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Voluntas: Revista Internacional de Filosofia
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Neste artigo pretendo explorar os argumentos que Schopenhauer avança em favor de sua suposta concepção de uma Vontade não-teleológica, e pretendo também contrastar tal concepção a uma concepção "tradicional" de vontade como essencialmente teleológica, ou como uma capacidade de atuar de forma direcionada a fins ou finalidades. Ao final, vou sugerir que, embora a concepção schopenhaueriana de vontade não seja a tradicional, não é fácil entendê-la como estabelecendo a Vontade como completamente não-teleológica.
Educação e Filosofia, 2013
O texto analisa como a teleologia, forma do ser da subjetividade segundo Husserl, opera na vontade. Em primeiro lugar são apresentados os elementos fundamentais da fenomenologia da vontade enquanto posição de metas; a seguir pergunta-se sobre a meta derradeira que opera na subjetividade como o telos implicado no processo do seu ser. Husserl pensa o telos como o ideal ético infinito da subjetividade perfeita na comunidade perfeita. A fé e a decisão pessoal por esta meta são fundamentais para a realização do sentido do ser.
Partindo de Kant e de sua noção de princípio regulativo, Schopenhauer pensa a teleologia e o finalismo na natureza com base na tese de que “tanto a finalidade do orgânico quanto a legalidade do inorgânico são primariamente introduzidas por nosso entendimento na natureza, e concernem tão somente ao fenômeno, não à coisa-em-si” (MVR I, p. 223). Mas se em Kant a noção de princípio regulativo depende da determinação de uma ideia da razão, a partir da qual somos conduzidos a pensar a natureza, hipoteticamente, enquanto totalidade harmônica, a crítica schopenhaueriana à concepção kantiana de “ideias da razão” exigirá dele um outro caminho para a fundamentação do princípio do finalismo: a tese da unidade metafísica da vontade. Ora, mas se a vontade é um princípio ontológico metafísico, e não um princípio racional regulativo, então a finalidade deve estar fundamentada metafisicamente, e não como um princípio regulativo de validade meramente subjetiva. O presente trabalho apresenta uma leitura desse problema a partir de três pontos centrais: 1) o reconhecimento, por parte de Schopenhauer, de uma lacuna na teoria kantiana acerca da teleologia e sua tentativa de superar essa lacuna; 2) a questão da possibilidade de se pensar uma teleologia fundada no conceito de uma vontade cega e destituída de cognição; e 3) a determinação de uma tensão no sistema de Schopenhauer entre duas formas de teleologia: uma teleologia funcional e uma teleologia ética ou soteriológica.
Conjectura Filosofia E Educacao, 2014
Nietzsche-Schopenhauer e a pedagogia da vontade Resumo: O presente artigo trata do conceito schopenhauriano de Vontade. Nesse sentido, utiliza a obra O mundo como vontade e representação como uma espécie de mapa filosófico para abordar tal conceito. Interessa as transformações desse conceito na obra do jovem Nietzsche até se completar naquilo que ele chama de Vontade de Potência (Wille zur Macht). A partir disso, esse artigo lança o desafio de pensar uma Pedagogia da Vontade, inspirada no pensamento trágico de Nietzsche-Schopenhauer. Desse modo, observa as ressonâncias das ideias, mas também a diferença de posturas entre os filósofos. Assim, situa o papel do educador nessa pedagogia e analisa a função do Estado e da cultura, procurando destacar a necessidade de se repensar o paradigma ético-estético na educação.
Este artigo corresponde à primeira de duas partes que perfazem um estudo sobre a questão da teleologia nos apontamentos do jovem Nietzsche entre 1867 e 1869. No seu todo, o trabalho pretende oferecer uma leitura de três conjuntos de notas escritos pelo filósofo nesse período: Zu Schopenhauer, Zur Teleologie e Vom Ursprung der Sprache, com um claro enfoque nas notas sobre a teleologia, de 1868. Meu objetivo é tentar mostrar que, apesar das diversas críticas de Nietzsche à teleologia e de sua aparente adesão (via Lange) ao darwinismo, sua posição é melhor compreendida como um tipo de vitalismo, que é receptivo à ideia de uma intencionalidade inconsciente na natureza, mas que recusa explicitamente a concepção antropomorficamente inflacionada de um designer divino. Nesta primeira parte do estudo, me dedico a uma análise do texto Zu Schopenhauer e de parte do conjunto de notas reunidas sob o título Zur Teleologie.
