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2006
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(orient.) (UFRGS). O mito de Fausto, o homem que vende sua alma ao diabo, no afã de tudo dominar, serviu de fonte a muitos romancistas, dramaturgos, cineastas e encenadores. Abordar este mito, contudo, é se colocar face à difícil questão do trágico no contexto contemporâneo, já que o modelo do trágico grego, sob o qual o gênero teve origem, não pode mais ser reproduzido. Esse é na realidade o propósito de nossa investigação: repensar o trágico na perspectiva da sua genética cênica. Para tal, cotejando Fausto de Goethe com outras obras sobre o mesmo mito, investigaram-se procedimentos que favorecessem a atualização da tragédia, considerando que os questionamentos postos pelo autor alemão refletem valores culturais, políticos, religiosos e científicos da sociedade do séc. XVIII, diferente então da realidade do homem contemporâneo. Após estudo teórico sobre o mito, inicou-se o trabalho prático pautado pelo exercício de improvisações realizadas no cumprimento de uma tarefa física (de diferentes 033 naturezas) associada a fragmentos de texto. Dessa forma, a intervenção física do ator sobre a cena desvenda novas possibilidades para as condições de enunciação entre interlocutores, bem como re-significa a palavra do autor. O processo visa favorecer o surgimento de um texto-performance que, tal um "palimpsesto", segundo definição de G. GENETTE, constitua uma inscrição traçada sobre um pergaminho onde uma primeira inscrição foi raspada, mas cujos vestígios ali ainda permanecem: no caso, os valores míticos, a dimensão humana e a qualidade trágica. (PIBIC).
Portal de Livros Abertos da USP, 2020
A “Coleção Mitos da Pós-Modernidade”se propõe a pensar o imaginário do mundo contemporâneo, enfatizando o caráter transdisciplinar desse tipo de pensamento e priorizando diálogos com a educação na atualidade. O mito de Fausto, terceiro volume da coleção “Mitos da Pós-Modernidade”, na sequência de O mito de Frankenstein e O mito de Drácula, estabelece as relações entre as origens do mito, suas manifestações nas artes (literatura, cinema, ópera) e seus desdobramentos filosóficos em seis capítulos que têm como horizonte a atualidade do mito nos tempos que correm. Símbolo do progresso moderno, Fausto encarna o desejo de imortalidade e de eterna juventude. É um homem das ciências, mas também da magia. Ao negociar sua alma com o diabo, torna-se o artífice de sua própria danação. E conquanto tenha influenciado fortemente o imaginário renascentista e romântico, segue vivo na contemporaneidade, hermeneuticamente atualizado e ressignificado sob diversas perspectivas.
Revista Água Viva, 2021
RESUMO: O presente artigo é um estudo sobre o silêncio nas obras Fausto. Partindo-se da interpretação de Stanley Cavell, filósofo norte-americano, sobre a subjugação do reconhecimento pelo personagem Fausto de Goethe, busca-se um diálogo entre as obras do poeta português Fernando Pessoa e do poeta francês Paul Valéry, a saber: Tragédia Sujectiva e Meu Fausto, respectivamente. O que norteia esse estudo é a ideia de sucesso de conhecimento que Stanley Cavell associa à figura fáustica. Cavell, entretanto, compreende que se Fausto (de Goethe) vive esse sucessoo do conhecimentoisso só seria possível dada a supressão da necessidade do reconhecimento. De que forma, então, o Fausto de Fernando Pessoa traz a sua própria interpretação para a falta de reconhecimento mencionada por Mefistófeles na obra de Paul Valéry?pergunta-se. Ou ainda: como os dois Faustos lidam com aquilo que fora suprimido? Com esse silêncio que provém desde o Fausto de Goethe?
