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INTERAÇÕES
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A Apesar dos avanços que se pode perceber na Nova República brasileira, no que concerne aos direitos humanos, em que se incluem os direitos das minorias, bem como os direitos difusos, observa-se, no contexto da própria democracia, a escalada dos discursos e das propostas políticas de cunho ultraconservador, notoriamente também lastreadas em movimentos religiosos de caráter moralista. Seria este um fenômeno atípico, anacrônico e desconectado das estruturas de poder do Brasil? Ou ele é apenas uma das faces, talvez a mais reveladora, da forma como se constitui a política e a economia neste país, e que ganha, nos últimos tempos, enorme visibilidade, galgando o podium da política institucional nacional ao ter, como seu porta-voz, o próprio presidente da República? O caráter quase nada dialógico dessa forma de fazer política, arvorada na intolerância e no sectarismo, indica uma anomalia na tradição política brasileira ou demonstra, sem qualquer prurido, o caráter autoritário e violento de...
2019
News of violence in response to jokes about religion and religion-related violence in general has been frequent in the mainstream media, which leads us to seek solutions and possibilities for peaceful coexistence between religious and secular citizens. This interaction will inevitably take place through dialogue between reason and religion. This article aims at reflecting on these possibilities, from the perspective of the philosophers Jurguen Habermas, Giovanni Vattimo and Roger Scruton, the theologian Joseph Ratzinger, and the anthropologist Rene Girard. The reflection of this article will focus on the importance of the secularized state and its function of containing extremism, as well as on the recognition that Christianity has largely enabled the advent of the secularized state with freedom of religious worship (including atheism). Solutions are proposed throughout the article.
uma análise da atuação de parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres e de LGBTs no Brasil
Interacções, 2017
Poucos estudos relacionam a questão do ensino religioso nas escolas e o comportamento violento de crianças e jovens. Este estudo tem por objetivo analisar propostas de trabalho pautadas na educação religiosa como forma de prevenção e/ou tratamento de condutas violentas por parte de crianças matriculadas em duas escolas particulares, uma adventista e uma católica no ensino fundamental II, comparando seus dados com os de outra escola, também particular, porém laica e baseada na pedagogia tradicional. A pesquisa foi realizada na região metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil. É um estudo de natureza qualitativa e foi desenvolvido por meio de uma pesquisa exploratória. Foram realizadas observações de aulas e do recreio com registro simultâneo dos dados, com o objetivo de verificar o que ocorre nestes momentos em relação à violência, o que desencadeia estas situações, como ocorre e como esta é tratada nestes ambientes educacionais específicos. Entrevistas com um professor de cada ano de escolaridade do ensino fundamental II e com o coordenador pedagógico do segmento também foram feitas. Os dados coletados mostram que a rotina religiosa não interfere no comportamento dos alunos e que atitudes de repressão e punições tendem a gerar mais comportamentos violentos entre os estudantes. As escolas religiosas selecionadas têm rotinas como orações e leituras de 25 COSTA, BORBA & PRODÓCIMO http://www.eses.pt/interaccoes textos bíblicos, que são utilizados como forma de abordar temas como valores e princípios. No entanto, a escola adventista, onde foi observado um número significativo de agressões, se utiliza também de regras e proibições que não foram observadas nas outras escolas.
PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP
A relação entre religião e política, sobretudo no Brasil, está cada vez mais presente em nosso cotidiano. A cada eleição percebemos maior número de candidatos ao poder legislativo que aciona a identidade religiosa para tentar se eleger. No campo do poder executivo não é diferente. Atuais mandatários ou postulantes ao cargo acionam valores religiosos para conseguir apoio político e voto para sucesso da sua eleição ou reeleição, com disputas que buscam legitimar propostas civis a partir de discussões eclesiásticas.
Numen, 2020
O artigo realiza uma reflexão sobre questões de gênero a partir de diversas situações e representações envolvendo personagens e fatos do cenário político brasileiro. Evidencia como gênero estrutura as relações sociais ao lado de outros marcadores e como, particularmente através da linguagem, se expressa na política e no espaço público na forma de violência por sua matriz heteropatriarcal e heterossexista. Essa violência é potencializada pela articulação entre política e religião no espaço público, especialmente quando os discursos e as práticas religiosas se fundamentam na mesma matriz. Mas, assim como no âmbito da linguagem, entendida enquanto ato de fala e performance, a resistência também se faz presente através de movimentos que questionam os padrões hegemônicos de poder e criam alternativas à violência.
