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2012, Via Atlântica
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APÓS A CELEBRAÇÃO DA MULHER MADURA, A CHAMADA BALZAQUIANA A PARTIR DO ROMANCE DE BALZAC ”LE LYS DANS LA VALLÉE”, NO SÉCULO XIX, O PERÍODO FINISSECULAR, COM O DECADENTISMO, TEMOS O ADVENTO DE NOVO MODELO FEMININO: O MITO DE SALOMÉ QUE CONSAGRA A ADOLESCENTE PERVERSA, A QUE SE PODE JUNTAR A “AFRODITE” DE PIERE LOU YS, ENTRE OUTROS. JÁ NO SÉCULO XX, A OBRA DE ANDRÉ GIDE E A LITERATURA DILETANTE DE UM PAUL MORAND, VÃO COMPLEMENTAR UMA LONGA FAMÍLIA LITERÁRIA EM QUE TEIXEIRA GOMES TEM LUGAR POR DIREITO PRÓPRIO.
O século XIX assistiu ao advento e à celebração da mulher madura, a chamada balzaquiana a partir do romance de Balzac «Le lys dans la vallée». Essa «mulher de trinta anos» corresponde à idade das heroínas de muitos dos romances desse período; e é só no período finissecular, com o decadentismo, que outros tipos de mulher mais jovem irão surgir, designadamente com o mito de Salomé que consagra a adolescente perversa como um novo modelo feminino, a que se pode juntar a «Afrodite» de Pierre Louys, entre outros. Mas acrescente-se, já no século XX, a obra de André Gide com o seu culto do corpo jovem, e a literatura diletante de um Paul Morand, entre outros, para encontrarmos uma longa família literária em que Teixeira Gomes tem lugar por direito próprio.
2022
Meu objetivo neste artigo é investigar os sentidos sobre o "corpo" na obra A Cidade das Damas (1405) da filósofa Christine de Pizan. Mais especificamente, tenho como ponto de partida algumas questões: como Pizan fala sobre os corpos das mulheres? E os corpos dos homens? Em que parte da obra Pizan fala sobre os corpos? Qual a importância da discussão sobre os corpos nesta obra? Pizan utiliza a palavra "corpo" apenas para designar corpos orgânicos e físicos? Existem outros sentidos empregados? A partir destas perguntas, identifico e apresento cinco discussões que Christine de Pizan formula no Livro Primeiro de A Cidade das Damas: 1) a ideia do "corpo feminino inferior" pensado e construído pelos homens; 2) o argumento de que os corpos dos homens são frágeis em algum momento da vida; 3) a defesa do corpo de Eva; 4) o argumento de que a autoridade do corpo provém da virtude e não do sexo ou da força física, e; 5) a discussão sobre a força física do corpo masculino e a relação com o poder judiciário. Concluo que a reflexão sobre a ideia de "corpo" é fundamental para a compreensão da obra. Não é coincidência de que este é o tema de abertura e que Pizan constrói a introdução do seu livro apresentando a ideia do "corpo feminino inferior" que aparece na tradição da literatura e filosofia escritas pelos homens do seu tempo, e que Pizan desenvolve a história da construção dessa cidade de mulheres a partir da discussão sobre os sentidos atribuídos aos corpos de mulheres e homens.
Manuel Teixeira Gomes: Oficio de viver, 2010
Manuel Teixeira Gomes foi um esteta. Fruía a vida sem constrangimentos. Amava intensamente o belo, a natureza inspiradora da arte, a Primavera florida, o mar azul, as mulheres e a vida. Passou grande parte da sua vida em viagem, sozinho, deslumbrando‑se com paisagens, visitando museus e catedrais com a lentidão que lhe permitia demorar‑se em êxtase perante uma escultura grega, uma pintura flamenga, o pôr do Sol ou o luar. […] A cultura portuguesa deve ao mais singular dos viajantes portugueses do final do século XIX e primeira metade do século XX o reconhecimento da coerência ética , enquanto político, e do legado literário, enquanto escritor. ‘Excepcionalmente precoce na visão do amor e da política’, Manuel Teixeira Gomes preservou sempre a independência das suas convicções e da sua acção cívica. Optou por viver no mundo árabe os últimos dez anos da sua vida, numa atmosfera que lhe era familiar desde a infância no Algarve. Ateu impenitente, deslumbrava‑se com a arte religiosa, quer fosse islâmica, quer fosse cristã. Era a arte acima de todas as divergências e conflitos que lhe importava.»
