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2012, História da Historiografia
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Modos de Usar, 2022
Modos de Usar surgiu de uma encomenda no quadro do projeto Artista Residente, da Circular Associação Cultural, sediada em Vila do Conde. Movendo-se entre áreas como a dança, música e artes visuais, o projeto contou com a colaboração de Isabel Costa, Miguel Pipa, Eduarda Neves, Carlos Arteiro, Eduardo Luís Patriarca e Ana Cristina Ferreira, desdobrando-se através de atividades pedagógicas, parcerias ou colaborações informais com entidades como a Escola de Dança da Associação Juventude Unida de Mosteiró, Escola de Dança do Centro Municipal de Juventude de Vila do Conde, Oficina Zero, ESMAD ou o Conservatório de Música de Vila do Conde. A publicação integra a documentação do projeto e entrevistas realizadas aos participantes por Carolina Lapa. Numa segunda parte são apresentados textos de artistas convidados posteriormente a escrever sobre os modos em que utilizam a colaboração nos seus processos de pesquisa (Andresa Soares, Nuno Lucas, Nuno M. Cardoso e Patrícia Portela), dando visibilidade a outras dimensões da prática e da experiência colaborativa.
Veritas (Porto Alegre), 2015
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Introdução: O segredo mais bem guardado da sociedade de consumidores 1. Consumismo versus consumo 2. Sociedade de consumidores 3. Cultura consumista 4. Baixas colaterais do consumismo Notas Índice remissivo • Introdução • O segredo mais bem guardado da sociedade de consumidores Talvez não exista pior privação, pior carência, que a dos perdedores na luta simbólica por reconhecimento, por acesso a uma existência socialmente reconhecida, em suma, por humanidade. Pierre Bourdieu, Meditações pascalianas Consideremos três casos, escolhidos de maneira aleatória, dos hábitos altamente mutáveis de nossa sociedade cada vez mais "plugada", ou, para ser mais preciso, sem fio. Caso 1. Em 2 de março de 2006, o Guardian anunciou que "nos 12 últimos meses as 'redes sociais' deixaram de ser o próximo grande sucesso para se transformarem no sucesso do momento". 1 As visitas ao site MySpace, que um ano antes era o líder inconteste do novo veículo das "redes sociais", multiplicaram-se por seis, enquanto o site rival Spaces.MSN teve 11 vezes mais acessos do que no ano anterior, e as visitas ao Bebo.com foram multiplicadas por 61. Um crescimento de fato impressionante-ainda que o surpreendente sucesso do Bebo, recém-chegado à internet na época da reportagem, possa se revelar fogo de palha: como adverte um especialista nos modismos da internet, "pelo menos 40% dos dez mais acessados este ano não serão nada daqui a um ano". "Lançar um novo site de rede social", explica ele, é "como abrir o mais novo bar em uma área nobre" (só por ser o mais novo, uma casa brilhando de tão nova ou recém-reformada e reaberta, esse bar atrairia uma multidão "até que murchasse, o que aconteceria com tanta certeza quanto a chegada da ressaca no dia seguinte", passando seus adiaforização, 1
Desde o final do século XIX temos a emergência de um gênero de escrita com fronteiras pouco definidas. Trata-se de manuais do cuidado da casa, com fronteiras que vão da organização do lar às artes decorativas, da arquitetura ao que podemos denominar “fordismo doméstico”. Para citar alguns: de Christine Frederick, The New Housekeeping: Efficiency Studies in Home Management, de Paulette Bernege, uma das idealizadoras do Salon des Arts Menagers Si les femmes faisaient les maisons, e na Alemanha o livro da reformadora social Erna Meyer, Der neue Haushalt. As idéias de Meyer dialogavam com aquelas dos arquitetos modernos e isso faz parte do background da conhecida cozinha de Frankfurt, da arquiteta austríaca Grete Schütte-Lihotsky. Em 1951 a arquiteta-designer Charlotte Perriand publicou um número especial da revista Techniques et architecture intitulado “L’art d’habiter”, no qual expõe sua visão do que deveria e poderia ser uma casa moderna, da planta ao modo de se lidar com detalhes do cotidiano como armários, arrumação etc. Em 1958 a arquiteta Lina Bo Bardi publicou um texto, “A casa: sua organização, seu arranjo” em uma Enciclopédia da Mulher editada no Brasil, mas, à exceção de seu texto, traduzida de uma publicação francesa. Assim como Perriand, ela dava conselhos, em tom por vezes enfático de como lidar com o espaço domestico moderno, dos quadros e móveis até os eletrodomésticos. O argumento dessa apresentação é que tais escritos estão enclausurados entre duas modalidades de escrita: a das revistas de arquitetura, dirigidas a profissionais, simpatizantes, clientes em potencial; e o aconselhamento feminino, dirigido às donas de casa, como que a educá-las a perceber as potencialidades e, por que não, limitações da casa moderna. A modernidade arquitetônica tinha, mesmo nos anos 1950, uma absorção ambígua por parte de seus usuários. Pouco evidente, talvez necessitasse de um manual, uma bula, um guia dos “modos de usar”, espaço de esclarecimento que foi preenchido, não por acaso, por mulheres profissionais. Assim, a proposta desta apresentação é comparar e analisar os escritos de Bo Bardi e Perriand, situando-os no interior desse debate que vinculava o profissional ao usuário no feminino: a dona de casa, verificando quais as noções de modernidade e domesticidade apresentadas nos dois textos.
