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O presente artigo se propõe a tecer considerações teóricas para se pensar a condição do Outro queer no contexto neoliberal contemporâneo. Para tal, buscarmos respostas na visão dos autores pós-estruturalistas Michel Foucault (2000), cuja ideia de épistemê é atrelada à cisão entre o Mesmo e Outro, e Judith Butler (1993; 2015), nome-chave por trás da teoria queer. Adiante, abordaremos a questão do Outro na modernidade, através de Georg Simmel (1983) e Hannah Arendt (1999). Sustentamos a condição de "estrangeiro" da população queer em um corpo social de matriz heterossexista, onde a ela é negada a condição de sujeito-situação que dispõe o Outro não necessariamente como um elemento externo ao Mesmo, mas como elemento fundamental para a própria delimitação e constituição deste Mesmo.
O presente artigo se propõe a tecer considerações teóricas para se pensar a condição do Outro queer no contexto neoliberal contemporâneo. Para tal, buscarmos respostas na visão dos autores pós-estruturalistas Michel Foucault (2000), cuja ideia de épistemê é atrelada à cisão entre o Mesmo e Outro, e Judith Butler (1993; 2015), nome-chave por trás da teoria queer. Adiante, abordaremos a questão do Outro na modernidade, através de Georg Simmel (1983) e Hannah Arendt (1999). Sustentamos a condição de “estrangeiro” da população queer em um corpo social de matriz heterossexista, onde a ela é negada a condição de sujeito – situação que dispõe o Outro não necessariamente como um elemento externo ao Mesmo, mas como elemento fundamental para a própria delimitação e constituição deste Mesmo. The present article proposes to make theoretical considerations to think the condition of the Other queer in the contemporary neoliberal context. To that end, we seek answers in the view of post-structuralists Michel Foucault (2000), whose idea of epistem is linked to the split between the Same and the Other, and Judith Butler (1993; 2015), fundamental name behind queer theory. We will also approach the question of the Other in modernity, through Georg Simmel (1983) and Hannah Arendt (1999). We maintain the "alien" condition of the queer population in a social body with a heterosexist matrix, where it is denied the condition of subject - situation that puts the Other not necessarily as an external element to the Same, but as a fundamental element for its (the Same’s) delimitation and constitution.
Revista Ártemis, 2014
O objetivo é examinar as principais contribuições da teoria queer à área de Relações Internacionais. O argumento central aponta que a teoria queer permite observar que: 1) Estados e nações são construções históricas que regulam as atividades sexuais a fim de garantir a sua reprodução biológica e social; 2) a (in)visibilidade de certos corpos em estratégias de segurança é uma forma de violência discursiva que tem a função de reforçar as ortodoxias e as hierarquias de gênero, sexo e sexualidade; 3) a globalização permitiu o surgimento de "sexualidades fluidas" apolíticas, marcando a comoditização do corpo e da identidade no nível internacional e a domesticação da sexualidade sob a lógica do consumo; 4) a sexualidade está na interseção com a etnicidade e outras categorias, desempenhando um papel constitutivo de hierarquias nos processos de militarização, nacionalização e redefinição de identidades estatais no nível internacional.
Que outros sejam o normal: tensões entre ativismo queer e movimento LGBT, 2015
Qual o lugar apropriado para nossa indignação? As artes, a disputa de leis, as manifestações de rua, a escrita? Onde devemos jogar nossas energias, nosso tempo, nossas entranhas? Devemos hierarquizar as dores, as exclusões? Como sentir como minha a dor do outro? Como transformar a alteridade, cantada em versos e prosas pelas Ciências Humanas, em ação política? Estas são algumas questões que a leitura do livro de Leandro Colling instaurou em mim. Durante vários meses o autor ficou imerso na realidade dos ativismos LGBTs da Espanha, Portugal, Chile e Argentina para responder às perguntas: Precisamos apenas trabalhar com a afirmação das identidades? Quais os limites desses marcos legais e políticos que giram em torno do paradigma da igualdade e da afirmação das identidades? Entrevistou 35 ativistas, leu dezenas de livros (muitos deles escritos por seus/suas colaboradoras/colaboradores de pesquisa), manifestos, artigos, participou de reuniões. E a pesquisa seguia nos bares e festas. 1 escritora. Professora da UFrn. doutora em sociologia.
Pesquisa sobre as diferenças entre o movimento LGBT e ativismo queer em Portugal, Espanha, Argentina e Chile.
Da teoria às práticas «Queer», hoje, é uma miríade de entendimentos, com diferentes contextos e usos. Pode ser um termo guarda-chuva reivindicando orientações sexuais não-heteronormativas, identidades de género e características sexuais não-conformes ao binarismo; é um termo guarda-chuva de diversas e distintas correntes de pensamento académico sobre a sexualidade, o género, o sexo (biológico) e as identidades; é o nome escolhido para expressões recentes e actuais de recomposição de movimentos radicais em muitas sociedades ocidentais, por oposição à institucionalização das últimas décadas e à apropriação e fixação ideológica e comercial de identidades LBT e sobretudo Gay (masculinas, «naturalmente»). Os primeiros movimentos políticos queer são fundados nos EUA num período de recuos sociais e políticos (Reagan, Bush) e no contexto da crise do surgimento da Sida, final dos anos 80. São portadores de uma démarche política que rompe com as concepções essencialistas de alguns movimentos gays e feministas. É com o crescimento do movimento e a sua consequente visibilização, que a estratégia de guerrilha sexual subversiva dá lugar a muitas e variadas formas de luta. É com o aparecimento de um movimento cada vez mais influente e aproximado às instituições de decisão política (e também próximo, cada vez mais, de uma abordagem académica), que estas identidades de luta se começam a apagar (politicamente e na realidade cultural gay) em prol de um movimento mais intrinsecamente ligado ao binarismo e à normalidade dos comportamentos. Parte das minorias sexuais pode ser integrada, enquanto uma outra parte passa a ser encarada como cópias defeituosas do modelo heterossexual ou mesmo do homossexual «integrado» (obviamente integrado num contexto que permanece ferozmente heteronormativo). Gays e Lésbicas tornam-se modelos legitimados pela proximidade à norma comportamental patriarcal, com a recusa de uma boa parte do movimento em afirmar travestis, drag-kings, drag-queens, butch-femmes, etc., como entidades de luta. Curioso é que os actuais movimentos radicais, ou queer, são acusados frequentemente de condenar as opções pessoais das pessoas LGBT «integradas» ou com modos de vida relativamente «normalizados», quando na verdade estão a fazer uma crítica cultural, e não a dirigir um julgamento sobre vidas particulares.
