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Revista Iberoamericana de Educación
A idéia da inexorabilidade da globalização hegemônica como única saída para o desenvolvimento pós-guerra fria tem marcado grande parte do debate acadêmico e midiático atual, inclusive no campo educacional. Este nosso artigo pretende argumentar em um sentido contrário, corroborando as teses da existência das várias possibilidades de «globalizações» (Boaventura de Souza Santos, 2002), verificando as convergências e as divergências das relações entre a globalização e a educação, especialmente quanto ao estabelecimento de uma «cultura educacional mundial comum» ou de uma «agenda globalmente estruturada para a educação» (Roger Dale, 2004). Pretende também captar o rebatimento dessas influências nas políticas educacionais brasileiras entre 1995 e 2002 (Silva Jr., Dourado, Azevedo et al., 2002). Por fim, ao advogar a idéia de «história como possíbilidade do novo», busca destacar as denúncias, as respostas e as propostas de uma educação contribuinte da globalização contra-hegemônica utiliza...
Revista e-Curriculum
Aborda-se neste artigo a escola quilombola, numa comunidade situada nas Ilhas de Abaetetuba, Amazônia, a partir de uma discussão teórico-conceptual da globalização e das teorias pós-coloniais ou decoloniais e de uma metodologia de um estudo de caso, a partir de uma roda de conversa que reuniu atores diferentes da comunidade educativa. As vozes desses atores, bem como a observação dos espaços culturais são um ponto de partida para situar o contexto das comunidades remanescentes de quilombo e seus atuais desafios, perante uma lógica de uniformização que tem contribuído para a perda de identidade desses espaços de formação, através dos seus saberes, das suas práticas e das suas tradições.
Revista Trabalho Necessário
Este escrito evidencia a concepção dos organismos internacionais referente ao ensino médio e profissional. Cabe ressaltar que não se trata de enveredar na discussão sobre a imposição ou influência nas políticas do Governo federal brasileiro, mas de trazer para análise alguns elementos relativos à educação presentes nas publicações do Banco Mundial e da Comissão Especial para a América Latina − CEPAL. Em linhas gerais, os diversos documentos elaborados por esses organismos apontam uma concepção de educação restrita ao mercado, cuja eficiência se relaciona ao funcionamento das parcerias público-privado. Dessa maneira, cumpre destacar que a educação hegemônica do capital tem como eixo a sua funcionalidade instrumental à competição entre os trabalhadores e entre países.
Neste artigo extraímos do quadro teórico da Análise Materialista do Discurso (proposta por Michel Pêcheux e pela equipe de pesquisadores que ele reuniu) algumas questões pertinentes à prática docente e sua relação com as oposições ideológicas binárias que atravessam, organizam e estabilizam o campo dos dizeres. Das primeiras ambições em torno da constituição de uma prótese de leitura materialista, a teoria pecheutiana avançou (mas também recuou) para a ideia de provocação à leitura, abertura para outras leituras e para a compreensão de outros sentidos presentes e possíveis no interior das dissensões históricas e ideológicas. Ao final do texto, de modo consequente ao seu desenvolvimento, enumeramos três princípios do educador analista do discurso.
ces.fe.uc.pt
Nas condições actuais da modernidade, o processo complexo, tenso, opaco e intrinsecamente contraditório da globalização domina todas as formas de vida social, sem sabermos, contudo, muito bem como opera e qual o seu rosto, não sendo a sua própria definição consensual entre os diversos cientistas sociais. Podemos, no entanto, afirmar que é unânime a ideia de que a globalização pressupõe diferentes graus de intensidade, que não é linear nem consensual, aplicando-se estas características também aos processos, que não são sempre intensos nem rápidos. Santos (2001:91) defende a ideia de que "por vezes são mais lentos, mais difusos, mais ambíguos e as suas causas mais indefinidas", consistindo um exemplo do que se acabou de afirmar a forma como os direitos das crianças têm sido, ou não, aplicados, garantidos e promovidos no mundo.
Pedagogía y Saberes, 2011
In recent years, the presence of 'gentlemen of foreign capital' in Latin American higher education, especially in the Brazilian, is a phenomenon that catches the attention of both researchers and education policy makers. The extention and intensity of this phenomenon is due to the restructuring policies of nation states and their subsequent relocation to the world stage. In this context, the educational field, hitherto regarded as "low intensity" about hegemonic globalization, is transformed into intense target of the global process of capitalist accumulation.