Três colegas. Renomados pensadores. Docentes de excelência. Comunicadores impactantes. Finos debatedores. Os três tenores, para alguns. Mosqueteiros, para outros. E tudo mais de legítimo e genial que já tenha se manifestado em trio. Aqui, em triálogo. A fala de um inspira os demais. Discursos alinhavados no calor do encontro. Impossível toda antecipação. Cada um com seu tom, suas histórias, seus exemplos. Atualizando mestres e autores mais queridos. Desfilando conceitos com fluência despretenciosa. Sobra elegância, erudição e generosidade. A genialidade criativa faz do ineditismo de cada enunciação um instante de incomparável logos. Razão e discurso. Com seus adendos e remendos. Um ballet de argumentos em grande estilo. Não lhes falta estrada. A nenhum dos três. Trajetórias sulcadas com muita saliva e letra. Sempre lapidada e aguda. Com alma densa e pouco desperdício. Nem um único suspiro de bobeira. Ou hiato à toa. Você, leitor, é sortudo. Por isso tão premiado. E que sorte é essa? Ora. Não precisa buscar longe. Cortella, Karnal e Pondé são contemporâneos. Coincidência nada desprezível. O acaso tecendo em finesse, justo no tempo que também é o seu, com os fios da maior perfeição. Amantes do futebol, menos contemplados, não puderam reunir Pelé, Maradona e Messi. Ou Neymar, Rivelino e Garrincha. Vamos voltar lá no estudo de domingo. Para que mesmo? Para aprender. Para saber. Para, para… Vamos, saber para que? Para a felicidade. Balbuciou o aluno mais tímido. Já arrependido de ter aberto a boca, ante o olhar da sala toda sobre si, fazendo pouco. E pra que a felicidade? Desafia o professor. Silêncio da galera. De fato. A felicidade não é para nada. Porque nada importa além. Porque ela, por ela, não leva a nada. Nem pretende. Porque não é caminho para nenhuma outra coisa. Não é meio. Nem instrumento. É o fim da linha. Tudo que queríamos. Desde o começo. Inútil, portanto. Sim, a felicidade é 100% inútil. E você que sempre foi escravo, instrumento de outras vontades, terá passado a vida na utilidade. E sendo aplaudido por isso. Associando inútil a coisa ruim, de nenhum valor. Ou aos que nada fazem, imprestáveis. Você mesmo. Que não sossegou enquanto não viu seus filhos escravizados como você. Educando-os para serem úteis sempre. Agora se vê abestado. Perplexo, fica melhor. Acaba de se dar conta de que o mais valioso, justamente por já ter valor em si mesmo, é perfeitamente inútil. Não precisa de mais nada que lhe confira utilidade. Sempre valeu mais do que tudo de mais útil. Sinto que você pede um refresco. Abstra-ção demais. Exemplos costumam ajudar. Um colírio tem valor? Claro que sim. Mas esse valor está condicionado. À sua utilidade. Portanto, a um mundo cheio de olhos. Irritados, machucados. Ou cheios de frescura, mesmo. O colírio por ele mesmo, neste caso, não vale nada. Precisa de olhos para toda valia. Essa dependência é apequenadora, concorde. Afinal, na hipótese de um mundo sem olhos, colírios terão perdido sua utilidade. E, neste caso, seu valor também. Como sapatos sem pés, vozes sem tímpanos, filosofia sem inteligência ou moral sem liberdade. Assim, da mesma forma, martelos, pregos, quadros e paredes. Cadeias de utilidade que vão distribuindo entre seus integrantesinstrumentos-um certo valor de utilidade. Uma interdependência frágil. Vai que alguém constate que para pendurar um quadro não precise furar a parede. Felicidade, portanto, não é martelo nem prego. Porque não precisa de quadros, na parede a pendurar, para receber sua quota de valor. Felicidade tem valor desvinculado. Incondicionado. Independente. Em si mesmo. Por isso, talvez, todos a busquemos. Mesmo quando nos enforcamos. Algumas experiências renovam nossas esperanças. Iluminam a trilha da felicidade. Parece plausível. A esperança é afeto. A potência sobe. A energia aumenta. Tendo