: a natureza criadora em Hilda Hilst e Clarice Lispector", de Merissa Ferreira Ribeiro e Antonio Máximo Ferraz, discute, a partir dos apontamentos de Martin Heidegger acerca da verdade, como a figura de Deus manifesta a natureza (physis) em Perdoando Deus, de Clarice Lispector, e nos versos de Poemas Malditos Gozosos e Devotos, de Hilda Hilst. De acordo com os autores, o Nada, tanto em Clarice quanto em Hilda, não tem a ver com niilismo, ao contrário: diz sobre o ato criador, que só vem à luz quando se abre um espaço (vazio) capaz de recolocar a linguagem em seu silêncio.
A utilização direta da energia solar em elétrica através de placas fotovoltaicas e o surgimento de eficientes baterias de íons de lítio, viabilizando o aparecimento de excelentes carros 100% elétricos, está determinando o limiar entre a era do petróleo e a era das novas cadeias produtivas solares.
Cadernos de História UFPE, 2021
Resumo: Este breve trabalho intenta abordar, ainda que - devido à curta extensão - sem tantos pormenores, a "autorrepresentação" baixomedieval presente no Livro de Horas, Uso de Roma (1510), proveniente da França, provavelmente de Lyon, em adição de importantes iluminuras do Très Riches Heures du Duc de Berry (c. 1412-1416). Para tal, não faz-se útil a restrição singular aos aspectos sociais, como a rotineira cultura agrícola, mas às mitologias regentes no imaginário do homem medieval, de modo que tanto o fazer social (práticas) quanto os domínios da cultura (representações) se colidem inúmeras vezes no panorama do Medievo. Visando entender a motivação dessas representações campesinas e como se deram, fazem-se profícuos os instrumentos provindos de uma historiografia cultural e iconográfica, além de pensadores centromedievais, como hugo de São Vítor (1096-1141).
Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 2018
Este artigo traz informações contidas no livro: Órion a conexão entre o céu e a Terra, onde um alinhamento na Amazônia boliviana conecta as principais estruturas megalíticas encontradas pelo mundo, suas referências criam um raciocínio matemático inédito, onde em seus resultados, correspondências numéricas pertinentes às dimensões da Terra, da Lua e do Sol, são expostas por intermédio dos principais números da Matemática, juntamente com dados relativos a um dos eventos astronômicos mais importantes desse século, ocorrido no ano de 2.012, conhecido como a precessão dos equinócios, essas relações nos trazem indicações de que uma civilização hidráulica sofisticada tenha prosperado em uma vasta área da Amazônia em um passado remoto.
Para quem escreviam os espiões da ditadura militar? Esta é a questão que reverbera quando são analisados os relatórios, dossiês, prontuários e outros gêneros de escrita burocrática produzidos pelos serviços de vigilância e repressão, entre os quais destacava-se o DOPS. 1 O campo social da vigilância e Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 24, nº 47, p.103-126 -2004 RESUMO A partir de fontes pesquisadas junto às coleções documentais da polícia política ligadas ao regime militar brasileiro, podemos vislumbrar não apenas o impacto do autoritarismo na cena musical brasileira, entre 1968 e 1981, mas também a lógica da repressão e do controle do Estado autoritário sobre os músicos. Nesse período, o controle da circulação das canções e da realização de shows com cantores esquerdistas (ou simpatizantes) marcou a atuação dos órgãos de censura e repressão, voltados principalmente (mas não apenas) contra o gênero MPB. Neste trabalho, analisaremos o imaginário produzido pelos agentes repressores e a "lógica da produção da suspeita" sobre a MPB. Palavras-chave: Brasil: Música e Política; Brasil: regime militar; Resistência democrática.
