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2004, Ambiente & sociedade
Partindo do reconhecimento de que toda atividade humana incide no ecossistema quer pelo lado da extração de recursos, quer pelo do lançamento de dejetos sob a forma de matéria ou energia degradada, o processo econômico - que opera dentro de um subsistema aberto envolvido pelo ecossistema global - tem que respeitar limites. Daí, a noção de desenvolvimento sustentável. Na perspectiva da sustentabilidade, o tipo de processo econômico que importa é aquele que produz bens e serviços considerando simultaneamente todos os custos (ou males) que lhes são inevitavelmente associados. Esta é a tarefa para um modelo de desenvolvimento novo, e também para uma ciência da economia de fundamentos ecológicos. É aqui que se insere a economia ecológica, com a qual se introduz uma mudança fundamental na percepção dos problemas de alocação de recursos e de como eles devem ser tratados, do mesmo modo que uma revisão da dinâmica do crescimento econômico. Visa-se com o empreendimento obter a unificação sobr...
RESUMO O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão crítica da literatura sobre os métodos de valoração econômica ambiental que a teoria neoclássica disponibiliza para estimar valores para os recursos ambientais. Indicam-se os aspectos positivos e negativos destes métodos na busca de uma melhor eficiência alocativa dos recursos ambientais para maximizar o bem-estar social. Trabalhos teóricos e empíricos sobre os métodos de valoração foram revisados, agrupados e criticados. Os métodos estudados foram: valoração contingente, preços hedônicos, custos de viagem, custos evitados, dose-resposta e custos de reposição. Embora limitados, os valores monetários calculados são ferramentas úteis nas decisões de políticas públicas. Confrontando-os com aplicações alternativas, pode-se escolher os projetos com maiores potencialidades de ganho de bem-estar social. Um exemplo atual e de importância estratégica é a estimação das perdas decorrentes da "pirataria genética". O pouco uso desses métodos no Brasil tem impedido avanços na exploração de oportunidades de ganhos econômicos. É necessário prosseguir o debate teórico, como também dar início a aplicações práticas, a fim de repor os vinte anos de atraso nessa área. Palavras-chave: economia neoclássica, valoração econômica ambiental, métodos de valoração ambiental.
Diálogos Latinoamericanos Dinamarca, 2016
The present article aims at discussing Brazilian agronomist José Lutzenberger’s appropriation of authors from the ecological economics field to construct his environmental discourse, so as to fixate a human ethics in relation to nature. Based on such authors, he made an important critique on the current economic system, particularly what he called the “economic growth dogma”. Moreover, he defended a stable State economy, based on the concept of homeostasis and without the obligation to growth. This economic model, in his view, by imitating the modus operandi of ecosystems, not generating waste or environmental degradation, would in turn create a fairer economy both to the natural elements and to human societies.
2012
Este trabalho tem o objetivo de estudar os aspectos históricos, de forma anacrónica, da Economia Ecológica. Para esse fim, a metodologia utilizada foi uma breve revisão literária, no entanto, o principal enfoque foi direcionado a influência das leis da termodinâmica na formação desse ramo da economia, em especial, as contribuições de Georgescu-Roegen. Na introdução foram levantados autores que influenciaram a formação dos fundamentos da Economia Ecológica. No segundo capítulo, foram abordadas as duas visões da economia do meio ambiente - economia ambiental neoclássica e economia ecológica. No terceiro capítulo, procurou-se abordar os questionamentos sobre a aplicação das leis da termodinâmica na economia. A conclusão do trabalho remete a importância das duas visões da economia sobre o meio ambiente, a visão neoclássica e seu instrumental utilitarista e a visão da Economia Ecológica com sua complexidade.
Os resultados das pesquisas que visam verificar a relação entre os custos ambientais e o desempenho econômico financeiro das empresas são contraditórios: algumas concluem pela existência de relação, outras, pela inexistência. O objetivo deste ensaio é apresentar uma análise crítica dos fundamentos teóricos que tratam desse relacionamento. O contexto em que se examina é o da sustentabilidade sistêmica, econômica, social e ambiental. Parte-se da explicitação de resultados de algumas pesquisas onde se demonstra a falta de uniformidade das conclusões. Buscou-se fundamentos teóricos para explicitar a expectativa econômica de retorno econômico dos gastos ambientais sob uma ótica objetivista, funcionalista e fundamentos teóricos ontológicos e epistemológicos sob uma ótica subjetivista, que defende a impossibilidade de mensuração objetiva desta relação, o que é feito utilizando-se o método dialético. Demonstra-se a deficiência da contabilidade em captar os custos ambientais tangíveis e intangíveis no âmbito da sustentabilidade. A economia busca maximização de resultados, mas as demandas ambientais visam o bem-estar e não há um denominador único de valor. Redução de custos ambientais imediatos (objetivos) gera danos ambientais (subjetivos), alem de custos intangíveis no longo prazo. Um gasto ambiental tangível, econômico, reduz riscos e danos ambientais, gera ativos intangíveis e economia de custos no longo prazo. Em síntese, custo e benefício econômico e ambiental são inversos. No conceito de sustentabilidade, investimentos deveriam proporcionar também retorno social e ambiental, não mensuráveis senão de forma intangível e subjetiva segundo valores não monetários. A análise do retorno deveria contemplar o diálogo entre paradigmas, o que demanda uma abordagem multiparadigmática.
A catástrofe ambiental planetária em curso tem suas raízes no sistema econômico capitalista. O estágio competitivo do capitalismo e a destruição ambiental que emergiram com o capitalismo monopolista não puderam ser vistos na época em que Marx elaborou sua crítica ecológica. Neste artigo, serão discutidas a crítica ecológica de Marx (e Engels), a produção de marxistas posteriores e a de economistas políticos radicais, incluindo figuras como
Um fato indiscutível é o de que a humanidade já consome mais recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Tradicionalmente, os processos de produção se caracterizam pela utilização de recursos naturais (matéria prima) na fabricação de produtos para o consumo humano cujos resíduos resultantes são levados para um aterro sanitário. Esta dinâmica operacional pode ser denominada como Economia Linear. Diferentemente do modelo de Economia Linear, a Economia Circular busca a eficiência na fabricação de produtos e reaproveitar os resíduos sólidos contribuindo, desta forma, no sentido de evitar a exaustão dos recursos naturais do planeta. Adotar os princípios de Economia Circular é fundamental devido à necessidade do ser humano aproveitar melhor seus recursos naturais para evitar seu esgotamento futuro e não causar tantos impactos negativos ao meio ambiente.
A dimensão empresarial da economia verde: uma avaliação do mercado de bens e serviços ambientais no Brasil Resumo Partindo da tendência geral à consolidação de uma -economia verde‖, o artigo procura a avaliar a situação atual do mercado de bens e serviços ambientais no Brasil, atribuindo particular ênfase à estrutura empresarial subjacente, através da identificação das características e estratégias dos principais agentes fornecedores de -soluções integradas‖ nesse mercado. Inicialmente, procura-se construir um referencial analítico-conceitual para a caracterização do setor de bens e serviços ambientais, partindo de algumas definições básicas que são pertinentes para a caracterização dessas atividades e avançando na discussão de um sistema de classificação das mesmas. A segunda seção procura caracterizar as dimensões gerais do mercado de bens e serviços ambientais no Brasil, com base em evidências um tanto quanto dispersas e imprecisas disponíveis na literatura. A terceira seção procura avançar na direção de uma caracterização mais detalhada do setor, baseada na sistematização e análise de informações secundárias extraídas das bases de dados da PIA-IBGE, PAS-IBGE, RAIS-MT. A quarta seção discute tendências e padrões relativos à configuração empresarial do setor de bens e serviços ambientais, ressaltando-se a importância do desenvolvimento de atividades de engenharia e consultoria ambiental, o surgimento de empresas especializadas no desenvolvimento de -soluções integradas‖ para problemas ambientais e de -holdings ambientais‖ com elevada capacidade financeira. Uma seção conclusiva discute algumas implicações normativas da análise no plano da operacionalização de políticas públicas.
