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Caderno CRH
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O artigo busca examinar o movimento conhecido como “coletes amarelos”, ocorrido na França, em seus desenvolvimentos e principais reivindicações expostas até janeiro de 2019. Primeiramente, realiza-se uma discussão teórica acerca da crise da democracia representativa, buscando ligar o movimento que teve início em 2018 àqueles que ocorreram 50 anos atrás, em maio de 1968. Nesse sentido, procura-se estabelecer uma linha de continuidade entre movimentos que exigem uma real democratização do poder. Em segundo lugar, tenta-se destacar as possíveis contribuições do movimento dos coletes amarelos à uma concepção de ciência política e de democracia mais aberta e plural.Palavras-Chave: Democracia Representativa; Movimentos Sociais; Coletes Amarelos; Multidão; Momento Populista 1968 ET NOUS: la crise de représentation et les mouvements sociauxABSTRACTThis article examines the movement known as “yellow jackets”, occurred in France, considering its main developments and demands until January 201...
Revista de Sociologia e Política, 1994
NÃO TRIVIAL 28 de março: Policiais invadem a tiros restaurante estudantil onde se preparava manifestação contra as más condições do estabelecimento. Um corpo tomba sem vida -Edson Luis, 16 anos, quase um menino. Durante dez dias, demonstrações comovidas de repúdio por todo o país. E novos conflitos. Muitos presos, muitos feridos, e pelo menos dois mortos nos embates com a polícia. 21 de junho: Manifestação contra a política educacional do governo, no Rio de Janeiro. Com apoio ativo de populares, universitários resistem durante horas às investidas da tropa. "Sexta-feira Sangrenta": vários mortos, centenas de presos, dezenas de feridos. Ao longo de quatro dias, atos públicos em solidariedade aos estudantes cariocas nas principais cidades do país; violentos confrontos. Afinal, uma trégua: "Passeata dos Cem Mil", Rio de Janeiro, 26 de junho -padres e freiras, intelectuais e artistas juntam-se aos estudantes em grande mobilização não reprimida. 12 de outubro: Com rajadas de metra lhadora disparadas ao ar, soldados da Polícia Militar de São Paulo tomam de assalto propriedade rural onde se realiza clandes tinamente o XXX Congresso da União Nacional de Estudantes -UNE. Saldo da operação: cerca de oitocentos presos, entre eles os líderes mais expressivos do movimento. 13 de dezembro: A pretexto de resgatar a honra das Forças Armadas, ofendida pela palavra de parlamentar cujas imunidades o Congresso obstina-se em reassegurar, governo se dota de plenos poderes com a edição do Ato Institucional na 5. Através deste instrum ento o presidente fica autorizado, por prazo indefinido, a: 1) decretar o recesso do Congreso e demais casas legislativas; 2) decretar intervenções nos estados e m unicípios; 3) cassar mandatos eletivos e suspender direitos * * * * * *
Psicologia USP, 2020
Em 2018, os "acontecimentos de Maio de 1968" co-memoraram cinquenta anos. No Brasil, co-memorávamos os cinco anos de junho de 2013, uma parte do composto do "ciclo de lutas". Esses dois momentos têm em comum, entre outras coisas, o fato de nos fazer pensá-los ainda hoje, pois, apesar de terem findado enquanto ato, eles continuam a existir em termos de afeto e efeito. Eles fazem parte de uma memória coletiva, de uma co-memória, que permite que se participe junto em razão daquilo que deixaram no tempo depois. São significados, sentidos e restos que se manifestam no campo sócio-político e no campo de uma subjetividade coletiva. Neste trabalho, destaco dois elementos similares de tais eventos: o imaginário anarquista que os caracterizou e também a consolidação do que denomino de "liderança negativada". A psicanálise serve como suporte teórico para as considerações, especialmente no que tange à questão do que se repete. Palavras-chave: liderança, coletividade, Maio de 1968, ciclo de lutas, psicanálise.
Revista Estudos Feministas, 2021
Resumo: O texto faz uma breve genealogia das questões relacionadas aos gêneros e às sexualidades que perpassam a “revolução mundial de Maio de 1968” e algumas das consequências políticas e sociais de seu potencial de desestabilização. Busca-se criar uma linha filiativa entre a revolução mundial, o início das discussões sobre gênero e sexualidade nas artes cênicas a partir do Teat(r)o Oficina e as atuais produções artísticas que se utilizam do corpo, da arte e do ativismo para enunciarem uma desobediência das normas, chamadas aqui de artivismos das dissidências sexuais e de gênero ou “a(r)tivismos queer”.