Educação em Análise, 2021
Neste texto seminal, Robert McRuer aponta para as armadilhas neoliberais que estão presentes em determinadas formas de ativismos pautados em identidades. McRuer, a partir de ferramentas teóricas e analíticas circunscritas entre a teoria queer e crip, discute como é preciso observar os contextos materiais em que certas identidades se perfazem positivamente em detrimento de outras.
2017
Esta e uma escrita vinculada aos estudos e investigacoes do grupo de pesquisa Curriculo, Espaco, Movimento (CEM/CNPq/Univates). Neste trabalho, tem-se como objetivo uma insercao na filosofia platonica a partir do olhar problematizador e inquieto do pensador Gilles Deleuze. Se por uma via, Platao, em seu livro VI da Republica (IV a.C), traca uma linha metafisica que distingue o mundo inteligivel do mundo sensivel, separando o mundo ideal, o qual denomina de mundo das essencias, do mundo das aparencias, da experimentacao, dos corpos, Deleuze, por outra via, pretende encontrar potencia naquilo que, para Platao, nada mais e do que a sobra, o exilado que ninguem mais deveria pretender. A partir da concepcao de simulacro, pensada por Platao, o pensamento deleuziano busca, de alguma maneira, romper com uma serie de conceitos da filosofia classica, tomando o simulacro como um importante prototipo para uma serie de conceitualizacoes filosoficas que sao o motor critico e criador que sustenta ...
The concept of queer cinema emerged in the early 1990s and it refers to a series of films that would take the spectator to question the gender rules. Thus, the aim of our study is to analyse the deconstruction of heteronormativity vision through some film characters, presented mainly in some literary texts of Virginia Woolf, adapted to the cinema. In order to analyse these transitions, the concepts of identity in Amartya Sen, and heteronormativity, in the Queer Theory, were central to our task. Looking through society's evolution, as Orlando's may provide, " masculine " and " feminine " are questionable and flexible concepts. What today is representative of a genre can represent both or precisely " the other " one a few years later.
Revista Arqueologia Pública, 2019
A ideia de desenvolver este artigo surgiu após muitas reflexões em torno da temática de gênero e da teoria Queer, especialmente após a realização do simpósio Aproximações da Arqueologia Brasileira com a Teoria Queer no IX Encontro de Teoria Arqueológica da América do Sul, ocorrido em Ibarra, Equador, em 2017. Dando continuidade a estes diálogos, proponho apresentar um breve panorama sobre a teoria Queer e os estudos daí derivados, tomando como base as principais referências que vêm contribuindo para a consolidação deste campo de atuação teórica, metodológica e ativista. Apesar de tratar-se de artigo bibliográfico, construirei algumas problematizações acerca de se perceber criticamente a pertinência da teoria Queer no estudo das temáticas subalternizadas e ignoradas pela academia.
Revista Periódicus
O artigo aborda o campo da história das relações de gênero e da sexualidade a partir das propostas subversivas da Teoria Queer. O objetivo é pensar os fundamentos teóricos e temporais da Teoria Queer, enquadrando-a, de modo necessariamente instável e crítico, à temporalidade contemporânea, aqui entendida como Pós-moderna. A questão posta pelo texto é pensar a temporalidade que informa, ainda que implicitamente, o campo de pesquisas acadêmicas denominado Teoria Queer. Para tanto, serão mobilizados os conceitos de regime de historicidade e de presentismo articulados pelo historiador François Hartog. Dessa forma, algumas das questões que o texto investiga são como e em que medida a Pós-modernidade informa a Teoria Queer; como esta concilia, ou tenta conciliar, as ambiguidades opressivas da temporalidade pós-moderna. Neste quadro, o queer é realmente subversivo? Como o é? E o que ele quer realmente subverter? Finalmente, em sua forma mais geral, a questão é se a Teoria Queer pode ser um...
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Caderno Espaço Feminino
Plural (São Paulo. Online), 2008
Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis
Revista Estudos Feministas, 2011
Nas entranhas do Direito: métodos e escritas do corpo, 2022
Revista COR LGBTQIA, v. 1, n. 2, p. 78-89, jan, 2022
Teoria & Pesquisa Revista de Ciência Política
Culturas em movimento, 2016
VII CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS DE COIMBRA: UMA VISÃO TRANSDISCIPLINAR, 2023
AVANCA | CINEMA, 2021
Mutatis Mutandis v. 16, n. 1, 2023
Paralelo 31 - edição 11 • dezembro de 2018, 2018