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SCAENA, VI, 2025
O anfiteatro de Ammaia foi construído numa encosta da periferia noroeste desta cidade romana. Constitui um típico exemplo de edifício lúdico de pequena cidade provincial que, sem recurso a opus caementicium, se construiu tirando partido da topografia do terreno, por um lado, e erguendo aterros, por outro. A sua edificação datará dos finais da dinastia júlio-cláudia ou época flávia e terá estado em uso até um momento tardio do século IV. Abstract: The Ammaia amphitheatre was built on a slope on the northwest suburbium of this Roman city. It constitutes a typical example of this type of building in a small provincial town that, without resorting to opus caementicium, was built taking advantage of the land topography, on the one hand, and building embankments, on the other. Its building dates to the end of the Julio-Claudian dynasty or Flavian era and was in use until late in the 4th century.
La arquitectura doméstica urbana de la Lusitania romana, 2020
A atual aldeia de Idanha-a-Velha (Idanha-a-Nova, Portugal) foi, em época romana, a capital da ciuitas Igaeditanorum. Igaedis, nome provável da cidade, dominou um vasto território, particularmente rico em explorações auríferas. Não se sabe ainda ao certo se Idanha teve uma ocupação pré-romana, ou se, pelo contrário, corresponderá a uma fundação romana de raiz, ocorrida talvez na década de 30 do séc. I a.C. (Mantas 1998 e 2006). Uma inscrição datada de 16 a.C., registando a oferta solene aos Igaeditani de um relógio por um cidadão de Emerita, capital provincial, denunciará já a sua centralidade nessa fase inicialdo reinado de Augusto (Étienne 1992; Redentor e Carvalho 2016).A partir de então, a capital dos Igaeditani, localizada estrategicamente no trajeto da via que ligava Emerita a Bracara Augusta (com a travessia do Tejo na ponte de Alcântara), terá ocupado um lugar de destaque no quadro da ocupação romana do interior norte da Lusitania (Carvalho 2012a e b). Esta importância é claramente testemunhada por um acervo epigráfico excecional, e por significativas ruínas de época romana, entre as quais se destaca a muralha da cidade (assinalando possivelmente o perímetro urbano no Baixo Império, rodeando uma área com cerca de 4 hectares) e o fórum (deste resta visível o pódio do seu templo principal, sobre o qual os Templários ergueram a torre de menagem do seu castelo). Escavações recentes permitiram datar o fórum do período augustano. É provável que a sua construção tenha ocorrido por volta dos anos 4-6 d.C., coincidindo com o processo de delimitação do territorium da civitas dos Igaeditani (Carvalho 2009). A sua municipalização terá acontecido décadas mais tarde, talvez no reinado de Domiciano, com reflexos também numa renovada monumentalização do fórum. A notoriedade e centralidade deste local perdurará no tempo (Almeida 1956). Foi tomado pelos Suevos durante a primeira metade do séc. V. Na época suévica, a cidade, desde então designada Egitania, foi promovida a sede de bispado (Alarcão 2012: 117-123). Em 585 é integrada no reino visigótico e continua como sede episcopal. Deste período suevo-visigótico destacam-se dois batistérios, cuja datação foi muito recentemente revista (Fernández et al. 2019), enquanto os restos dos primeiros templos cristãos da cidade – intramuros – se encontrarão sob a atual igreja de Sta. Maria (Cristóvão 2008: 22).
Luís Vaz de Camões, no poema épico Os Lusíadas, refere os Campos Tartésios (III, 100) e o rio Tarteso (VIII, 29). O objectivo deste artigo é explicar a presença destas referências geográficas no poema, analisando a vida do poeta (e as discussões em torno desta) e a sua relação com o contexto cultural e intelectual no Portugal do século XVI, bem como alguns aspectos da construção deste brilhante testemunho da literatura portuguesa. Após a discussão deste contexto, analisa-se a discussão em torno das fontes clássicas, portuguesas e espanholas que, provavelmente, o autor utilizou para escrever o poema, o que é comparado com as poucas informações que detemos quando tentamos reconstruir a vida do poeta. Neste sentido, é provável que Camões tenha adquirido alguns conhecimentos na Índia e não apenas em Portugal. Conclui-se que as prováveis fontes para Tartessos n'Os Lusíadas são o Dictionarium de A. A. Nebrija e o Libro de Grandezas y cosas memorables de España, de Pedro de Medina, escrito em 1548 (i.e., antes da partida de Camões para a Índia), especialmente o primeiro na versão latina do termo (tartessus/ tartessius). Analisam-se, igualmente, as regras da métrica que, provavelmente, obrigaram o poeta a incluir, n'Os Lusíadas III, 100 e VIII, 29, os termos campos tartésios (uma alternativa a campos de Tarifa) e Tarteso (uma alternativa a Guadalquivir, Bétis e outros sinónimos utilizados no poema). Do ponto de vista historiográfico, Camões não estava interessado neste tema, uma vez que tenta, primeiro, dar ao seu país uma espécie de identidade colectiva e uma mensagem nacionalista (Lusíadas = filhos de Luso). Estas referências levam-nos a incluir Camões na história da recepção de Tartessos na historiografia ibérica.