Comunicologia, 2023
Este é um estudo de natureza qualitativa e bibliográfica, e que tem por objetivo construir uma reflexão na temática de ensino na contemporaneidade globalizada, pós-moderna (líquida) e tecnológica, cenário onde uma série de questões se implicam quanto ao impacto do universo digital em nossas vidas, destacando-se a importância da construção de consciências críticas, reflexivas e preparadas à experiência digital. Da contextualização de temas norteadores ao debate de autores como Santos, Bauman, Lévy, Castells, Gabriel, Fava, dentre outros, percebe-se que os efeitos sociais da experiênciação de mundo pela pós-modernidade líquida acabam por se refletir, também, na experiência digital das pessoas sobre o universo digital: líquida, efêmera, confusa e caótica, sem aprofundamento crítico nem filtro de conteúdo. Por conseguinte, destacamos a prática de Educação Midiática como caminho, ao cenário educacional, para a formação de pessoas aptas a vivenciar de forma consciente o estado de mundo digital cibridizado em que vivemos, tendo seus benefícios e possibilidades não só asseguradas aos professores e alunos, mas também a própria democracia e bem-estar social. Atualidade. Pensamento crítico. Tecnologias. Digital. Educação. A Globalização é um processo iniciado décadas atrás, talvez inacabável, mas que certamente foi acelerado pelos avanços de mundo que presenciamos nas últimas décadas. Na obra de Campos e Canavezes (2007, p. 8) de introdução ao tema, os autores destacam que "os desenvolvimentos tecnológicos que facilitaram a comunicação [...] a circulação de pessoas, bens e serviços constituem um importante centro nevrálgico da Globalização"caracterizando-a, desse modo, como processo de diversas dimensões diferentes, e que por isso trouxe uma série de implicações sobre a forma como experienciamos a realidade. Assim,
Existem milhões de pessoas em todo o mundo direta ou indiretamente envolvidas com o que denomino "globalização econômica de baixo para cima" ou "globalização popular", como produtores, vendedores ou consumidores. 1 Quem de nós nunca viu produtos "pirateados", eletrônicos, roupas, bolsas, tênis e brinquedos ou bugigangas globais sendo vendidos em mercados populares ou por vendedores ambulantes, camelôs, em locais como o saara, no rio de Janeiro, a rua 25 de Março, em são Paulo, o shopping oiapoque, em Belo Horizonte, a * Uma primeira versão desse artigo foi lida na iii Conferencia Esther Hermitte, instituto de Desarrollo Económico y social, Buenos Aires, 24 nov. 2006. Agradeço aos meus colegas do ides, em particular a rosana guber, pelo honroso convite.
Praxis Educativa, 2014
Este artigo visa reverter o pensamento muito convencional (e geralmente crítico) que enfatiza a proeminência neoliberal na política e na formulação de políticas. Dois principais processos de formulação de políticas são observados: (1) um processo sistemático e racional ou (2) uma versão cumulativa (gradual/incremental). Este último é percebido como um modelo mais realista e representativo por fazer uso de perspectivas específicas relacionadas à natureza e ao papel do Estado no atual mundo globalizado. Com base nos livros Theories of the State (Dunleavy e O' Leary, 1987) e Theories of the Democratic State (Dryzek e Dunleavy, 2009), quatro teorias principais são identificadas: a pluralista/neopluralista, a marxista, a elitista e a nova direita/mercado liberal. Três perspectivas de globalização são analisadas: a neoliberal, a radical e a transformacionalista. A transformacionalista oferece insights sobre o impacto variado da globalização no processo de formulação de políticas e seus resultados. O ensaio termina com um apelo para futuras pesquisas reconhecerem a natureza complexa da formulação de políticas, utilizando, dessa forma, uma análise mais diversificada. Palavras chave: Teorias do Estado. Globalização. Formulação de políticas educacionais.
Revista HISTEDBR on-line, 2021
Fluminense RESUMO O exercício de reflexão presente neste estudo procura compreender e analisar a presença da filosofia positiva de Auguste Comte, entre finais do século XIX e início do século XX-momento de transformações econômicas, sociais e fundamentalmente política-entre os círculos intelectuais no Brasil, com particular interesse em sua introdução no pensamento educacional brasileiro. Com efeito, procuramos incidir nossa pesquisa pela difusão do positivismo na educação a partir de dois intelectuais específicos: Benjamin Constant e José Veríssimo. Por ambos, traçarem um debate que buscava, cada qual a seu modo, a partir do ideário positivista, empreender mudanças que trariam ao Brasil o progresso e a ordem civilizatória nos mesmos marcos que se dispunham na Europa ocidental e nos Estados Unidos. Intencionamos, deste modo, expressar que a formação de certas camadas intelectuais, centradas nos preceitos positivistas, manifestava a busca por hegemonia, no sentido explicitado por Antonio Gramsci (2000, 2004), de uma elite republicana e abolicionista, composta por frações militares, funcionários públicos, bem como, de uma pequena burguesia ainda em formação constituída por profissionais liberais, tais como, escritores, médicos, jornalistas, entre outros. Tal grupo, longe de expressarem um todo coeso, procurava disputar suas concepções de mundo junto ao Estado brasileiro.
