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Contemporânea Revista de Comunicação e Cultura
Esta resenha examina o livro “Campanhas eleitorais para mulheres: desafios e tendências”, escrito pela pesquisadora Luciana Panke. O livro investiga a fundo as principais questões enfrentadas por mulheres no universo político latino-americano a partir de entrevistas com políticas, candidatas e consultores, além de analisar diversos spots de campanhas eleitorais femininas para propor uma tipologia. This review scrutinises the main points of the book “Campanhas eleitorais para mulheres: desafios e tendências”, written by the researcher Luciana Panke. The book thoroughly investigates the main issues faced by women in the Latin American political universe based on interviews with women politicians, candidates and consultants, as well as analyses a series of ad spots from electoral campaigns to offer a typology proposal.
sta resenha examina o livro “Campanhas eleitorais para mulheres: desafios e tendências”, escrito pela pesquisadora Luciana Panke. O livro investiga a fundo as principais questões enfrentadas por mulheres no universo político latino-americano a partir de entrevistas com políticas, candidatas e consultores, além de analisar diversos spots de campanhas eleitorais femininas para propor uma tipologia.
Masculinidade, Política e Ressentimento, 2024
Um rápido olhar sobre a política brasileira recente levanta uma questão: por que o populismo conservador no Brasil utiliza estrategicamente a performance da masculinidade para angariar apoio? A resposta imediata é que questões morais se tornaram importantes para a política no Brasil e em muitos outros países. A masculinidade emerge por reação, tornando-se modo de reivindicar a tradição patriarcal, dos privilégios dos homens às violências e expurgação moral a qualquer outra representação de gênero.
Anais Fazendo Gênero 8, 2008
A partir da posição paradoxal vivenciada pelos homens dentro da militância e pensamento feminista-posição vivenciada por este autor-, propomos uma discussão que procura contemplar possíveis respostas à seguinte questão de Sandra Harding: "os homens podem ser, não somente objetos, mas também sujeitos do pensamento feminista?".
Borges-Duarte, I. (Org.) Fios de Memória - Liber amicorum para Fernanda Henriques. Braga: Húmus., 2018
Quando se aborda, de forma conceptual, o tema das relações entre política e género, é crucial notar, de forma distinta, dois aspectos dessa relação: poder identificar -se tanto um traço de política nos géneros como um traço de género na política. Quanto ao primeiro aspecto, com efeito, a diferença de género culturalmente basilar, entre homem e mulher, constituiu -se historicamente não apenas como uma diferença natural e culturalmente apropriada, mas como uma desigualdade de poder, que concede um primado de domínio de um género sobre o outro. Por isso, a diferença de género é logo política porque é realmente, mesmo conceptualmente, uma desigualdade. Na história ocidental não houve uma concepção do género independente de uma concepção política do género, de cada género. E não apenas uma história ocidental remota, mas também a história moderna e contemporânea, com significativas continuidades nos dias de hoje. Mesmo um empreendimento de compreensão da diferença de género tão importante quanto a psicanálise, não se libertou desta naturalização de uma desigualdade política, pelo contrário contribuindo para a sua justificação. Quanto ao segundo aspecto, na verdade trata -se de uma radicalização, pois não se trata de pôr a nu quanto de político há na construção da diferença de género, mas, além disso, que a própria política, na maneira como dominantemente a concebemos, pressupõe já a própria ideia de uma diferença de género. E neste segundo aspecto, elucidaremos duas formas pelas quais o género se mostra na política enquanto prática historicizada, e que se deixam resumir numa só asserção — o sujeito da política é o masculino, o objecto da político é o feminino. Com isto, torna -se razoável interrogar se género e política não serão, desde a sua origem, noções interdependentes, com uma história comum, pelo menos no quadro da história ocidental.