Ciencias Sociales y Religión/Ciências Sociais e Religião, 2020
O presente texto versa sobre a religião e política no contexto cisplatino. Neste sentido, discute e contrapõe a ideia de pluralidade e diversidade religiosa a partir dos dados estatísticos existentes acerca dos três países e as representações que tanto católicos e evangélicos quanto afro-brasileiros possuem acerca desses dois campos apontando para a existência de certas visões e modo de ser e estar no mundo semelhantes, que colocam em cheque os dados estatísticos mostrando que, do ponto de vista teológico e teleológico, essa anunciada pluralidade e diversidade existente não é tão plural quanto se quer que esta seja.
Revista Portuguesa de Filosofia, 2011
A questão fundamental aqui colocada pode assumir duas faces, que são as faces de uma mesma moeda: por um lado, trata-se de pensar o efeito da relação intercultural sobre o modo de pensar e viver a religião; por outro lado, trata-se de pensar o lugar da religião-no caso concreto, das religiões-na relação intercultural que marca o contexto contemporâneo das relações humanas, seja a nível global seja a nível local. No sentido de organizar algumas ideias em torno a esta questão dupla, proponho que, em primeiro lugar, seja refletida a relação básica entre religião e cultura; partindo daí, levanta-se a questão da relação entre culturas, com base na relação entre religiões-o que nos conduz ao problema da violência e da tolerância; com base nesses dois passos, proponho uma abordagem do fenómeno religioso no contexto das identidades culturais e do seu possível relacionamento. Aqui, não escondo o ponto de partida teológico, com recurso ao conceito bíblico de Deus e de religião, embora pressupondo sempre a sua potencial universalização-o que permite o discurso propriamente filosófico. O ponto de partida de todo o percurso é constituído sobretudo por alguns textos de Paul Ricoeur, que me parecem poder inspirar uma equilibrada compreensão do assunto em estudo. 1. Religião e cultura Para se entender mais profundamente, sobretudo em registo filosófico, a relação entre religião e cultura, é importante recordar, de modo extremamente sintético, alguns tópicos do trajeto da filosofia da religião, da modernidade para cá. De facto, um dos núcleos fundamentais desse trajeto está relacionado, precisamente, com a relação entre a religião, tal como ela é vivida historicamente-e, por isso, como fenómeno cultural-e a sua verdade conceptual, que a pensa para além dessa dimensão cultural. Na relação dinâmica, por vezes mesmo dialética, entre esses dois aspetos é que a reflexão filosófica sobre a religião se desenvolveu nos últimos séculos. Nessa relação podemos encontrar espelhada a ancestral relação entre o mythos e o logos, enquanto modos de compreender o real e o habitar. No caso, contudo, quer um quer outro assumem o estatuto de religião, independentemente do modo de relação entre um e outro. O que significou, em muitos casos, que o logos da religião se transformou em religião do logos, por vezes em confronto com uma pretensa religião do mythos. Poderíamos, assim, falar da evolução da história da filosofia da religião, nos últimos séculos, como uma conjugação entre especulação (enquanto trabalho do logos) e realidade histórica (enquanto articulação cultural do mythos). Se é certo que só a partir de Kant é que se pode falar em filosofia da religião, enquanto filosofia do fenómeno religioso, o certo é que o próprio Kant desenvolve a mesma com base numa distinção dicotómica entre o fenómeno religioso histórico e uma "religião nos limites da simples razão" 1 , a qual constitui, para ele, a única base viável para uma autêntica filosofia da religião. Esse estilo «racional» de abordagem da religião, que pretende compreender a sua verdade intrínseca, abstraindo das suas realizações históricas concretas, supera qualquer simplificação funcionalista, sociológica ou pragmatista da mesma-como foi grande parte das abordagens que viriam a afirmar-se posteriormente. Num certo sentido, pergunta-se pela essência do religioso, pressupondo que todas as realizações humanas, porque inseridas