Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2021, Opinião Pública
https://doi.org/10.1590/1807-01912021272509…
40 pages
1 file
O artigo discute os determinantes das opiniões dos brasileiros sobre a integração da economia brasileira aos mercados globais, analisando dados de survey nacional, reali- zado no âmbito do projeto “O Brasil, as Américas e o mundo”. Mostramos que os bra- sileiros, em boa medida, são favoráveis à abertura internacional de nossa economia e que suas atitudes são guiadas tanto por motivações econômicas como por ideias e valores políticos. A baixa exposição da economia brasileira à concorrência externa pa- rece contribuir para a existência de opiniões favoráveis a maior acesso a bens impor- tados. A posição ideológica, por sua vez, age como um filtro dessas percepções inde- pendentemente das condições econômicas dos indivíduos. Assim, evidências indicam que a posição do indivíduo como consumidor, sua ideologia política e suas visões na- cionalistas influem em suas opiniões sobre globalização e livre comércio. Os resultados confirmam estudos anteriores sobre o mesmo tema feitos em países em desenvolvi- mento.
Revista de Ciências do Estado
O objetivo deste trabalho é analisar o conceito de utopia elaborado pelo sociólogo húngaro Karl Mannheim. Para tanto, estudaremos o papel desempenhado pela obra Ideologia e utopia no pensamento de Mannheim. O livro é a carta de fundação da sociologia do conhecimento como disciplina autônoma. Mostraremos como Ideologia e utopia desenvolve uma aproximação entre imaginário e política. Mannheim argumenta que toda sociedade se alicerça em ficções, símbolos, mitos e ritos. O sociólogo distancia-se de Marx e Engels ao criticar a distinção entre consciência alienada e consciência esclarecida, ciência e ideologia. No cerne da sociologia do conhecimento desenvolvida por Mannheim está uma polarização entre ideologia e utopia, definida pelo filósofo Paul Ricoeur como “dialética da imaginação”. Para Mannheim, o conceito de ‘utopia’ se desenvolveria em contraposição à noção de ‘ideologia’: a tensão entre um e outro estaria na base de toda comunidade.
Este artigo origina-se de uma pesquisa cujo objetivo geral foi o de analisar como os usuários de cocaína (crack), inseridos em um Centro de Atenção Psicossocial -Álcool e Drogas (CAPS ad), percebem as formas simbólicas veiculadas na campanha televisiva "Crack, nem pensar". Para colher informações, utilizou-se: (a) observação participante nas reuniões de equipe dos cuidadores e em outras atividades do serviço, registradas em diário de campo e (b) grupos focais, aqui denominados "Rodas de Conversa". Com base na perspectiva teórica da Psicologia Social Crítica, o referencial metodológico adotado foi a Hermenêutica de Profundidade. Apesar dos discursos hegemônicos e da veiculação maciça de formas simbólicas que sustentam mitos em relação às drogas, bem como das inúmeras estratégias ideológicas identificadas nesta pesquisa, nós pudemos observar que os participantes no estudo foram capazes de assumir um ponto de vista crítico sobre as campanhas. Palavras-chave: Psicologia social; Televisão; Cocaína.
Quando se fala dos tempos e das sociedades actuais, o seu verdadeiro problema, o mesmo é dizer, o problema da sociedade pós-Moderna, é a invasão da mentalidade mercantilista e quantificadora a todos os domínios do pensamento. Isto significa a absolutização do valor de troca associado aos processos de alienação do homem, que hoje é visível ao nível de um totalitarismo electrónico. O valor táctico vital, é, em qualquer caso, sempre objecto de regulação, força e incentivo ou estimulação. Por isso, esta religião do consumo surge como conduta activa e colectiva, mesmo como instituição, já que não é apenas fruição, mas essencialmente dever, à maneira de um fun system, como afirmava Baudrillard. Em vez de elevação da 'razão crítica', assistimos a uma vaga de alienação e 'coisificação desracionalizadas', formadoras do nosso modo de vida contemporânea. A técnica, ao permitir essa difusão massificada, está ao serviço do 'interesse' dominante de todas as corporações do entretenimento, persuade através da publicidade e da propaganda, manipulando o cidadão e induzindo-o ao consumo desregulado, gastando dinheiro e alimentando, com isto, a indústria e o mercado técnico-mercantil (sistema). Daqui à crise da dívida' vai um passo! Lipovetsky, de resto, refere-se a este totalitarismo económico dos mercados, quando refere que a própria cultura passou a estar sujeita a um claro domínio das multinacionais americanas, e a uma tendência crescente de concentração das indústrias da comunicação. A vida gira, pois, sempre em torno da eficácia e do binómio ilimitado produção-consumo acrítico, assente na absolutização da distinção e no desejo de mobilidade. É por isso que assistimos a uma aceleração sistemática de expansão e procura de tudo o que é novo, raro, distinto e 'actual', libertando o princípio do prazer e livrando-o de todas as carências e inibições. Os princípios clássicos da ubiquidade, repetitividade e estandardização manipulatórios, fazem da moderna cultura de massas ou indústria cultural, um meio de controlo manifestamente psicológico, e de condicionamento das necessidades. A comunicação torna-se sinónimo de pura astúcia e sedução, visando o critério perpétuo da rentabilidade e do lucro, remetendo o sujeito ao nível do 'homem unidimensional', de que nos falava Marcuse, isolado e preso na engrenagem da produtividade infinita. Tal