Contextualiza-se a Economia Ecológica e a Produção Limpa, definindo-se conceitos e fazendo-se reflexões dos campos de abrangência e das interdiciplinaridades. Exemplifica-se a aplicabilidade das leis da Termodinâmica na Economia Ecológica através dos conceitos e ações da Produção Limpa. Demonstra-se que investir em tecnologias limpas é lucro garantido em todas áreas de negócio. Projeta-se um horizonte promissor para o planeta com o novo paradigma: Economia Ecológica e Produção Limpa.(MARTINS NETO, José ; CAMPOS JUNIOR, J. J. F. . Energia Limpa na Economia: Economia Ecológica e a Produção Limpa. TECBAHIA, v. 20, p. 15, 2006. )
2011
Resumo São escassas reflexões teóricas consistentes sobre a adequação do instrumental econômico per se para o enfrentamento da problemática de degradação do capital natural. Em sendo assim, este trabalho apresenta algumas considerações acerca da relação entre degradação ambiental e teoria econômica numa perspectiva crítica. O princípio norteador é de que o tratamento até então dado ao meio ambiente é majoritariamente reducionista e sua superação deve passar necessariamente por abordagens transversais. O encadeamento das ideias descritas converge para a necessidade de construção desta nova estrutura de análise, aqui chamada de "Economia dos Ecossistemas".
Cadernos de Ciência e …
RESUMO O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão crítica da literatura sobre os métodos de valoração econômica ambiental que a teoria neoclássica disponibiliza para estimar valores para os recursos ambientais. Indicam-se os aspectos positivos e negativos destes métodos na busca de uma melhor eficiência alocativa dos recursos ambientais para maximizar o bem-estar social. Trabalhos teóricos e empíricos sobre os métodos de valoração foram revisados, agrupados e criticados. Os métodos estudados foram: valoração contingente, preços hedônicos, custos de viagem, custos evitados, dose-resposta e custos de reposição. Embora limitados, os valores monetários calculados são ferramentas úteis nas decisões de políticas públicas. Confrontando-os com aplicações alternativas, pode-se escolher os projetos com maiores potencialidades de ganho de bem-estar social. Um exemplo atual e de importância estratégica é a estimação das perdas decorrentes da "pirataria genética". O pouco uso desses métodos no Brasil tem impedido avanços na exploração de oportunidades de ganhos econômicos. É necessário prosseguir o debate teórico, como também dar início a aplicações práticas, a fim de repor os vinte anos de atraso nessa área. Palavras-chave: economia neoclássica, valoração econômica ambiental, métodos de valoração ambiental.
Estudos Avançados, 2010
2022
O presente trabalho avalia o debate das correntes do pensamento econômico que se ocupam do estudo de questões ambientais, investigando as convergências e divergências da teoria ambiental neoclássica e da teoria ecológica, a fim de discutir o papel do capital natural para a continuidade do bem-estar humano no longo prazo. Constatou-se que a economia ecológica é a mais adequada para se tratar da sustentabilidade das atividades humanas, devido à sua abordagem interdisciplinar e holística. A economia ambiental neoclássica, em contrapartida, apresenta limitações metodológicas e suposições demasiadamente otimistas quanto à capacidade humana de lidar e/ou reverter as transformações biofísicas do planeta.
Pasquinagem, 2022
Este artigo tem como objetivo criticar os dois primeiros tópicos do capítulo um do livro A crise de 2008 e a economia da depressão, de Paul Krugman, tradução de Afonso Serra, editora Elsevier. Não havendo a intenção de atacar a imagem de outrem ou de diminuir a importância das ciências econômicas, mas demonstrar a necessidade de uma avaliação mais ampla e menos determinista do olhar econômico, que as vezes pode ser incompleto ou esvaziado com a falta da inserção da economia fora do contexto cultural e social. Krugman, ganhador do Nobel de economia, deixa lacunas que poderia ser explicada através de uma ótica historiográfica existencialista.