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia
Partindo do que Schopenhauer considera ser o pressuposto de toda ética, a significação interior do mundo, isto é, a diversidade que vige nas ações humanas entre a causalidade interior e a materialidade do mundo, o presente artigo recorre inicialmente à Crítica da filosofia kantiana, onde Schopenhauer afirma que Kant operou na filosofia a maior de todas as revoluções ao instaurar uma descontinuidade entre o ideal e o real, insurgindo-se assim contra o realismo filosófico, substituindo a crença na potência do intelecto pela noção de fantasia e incluindo o fator subjetivo dentre as causas da variação de humor. Mas para além do mundo mediado pela subjetividade há o mundo como vontade, onde se desenha a história trágico-cômica do mundo: a vontade não se move em direção a um objeto que justifique seu desgaste, que a recompense proporcionalmente ao esforço realizado e garanta-lhe a satisfação esperada.
Argumentos, 2014
O objetivo do presente artigo é analisar a natureza da eudemonologia no pensamento de Arthur Schopenhauer diante do chamado pessimismo metafísico do filósofo. Partimos do "desvio da metafísica" que o pensador elabora para expor a sua teoria da felicidade e, a partir disso, investigamos duas questões principais: (a) o ponto de vista eudemonológico da filosofia schopenhaueriana na medida em que é considerado pelo autor como inferior ao ponto de vista ético-metafísico, mas é gestado paralelamente a este último; e (b) a eudemonologia na medida em que é definida como negativa, eufemística e em termos de sabedoria de vida, uma condição que a define como suplementar às teses da metafísica.
Pensando - Revista de Filosofia, 2016
Pour une critique bergsonienne aux metaphysique de la volonté de Schopenhauer Catarina Rochamonte UFSCar Resumo: Longe de inferir uma diferença radical de natureza entre o processo de causalidade física e o processo de causalidade psíquica, Schopenhauer faz da possibilidade de analogia entre ambas o procedimento metodológico central da sua filosofia. Para Henri Bergson, entretanto, o distanciamento temporal entre causa e efeito é qualitativo e interpretado como um princípio de liberdade. De fato, contrariamente a Schopenhauer, a argumentação de Bergson vai no sentido de indicar a existência de uma causalidade psicológica enquanto força sui generis, incompatível tanto com a causalidade mecânica ou eficiente quanto com a causalidade inteligente ou finalista. Esse artigo tem o objetivo de demonstrar, a partir dos textos de Bergson, que, por mais que Schopenhauer insista na originalidade da etapa do seu método que interpreta a força através da vontade, ele, na verdade, interpreta a vontade através da força. Espera-se poder mostrar que embora haja em Schopenhauer uma tentativa de retorno ao imediato, esse retorno está corrompido por um "pensamento único" que se brindou em princípio com uma Vontade metafísica da qual se deduz todas as coisas, impedindo assim o filósofo alemão de seguir as verdadeiras ondulações do real. Palavras-chave: Força-causalidade-duração-Bergson-Schopenhauer Résumé: Loin de déduire une différence radicale de nature entre le processus de la causalité physique et le processus de causalité psychique, Schopenhauer fait de la possibilité d'analogie entre toutes les deux la procédure méthodologique centrale de sa philosophie. Pour Henri Bergson, cependant, la distance temporelle entre la cause et l'effet est qualitative et interprété comme un principe de liberté. En fait, contrairement à Schopenhauer, l'argument de Bergson va dans le but d'indiquer l'existence d'une causalité psychologique comme force sui generis, contraire à la fois à la causalité mécanique ou efficace que la causalité intelligente ou finaliste. Ce article a objectif de démontrer, à partir de textes de Bergson, que, bien que Schopenhauer insiste dans l'originalité de l'étape de sa methode qui interprète la force à travers la volonté, en vérité, il interpréte la volonté à travers la force. Il s'attend pouvoir montrer que bien qu'ait dans Schopenhauer une tentative de retour à l'immédiat, ce retour est corrompu par une «pensée unique» qui s'est offert en principe avec une Volonté métaphysique de laquelle il se déduit toutes les choses, en empêchant ainsi le philosophe allemand de suivre les vraies ondulations du Réal.