Cadernos de Gênero e Tecnologia
Neste artigo objetivou-se identificar como as mulheres percebem o poder ao estarem em um cargo político. Justifica-se o interesse por abordar as mulheres na política devido à pouca representatividade destas em espaços de poder, ainda que a simples representação de mulheres em espaços eminentemente masculinos não signifique, automaticamente, gerar elementos emancipatórios. É uma pesquisa qualitativa e se escolheu entrevistar as mulheres atuantes na municipalidade e duas no âmbito federal para realizar a pesquisa. Como estratégias de investigação utilizaram-se os seguintes procedimentos: observação e registro do comportamento das mulheres no ambiente de trabalho e entrevistas semiestruturadas. Como resultados tem-se o seguinte perfil das sete entrevistadas: seis com nível superior e uma com nível fundamental completo, cinco são casadas e com filhos, e uma solteira e outra divorciada sendo uma delas com filho. Da observação das rotinas na câmara (órgão legislativo) e no acompanhamento ...
O que, então, outras feministas, assim como as mais radicais, querem dizer com " o pessoal é político " ? Nós queremos dizer, primeiramente, que o que acontece na vida pessoal, particularmente nas relações entre os sexos, não é imune em re-lação à dinâmica de poder, que tem tipicamente sido vista como a face distintiva do político. E nós também queremos dizer que nem o domínio da vida doméstica, pessoal, nem aquele da vida não-doméstica, econômica e política, podem ser in-terpretados isolados um do outro. (OKIN, 2008, p. 314) A escolha do termo – polissêmico e complexo – revolução, devidamente acom-panhado de uma pergunta e um ponto de interrogação, para título do seminário mostrou-se feliz ao incitar variadas reflexões sobre o grau e a pervasividade da mudança nas relações de gênero no Brasil. Há certo consenso de que revolução expressa mudanças de monta e a pergunta " até onde caminhou? " motivou o ba-lanço sobre variadas dimensões das transformações nas relações de gênero em curso e o quanto o agregado das transformações justifica ou não o emprego do termo revolução e, se sim, qual a adjetivação devida: revolução incompleta, inter-rompida, inacabada, assincrônica. Assim como Piketty (2014) questionou a ideia de que haveria um movimen-to necessário rumo à igualdade social, sendo preciso mensurar ao longo da história como evoluem (aumentam ou diminuem) os níveis de desigualdades em diferentes contextos, os estudos de gênero também – questionando a ideia otimista de que a transformação rumo à igualdade de gênero se processaria espontânea e progressivamente – têm mensurado os avanços, recuos e per-sistência das desigualdades entre homens e mulheres, além de outras identi-dades de gênero e suas interseções com cor, classe etc. A ideia do seminário foi contribuir neste esforço de mensurar, avaliar e pensar as implicações das
Mediações, 2024
No campo político, as mulheres são reconhecidas como agentes recémchegadas. Na disputa pelo capital político, os homens produzem estratégias ortodoxas para manter o status quo. A violência política de gênero, incluindo constrangimentos físicos, morais, psicológicos e sexuais, busca limitar a participação das mulheres na política. Para contribuir com o debate sobre o fenômeno, foram analisadas histórias de violência política de gênero que indicam a materialização desta estratégia e seus efeitos nas trajetórias de mulheres sujeitas a opressões de gênero, raça e classe. Essa violência também prejudica a democracia, impedindo uma representação diversa e inclusiva. Mulheres, em posição marginal no campo político, podem subverter esse estado de coisas, conforme sugerido por Erika Hilton, deputada federal negra e transgênero, desafiando a ideia de que o mundo é exclusivamente masculino.
