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Repertório
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O presente artigo se dedica a examinar a noção de paisagem sob diferentes perspectivas e os modos de compreendê-la como dramaturgia nas artes da cena. A paisagem, tradicionalmente associada àquilo que o olhar humano é capaz de abarcar, tem mobilizado especial interesse na contemporaneidade, especialmente por possibilitar um modo de pensar a complexidade e multidimensionalidade dos fenômenos sociais do nosso tempo. Nesse sentido, configura-se como um conceito operatório na análise de parte da produção teatral brasileira contemporânea que, de modo acentuado desde a década de 1990, se interessa por um diálogo composicional fora do edifício teatral institucionalizado, ou seja, dirige-se ao mundo a céu aberto. As reflexões são tecidas tomando como exemplo algumas encenações, tais como Bom Retiro 958m (2012), Dias Felizes (1993), BR-3 (2006) e recorre aos estudos de pesquisadores como Besse (2014), Cauquelin (2007), Dias (2010) e Ingold (2015). Ao refletir sobre a paisagem como represen...
Revista :Estúdio, 2010
O presente artigo pretende refletir sobre como Cézanne habitou a paisagem em seus mínimos detalhes a ponto de tornar-se parte dela, principalmente a da montanha Santa Vitória. Perguntando incessantemente à montanha como ela se fazia montanha, Cézanne fez dela sua auto-representação, o reflexo de suas buscas, seu modo de pensar, ver e sentir a pintura, ou seja, ele próprio.
Tese, 2021
Aos meus pais, sem os quais este trabalho não seria possível. Pelo suporte emocional e financeiro, pelo amor incondicional, pela paciência e pela vida compartilhada. Pela vida, sobretudo. Aos meus irmãos, pelos anos de caminhada e por serem irmãos-com as alegrias e aflições que podem derivar dessa relação. Aos meus sobrinhos, por me mostrarem a beleza incapturável da infância. Ao meu cachorro Farinha e à minha gatinha Mia, sem os quais minha vida seria bem menos pulsante. Vocês me ensinam, todos os dias, que nossos corpos são parte da vibração elementar e vital do cosmos, e que somos parentes. Aos cães que estiveram sob minha responsabilidade durante os últimos 12 anos e aos remanescentes que, no ano de 2019, tragicamente perderam suas condições materiais de existência. Sua vida e morte sublinharam em mim o significado do cuidado e da finitude. Ao mar e às montanhas de Florianópolis, sem os quais as linhas de escrita deste trabalho seriam mais pobres e menos curvas. Suas silhuetas, ora suaves, ora agudas, me mostram repetidamente como ver. À "planitude" de Buenos Aires e aos contornos de toda a Argentina, que realçaram muito de mim, mais dos Outros em mim e tanto dos que existem além de mim. E às palavras, todas elas. Porque me animam, me constituem, desejam. E fabulam. Ao meu orientador, Leandro Belinaso Guimarães, por ter me acompanhado durante os cinco anos de pesquisa que resultaram neste trabalho e por ter acolhido o que dele resultou. Sem a abertura generosa e os limites firmes, certamente nada do que aqui se apresenta existiria. Ao supervisor de meu doutorado-sanduíche e diretor da Maestría en Estéticas Contemporáneas Latinoamericas da Universidad Nacional de Avellaneda (UNDAV), Adrián Cangi, por me receber e acompanhar ao longo de minha estadia em Buenos Aires, também pelas dicas valiosas na composição da versão final deste trabalho. À coordenadora da Maestría en Estéticas Contemporáneas Latinoamericas da Universidad Nacional de Avellaneda (UNDAV), Alejandra Adela González, pelo acolhimento e ajuda em todas as etapas de meu doutorado-sanduíche. Também pelas aulas (incríveis) ministradas e pela amorosidade, sempre presente e tão reconfortante. Aos membros participantes de minha banca de qualificação, por terem me ajudado a encontrar os fios que desejava desenrolar neste trabalho e aqueles que não. Todas as contribuições foram extremamente relevantes para o resultado que agora se apresenta.
EDUFES, 2013
"Viajar, transitar, percorrer, transladar, caminhar, deslocar, seguir, passar, perceber, refletir, analisar, conhecer, conversar. Cada uma dessas palavras manifesta o desejo de encontrar um território ao qual pertenço, mas que, ao mesmo tempo, sinto não ser o meu" – é o sentimento que perpassa essa obra de fotografias de viagens.
Caderno de Geografia
Tendo como objeto empírico as relações dialógicas inerentes ao processo de implementação de projetos urbanos em fase inicial, o presente artigo tem por objetivo defender a índole dialógica da paisagem; defender que essa categoria geográfica é ontologicamente dialógica. Defendemos que uma abordagem dialógica da paisagem nos permitirá refletir, por exemplo, sobre a relação paisagem-poder extrapolando a dicotomia, que tem tomado esse debate, entre paisagem hegemônica e contra-hegemônica. Permitirá, num mesmo movimento, extrapolar o fetichismo da rebeldia que tem tomado os debates que revelam a mobilização de elementos da paisagem como forma de contestação e canal para reivindicações públicas frente a projetos urbanos em fase inicial; extrapolar a relação entre resistência e paisagem em direção ao entendimento de uma índole responsiva e, logo, dialógica da paisagem.