O SEPULTAMENTO DO SOL NOS ABISMOS DO MORRO: OS ESPAÇOS DA MORTE E DA VIOLÊNCIA NO LIVRO DE CONTOS COGUMELOS, DE BRENO ACCIOLY, 2019
RESUMO Esta pesquisa tem como objeto de estudo o livro de contos Cogumelos, de Breno Accioly e faz um recorte dos contos a partir dos espaços da morte e da violência, como em Dois enterros no qual o caminho metodológico da pesquisa se baseou e se desenvolveu para sustentar a hipótese gerada pelo problema. Breno Accioly é um contista que escreveu entre os anos 40 e 50 do século XX, cujo traçado estético se mostra na exploração de uma linguagem desfigurada, degradada, marcada decisivamente nas personagens e no espaço. O objetivo da pesquisa é, então, percorrer os caminhos da linguagem acciolyana a partir dos recortes da violência e como esses estratos culturais violentos formam a estrutura estética da narrativa desse alagoano de Santana do Ipanema. A pesquisa é de cunha teórico-qualitativo, baseada em cruzamentos de textos teóricos sobre a literatura e sobre o Autor. Utilizou-se o método da pesquisa bibliográfica, cuja copilação de títulos literários ajudou a formar indagações sobre a escrita de Accioly, como, por exemplo, por que os espaços no texto ficcional desse Autor tomam sempre a conotação de decomposição? Como base teórica, utilizou-se textos de Agamben (2009), Anjos (2007), Araújo (2011a, 2011b), Blanchot (1987), Bosi (1989, 1998), Dimas (1994), Lins (1976), Lucas (1989). Palavras-chave: Conto. Narrativa. Espaço. Violência. Breno Accioly. Abstract This research has as object of study the book of short stories Cogumelos, of Breno Accioly and makes a cut of the tales from the spaces of death and violence, as in Dois enterros in which the methodological way of the research was based and developed to support the hypothesis generated by the problem. Breno Accioly is a short-story writer who wrote between the 40s and 50s of the 20th century, whose aesthetic trajectory shows itself in the exploration of a disfigured, degraded language, marked decisively in the characters and in space. The objective of this research is to traverse the paths of acciolyana language based on the cutbacks of violence and how these violent cultural strata form the aesthetic structure of the narrative of this alagoano from Santana do Ipanema. The research is based in a theoretical-qualitative method, based on crossings of the theoretical texts on Literature and on the Author. We used the method of bibliographical research, whose collection of literary titles helped to form inquiries about Accioly writing, such as: why the spaces in this author's fictional text always take the connotation of decomposition? As a theoretical basis, we used texts from Agamben (2009), Anjos (2007), Araújo (2011a, 2011b), Blanchot (1987), Bosi (1989, 1998), Dimas 1989). Keywords: Short-story. Narrative. Space. Violence. Breno Accioly.
2017
Segundo a definicao de Marchall McLuhan (1946/2008), um meio de comunicacao e uma “extensao de nos mesmos”. Qualquer tecnologia nao pode senao adicionar-se aquilo que ja somos. O telefone e uma extensao da voz, a roda e uma extensao da locomocao, assim como o computador e um prolongamento de um conjunto de funcoes cerebrais que estendem a distância social em que passamos a comunicar nos dias de hoje. A linguagem prolonga a nossa experiencia no espaco e no tempo, enquanto a escrita estende os efeitos da linguagem humana. A questao que levantamos aqui e: “qual o papel da luz e da sombra enquanto meios de comunicacao ou, na expressao do autor, ‘extensoes de nos mesmos’?” Na representacao como na vida, a luz e a sombra colocam-se como extensoes de nos proprios, pelas quais nos expomos em diferentes escalas de dissimulacao ou verdade; em funcao da espectativa de sermos mais ou menos aceites, ou, pelo contrario, rejeitados. Esperamos mostrar, com este estudo, que a visao enquanto meio de ...
Melancolia, 2020
Este artigo busca compreender algumas concepções astrológicas e religiosas relacionadas com visões teóricas e práticas políticas em A Cidade do Sol de Tommaso Campanella. A astrologia exerceu uma influência considerável no Renascimento Italiano, aparecendo em Campanella de uma forma ideológica. Deste modo, podemos entender a influência da magia associada a obras como a Picatrix e os escritos herméticos popularizados pelas edições de Marsílio Ficino e que provavelmente influenciaram Campanella talvez mais que a Utopia de Thomas Morus. As referências astrológicas contidas n'A Cidade do Sol nos indica uma adesão de seu autor à noções de magia celeste que eram amplamente conhecidas no Renascimento. Em A Cidade do Sol, Campanella nos apresenta seu projeto de reforma política e de uma radical reforma hermética e filosófico-religiosa permeada de ideias astrológicas, mágicas e religiosas. Palavras-chave: astrologia; utopia; política.