em contextos que lhe atribuem outros tantos significados, ficam aquém dessa essência, pois acabam por sucumbir ao interesse condicionado pelos sujeitos, no espaço e no tempo. O problema inerente à posição de Kant-pelo menos tendencialmente, já que essa posição se encontra muito diferenciada no texto kantiano 2-reside no facto de a sua base dicotómica (entre racionalidade e historicidade da religião) não permitir pensar, em última análise, o fenómeno religioso enquanto tal, e conduzir, paradigmaticamente, a uma oposição irreconciliável entre, por assim dizer, uma religião filosófica e uma religião teológica (considerada, no caso, como presa nas malhas da história e das circunstâncias culturais de uma revelação concreta), destinando-se a segunda a desaparecer, no contexto da Aufklärung. Uma primeira fenomenologia da religião, em sentido rigoroso-isto é, que pretende partir do fenómeno histórico da religião, enquanto articulado sempre culturalmente-deve-se apenas a Hegel, cujo principal intuito era, precisamente, o de superar a dicotomia entre religião histórica (do âmbito da Vorstellung, ou seja, da representação ou melhor da figuração 3) e religião da razão (do âmbito do Begriff, ou seja, do conceito) 4. Efetuada essa superação, já não faria sentido falar numa religião «natural», pois toda a religião é sempre «positiva» por natureza. Mas, por outro lado e 1
Os ritos e as crenças: a teoria antropológica revisitada..
Conforme formulado por Weber, a força secularizadora da ética protestante teria promovido uma forma subjetivada de experiência religiosa. Da mesma maneira, a reforma protestante teria aprofundado o processo de diferenciação das esferas político-econômico-científicas em relação à religiosa, o que retiraria definitivamente a religião do espaço público. À luz de dados relativos ao campo religioso brasileiro, são essas as duas premissas discutidas neste artigo. Em vez de admitir como um pressuposto a privatização da prática religiosa, trata-se de identificar as configurações específicas que as formas religiosas assumem em cada sociedade.
A MITOLOGIA IORUBÁ: MATRIARCADO E ANCESTRALIDADE NA FENOMENOLOGIA DOS CANDOMBLÉS DO BRASIL, 2021
Os textos que compõem os debates da obra Religião, Política e Sociedade vão ao encontro das várias reflexões e abordagens tanto teóricas quanto de análise a partir de linhas temáticas como: sistemas culturais religiosos presentes na América Latina; construção de sujeitos religiosos e políticos a partir das diversas matrizes religiosas; processos de secularização e laicidade; relações político-religiosas; e a problematização derivada de certas práticas na formação identitária que geram violência, em decorrência ora da supervalorização ora da subestimação e menosprezo de formas de existência, crença e visões de mundo. No capítulo A MITOLOGIA IORUBÁ: MATRIARCADO E ANCESTRALIDADE NA FENOMENOLOGIA DOS CANDOMBLÉS DO BRASIL, de minha autoria, analisei a presença do matriarcado na mitologia Iorubá para entender como os Orixás, enquanto imagem arquetípica, afetam e influenciam o comportamento social ao conferir características aos “filhos e filhas de santo”. No panteão Iorubá, por representarem o matriarcado, o arquétipo feminino, e a ancestralidade vinculada a este, se relaciona com conceitos fundadores da filosofia africana, cujos pilares de formação social são centrados na figura feminina. Foram analisados conceitos ligados à mitologia Iorubá, filosofia africana, fenomenologia e religião, relacionando-se os Orixás, especialmente os femininos, e a estrutura fenomênica do cotidiano de pessoas ligadas aos candomblés. Concluiu-se que esta relação empodera pessoas dentro e fora dos terreiros através da força ancestral da mitologia Iorubá, especialmente as mulheres.
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Cauriensia. Revista anual de ciencias eclesiásticas, 2019
Revista Educação e Políticas em Debate
Revista Inter-Legere
REVER: Revista de Estudos da Religião, 2021
IGREJA E MISSÃO: religiosos e acao politica no Brasil, 2022
Ciencias Sociales y Religión/Ciências Sociais e Religião
Revista Brasileira de Ciências Sociais - RBCS