O objetivo do trabalho é averiguar o modo em que se exerce o governo dos homens na contemporaneidade. Nesta, os Estados-Nações estão organizados de acordo com a estrutura da democracia liberal, formação tardia da prática discursiva liberal. Em busca do que há de específico na governamentalidade liberal contemporânea, o texto vai ao encontro do método genealógico, partindo portanto de pesquisas sobre proveniência e emergência do objeto de estudo. Apoiando-se nas análises de Friedrich Nietzsche e Michel Foucault – respectivamente, criador e aperfeiçoador da crítica genealógica – verificam-se o que parecem ser as hipóteses que unificam suas pesquisas políticas: em primeiro lugar, a idéia de que o poder na modernidade se exerce a partir do deslocamento e laicização de uma relação de natureza originariamente religiosa; em segundo lugar, a afirmação de que o processo, historicamente identificável, de produção de sujeitos, é um processo que massifica; a modernidade por isso seria marcada, num aparente paradoxo, pelo fato de que nela ocorre uma subjetivação massificante. Os dois filósofos genealogistas expressam essas teses a partir dos conceitos complementares de “moral de rebanho”, no caso alemão, e de “poder pastoral”, no caso francês, que se referem respectivamente à formação do tipo psicológico do indivíduo da modernidade e aos mecanismos de incidência do poder sobre os corpos a ele sujeitos. Foucault acrescenta, porém, que na contemporaneidade uma transmutação do poder estatal a partir do modelo da economia política mudou o esquema geral de governamentalidade, o qual de uma normalização dos corpos passou a uma regulação das populações; trata-se da aurora da biopolítica e da governamentalidade liberal. As últimas décadas, além disso, parecem se definir pela inscrição no real de novas práticas discursivas, que a partir da teoria do capital humano e de uma atualização da noção de homo oeconomicus, apenas renovam o diagnóstico nietzscheano de uma hegemonia do “último homem”.
Prisma Juridico, 2008
Neste artigo, analisam-se, com base no pensamento de Aristóteles, o princípio da igualdade e sua incompatibilidade com o racismo e o patriarcalismo, que faz com que metade do humano negue à outra sua dimensão universal. O humanismo concreto exige o respeito à dignidade de todos os cidadãos para que se chegue à dimensão cosmopolítica e os indivíduos se afirmem como cidadãos da sociedade internacional.
Cadernos de Ética e Filosofia Política
Este artigo busca salientar os elementos utópicos comuns entre as obras de Christine de Pizan, A cidade das damas, e de Charlotte Perkins Gilman, Terra das mulheres, em vista de uma utopia política feminista, cujo valor central reside tanto num projeto de autonomia filosófica e literária quanto naquilo que tenho defendido para as utopistas e as não utopistas que escrevem ao longo da história da filosofia, como constituindo uma efetiva política do texto, da escrita e da linguagem com as obras realizando em ato uma defesa das capacidades cognitivas, imaginativas e políticas das mulheres.
Revista Panamericana de Salud Pública
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Dissertação, 2007
O campo científico consolidou-se social e historicamente como um espaço de cultura masculina. Ao longo de sua dialética trajetória, a Ciência foi se firmando de forma mais intensa por meio de tradições intelectuais que, conquistando a hegemonia na comunidade científica de suas épocas, legitimaram uma suposta inferioridade das mulheres. Isso ocorreu a partir de discursos que, amparados por uma autoridade científica, proclamaram neutralidade e objetividade ao utilizarem estereótipos femininos como embasamento nas suas teorias. Assim a história de participação das mulheres neste campo é marcada não por um processo de conquistas crescentes e lineares rumo à igualdade, mas, por meio de um processo de avanços e recuos, demarcando a ciência como um espaço de contradições e conflitos de gênero. Neste último século, mesmo elas já representando maioria das matrículas em todos os níveis de ensino, inclusive no ensino superior, ainda não conquistaram status equivalente ao masculino nos estratos hierarquicamente superiores da comunidade científica. Este fato se expressa explicitamente no campo político da Ciência e Tecnologia, lugar no qual as mulheres ainda não conseguem ocupar os cargos decisórios, aqueles que definem a Política de C&T nacional. De tal modo, o presente estudo tem o objetivo de analisar em que proporção se dá a participação de mulheres e homens na produção científica e tecnológica financiada pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP, tomando como referência o período de 1994-2004. Para tanto, fez-se indispensável além da pesquisa bibliográfica, a documental, por meio da qual se construiu estatísticas balizadas no entrecruzamento das variáveis sexo/área de conhecimento/volume de recursos financeiros, relativas à referida série histórica. Com isso, através da política de fomento da FUNCAP, percebe-se que há, assim como no contexto da política de C&T nacional, uma dimensão sexuada das relações de poder estabelecidas entre pesquisadores e pesquisadoras, que se evidencia na divisão sexual das/nas áreas de conhecimento, configurando-se por meio de uma segregação territorial e hierárquica.