Ao meu orientador, Antônio Araújo, pelo diálogo generoso e crítico ao longo de toda minha viagem pela pós-graduação e por investir na minha intuição em busca da paisagem. Aos professores Karina Dias e Marcelo Denny, pelas contribuições oferecidas no exame de qualificação. Ao Glauber Coradesqui, amigo e companheiro de viagem, pela paciência e apoio nos momentos de crise e pelas provocações e colaborações ao longo da pesquisa. À amiga Kenia Dias, que me apresentou as obras de Jean-Marc Besse e de Karina Dias. Ao Andrei Bessa, pelo colo, pelo diálogo motivador e pelo projeto visual desta tese. Aos artistas Anderson Maurício, Luiz Fernando Marques e Kadu Veríssimo, por me receberem e dialogarem comigo sobre cena e cidade. Aos artistas e parceiros do Teatro do Concreto, lugar onde me fiz encenador e sigo aprendendo. À Lucinaide Pinheiro, por procurar e disponibilizar registros do espetáculo Dias Felizes e à Sílvia Guerreiro pelas contribuições no levantamento de dados. Às revisoras Tetê Martins e Kamunjin Tanguelê, que me apoiaram no tecer dessas palavras. À amiga Bárbara Tavares, pela troca e pelo apoio mútuo nas jornadas como docentes e pesquisadores. Aos amigos Gyl Giffony, pelas trocas e leituras compartilhadas. Ao Elenor Cecon, mão amiga sempre a me apoiar no caminho. Às querides Ligia Souza, Micheli Santini,
In. A Delicadeza: Estética, Experiência e Paisagens. Brasília, EdUnB, 2002
Nem confissões, mergulhos subjetivos, nem ensaios clássicos, as paisagens articuladoras de imagens e conceitos são marcas de um sujeito feito de exterioridades, de um texto de superfícies, como já era O Livro das Passagens de Walter Benjamin. “Talvez nós necessitemos tentar nos redefinir em uma paisagem onde seja possível encontrar mais verdades laterais. O que para outros são desvios, são para mim dados que definem meu caminho” (BENJAMIN apud CHAMBERS, 1990, p. 81) A paisagem é mais do que um estilo de pensar e escrever, é uma forma de viver à deriva, entre o banal e o sublime, a materialidade do cotidiano e a leveza do devaneio (HIRSCH, 1995, p. 3/4). Ao invés de pensar, caminhar; salvar-se no mundo das coisas e não apenas ser voyeur ou consumidor, deixando rastros, idéias para trás a cada novo momento, a cada encontro; renovar-se constantemente, mesmo que seja num modesto passeio, um deixar-se, uma dissolução, mesmo quando voltamos para casa. “ A paisagem vem a nós de todas as direções, de todas as formas” (WOOD, 1995, P. 3). O mar. O mar. O mar.
Congresso Jardins do Mundo, Funchal, 11 de Maio de 2007 A imaginação utópica irrompe quando se constata que o absurdo e a miséria existencial parecem mais fortes que a construção do sentido e da sociedade. Quando o fardo da existência perde sentido e se torna absurdo; quando o imaginário crê possuir o poder de transfigurar utopicamente a existência imperfeita em estado de perfeição; então, a quebra com o sentido vital presente na realidade obriga o utopista a construir uma narrativa imaginária, um projecto de transformação do mundo. Nascem as utopias, boas ou más, esperançosas ou malditas, eutopias ou distopias, em que a impaciência da ordem nova perfeita substitui o amor que reconstrói a ordem presente carregada de imperfeições. Todas as utopias fazem parte do imaginário; mas nem todo o imaginário tem que viver dentro de utopias.
2013
title: Fictions about the landscape Abstract: This article aims to establish a reflection on the landscape in order to explore the concept of fiction associated to the poetic construction process of the Mexican artist Sebastián Romo during his artistic residency in 8th Mercosul Biennial in 2011.
O dossel do rio se rompeu: os derradeiros dedos das folhas Agarram-se às úmidas entranhas dos barrancos. Impressetido, O vento cruza a terra estiolada. As ninfas já partiram. Doce Tâmisa, corre suave, até que eu termine meu canto.
Paisagem enquanto País (…) -Lhe explico a palavra, filha. Paisagem vem de pai… (Mia Couto) "-Isso que trouxe para mim? O pai acenou. Que sim, trouxera da viagem para o aniversário da mais nova. Uma anónima pedra, sem tamanho nem cor especiais. Ser pedra era o único valor daquela prenda. A menina já conhecia as ofertas que lhe cabiam: pena de corvo, casca de arbusto, fragmento de chão. Tudo fragrância do natural, nada comprado nem comparável. (…) A moça levou a prenda e colocou-a sobre a mesa do seu quarto. Sentou-se, sem gesto nem ruído. Assim calada, esperava que a pedra saísse do silêncio. -Nenhuma coisa é um qualquer nada. Assim aprendera a inventar nome para os muitos incógnitos objectos. Ela vestia esses pequenos desvalores com histórias que retirava de sua fantasia. Nesse criar ela mesma se iluminava. (…) -Lhe explico a palavra, filha. Paisagem vem de pai… A filha riu, enquanto ele lhe contava como descobrira aquela pedra, tão aquela e nenhuma mais. Começava, então, a prenda não de aniversário mas de eternidade. (…) Seu pai lhe dava um outro pai, roubando-a dessa orfandade original que nos assalta nas fraquezas. "
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Princípios (Revista de Filosofia), 2018
Anais do 33° Encontro Anual da COMPÓS, 2024
STUDIES IN EDUCATION SCIENCES
Ateliê Geográfico, 2018
Geosul, 2021
Cadernos De Pesquisa, 2013
Avesso da Paisagem: Percepção Artístico-Urbana e Imaginário Socioespacial, 2012
PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG
Revista Persona: http://www.revistapersona.pt/1-CRIACAO, 2013
PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG