Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
Revista Lusófona de Estudos Culturais
O nosso lugar no mundo resulta de uma combinação de sentidos complementares. Quando analisamos uma obra de arte, seja uma pintura, uma escultura ou uma fotografia, temos a capacidade de “ouvir” assim como de ver essa obra com base em numerosas pistas que ela providencia. O velho truísmo radiofónico que diz que “as imagens são melhores em som” também nos sugere uma relação imaginativa entre o ouvido e a mente. Da mesma maneira, o facto de o visual ter poder para sugerir som abre a um novo nível de sentido num mundo de imagens aparentemente estáticas e “silenciosas”. Ao conscientemente sintonizarmos os ouvidos com os olhos, interpretamos o mundo visual com novos estratos de experiência e sentido. Sem as restrições do nacionalismo e da linguística, ouvimos mensagens que vêm de vozes internacionais e se expressam através da arte na nossa própria linguagem, embora continuem a ser verdade para os sons dos seus mundos recriados.
Educação & Realidade, 2014
Este artigo propõe uma nova perspectiva sobre o papel da imagem na produção do conhecimento, especialmente no que se refere às ciências humanas. Na modernidade científica a imagem foi considerada um ente de ontologia falha. Na contemporaneidade a imagem ganhou uma nova importância: ela se tornou nosso principal meio de expressão e comunicação além de servir importante estratégia de pesquisa. Por outro lado, a produção de saber/conhecimento através de imagens poéticas e experimentais é ainda hoje um tabu na academia. Contra esta concepção, muitos artistas e pensadores criaram outro modo de pensar as relações entre imagem e ciência: a imagem é real e imanente ao nosso mundo, posto que ambos nada mais são do que ação. A imagem poética produz uma grande variedade de transformações nos nossos modos de ver ao mundo, resultando em uma interessante estratégia para a pesquisa.
RECIIS, 2009
This study intends to analyze 'cordel' 1 booklets on popular healing practices, and their visual-poetic production. This work assumes that popular healing practices found, in the universe of booklets, an important means to disseminate cases, stories, and history. Not only does it attempt to depict the divergence that imparted a secondary role to these practices; it questions, above all, the epistemological asymmetry that lies between scientific 'knowledge' and popular 'belief '. It is also important to question the traditional classification both of this wisdom and of this poetic genre in the superstition and folklore categories, since such judgment would imply loss of that which may be characterized as the expression of a witchery of practices, in addition to the lack of observance of the singularity and status of poetry, and the relationship of alterity resulting from speech in writing and its pictorial resources. With this purpose an ethnography will be made in the IEB-USP Archive -which hosts collections of rolled up booklets -with the intention of confronting the initial purpose of the survey in the face of the appropriation of this poetic genre in the project Third Trip of Poets to Brazil -Northeast -Caravan of Health (PERNAMBUCO, 1994), which resulted in the production of booklets on preventive medicine.
Belas Infiéis, 2021
This article reflects on the construction of cultural representations based on the French graphic novel Le protographe (O fotografo, in Brazil). This work of comics journalism reports on the Soviet occupation of Afghanistan in the 1980s and uses photography as a narrative resource alongside drawings. Based on this, we reflect on the construction of the reality of the other, that is, from abroad, through the translation process, based on the analysis of excerpts from the work in which alterity is configured. Due to its formal nature, Le photographe allows one to think about the construction of the other from the perspective of translation, photography, and the narrative structure of comics. In this sense, it appears that the cultural perspective of Translation Studies can be extended to multimodal languages, that is, that are configured from the conjunction of different sign systems, which can contribute to new debates and reflections on the translation of widely translated forms of ...
Letrônica, 2015
Exceto onde especificado diferentemente, a matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma licença Creative Commons -Atribuição 4.0 Internacional.
ERAS | European Review of Artistic Studies
O presente artigo prende-se com o tema da poesia e das artes visuais, cujas se interligam e conectam mais profundamente daquilo que possam aparentar. Desde tempos antigos, a poesia e a arte visual (especialmente no que concerne à imagem e à pintura) são companheiras, muitas vezes indivisíveis. Ora, ao longo dos séculos, surgem profusos autores que visam tocar ambas as artes. Mário de Sá-Carneiro é um deles. Assim sendo, o subsequente documento embarcará no largo oceano poético, imagético e pictórico que se contempla na poética desta figura que marcou tanto a poesia como o seu caráter gráfico e pictórico, quebrando a fronteira que aparentemente separa ambas as artes. Este documento será incitado por uma questão de partida, nomeadamente “De que modo os versos de Mário de Sá-Carneiro ilustram a conexão entre poesia, pintura e imagem?”. Destarte, será possível averiguar, nas subsequentes palavras, esta ligação. Poder-se-á compreender o quão a poesia e a pintura ou a imagem têm a capacid...
Libro de Actas - IV Congreso Internacional de Investigación en Artes Visuales. ANIAV 2019. Imagen [N] Visible, 2019
Si el museo, al separar la obra de arte del mundo ‘profano’ inauguraba una nueva relación con el público, consagrando su condición autónoma, las recientes diversificaciones de las formas de reproducción – digitales o analógicas –, amplían infinitamente la posibilidad de confronto entre museos reales e imaginarios, como indica Malraux (1994), estimulando prácticas culturales en permanente elaboración y circulación. Este trabajo explora la discusión provocada por la profusión de imágenes en el ambiente cultural contemporáneo, aproximando visiones polisémicas formuladas en narrativas provenientes de distintos lugares de discurso: el relato del escritor que lee imágenes e cuenta lo que ve se entrelaza con la comprensión de los críticos de arte y con el discurso del artista que usa la palabra y la escritura como instrumentos de reflexión y de dirección del propio proceso creativo. Alberto Manguel (2000) establece un paralelo entre imágenes y palabras como medio de reconocimiento de la ex...
Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, 2013
O objetivo deste trabalho é compreender como os textos multissemióticos dialogam entre si para produzir sentidos, observando-se as complexas relações intertextuais instauradas entre gêneros dos diversos campos artísticos e/ou audiovisuais. Para tanto, apresento inicialmente uma breve revisão bibliográfica sobre a intertextualidade, discutindo criticamente como os principais estudiosos abordam esse tema. Em seguida, defendo que é necessário entendermos a intertextualidade de forma integral e não-discretizada através de um continuum tipológico das relações entre textos verbo-visuais. Assim, desenvolvo um modelo de compreensão desse fenômeno por meio de um gráfico em que dois contínuos se entrecruzam: a representação da intertextualidade por meio da forma (Implicitude/Explicitude) e da função (Aproximação/Distanciamento da voz citada) assumidas em situações comunicativas. Para testar o modelo, foram selecionados quatro videoclipes da cantora norte-americana Madonna, tendo por fim const...
Vista , 2020
And Still I Rise, o poema de Maya Angelou descreve de forma magistral o movimento que perpassa os textos que aqui introduzimos. Trata-se de sublimação. Vista do lugar onde escolhemos estar, a História da humanidade é precisamente feita de resistência e de superação. As imagens refletem ou desafiam “velhas” clivagens abissais, forjadas durante o colonialismo europeu e são, ao mesmo tempo, expressão da opressão e da resistência que lhe tem sido feita. No que revelam e sobretudo no que remetem para a invisibilidade. As reflexões propostas descortinam subentendidos, denunciam ofensas naturalizadas, questionam silêncios e, finalmente, propõem novas visualidades para os corpos negros.
Vista
Neste artigo iremos discutir a forma como as mulheres são representadas nos manuais de história em vigor no segundo ciclo do ensino secundário geral em Moçambique: qual o lugar das mulheres nos manuais na história de Moçambique? Quais as mulheres com nome, com rosto ou com voz nos manuais escolares? Como é descrita a sua agência histórica? Para responder a estas questões realizámos uma análise sincrónica, multimodal e comparativa da forma como as mulheres são representadas nos manuais de história da 11.ª e da 12.ª classes. A análise efetuada demonstra profundas assimetrias nas representações de género, quer no que concerne aos conteúdos de ensino, quer no que toca às fontes e à iconografia. Os manuais apresentam um quadro historiográfico assente na liderança masculina, enquanto as mulheres são apresentadas confinadas aos papéis tradicionais de género, com raras exceções. Tendo em conta a escassez de estudos referentes às representações de género, interseccionalidades e ensino de his...
PORTO ARTE: Revista de Artes Visuais, 2017
Organization by Alexandre Santos and Ana Maria Albani de Carvalho, the book "Imagens: arte e cultura" (Images: art and culture) (Editora da UFRGS, 2012, 336 pages) gathers 19 articles and essays that investigate the relations between image and culture in the spheres of history, theory and criticism. The texts present studies from researchers who share interest in the reflection on the mechanical image-especially the photographic one, from its emergence in the 19th century to the present-and the later practices of image production, such as the cinema, the video and the digital. The book has as important contribution the establishment of interchanges between different approaches and research methodologies related to the phenomenon of the image.
Tomy Ceballos. La huella es el molde de la ausencia, 2022
Texto del catálogo de la exposición celebrada en la Sala Verónicas, 'La huella es el molde de la ausencia', retrospectiva de Tomy Ceballos, figura esencial de los nuevos comportamientos fotográficos en España. Es reconocido como gran renovador del uso del fotograma –no mediando cámara alguna en la producción de la fotografía–, gracias al uso poético y onírico que hace del mismo, ofreciendo desde finales de los ochenta una amplia gama de propuestas formales, debido a una constante investigación en las posibilidades artísticas de la fotografía. Su retrospectiva no se plantea cronológicamente, sino como el intento de captar la esencia de la imagen fotográfica, entendida como la “presencia de una ausencia”, tal y como describe Plinio el Viejo el término “imagen”. De hecho, la ambigua formulación del título de la exposición intenta identificarse con esta definición, planteando un escenario de reflexión donde aparecen simultáneamente presencia y ausencia, rastro pasado y potencia futura, sin querer fijar una única aproximación a la obra. La exposición cuenta con varias de las piezas que otorgaron a Ceballos fama internacional, destacando sus fotogramas corporales como una apología de la intimidad y de esa distancia cero entre objeto y huella. En efecto, la visión de estas obras provoca una fascinación que aumenta si se observa su proceso de creación. Para tal fin, se cuenta con dos piezas audiovisuales: Humano, la acción fotográfica realizada en el Centro Párraga en 2006 y en la que el público asistió en directo al revelado completo, acompañado por la música de Schwarz; y una segunda rodada en el Parque de Calblanque específicamente para la exposición de la Sala Verónicas, con el objetivo de presentar una técnica inventada por Ceballos: los “olagramas”. Asimismo, no solo se acude a fotogramas como medio de expresión, sino que aparecen en escena otros elementos que tienen que ver con su historia y su presente: por un lado, la alquimia del laboratorio fotográfico, representada en su luz roja; y por otro, una capa digital, visitable online, que sirve para albergar otras series de Ceballos. Entre ellas, Rumor binario (1999-2006), donde hace un uso simbólico de monitores de ordenador encendidos, frotándolos sobre papel fotográfico, justo en el período en el que la fotografía química languidecía, para indicar el paso a un nuevo paisaje creativo. La Sala Verónicas virtual permite que convivan los fotogramas con otros medios como rayos X y escaneados. Así, alberga en un ámbito diferente una segunda retrospectiva con series no incluidas en la exposición presencial. Este dispositivo no solo ofrece un medio nuevo para llegar a un público que no puede acercarse a Murcia, también es un contexto pertinente para las preocupaciones y usos de Ceballos en los últimos años, como se puede apreciar en series como Océanos Pacíficos (2017-2020), donde replantea la desaparición de la referencialidad y cuestiona el principio de realidad que tradicionalmente se ha reconocido a la fotografía. La exposición tiene un catálogo que cuenta con textos de expertos que han analizado la evolución de los nuevos comportamientos fotográficos en España: Enric Mira, Manuel Santos y Pedro Medina. Además, este trabajo crítico se completa con la celebración del encuentro Espectros de la imagen fotográfica, en colaboración con la Facultad de Filosofía de la Universidad de Murcia y el CENDEAC, para debatir sobre el uso artístico y experimental de la imagen fotográfica. 'La huella es el molde de la ausencia' se presenta así como un proyecto que propone varios niveles de experiencia para pensar el mundo de la imagen y para acercarse a la trayectoria artística de Tomy Ceballos, una obra que permanece en el corazón de la fotografía, manteniéndose indefinidamente en su límite. Por ello, es un escenario privilegiado desde el que descubrir a las nuevas generaciones, marcadas por la inmediatez y la sobreabundancia, otras formas de entender lo fotográfico, aportando una plasticidad que alberga sugerencias insospechadas y una capacidad de reflexión necesaria, capaz de iluminar nuevos mundos y derivas hacia horizontes insólitos. Catálogo completo en http://www.salaveronicas.es/servlet/integra.servlets.Multimedias?METHOD=VERMULTIMEDIA_8331&nombre=CATALOGO_Tomy_Ceballos-La_huella_es_el_molde_de_la_ausencia-1.pdf
Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, 2013
Este trabalho, pautado prioritariamente na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, pretende problematizar aspectos da semiose verbo-visual de livros ilustrados no que concerne ao processo da patemização, i.e., ao desencadeamento de emoções a partir da encenação descritiva. Pressupõe-se que a patemização, de caráter intencional, é acionada na interação texto-leitor em função de um planejamento discursivo manifesto em representações (verbais e visuais) dotadas de uma valoração cultural propensa à emoção reativa. A complementaridade observada entre palavra e imagem nos livros ilustrados analisados não só permite uma maior densidade significativa, mas também a exacerbação de qualidades e categorias nem sempre "significáveis". A simbolização por via analógica atualizada nas imagens (visuais ou metafóricas), ou na superposição de ambas, complexifica a significação, possibilitando-lhe não só efeitos de sentido, mas também efeitos sentidos, suscitados pelos saberes de conh...