Fórum Lingüístico, 2022
Tradução de Amanda Batista Braga (UFPB) e Vanice Sargentini (UFSCar) RESUMO: Recém-chegadas à política, as mulheres tiveram que se impor nesse universo, apreender uma palavra codificada por e para os homens, jogar com as regras de uma eloquência que lhes era inacessível. Este texto problematiza o fato de que as mulheres, em especial na política, não têm lugar na ordem do discurso. Insultos, interrupções sistemáticas, críticas à sua voz-ora inaudíveis, ora muito agudas-, são formas de silenciá-las. Além disso, interessa-nos discutir: que eloquência as mulheres mobilizam? Apoiamse nas regras de uma retórica inventada pelos homens ou inovam? Ao fim de nossa exposição, pontuando lugares de resistência já atualmente articulados, será possível vislumbrar uma reorganização dos lugares de fala pública pelas mãos femininas: elas reabilitarão vozes agudas, vozes marginais e marginalizadas, sotaques populares, sotaques regionais, defenderão a biodiversidade das vozes. Elas nos lembrarão de que é também preciso educar a escuta. PALAVRAS-CHAVE: Sexismo. Mulheres. Fala pública. Eloquência. Política. RESUMEN: Recién llegadas a la política, las mujeres debían imponerse en este universo, apoderarse de una palabra codificada por y para los hombres, jugar con las reglas de una elocuencia que les era inaccesible. Este texto problematiza el hecho de que las mujeres, especialmente en la política, no tienen cabida en el orden del discurso. Los insultos, las interrupciones sistemáticas, las críticas a su voz-a veces inaudibles, a veces muy agudas-son formas de silenciarlos. Además, nos interesa discutir: ¿qué elocuencia movilizan las mujeres? ¿Se rigen por las reglas de una retórica inventada por los hombres o innovan? Al final de nuestra exposición, puntuando lugares de resistencia ya articulados actualmente, se podrá vislumbrar una reorganización de los lugares de discurso público por manos femeninas: rehabilitarán voces agudas, voces marginales y marginadas, acentos populares, regionales acentos, defenderán la biodiversidad de las voces. Nos recordarán que también es necesario educar a la escucha.
Editora Aletheia, 2015
No capítulo "Resultados gerais das intervenções no Plenário: como a desigualdade de género se reflete na cobertura jornalística", analisamos os discursos proferidos na Assembleia da República portuguesa, durante os debates parlamentares sobre a despenalização do aborto. A análise quantitativa e qualitativa mostra que deputados e deputadas falaram, quem teve mais posse da palavra e quais os principais argumentos usados pelos diversos parlamentares de cada tendência política. No capítulo "Em Câmara Obscura" apresentamos os resultados da análise quantitativa da cobertura fotojornalistica destes debates (1982,1984,1996, 1998). O projeto não analisou o último debate e referendo de 2007, que havia de permitir o aborto até às 10 semanas de gestação, a lei atual.
2019
Em um mundo em ebulicao, as teorias normalmente entram em parafuso para tentar explica-lo. Isso acontece com aqueles que buscam tirar a foto com o carro em andamento, ou seja, utilizam ferramentas teoricas frageis. Ante tantas contradicoes, e fundamental apontar o caminho que permite ao analista escapar da jaula de aco do normativismo. Alysson Mascaro franqueia esta saida. Com base em uma revisao bibliografica sobre seu pensamento e daqueles que ele se vale, o artigo intenta trazer mais elementos, dentro do direito, para pensar a politica e as relacoes internacionais. O metodo qualitativo e bibliografico nos leva a encontrar na concepcao de Mascaro uma explicacao para o imperialismo dentro das formas politica e juridica, descortinando uma explicacao distinta das mais comuns atribuidas pelo direito as questoes mundiais. Dessa maneira, cumpre destrinchar a discussao a partir da multiplicidade estatal, concorrencia, nacao e valorizacao do valor; da forma politica e da forma juridica in...