Gabriel Valladão Silva acaba de publicar, pela editora L&PM, a primeira tradução brasileira, e direta do alemão, do escrito Sobre a vontade na natureza, com o subtítulo Uma discussão das confirmações que a filosofia do autor obteve das ciências empíricas desde seu aparecimento, publicado pela primeira vez em 1836 e reeditado em 1854. A tradução também acompanha uma apresentação e notas do tradutor. Passados dezessete anos desde a primeira edição de O mundo como vontade e como representação (1818), Arthur Schopenhauer quebra o silêncio e divulga neste texto aquilo que ele pensa ser, de certo modo, a "prova real" de sua doutrina, isto é, a confirmação da filosofia do Mundo oferecida pelas ciências empíricas que vinham se desenvolvendo em seu tempo. A estratégia de Schopenhauer é a de considerar os relatos de cientistas das mais diversas áreas como confirmações empíricas da sua doutrina, tendo como fio condutor "os degraus da natureza de cima para baixo", ou seja, da complexidade das ações mais arbitrárias dos entes animais até a manifestação mais fundamental da natureza que é a gravidade. Desse modo, mais do que prestar contas da credibilidade de sua posição, o filósofo encontra uma excelente oportunidade para desenvolver a temática na qual todas as ciências empíricas encontram o seu limite, a saber, a da identidade metafísica da vontade em meio à pluralidade das suas aparições. Com muito entusiasmo, Schopenhauer oferece conselhos aos "jovens sedentos de verdade", dizendo-lhes para não perder tempo com a filosofia de cátedra, universitária, e, em vez disso, estudarem as obras de Kant e também as suas (Prefácio, 41). Teria sido Kant o responsável por introduzir a seriedade na filosofia, que Schopenhauer faz questão de manter em pé, uma seriedade que é expressa sobretudo na verdade fundamental e paradoxal da oposição entre mera aparição e coisa em si que, no contexto do Mundo, LUAN CORRÊA DA SILVA Resenha -Sobre a vontade na natureza 104
Cadernos do PET Filosofia, 2012
Resumo: este artigo tem como objetivo analisar o conceito de Vontade a partir do estudo detalhado do livro II de O mundo como vontade e representação, no qual Schopenhauer explicita sua Metafísica da Natureza. Para este fim, nós analisaremos a relação entre Vontade e Representação como dois lados constitutivos e inseparáveis do mundo, bem como a ideia de finalismo da Vontade.
RESUMO: Este artigo investiga o conceito de " vontade de vida " (Wille zum Leben), proposto por Schopenhauer. Pretendemos compreender como este conceito está relacionado com outras noções importantes da metafísica da natureza schopenhaueriana. Há uma óbvia relação entre as noções de " vontade " e " vida " no pensamento deste filósofo, mas não é suficiente saber isto. É necessário saber como especificamente elas são relacionadas, pois, se não prestarmos atenção aos detalhes, podemos facilmente interpretar a vontade de vida de diversos modos equivocados. De acordo com nossa interpretação, Schopenhauer defende um conceito de vontade que não é restrito à vida orgânica e consciente. Este amplo sentido de " vontade " permite Schopenhauer pensar as forças inorgânicas como vontade de vida. Todavia, não podemos ver as forças inorgânicas como formas de vida. Por esta razão, acreditamos ser necessário compreender que a vontade de vida não é somente um impulso de conservação ou um princípio vitalista. ABSTRACT: This paper investigates the concept of " will to life " (Wille zum Leben), proposed by Schopenhauer. We intend to understand how this concept is related with other relevant concepts of Schopenhauer's metaphysics of nature. There is an obvious relationship between the notions of " will " and " life " in the thought of this philosopher, but not enough to know this. It's necessary to know specifically how they are related, because, if we don't pay attention to the details, we can easily interpret the will to life in many equivocal ways. According to our interpretation, Schopenhauer defends a concept of will which isn't restricted to organic and conscious life. This wide meaning of " will " allows Schopenhauer to think the inorganic forces as will of life. However, we can't see the inorganic forces as forms of life. For this reason, we believe it's necessary to understand the will of life isn't only a conservation impulse or a vitalist principle.
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