2018
Resumo Embora Fernando Pessoa tenha sido indiscutivelmente influenciado por Goethe ao recriar a lenda do Fausto, argumenta-se aqui que uma série de outros poetas e prosadores terão impactado, positiva e negativamente, em maior ou menor grau, o desenvolvimento do Fausto pessoano. Este artigo visa, pois, a reconstruir tais influências, a partir de evidências encontradas no espólio pessoano na Biblioteca Nacional de Portugal e na biblioteca particular do poeta na Casa Fernando Pessoa. Abstract If Fernando Pessoa was undeniably influenced by Goethe to recreate the legend of Faust, here we argue that a series of other poets and prose writers did also impact, positively and negatively, to a greater or lesser degree, the development of Pessoa's Faust. This article intends, thus, to reconstruct these influences, based on evidence found in the Pessoa archive at the National Library of Portugal and in the poet's private library at the Casa
Revista: O olho da história, 2018
Resenha do livro: Caminhos da esquerda: Elementos para uma reconstrução, de Ruy Fausto, lançado recentemente pela editora Companhia das Letras. REVISTA O OLHO DA HISTÓRIA, n. 27, maio de 2018. ISSN 2236-0824
Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, 2024
Este artigo tem como objetivo revisitar as discussões sobre a possível permanência dos mitos nas sociedades seculares ocidentais, em especial a recorrência de quatro mitos contemporâneos – Frankenstein, Drácula, Fausto e o Fim do Mundo –, e tendo como referência os trabalhos de Mircea Eliade, Georges Gusdorf, Gilbert Durand, Jean-Pierre Sironneau e Ernst Cassirer, entre outros. Tendo como metodologia a hermenêutica simbólica, o presente estudo empreende uma discussão sobre o entendimento atual de mito, mostra de que maneira os mitos expressam um imaginário contemporâneo e, por fim, debate sobre sua permanência. Os resultados apontam para a permanência do mito, embora não de maneira uniforme nem constante, mas camuflado, disfarçado, sofrendo desgastes e passando por derivações, características próprias das narrativas dinâmicas como as que constituem o mito.
Travessias Interativas, 2020
RESUMO: O presente artigo tem como seu objeto de pesquisa o mito moderno de Fausto, analisando comparativamente três obras, de diferentes épocas, que se baseiam nele: a peça Dr. Faustus, de Marlowe, o longo poema dramático Faust: Eine Tragödie, de Goethe, e o filme Lekce Faust, de Jan Švankmajer. Tendo em mente as mudanças sociais que inauguraram a era moderna e o que se compreende como modernidade, no século XIX, fomentada pelo capitalismo, pretende-se demonstrar como, dentro desse recorte, cada autor trabalhou com o tema das tensões do individualismo incorporadas pelo mito do pacto diabólico. Da tragédia do individualismo para a comédia macabra do desenvolvimento para a farsa da manipulação, é possível observar algumas transformações significativas de Fausto do século XVI ao XX. PALAVRAS-CHAVE: Cinema. Individualismo. Poesia. Teatro. Modernidade. ABSTRACT: The present paper’s theme is the modern myth of Faust, comparatively analyzing three works, from different times, based on it: Marlowe’s play Dr. Faustus, Goethe’s long dramatic poem Faust: Eine Tragödie and Jan Švankmajer’s movie Lekce Faust. Keeping in mind the social changes that inaugurated the modern era and what’s understood as modernity in the 19th century, fostered by capitalism, it intends to show how, within this corpus, each author has worked with the theme of individualism and its tensions embodied by the myth of the pact with the devil. From the tragedy of individualism and the grim comedy of development to the farce of manipulation, it’s possible to observe some of Faust’s significant transformations from the 16th to the 20th century. KEYWORDS: Cinema. Individualism. Poetry. Theater. Modernity.
Revista Leitura, 2024
This article constitutes an inquiry into one of the most subtle themes in Thomas Mann’s novel ‘Doctor Faustus’ – namely, Adrian Leverkühn’s lau-ghter. Its aim is to establish a connection between a specific element within the novel (Adrian’s laughter) and the overarching theme of artistic creation in the modern age. Not only does the author explicitly link the novel to the broader concept of artistic creation, which is its central concern, but the presence of Theodor Adorno, who was both a reader and critic of the work further underscores this connection. Consequently, the question that gui-des this study is the following: In what way does Adrian’s laughter intersect with his own artistic creation? Throughout this article, we make associa-tions with Stanley Cavell’s ideas on acknowledgment and skepticism which refers to its failure. Theorists such as Bergson, Baudelaire, and Morreall provide the foundation for theories of laughter. What’s more, in the es-say, the presence of laughter in other Faustian interpretations written in the first half of the twentieth century will also be comparatively addressed. Thus, in this study, Adrian’s unique position in the Faustian landscape is shown to be connected to the eruption of laughter, which, far from being a minor detail, proves to be crucial for understanding his artistic production.
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Seção “Pacíficos? Cordiais? Conciliadores? Intérpretes sobre a identidade nacional, classe e raça”, 2022
Literatura em Debate, URI Rio Grande do Sul.
Público, 2009
Darandina Revisteletrônica, 2009
Revista Araticum
Leituras e releituras românticas: José de Espronceda e Álvares de Azevedo
Literatura em Debate, 2011
Revista Claraboia, 2018
Darandina Revisteletrônica, 2011
Mediações - Revista de Ciências Sociais, 2000
PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília, 2015