como causa algum mundo imaginado. Um conteúdo de consciência, portanto. Assim, você dentro do ônibus, saindo da rodoviária, a caminho do litoral, supõe em sua mente, que vai dar praia. O tempo não vai atrapalhar. O objeto da esperança é sempre um real desejado. Por isso mesmo ausente do mundo fora de nós. Ao menos por enquanto. A última que morre. E quando alguém constata que já não há esperança, parece insinuar que as chances de uma vida feliz doravante minguaram de vez. Na contramão do que sugerimos acima, sem ofender nenhum senso comum, sábios estoicos e seus discípulos, séculos afora, propõem algo muito diferente. Preconizam uma felicidade sem esperança, justamente. Por muitos motivos. Em primeiro lugar, toda esperança seria inseparável do temor. Seu aparente reverso. Assim, quem espera pelo sol, teme a chuva. Quem espera sobreviver, teme a morte. Quem espera a riqueza, teme continuar pobre. Quem espera ser amado, teme a indiferença. Ora, com esse temor impregnado em toda esperança, impossível cravar alguma experiência de felicidade cristalina. Mas o azedume dos esperançosos não acaba aí.
Fortalecimento emocional, psicossocial e inclusao social, 2024
Este manual contem informações necessárias sobre as mudanças no estilo de vida e fortalecimento emocional e psicológico, afim de reduzir a estigmatização e a desigualdade social dando aos leitores conhecimento e capacidade de compreender diversos factores sociais dando a eles habilidades para o melhoramento da vida social nas comunidades e no seio familiar.
Trata-se de uma discussão sobre cotidiano e modo de vida com base no conceito de vida cotidiana (cotidiano urbano). A vida cotidiana como conceito, corresponde a uma articulação que totaliza espaço e tempo na modernidade; que reúne e distingue, em diferentes níveis, o particular e o geral, o singular e o universal, o abstrato e o corpóreo. O enfoque privilegia o movimento das formas para compreender a lógica das formas em relação à dialética dos conteúdos. A partir dessa premissa teórica foi possível discutir como as separações e a segregação socioespacial, implícitas no processo social, evoluíram para auto-segregação concebida e administrada, implicando na formação dos territórios no urbano. A reflexão incide sobre a relação entre os condomínios fechados, no caso Alphaville, em São Paulo, com a favela do entorno. PALAVRAS-CHAVES: Vida cotidiana. Urbanização. Cidade. Segregação. Território. Modo de vida.
Quem valorizou a descoberta do homem feita pelos sofistas, orientando-a para os valores universais, segundo a via real do pensamento grego, foi Sócrates. Nasceu Sócrates em 470 ou 469 a.C., em Atenas, filho de Sofrônico, escultor, e de Fenáreta, parteira. Aprendeu a arte paterna, mas dedicou-se inteiramente à meditação e ao ensino filosófico, sem recompensa alguma, não obstante sua pobreza. Desempenhou alguns cargos políticos e foi sempre modelo irrepreensível de bom cidadão. Combateu a Potidéia, onde salvou a vida de Alcebíades e em Delium, onde carregou aos ombros a Xenofonte, gravemente ferido. Formou a sua instrução sobretudo através da reflexão pessoal, na moldura da alta cultura ateniense da época, em contato com o que de mais ilustre houve na cidade de Péricles.
A coisa contém na sua segunda parte, em forma extrordinariamente densa, mas relativamente popular, não poucas novidades que antecipam o meu livro(1), ao mesmo tempo em que passa necessariamente por cima de muitas outras. Achas conveniente antecipar assim esse tipo de assunto?
Publicado em DIAS, J. B.; LOBO, A. (Org.). África em Movimento. Brasília: ABA Publicações, 2012, p. 65-84.
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Ethnologia - Trabalho de Campo, Lisboa, Cosmos, (163 - 174).
Revista Acadêmica Escola Superior do Ministério Público do Ceará
Revista Espaco Academico, 2011