Revista da Faculdade de Direito UFPR, 1974
Manoel de Oliveira Franco Sobrinho-ESTRUTURA POLí-TICA DO MUNDO MODERNOlivro ainda inéditocritica e apresentação de Arthur Cezar Ferreira Reis.
IGAL IUSGÉNERO AMÉRICA LATINA , 2022
Este artigo aborda a dimensão simbólica da violência política contra as mulheres, tomando por base a questão da supremacia masculina no âmbito dos partidos políticos e o reflexo disto no imaginário social e no exercício dos direitos políticos pela parcela feminina da sociedade. Neste sentido, e com base em estudos bibliográficos e documental, associado à observação participante em diversos debates e ações políticas sobre o tema, advoga-se pela adoção de uma perspectiva feminista crítica ao deficit democrático de gênero e raça no seio partidário, estimu-lando a produção de pesquisas científicas que deem conta da violência política simbólica, não tipificada na recente Lei 14.192/2021, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher durante as eleições e no exercício de direitos políticos e de funções públicas no Brasil.
História, Ciências, Saúde-Manguinhos
O livro apresenta uma análise teórica, histórica e social sobre o lugar central ocupado pelas mulheres nas políticas públicas voltadas para o controle dos pobres em regimes liberais ou progressistas. Baseia-se em extenso material coletado pelas autoras em suas pesquisas individuais e em conjunto, realizadas na zona leste da cidade de São Paulo ao longo das primeiras décadas do século XXI. O trabalho envolve observação em organizações sociais (OS) e nos serviços por elas oferecidos em parceria com o Estado, e entrevistas com gestoras, agentes de saúde e usuárias dos programas. A primeira parte da obra recupera o histórico de desenvolvimento, em níveis internacional, nacional e local, de uma "gestão sexuada" da pobreza que orienta a elaboração de políticas públicas para determinada parcela da sociedade. As autoras se debruçaram sobre a construção da ideia de proteção social desde o século XVIII e seu trânsito entre a caridade, a filantropia e o mercado. A figura feminina emerge como a mediadora na concretização dos objetivos do Estado, na gestão da população pobre. A partir da figura moral da mãe-mulher com cuidadora "natural", responsável pelo bem-estar da família, as políticas de proteção social familistas do século XX mostram-se herdeiras dessa caracterização. Seja em contextos liberais, neoliberais "humanizados" ou progressistas, a família constitui-se como categoria consensual, e a mulher como responsável por sua saúde. Ao analisar os contextos nacional e local, as autoras observam os efeitos desse discurso nas políticas dirigidas a famílias pobres entre fins do século XIX e no século XX no Brasil. Destaca-se a divisão moral historicamente produzida entre o pobre "merecedor" de proteção social e os não "merecedores". Cria-se, assim, a figura do pobre "trabalhador", em oposição ao "vagabundo", como aquele empenhado na melhora de sua condição, em uma perspectiva individualizada que desconsidera as dimensões estruturais da produção da pobreza.
DI@LOGUS
O presente artigo tem como objetivo geral analisar a importância do papel desempenhado pelas organizações partidárias (partidos políticos) para a consolidação da cidadania feminina no Brasil. Diante disso, a temática do artigo se insere na questão da representatividade feminina na política, pois o trabalho parte da compreensão de que as desigualdades de gênero geram reflexos na baixa representação feminina na política, sendo essa uma realidade mundial, pois as mulheres continuam sendo marginalizadas e sub-representadas nos espaços decisórios institucionais. Nesse sentido, compreender o papel dos partidos políticos nessa relação das mulheres com a política e sua cidadania é fundamental. Assim, através da metodologia da pesquisa bibliográfica, o presente artigo busca compreender essa relação dos partidos políticos com a falta de representatividade feminina na política no contexto brasileiro.
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