Cadernos de Pós-graduação, 2009
2020
Recensão Crítica da obra de: Tavares, Manuel; Gomes, Sandra (2019). Epistemologias contrahegemônicas: desafios para a educação superior. Curitiba: Appris, 273 pp
Revista Espaço do Currículo
Vários têm sido os efeitos da globalização no papel do Estado no processo ensino aprendizagem e na implementação da política de educação. Discutir sobre os efeitos da globalização na educação, no contexto brasileiro, requer situar, de antemão, a educação como um direito humano e de cidadania. O presente texto tem como objetivo central levantar subsídios para a análise dos indicadores e índices de avaliação da educação no Brasil. Embora, não sendo membro da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) o país realizou a prova do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) como convidado. Os resultados são preocupantesao pensarmos na posição do Brasil no ranking geral (últimos lugare). Tal constatação mobilizou os órgãos competentes a instituir diretrizes políticas e pedagógicas objetivando melhores resultados em 2009, quando ocorrerá a próxima avaliação. O governo, através dos orgãos competentes, está tentando modificar esta situação crítica em relação à leitura. Desde a década de 1990 a cultura da avaliação alastrou-se em diversos países, inclusive no Brasil. O Ministério da Educação tem elaborado esforços exigidos pelos mecanismos internacionais, a saber: o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o Exame Nacional de Cursos
Revista Espaço do Currículo
O presente texto propõe uma reflexão sobre a noção de hegemonia, desenvolvida por Laclau e Mouffe em suas relações com a pesquisa em currículo. A abordagem desenvolvida permite compreender, no amplo campo da política curricular da BNCC, diferentes hegemonias. Para o presente artigo, serão destacadas duas delas: os novos e multiletramentos, associados à Língua Portuguesa (LP); e o Esporte, no componente Educação Física (EF). A Teoria do Discurso compõe a estratégia de pesquisa, junto às apropriações realizadas, principalmente, por Alice Lopes e Elizabeth Macedo para pesquisas no campo de políticas de currículo. Com esses aportes, é problematizada a política pública de currículo em que se constitui a BNCC. É ponderado que a centralização curriculardefendida via discursos hegemonizados nos dois componentes destacados se justifica por uma suposta aproximação à realidadedo jovem, ao passo que projeta a ideia de que a educação que acontece nas escolas é pouco atraente, conteudista e desvi...
Sociologias Plurais
No plano político-normativo internacional o discurso acerca de uma ordem mundial quanto a pretensão liberal de consensos universais deve ser questionado. A hegemonia no plano mundial pode resultar na incongruência da validade de direitos ditos universais. Assim, o objetivo é analisar, a partir do modelo teórico de Jürgen Habermas e Chantal Mouffe, as proposituras do BRICs no sentido de questionar se esta unidade pode ser considerada uma força contra hegemônica ou uma composição da hegemonia liberal, que postula por consensos morais universais.
movimento-revista de educação, 2020
A partir de Marx, Engels e Gramsci, o artigo objetiva apontar como, no sistema capitalista, a relação de hegemonia atravessa a práxis da educação popular. Está dividido em três partes: o século das luzes e a educação popular; a educação popular e a hegemonia em Marx e Engels; a educação popular e a hegemonia em Gramsci. Mostra que a “educação” destinada pela burguesia à massa popular está calcada na hegemonia de classe, pois visa ao seu controle, à sua disciplina e à exploração da sua força de trabalho. Nas considerações finais, faz-se uma rápida referência à educação no Brasil para afirmar, de acordo com Darcy Ribeiro, que “a crise educacional do Brasil da qual tanto se fala, não é uma crise, é um programa”.
Revista Lusofona De Educacao, 2007
Pretendemos, com este artigo, reflectir sobre educacao e desenvolvimento. Para tal, e nossa intencao rever diversos conceitos, dando especial relevo a interculturalidade. Terminaremos com uma referencia aos trabalhos de Freire e Gramsci. Palavras-chave: Participacao; Sociedade Civil; Sociedade Intercultural; Cidadania.
Revista Portuguesa de Educação, 2018
Tendo presente o contexto actual onde emergem novas desigualdades e novas injustiças pretende-se articular o processo de globalização com a construção do cosmopolitismo e da justiça social, distinguindo nesta discussão diversas modalidades de cosmopolitismo, nomeadamente a neoliberal e a democrática. Na linha desta última, o autor aprofunda a noção de cosmopoliticidade para vincar não apenas a ideia de universalidade mas também a de dialogicidade global e de politicidade. A partir deste enquadramento analítico, o autor desenvolve as implicações da cosmopoliticidade democrática na educação em geral e na gestão das organizações educativas em particular, no sentido de esta contribuir também para o reforço da justiça global e para o "cultivo da humanidade". Palavras-chave: Cosmopolitismo; Justiça; Educação; Desigualdades
Resumo Presente artigo tem a pretensão de dialogar com decadência globalização neoliberal, e da sociedade de consumo, como descrita por Zigmunt Bauman e o crescimentos dos Movimentos Socais descrito por Manul Castells. Traz um pensamento sobre globalização dooperativa, valorização do conhecimento ancestral pelo conhecimento biocentrico e pela pedagogia popular. Desencadeando o modo de agir da pedagogia Griô.
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