ABSTRACT After an almost invisible period, when the Lusitanian towns were no subject of study or debate in the context of major scientific meetings or with some studies that look more to the modern countries territories than to the former borders of the Roman province, a new relevant impulse can be seen nowadays on the study of Lusitanian Roman fora. The present scientific event would become a research landmark as, for the first time; we will have a large discussion on the most recent issues in the study of Lusitanian fora. Modelos Forenses nas Cidades da Lusitania: Balanço e Perspectiva Carlos Fabião Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa / UNIARQ 344 From the many unanswered questions and themes I will select some, such as the still large ignorance we have on the town’s network of the former Roman province; or the poor knowledge on the fora buildings of many towns, as very few were studied and published, not to mention all those that we just don’t know anything. Major difficulties are also present on the precise dating of the data, as we don’t have many studies presenting the different elements such as the simple artefacts with the most powerful dating potential for the different building programs or phases. So, any essay on the general panorama of the Lusitanian fora is condemned to become out of date, maybe just for the publication of the present meeting proceedings. KEY WORDS: cities; Lusitania; indigenous; Conimbriga; Olisipo.
O artigo estuda uma colecção de Joalharia proveniente de necrópoles da cidade romana de Ammaia, na Lusitânia (Portugal). The paper deals with a jewellery collection uncovered in the necropolis of the Roman Ammaia, in Lusitania (Portugal).
A partir dos inícios do século XX, os espaços funerários de Ammaia despertaram a curiosidade de vários investigadores, que se traduziu na escavação de algumas sepulturas e na recolha de um importante espólio. A nossa ligação ao projecto Cidade Romana de Ammaia permitiu-nos recolher um conjunto de informações sobre as áreas de necrópole e respectivas práticas funerárias, de que pretendemos dar notícia.
Conimbriga: Revista de Arqueologia, 2006
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USP RESUMO: Cotejamento do manuscrito oitocentista pertencente ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, escrito por diversos autores e possivelmente iniciado no século XVII, com cerca de 600 verbetes em ordem alfabética, que definem e explicam a origem de nomes de família, títulos hierárquicos, nomes de cidades e localidades, moedas, tributos, cargos, entre outros assuntos, e uma cópia datada de finais do século XVIII, também manuscrita, localizada na Academia das Ciências de Lisboa, a partir da qual a cópia do IHGB foi realizada. Tal cotejamento dá continuidade ao estudo crítico que temos realizado para fins de edição desse texto. Destacamos a relevância da construção de pontes entre instituições brasileiras e portuguesas, fundamentais na execução do estudo e de seus resultados. ABSTRACT: The examination of a nineteenth-century manuscript belonging to the Historical and Geographical Institute of Rio de Janeiro, written by various authors and possibly initiated in the seventeenth century, which has about 600 entries in alphabetical order, which define and explain the origin of family names, hierarchical titles, names of cities and locations, currencies, taxes, jobs, among other issues, and a copy, dating from the late eighteenth century, also handwritten, found at the Academy of Sciences of Lisbon, from which the IHGB's copy was made. Such examination continues the critical study that we have undertaken for editing this text. We emphasize the importance of building bridges between Brazilian and Portuguese institutions, fundamental in implementing the study and its results.
FERNÁNDEZ GARCÍA, M. I.; GÓMEZ MARTÍNEZ, E. (eds.) - La cerámica de mesa romana en sus ámbitos de uso. Terra sigillata hispánica. I encuentro de investigadores. 19 y 20 de octubre de 2018. Andújar. , 2019
Actas da VI reunião internacional de camonistas, 2012
A importância e o significado de um confronto entre o pensamento de Camões e de D. Jerónimo Osório, dois luminares da Literatura e da Cultura Quinhentista, nacionais e europeias, foram objecto da atenção de reputados historiadores do nosso mundo das Letras, a quem a História de Portugal e a História das Ideias devem muitos e notáveis contributos. Refiro-me aos saudosos mestres da Universidade de Lisboa, Professores Jorge Borges de Macedo e Francisco da Gama Caeiro. O primeiro alude à necessidade de uma análise do De regis institutione et disciplina de D. Jerónimo Osório para a compreensão da ideologia d'Os Lusíadas 1. O segundo é autor de uma comunicação intitulada "Camões e D. Jerónimo Osório: uma aproximação à luz da História das Ideias", de que não se conhece senão o resumo, já que as Actas do Colóquio Camões e D. Jerónimo Osório na História e na Cultura Portuguesa, promovido pela Academia Portuguesa de História, não foram, nem poderão vir a ser publicadas 2. Fica-nos, pelo menos, desta iniciativa, a confirmação, unanimemente aceite, da grandeza destes autores do nosso século de ouro, Camões e Osório, que, na língua vernácula e na latina, se impõem pelo valor das suas obras, entre as quais é possível estabelecer análises comparativas e conexões, a nível das «construções doutrinais, expressas ou implícitas», que permitem captar melhor «o sentido e dimensão global das respectivas obras» 3 .
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Conímbriga, 2006
Revista Desassossego
Revista Jurídica Luso-Brasileira, CIDP, Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, 2018
Res Sinicae. Pessoas, papéis e intercâmbios culturais entre a Europa e a China (1600-1800) , 2022
Revista portuguesa de arqueologia, 2001
La fundación de Augusta Emeritay los orígenes de Lusitania , 2018
Língua-lugar : Literatura, História, Estudos Culturais, 2020
Os Indígenas e as Justiças no Mundo Ibero-Americano (Sécs. XVI-XIX), 2019
Passagens Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica, 2015
Studia Historica: Historia Antigua, 2010