facto torna-o um mero joguete do superfulo de necessidades fúteis, traduzíveis igualmente em simples mercadorias efémeras e perecíveis, as quais se mostram na espectacularidade estética, e encarecimento emocional das veleidades singulares. Pode dizer-se, na realidade, que existe um processo de produção concertado e mecanizado de criação e fomento de aspirações compulsivas, pauperizando psicologicamente o homem, já que o induziria a um utópico estado de satisfação gigantesca, a partir de uma propensão quase natural para a felicidade. A publicidade vai dar-lhe essa aura de espectacularidade, fantasia e sedução, que o alimentam. Da dialéctica Cultura Moderna/Cultura Hipermoderna, podemos traçar os vectores essenciais da sua distinção substancial, a partir dos binómios dever ser/desejo, conhecimento/distracção, e absolutização/efemerização. Agora, a imagem protagonizada no Écrã global, supera e extingue o valor do conteúdo centrado outrora no livro, tal como o dinheiro superou a honra! Vejamos esta dialéctica cultural entre o Moderno e o pós-Moderno, no quadro abaixo representado: SACRALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO CULTURA DE ESPÍRITO (ELITIZADA) CONHECIMENTO PODER Honra DEVER -SER Intelectualização Gloria Importância Sentido (futuro) Recolhimento Absolutização do Saber VERDADE LIVROS Limitação de informação UNIVERSALIZAÇÃO
Estudos Espinosanos - Depto Filosofia/USP, 2011
No artigo “A única tradição materialista”, Althusser (2,4,5) apresenta alguns fundamentos de sua teoria da materialidade da ideologia referenciados explicitamente em Pascal: 1) o pró-ao-contra e a condição material da verdade (que pode tomá-la por contrária sem contraditório); 2) a intuição [sic] do vácuo como assunto filosófico (postulação capaz de negar o substrato para a matéria). Caracteriza a produção ideológica como um trabalho humano capaz de incorporar as contradições de classe e impregnar diretamente os aparatos ideológicos e postula a necessidade da formulação de uma doutrina dogmática, para combater numa arena de dogmáticos. Apresenta-se aqui uma das ferramentas centrais de tal teoria: o aparato dos corpos – que também tributa a Pascal – efetivamente uma forma de expressar a materialidade da ideologia.
Opinião Pública, 2021
Resumo O artigo discute os determinantes das opiniões dos brasileiros sobre a integração da economia brasileira aos mercados globais, analisando dados de survey nacional, realizado no âmbito do projeto “O Brasil, as Américas e o mundo”. Mostramos que os brasileiros, em boa medida, são favoráveis à abertura internacional de nossa economia e que suas atitudes são guiadas tanto por motivações econômicas como por ideias e valores políticos. A baixa exposição da economia brasileira à concorrência externa parece contribuir para a existência de opiniões favoráveis a maior acesso a bens importados. A posição ideológica, por sua vez, age como um filtro dessas percepções independentemente das condições econômicas dos indivíduos. Assim, evidências indicam que a posição do indivíduo como consumidor, sua ideologia política e suas visões nacionalistas influem em suas opiniões sobre globalização e livre comércio. Os resultados confirmam estudos anteriores sobre o mesmo tema feitos em países em des...
O presente artigo tem o intuito de tratar o conceito de ideologia, mais especificamente dos seus desdobramento no pensamento marxista, aproximando-o do campo da comunicação. Neste sentido, trata-se de um exercício teórico que visa chamar atenção para a comunicação como produto da ideologia e sua ferramenta, discussão exaustivamente realizada, mas inconclusa por sua própria natureza e pelos propósitos e aspectos da comunicação enquanto prática social, realizada cotidianamente por indivíduos e sociedades.
Revista de Cultura Teológica, 2019
Este artigo, fruto de uma fala na mesa intitulada “Teologias e Ideologias” da I Jornada José Comblin, em uma parceria entre PUC-SP e UNICAP, parte de uma definição preliminar de ideologia, trabalhada por Marilena Chauí (1941) no rastro de Karl Marx (1818-1883). Em seguida, abre espaço à sutileza de nosso teólogo ao analisar as ideologias que permearam três momentos significativos de sua vida, nos quais ele critica a ideologia religiosa, a ideologia política e a ideologia econômica, muito embora, ao salientar cada uma delas, ele não exclua a influência de uma sobre as outras. Por fim, apresenta a vida e a obra de José Comblin como uma ontologia crítica do presente, no dizer de Foucault, e um modo de ser na verdade, retirando as máscaras das ideologias que se esforçam por fechar nossos olhos a uma leitura mais ampla da realidade.
Fronteiras: Revista Catarinense de História, 2018
O objetivo central desse artigo é discutir a suposta “naturalidade” na formatação das duas alianças chave da Segunda Guerra Mundial, ou seja, os Aliados e o Eixo. Interesses geopolíticos, econômicos, de poder e ideológicos serão analisados, de forma a compreendermos a relação de complementaridade e oposição entre esses interesses e como ela levou a formação dos dois blocos em luta. Palavras-chave: Ideologia, geopolítica, Eixo, Aliados. Segunda Guerra Mundial.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
Motrivivência, 1988
Revista Estudos Historicos, 1989
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2003
Revistas Estudos Institucionais, 2017
Estudos De Sociologia, 2008
Estudos De Sociologia, 2002
Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 1998
Revista Estudo & Debate