(Com) possibilidades : os 50 anos do maio de 68, 2019
2018
The global phenomenon of the student movements carried out during the long year of ’68 had very particular characteristics in Brazil. Amongst other things, this sector of the university population – which had been embroiled in an intensifying process of politicisation since the beginning of the decade, especially since the beginning of the military dictatorship (1964) – emerged as a social, cultural and political group at the very forefront of the resistance to the dictatorship, capable of ample mobilisation, and of influencing the country’s general policies. This article investigates the social ideologies and the imagined communities painted by the daily press in Brazil about the student mobilisations carried out during the first trimester of 1968, focusing on the events in the Calabouço restaurant, the shockwave caused by them and the Seventh Day Mass. The objective is to analyse the discourse produced about these events in the public sphere, the students’ motivations and demands, the spaces, times and intensities of their actions, and the streams of public opinion generated by the press’s publication choices. * * * O fenómeno global dos movimentos estudantis desenvolvidos durante o longo ano de 1968 assumiu contornos particulares no Brasil. Entre outros, este setor da comunidade universitária, em crescente processo de politização desde princípios da década, especialmente a partir da ditadura militar (1964), revelou-se um grupo social, cultural e político na vanguarda da resistência à mesma, capaz de amplas motivações e de incidir na política geral do país. Neste artigo aprofundam-se os imaginários sociais e as comunidades imaginadas construídos pela imprensa diária brasileira em torno das mobilizações estudantis desenvolvidas durante o primeiro trimestre de 1968, centrando a atenção nos sucessos de Calabouço, a sua onda expansiva e a Missa do Sétimo Dia. O objetivo é analisar os discursos construídos à volta destes eventos na esfera pública, as motivações e as reivindicações dos estudantes, os espaços, tempos e as intensidades das suas ações, assim como as correntes de opinião pública geradas pelas linhas editoriais da imprensa.
Perspectivas em Diálogo: Revista de Educação e Sociedade, 2016
O presente texto discute o enfrentamento radical proporcionado por setores do movimento estudantil, em alianca com setores revolucionarios do proletariado, a burocracia estatal, partidaria e sindical que, auxiliando a burguesia, buscavam tornar regular uma nova ofensiva capitalista, na Franca em fins da decada de 1960. Para isso buscaremos compreender a dinâmica da luta de classes, naquele episodio que ficou conhecido como o Maio de 1968 , a luz de uma teoria marxista das classes sociais, quer dizer, levando em consideracao o modo de vida das classes envolvidas nas lutas, os interesses derivados desse modo de vida e as aliancas e oposicoes que as classes e grupos sociais estabeleceram com outras classes sociais. Dessa forma, pretendemos demonstrar que a burocracia (estatal, sindical e partidaria) e uma classe social que auxiliou a dominacao burguesa e, portanto, nao contribuiu com a revolucao proletaria, estimulada pela luta cultural de setores radicais do movimento estudantil franc...
Tempo Social, 2021
Resumo O artigo analisa como as interpretacoes e as memorias dos acontecimentos de 1968 se transformam ao longo de suas comemoracoes decimais. Respalda-se na analise qualitativa da Historia do Tempo Presente, abordando as Politicas de Memoria em torno dos sentidos que aqueles eventos foram ganhando ao longo de seus cinquenta anos, tanto por parte de seus interpretes quanto pelos protagonistas. Argumenta-se que a ampla gama de estudos valorizou seus sujeitos e conflitos, abrindo um enorme leque de interpretacoes, as quais guiam 1968 pelo tempo presente, renovando as suas memorias. Conclui-se discutindo algumas linhas memorialisticas em torno dos atores coletivos e de novos relatos de protagonistas, que permitem reinterpretacoes de 1968, em seus cinquenta anos, elucidando o seu dialogo com as atuais identidades politicas.
Anotações sobre a experiência brasileira. A representação e sua crise (2 a parte). Texto publicado no número nove da Revista Fevereiro http://www.revistafevereiro.com/pag.php?r=09&t=17
verve. revista semestral autogestionária do Nu-Sol., 2018
anarquia e maio de 1968 na frança josé maria carvalho ferreira Passados que são 50 anos sobre o acontecimento histórico de Maio de 1968 em França, vários fatores de análise são hoje possíveis contextualizar, compreender, interpretar e explicar. Para além das mundivivências políticas, sociais, econômicas, culturais e ideológicas que atravessaram Maio de 68 em França, em termos de causas e efeitos, não são de menosprezar todos os aspectos precedentes que estiveram, em grande medida, na sua origem. Por outro lado, na sua essencialidade, é imperioso descortinar do conteúdo dos conflitos e das contradições que deram azo à erupção de reivindicações e mudanças de cariz revolucionário que ultrapassaram, em grande escala, os limites normativos e institucionais dos partidos e sindicatos clássicos inscritos nos parâmetros da democracia representativa das sociedades capitalistas. Pode-se e deve-se equacionar a natureza das contingências dos prolongamentos históricos do Maio de 1968, em França, nas sociedades contemporâneas onde o capitalismo atingiu maior desenvolvimento.
Sociedade e Estado, 2014
Tomando como ponto de partida a constatação de que as democracias contemporâneas não podem funcionar sem parlamentos ativos, o artigo procura dialogar com a recorrente imagem de uma "crise de representação" no Estado contemporâneo, ou seja, com as dificuldades que esse instituto tem manifestado para se atualizar e permanecer cumprindo funções estratégicas nas complexas sociedades dos dias correntes. Para tanto, considera que os problemas da legitimidade nos sistemas políticos atuais estão relacionados com a questão da crise do Estado e da política impulsionada pelas novas formas adquiridas pela estrutura econômica e pela sociabilidade do capitalismo contemporâneo. Sua hipótese de fundo sugere que as transformações da sociedade capitalista - a hipermodernidade - puseram em xeque e ultrapassaram a representação, deixando-a defasada e com sérias dificuldades operacionais.
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Mediações - Revista de Ciências Sociais, 2008
Mediações - Revista de Ciências Sociais, 2007
Projeto História : Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, 2018
Liinc em Revista, 2014
Galáxia (São Paulo), 2015
Direito, estado e sociedade, 2020
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Revista Espaço Acadêmico, 2018
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História. Questões e Debates, 2004