Etnográfica, 2003
Estar num promontório à beira-mar a olhar para ocidente enquanto o Sol se põe no Atlântico é partilhar uma experiência humana intemporal" (Cunliffe 2001: 1). "…o mais belo testemunho é o do próprio mar. Isto tem de ser dito e repetido. É preciso vê-lo, uma e tantas vezes. (…) o mar restitui pacientemente as experiências do passado, devolve-lhes as primícias da vida, coloca-as sob um céu, numa paisagem que podemos ver com os nossos próprios olhos, análogos aos de outrora" (Braudel 2001: 17).
Ciencias Sociales y Religión/Ciências Sociais e Religião, 2020
O presente artigo tem como objetivo compreender os diferentes sentidos atribuídos a “ser judeu” no contexto florianopolitano, Santa Catarina, Brasil no início do século XXI. Entendendo de que forma se constitui uma identidade judaica nesta cidade, utilizamos o referencial teórico da psicologia sócio-histórica sobre constituição de sujeito e identidade. Para está análise utilizamos depoimentos e entrevistas de sujeitos judeus freqüentadores da Associação Israelita Catarinense (A.I.C). Os resultados da pesquisa apontam para uma re(criação) do judaísmo de acordo com os interesses desta coletividade estando diretamente relacionado às apropriações dos significados convencionais do judaísmo e da produção de novos sentidos para o que é “ser judeu” de acordo com histórias de vida, vivências afetivas, emocionais e intelectuais de cada sujeito. Assim cada um dos entrevistados encontrou em Florianópolis a liberdade e a possibilidade de atuar, concretizar, e construir um judaísmo aberto para as...
Anais do IX SEAD, 2020
Provocações epistemológicas Talvez não seja exagerado afirmar que, tendo herdado uma certa teoria da ideologia, a Análise de Discurso não extrapola o projeto de cunho histórico materialista que visaria compreender como as condições materiais de existência podem encontrar nos efeitos de sentidos discursivos a sua alusão (real do antagonismo) via ilusão. Ora, já em Interpretação dos Sonhos (2012, [1900]), de Freud, referência para Althusser teorizar sobre o funcionamento da ideologia pelo prisma da interpretação onírica, o trabalho do sonho é entendido como um modo de camuflar o desejo para que este possa voltar à cena. A interpretação psicanalítica tratava, por conseguinte, de tornar patente o que era latente no relato do onírico. Eis aí um programa de desvelamento em que, segundo Rouanet: [...] no plano social, filogenético como ele [Freud] diria, existe a utopia de uma sociedade totalmente transparente para si mesma. É utópico porque nunca a sociedade será totalmente transparente para si mesma, e, no entanto, a psicanálise, no plano coletivo, no plano social, não pode deixar de se colocar esse ideal. Ele também disse isso no Mal-Estar na Civilização, que um dia será possível ao homem renunciar aos mecanismos de defesa, como o recalque, por exemplo (um mecanismo infantil de fuga), e a sociedade passe a ser regida por Logos! Quando a razão assumir o comando, o controle social e a regulamentação pulsional se farão através da organização racional da sociedade. Isso é realizável? Obviamente que não. Então temos duas utopias: no plano individual, a utopia de um psiquismo transparente para si mesmo, e, no plano social, a utopia de uma sociedade regida pela razão. Duas coisas inatingíveis e irrenunciáveis (ROUANET, 2004). Em outro momento (BECK, 2019), buscamos extrair algumas consequências da constatação destas duas inatingíveis e irrenunciáveis: a sua renúncia redundaria ou na reprodução de uma razão cativa (ROUANET, 1985) ou na anuência (crítica, mas conformada) para com uma razão cínica (SLOTERDIJK, 2012, [1983]). Há de se admitir: uma teoria da opacidade do sujeito e da história, como a de Althusser ou a de Pêcheux, não escaparia ao impasse do inatingível irrenunciável. Com efeito, tal perspectiva o deflagra e nos lança em confronto com um mal-estar teórico: se a razão de ser da teoria é a de jogar luz na opacidade que ela mesma postula, o próprio desvelamento da camuflagem configura o irrenunciável conhecimento da