ALCEU
O artigo aborda a presença das imagens técnicas na produção do conhecimento, problematizando o uso do recurso da videogravação em pesquisa acadêmica. Vale-se, para tanto, da articulação das reflexões acerca da linguagem desenvolvidas por Walter Benjamin (1892-1940) e Mikhail Bakhtin (1895-1975) à análise da produção teórica e cinematográfica de Pier Paolo Pasolini. Constata-se que o universo cinematográfico oferece subsídios para a utilização da imagem técnica na pesquisa em ciências humanas, ensejando a criação de narrativas imagéticas.
Revista Lusófona de Estudos Culturais/Lusophone Journal of Cultural Studies, 2017
This vast bibliography highlights the fact that Uma Breve História da Imagem [A Brief History of the Image] is one of the works by Michel Melot dedicated to the image – a passion that was accompanied by his keen interest in writing – not as a linguistic phenomenon, but as a graphic matter that unfolds in space. In this slim volume, originally published in 2007 by the publisher, L’Oeil Neuf, now translated by Aníbal Alves and published by the Communication and Society Research Centre, in partnership with the publisher Húmus, Melot proposes a brief history of the image. I have structured this overview into several notes, in which I have recorded some of the impressions and reflections raised by his work.
Revista Memoria y Sociedad, Vol 16, No. 32, 2012
Experiências anteriores com arquivos e coleções fotográficas datadas de meados do século XX, me levaram a pensar nas imagens que os sujeitos, as instituições e as épocas compartilham em suas falas cotidianas. Elas podem ser acessadas não somente em acervos, também na internet, em exposições, no cinema, na sala de aula e em outros espaços de convivência, vistos de uma plataforma como a História pública. Através das perguntas que lhes fazemos e possível distinguir como elas ficam presentes em nosso cotidiano. É possível reconstituir percursos e perscrutar, no presente, ecos daqueles valores que aparecem visualmente. Com isso, o objetivo deste ensaio é expor fragmentos que fazem parte da cultura visual no Recife. Como plataforma reflexiva, os argumentos identificam e relatam alguns desses fragmentos.
Revista de Ensino em Artes, Moda e Design
O presente estudo é uma análise estética, sensível e feminista da produção de artesanato em barro de uma mestra-artesã da comunidade do Alto do Moura, Caruaru, Pernambuco. O processo de análise e investigação refere-se às obras da mestra artesã Marliete Rodrigues, considerando que compreender as recorrências estéticas, sensíveis, simbólicas e subjetivas presentes na produção artística de mulheres artesãs pode evidenciar o imaginário que se constitui a partir das vivências socioculturais cotidianas das artistas sobre questões de gênero. A partir de dada dimensão fenomenológica, buscamos responder a perguntas como: Qual a centralidade dos elementos estéticos e sensíveis nas obras da artesã? Quais elementos de gênero e ligados ao cotidiano da comunidade são materializados através dos símbolos presentes nas obras analisadas? É possível caracterizar como feminista a estética que se desenvolve a partir do imaginário e é expressa em suas obras? Os resultados obtidos apontam que apesar de, ...
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.