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2023
Since the Industrial Revolution, anthropic intervention on the environment has grown significantly. In addition to the environmental imbalances, this revolution paved the way for an expansion that heavily pressured the planet's natural resource base. Until the late 1960s, economic theory did not recognize that environmental problems could cause substantial and persistent failures in market economies. From this decade on, the generalization of concern and awareness regarding the environmental damage caused by the vigorous economic and technological development in progress began. The backdrop for new reflections lies in the transformations imposed by the structural and systemic crisis of the dominant production system, especially in the 1970s, with the ecological crisis motivating new accommodations for conventional analyzes or structural ruptures. This essay proposes to bring to the theoretical debate the construction of two important analytical matrices in understanding the economy-nature relationship: studies of neoclassical orientation, with developments after the crisis of the 1970s, and the paradigm of Ecological Economics. Additionally, notes and reflections are made that guide the propositions to face the ongoing climate crisis in the light of these matrices. Bibliographical research was carried out on the subject in question, with the aim of establishing a theoretical framework capable of responding to the objective of the research. Based on this framework, the foundations of neoclassical economics are presented and the subsequent attempt to incorporate environmental issues by the traditional economic mainstream, as well as the perspective of the epistemological rupture and systemic analysis of Ecological Economics.
Cadernos De Estudos Sociais, 2011
A questão ambiental: uma possível Interpretação à luz da economia ecológica Clóvis Cavalcanti A questão ambiental: uma possível interpretação à luz da economia ecológica Clóvis Cavalcanci A questão ambientaluma possivel interpretação à luz da economia ecológica Clóvis Cavalcanti
EDITORA KOTEV, SÉRIE CIÊNCIAS DA RELIGIÃO 2/ JORNAL CONTEXTO PASTORAL, CADERNO DE DEBATES (SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO), 2018
Teo(Eco)Logia: Uma Perspectiva da Fé Bíblica é um artigo escrito a quatro mãos por Paulo Roberto Garcia e Maurício Waldman, primeiramente publicado pelo Jornal Contexto Pastoral, Caderno de Debates, Campinas (SP) e Rio de Janeiro (RJ), nº. 3, pp. 20-21, edição de 01-08-1991. A presente edição deste material, preservando o teor do texto original, foi revisada e reconfigurada editorialmente pela Editora Kotev (Kotev ©) para fins de acesso livre na Internet em Outubro de 2018, permitindo consulta em todo tipo de gadgets eletrônicos, inclusive em aparelhos celulares. Teo(Eco)Logia: Uma Perspectiva da Fé Bíblica incorpora revisão ortográfica com base nas regras vigentes quanto à norma culta da língua portuguesa, cautelas de estilo, repaginação normativa e normatizações editoriais inerentes ao formato PDF. Retenha-se que editorialmente, Teo(Eco)Logia: Uma Perspectiva da Fé Bíblica é um material gratuito, sendo vedada qualquer forma de reprodução comercial e do mesmo modo, de divulgação sem aprovação prévia da Editora Kotev (Kotev©). A citação bibliográfica de Teo(Eco)Logia: Uma Perspectiva da Fé Bíblica deve obrigatoriamente incorporar referências ao autor, texto e apensos editoriais conforme padrão modelar que segue: WALDMAN, Maurício. Teo(Eco)Logia: Uma Perspectiva da Fé Bíblica. Série Ciências da Religião Nº. 2. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2018.
Este artigo insere-se nas pesquisas sobre a institucionalidade da questão ambiental no Brasil, e apresenta resultado de pesquisa exploratória, cujo objetivo foi identificar e caracterizar a inserção da Economia nas Ciências Ambientais no Brasil. A partir de catalogação de periódicos para análise da produção bibliográfica relacionada às Ciências Ambientais no Brasil, buscou-se definir alguns atributos para cada amostra de artigos dos periódicos, e as dimensões econômicas da evolução do pensamento desenvolvimentista que estão inseridas na produção das Ciências Ambientais. Os resultados demonstram que a inserção da Economia nas Ciências Ambientais ainda é bastante incremental e de cunho instrumental.
2011
São escassas reflexões teóricas consistentes sobre a adequação do instrumental econômico per se para o enfrentamento da problemática de degradação do capital natural. Em sendo assim, este trabalho apresenta algumas considerações acerca da relação entre degradação ambiental e teoria econômica numa perspectiva crítica. O princípio norteador é de que o tratamento até então dado ao meio ambiente é majoritariamente reducionista e sua superação deve passar necessariamente por abordagens transversais. O encadeamento das ideias descritas converge para a necessidade de construção desta nova estrutura de análise, aqui chamada de "Economia dos Ecossistemas".
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