PAI Fábio Jr Pai... Pode ser que daqui a algum tempo Haja tempo pra gente ser mais Muito mais que dois grandes amigos Pai e filho talvez Pai Pode ser que daí você sinta Qualquer coisa entre esses vinte ou trinta Longos anos em busca de paz.... Pai Pode crer Eu tô bem eu vou indo Tô tentando vivendo e pedindo Com loucura pra você renascer... Pai Eu não faço questão de ser tudo Só não quero e não vou ficar mudo Pra falar de amor pra você Pai Senta aqui que o jantar tá na mesa Fala um pouco tua voz tá tão presa Nos ensina esse jogo da vida Onde a vida só paga pra ver Pai Me perdoa essa insegurança É que eu não sou mais aquela criança Que um dia morrendo de medo Nos teus braços você fez segredo Nos teus passos você foi mais eu Pai Eu cresci e não houve outro jeito Quero só recostar no teu peito Pra pedir pra você ir lá em casa E brincar de vovô com meu filho No tapete da sala de estar Pai Você foi meu herói meu bandido Hoje é mais muito mais que um amigo Nem você nem ninguém tá sozinho Você faz parte desse caminho Que hoje eu sigo em paz
Representações sociais e mundos de vida, 2017
Esta obra, editada por Nikos Kalampalikis, reúne, pela primeira vez, alguns dos principais escritos de Denise Jodelet, referência obrigatória no campo das re-presentações sociais desde a criação do Laboratório de Psicologia Social na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), em 1965, por Serge Moscovici. A particularidade deste livro é a de fornecer uma visão geral do desenvolvimento de uma prática de pesquisa empírica e refl exiva que, nos últimos trinta anos, tem aberto novas perspectivas no exame de questões sensíveis de nosso mundo que interessam diretamente à Psicologia Social. Descobrimos nele uma contribuição original sobre os fenômenos represen-tativos examinados de diferentes perspectivas. Do ponto de vista epistemológico, em sua relação com as contribuições das ciências sociais. Do ponto de vista de seu caráter social, na análise dos processos sociocognitivos que intervêm em sua cons-trução. Do ponto de vista da pertinência social, na compreensão dos processos simbólicos relacionados aos pertencimentos sociais e ao futuro comum de indiví-duos e de grupos historicamente e culturalmente situados. Do ponto de vista da aplicação, no exame de problemáticas relacionadas à memória, ao urbano, à saú-de, ao corpo, ao gênero, ao meio ambiente. Do ponto de vista das propostas para futuras pesquisas, na exploração de dimensões psicológicas ainda pouco conside-radas pelos estudos sobre as representações sociais: a alteridade, a experiência, a subjetividade, o imaginário, a afetividade e as emoções.
A internacionalização do conflito sírio não será “resolvida” com ações unilaterais dos participantes. O conflito internacionalizado tem desdobramentos que vão além da guerra por procuração entre estados, o ditador, grupos insurgentes e terroristas. Ao invés de assumir falhas de inteligência e a inutilidade do surveillance, a França investiu na “ameaça externa”, num ano em que o presidente Hollande chamou de “imigrantes” os refugiados sírios. A tentativa de securitizar refugiados agrada grupos políticos que, podendo, apagariam Liberté, Egalité, Fraternité. A reação do governo francês dá concretude à narrativa de terroristas e xenófobos: a cidade murada no país fechado num continente encapsulado.
2013
Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Departamento de Jornalismo, 2013.O presente projeto experimental é uma grande reportagem, em formato de revista, composta por uma matéria introdutória e quatro outras retrancas que detalham a vida dos brasileiros que vivem sem energia elétrica. Os textos trazem dados aliados a histórias humanas. A intenção é mostrar, por meio de entrevistas feitas no interior do Piauí, um dos estados apontados como em situação mais extrema no país quando o assunto é falha na distribuição energética, como vivem cerca de 3,3 milhões de pessoas que ainda não têm acesso ao serviço. A reportagem é acompanhada por um memorial que discorre sobre o processo de produção, apuração, a viagem ao Piauí e a redação do texto, além de trazer as justificativas das decisões tomadas como, por exemplo, o porquê da escolha da grande reportagem ou os motivos que nos levaram a não utilizar, na matéria, a primeira pessoa