DEDiCA Revista de Educação e Humanidades (dreh)
O objetivo deste trabalho é compreender a representação do corpo como condutor das ações do homem na obra O Pedagogo, produzida por Clemente de Alexandria. Nessa obra, o autor tece reflexões sobre o cristianismo utilizando-se dos elementos da cultura clásica. Clemente escreve para as crianças e esse período marca o conhecimento do Didascaleu. Para a realização deste estudo utilizaremos a história social, sob perspectiva da longa duração. Nesse sentido, começamos por descrever o cenário de Alexandria na época em que Clemente viveu e conviveu, para posteriormente considerá-lo em seu tempo e compreender suas contribuições para a história do corpo. Ademais, pudemos observar as transformações sociais que o Oriente estava passando naquele momento e também, que o corpo na história antiga é atuante na construção do imaginário conduzindo os homens. Ademais, leituras de outros tempos históricos podem nos auxiliar com exemplos para ampliar nossa visão sobre o momento em que estamos inseridos e...
2020
Preservar a "memória técnica" e as habilidades de Fábio Sela, Artesão do couro no Centro de Abastecimento de Feira de Santana-Bahia, que ao desenhar no couro, através de seu próprio corpo, emprega toda a sua bagagem cultural de sua trajetória carregado saberes e valores, por meio de seus gestos e ações. Valorizar a tradição local, garantindo às gerações vindouras uma memória que afirme sua identidade foram questões que levaram ao registrado por meio de entrevista semiestruturada dos elementos diversos incorporados pelo artesão no seu ofício, analisados e observados, por meio da fenomenologia, ou seja do uso técnico do próprio corpo em seu ofício para a produção dos artefatos em couro.
Revista em Favor de Igualdade Racial, 2021
A pesquisa "CORPO, ARTEFATO E MOVIMENTO: técnicas corporais na arte de tecer e traçar entre os Tenetehar" é uma análise dos movimentos do tecer e trançado entre os povos Guajajara/Tenetehar localizados na Terra Indígena Arariboia, no estado do Maranhão. O objetivo da pesquisa foi catalogar artefatos tecidos com fio e trançados com fibras e ainda observar as técnicas corporais utilizadas durante a produção de tais artefatos para a construção de uma performance de dança contemporânea. Nesta pesquisa etnográfica foi possível identificar entre os Tenetehar artefatos tanto tecido com fios como trançados por fibras de babaçu. A partir disso, foi feita a catalogação das técnicas corporais envolvidas no tecer e trançar e como processo final da pesquisa foi construída uma performance de dança contemporânea a partir da tessitura das redes de dormir. A performance de dança contemporânea propiciou aos estudantes dançarem os movimentos corporais catalogados entre os Tenetehar percebendo as diferenciações transculturais existentes PALAVRAS-CHAVE: Artefato. Povos indígenas. Técnicas corporais.
Revista Do Coloquio De Arte E Pesquisa Do Ppga Ufes, 2011
Resumo: Este ensaio tem o intuito de investigar o processo de criação das décadas de 1950 e 1960 do artista Flávio-Shiró, destacando através de uma abordagem fenomenológica, baseada nas idéias do existencialismo de Jean Paul Sartre, a influência de Paris sobre a materialidade em suas pinturas, bem como, analisar seu processo de criação como forma de levantar hipóteses sobre as particularidades encontradas em suas obras, destacando a densa camada pictórica e sua maneira de pintar, que aliado ao gesto, e ao movimento do corpo, traz ao artista a liberdade de seguir suas próprias convenções pictóricas. E ainda, revelar ao longo de sua trajetória artística, suas vivências pelos três mundos e a evolução contínua existente em suas pinturas.
Na presente dissertação, refletimos a respeito da prática antropológica e do impacto da obra de Castaneda na relação entre ciência e magia que a antropologia (entre outras coisas) representa. Castaneda sabe da impossibilidade de explicar o conhecimento de don Juan, o xamã que é seu informante (e seu mestre), fora de seus próprios termos, e é por isso que a antropologia de Carlos Castaneda vem abalar a explicação científica da magia. As palavras de don Juan transbordam o texto antropológico de Castaneda e chegam até nós com uma força que encantou milhares de leitores, dentro e fora da antropologia. Mas, o que dizem? Qual é o recado que Castaneda transmite e que teve tanto impacto quando se publicaram seus livros? No contexto de uma reflexão sobre a magia, o xamanismo, a bruxaria ou a feitiçaria, tentaremos prestar uma homenagem acadêmica a quem modificou o saber e a prática antropológica nos anos 70: don Juan Matus.
Este ensaio se propõe a investigar a presença do corpo na produção tardia de Eva Hesse (1967-1970). A abordagem será feita a partir da aproximação de algumas de suas obras do recorte tardio, tais como Accession II, Repetition Nineteen, Expanded Expansion e Sans II. Além disso busca-se tecer as relações entre a obra de Hesse e outros aristas do mesmo período, afim de pensar como cada um articulava o procedimento da repetição para compreendermos em que tipo de corporeidade a obra de Eva Hesse se inscreve.
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Revista TransVersos, 2018
Tropelías: Revista de Teoría de la Literatura y Literatura Comparada, 2015
IPOTESI – REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS
Revista Café com Sociologia, 2014
Anais do Seminário do Programa de Pós-Graduação em Desenho, Cultura e Interatividade
Convocarte – Revista de Ciências da Arte. Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, 2016