Este trabalho desenvolve um programa de popularização de Ciências, com ênfase em várias áreas das Ciências Físicas, particularmente em Astronomia, na região da Chapada Diamantina e nas Escolas Famílias Agrícolas do Semi-Árido Baiano. A Chapada Diamantina e o Semi-Árido Baiano são regiões que apresentam grande necessidade de desenvolvimento social e econômico. Essa necessidade se configura, em geral, no que tange à Chapada Diamantina, pela carência infra-estrutural apresentada pelas cidades situadas na região, como pôde ser comprovada em várias ações desenvolvidas no Campus Avançado da UEFS localizado na cidade de Lençóis e em relação às Escolas Famílias Agrícolas (EFAs), pelo pouco reconhecimento por parte dos órgãos públicos, frente ao potencial da Pedagogia da Alternância, o que leva a uma educação do campo ainda não plenamente aceita no país. O trabalho tem como objetivo levar o conhecimento da Astronomia para o interior do Estado da Bahia, tanto para a zona rural quanto urbana, apresentando os fenômenos astronômicos através de suas relações com o cotidiano, utilizando uma linguagem apropriada à popularização das Ciências. Dentre outras atividades que são desenvolvidas temos palestras de divulgação, exposição de fenômenos astronômicos para a comunidade em geral; visitas às EFAs e visitas às escolas de alguns dos municípios da Chapada Diamantina. Além disso, para demonstrar o fascínio dos astros, utilizamos o recurso da observação astronômica para complementar o estudo de fenômenos astronômicos apresentados nas palestras e visitas às escolas, o que permite à comunidade respectiva perceber a sua localização no universo além de contemplar a beleza de seus céus. As observações astronômicas são feitas com pequenos telescópios de 15 cm com tripé (adquiridos através do edital POP Ciências Astronomia da FAPESB/CNPQ 25/2009 pelo projeto "Sob as estrelas das EFAs e da Chapada Diamantina: uma Astronomia Popular") os quais são emprestados às escolas até o final do prazo do projeto para possibilitar aos interessados a continuidade dos estudos apresentados pela equipe, bem como a criação de ambientes de apoio à educação informal (da comunidade) voltada para a popularização da Astronomia.
Resumo: No final do Livro VI da República, nas imagens do Sol e da Linha (Rep. VI 504c et seq.), Platão avança um conjunto de conceitos úteis para penetrar o simbolismo da construção que segue e que inaugura o Livro VII: a alegoria da Caverna (VII 514 et seq.). Trata-se das noções de Ser, não-ser e devir, de verdade e ilusão, de conhecimento, opinião, ignorância. Estabelecido o léxico fundamental, Platão tece uma complexa rede de paralelismos, mantendo sempre o critério da claridade e da escuridão,. Junto com a tradição, diremos que Sol, Linha e Caverna constituem uma única grande metáfora: a metáfora da Luz, um fractal de comparações em torno da condição, dos processos e estados cognitivos e da ação deles surgida que se inicia no Livro VI, no sujeito, e se completa no Livro VII, no coletivo, social e político. Após a leitura conjunta dos Livros VI e VII, a nossa observação será que em todas as esferas: na metafísica e a ontologia, na epistemologia e a gnosiologia, na moral e na política, a Luz é tão fundamental quanto as Trevas, e que há na mensagem central de República um diagnóstico pessimista que contrasta com as exaltações utópicas que aparecem recorrentemente ao longo da obra. Diremos que o contraponto entre utopia e pessimismo não constitui um pleonasmo, um paradoxo ou uma contradição, mas uma chave de leitura que faz jus à multiplicidade de vozes do diálogo e revela uma tensão essencial do âmago do pensamento de Platão. Concluiremos, por fim, que a República constitui tanto a utopia fundadora quanto a primeira crítica do utopismo.) são muitas as dificuldades que atrapalham as meditações. Após ter observado no curso das suas vidas uma parte miserável, efêmeros como o mundo se lançam a voar, convencidos apenas daquilo que cada um encontrou no seu vaguear de um lado a outro, jactando-se de tê-lo descoberto tudo. Mas a tal ponto não são coisas observáveis nem audíveis pelos homens, nem abarcáveis pela sua inteligência! Assim que tu, que até aqui vieste, saberás, porém não mais do que o mortal pode chegar a saber " EMPÉDOCLES, SOBRE A NATUREZA " Mas qual é o estudo mais importante? (...) Acredito (...) que já me ouviste dizer muitas vezes que o estudo mais importante é a ideia do bem e que é através dela que as ações justas e as outras ações se tornam úteis e proveitosas. Já sabes que é isso que vou dizer e, além disso, que não temos conhecimento suficiente dessa ideia. Se, porém, não a conhecemos, ainda que conheçamos as outras, isso de nada nos servirá " PLATÃO, REPÚBLICA VI
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