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2020, 4º Simpósio de História Oriental
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Palimpsesto, 2021
Os espaços do Oriente despertaram o interesse de diversos escritores e intelectuais portugueses. Todavia, quando pensamos em artistas que exploraram uma estética Orientalista em termos nacionais, são poucas as figuras do mundo da arte de que nos recordamos. É importante questionarmo-nos sobre o modo como o Orientalismo teve expressão na arte portuguesa, quem foram os seus intervenientes, e se se inspiravam in loco ou se recebiam essas influências por via de fotografias, ilustrações, relatos de viagem. Num momento em que se valorizava em Portugal uma linguagem pictórica académica, trabalhando dominantemente cenas de género, retratos e pintura de paisagem, a falta de menção a uma estética Orientalista na prática artística, por parte da Historiografia de Arte, despoletou o nosso interesse e motivou a presente investigação, com o propósito de explicar o esquecimento da História de Arte em relação a algumas destas figuras. Procuramos integrar a abordagem dos artistas nacionais na conjuntura vivenciada pela sociedade portuguesa deste período, comparando-a ainda com a produção em vários contextos internacionais não só na Europa, mas também em algumas das nações de interesse da estética Orientalista.
2019
O tema da paisagem é desafiante desde logo pela multiplicidade de áreas em que é um conceito importante: nas ciências da natureza, em particular na ecologia, na geografia física e na geografia humana, na antropologia cultural e em algumas engenharias (de ambiente, de construção, de geodesia, agronómica, etc.). A lista pode continuar pelas ciências militares preocupadas com a vigilância do território e com as estratégias de defesa e ataque. Nas artes é central para a arquitetura e não apenas para a que se designa "paisagística", mas para toda a arquitetura enquanto forma organizada de construção de paisagens, aliando natureza e cultura. Na poesia foi elemento glosado em muitos momentos da sua história; é especialmente associada à poética romântica, que na pintura e demais artes plásticas, se tornou um género autónomo, e na música, solidariamente com aquelas artes, expressou estados de alma. A sua transversalidade toca também um aspeto crítico extremamente caro à área da Cultura Visual, a confusão que o termo proporciona entre a sua dimensão sígnica e a sua dimensão de referente, ou seja, entre a paisagem enquanto representação e a paisagem "fora da representação", a paisagem "real", aquela que existe materialmente à nossa volta. Isto mesmo se expressa na polissemia da palavra "vista", que dá nome a esta revista: a "vista" significando os olhos, os órgãos da visão; a "vista" que vislumbro no ato mesmo de olhar o que se apresenta à minha volta, e que estará realmente diante de mim; e a "vista" representada, referindo-se ao género de imagem onde uma ampla parte de um território ou "paese" (país)-na sua origem italiana-é representado. Confusão entre visão e território que em inglês admite o trocadilho "sight and site" (visão e lugar) e que na estética do pitoresco se desenvolve como uma confluência entre imagens representadas e locais reais apreciados como se fossem uma imagem, isto é, lugares (geralmente) naturais que "dariam uma boa imagem", passando a submeter-se brought to you by CORE View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk
Práxis Educacional
As perspectivas decoloniais buscam questionar e transformar o padrão cultural eurocêntrico imposto aos países do sul global, da América Latina, África e Ásia pelos movimentos de invasão, conquista e colonização. O campo das artes, da estética e suas variadas formas de expressão passa, também, por essa discussão. Assim, esse ensaio teórico tem por objetivo destacar o conceito de colonialidade do ver e, a partir dele, refletir sobre a representação nas/das artes visuais dos povos indígenas da Amazônia, bem como apresentar algumas obras da artista visual amazonense Duhigó Tukano em diálogo com o conceito de estética da re-existência. Afirmamos o papel fundamental da arte, como estética da re-existência, quando coloca no cenário da vida narrativas e cosmopercepções outras, possibilitando uma decolonialidade do ser que se abra num diálogo interepistêmico e intercultural crítico.
Anais do XXX Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, 2021
A partir da análise comparativa entre pinturas orientalistas do século XIX, em especial as de Charles Wilda - foco de nossas reflexões- e imagens publicitárias utilizadas por agências, receptivos e blogs de turismo contemporâneos que atuam no Magrebe, observamos que particularidades de um imaginário construído durante o período colonial no Norte da África, a partir da segunda metade do século XIX, permanece até hoje e torna visível a sobrevivência e o encontro de temporalidades essencialmente contraditórias, segundo Didi-Huberman (2002). A sobrevivência do imaginário orientalista abre fendas nos modelos de temporalidade, revelando paradoxos, ironias, distorções ou hipérboles de uma possível realidade cultural que o turista encontra nesse território, explorando e recuperando os traços de um imaginário que emergiu e se construiu na arte orientalista oitocentista, e que direciona o olhar do turista contemporâneo para o aspecto exótico, pitoresco, sensual e imutável que caracterizou a arte do referido período. O imaginário orientalista do século XIX perpetuou-se, contribuindo significativamente para a criação da brand image do Magrebe. Assim, obras com as de Charles Wilda funcionaram e ainda funcionam como estímulos turísticos diretos e indiretos, podendo influenciar potenciais viajantes que, ao visualizá-las, iniciam suas viagens antes mesmo de realizá-las in loco por conta das sensações que despertam e das histórias que contam. O mesmo passa com os materiais imagéticos divulgados pelas agências, receptivos e blogs de viagens, que conservam as reminiscências desse imaginário oriental oitocentista e que os difundem, muitas vezes, inconscientemente. A partir dos estudos de teóricos como George S. Low e Charles W. Lamb (2000) e Pao-Long Chang e Ming-Hua Chieng (2006), deparamo-nos com a existência de diferentes dimensões no processo de construção de uma marca ou até mesmo de um destino turístico, a saber: mistério, sensualidade e intimidade (ROBERTS, 2004), e, dentre elas, nossas análises comtemplaram as duas primeiras, embora as obras orientalistas do pintor austríaco suscitassem as três. E a partir dessas categorias: mistério, que se inter-relaciona com os sonhos e desejos, e sensualidade, que reflete experiências sensoriais agradáveis, é que foi possível conceber a proposta inovadora de relacionar os estudos da história da arte aos do turismo, redimensionando a importância das pinturas do Orientalismo do Oitocentos na construção de um band image do Magrebe, uma das mais importantes regiões turísticas do Oriente. Ademais, é imprescindível comentar que, por conta das análises interdisciplinares e reflexões expostas, nosso trabalho também abre caminhos para o surgimento de novos debates sobre as práticas turísticas neste território bem como para futuros trabalhos científicos sobre o tema.
Estudos Japoneses
The article deals with the two processes of comercial space constitution that coexist in the Oriental District called Liberdade. The first one is related with the oriental immigrants historical formation in Liberdade; the second one is associated with the global market hegemonical logic. We call those processes orientalization and orientality, respectively. Commercial establishments forms of visuality in these two areas are analyzed, as well as the Thomaz Gonzaga Street, where Japanese restaurants gather in numbers, and also some projects of revitalization project of Liberdade District such as the Emperor Way, which started in 2008.
2024
A obra dialoga, a partir da análise da cultura visual e das visualidades, com a construção histórica da colonialidade do olhar e com a crítica decolonial, buscando identificar as derivas do ver, os escapes e as resistências - no plano da cultura - que tensionam e atuam contra os poderes estabelecidos nos domínios da economia e da política. Os artigos contidos nesta obra, em um primeiro momento, investigam a construção histórica da mitologia de nascimento dos EUA com a ode ao progresso como destino, seja na expansão territorial seja na industrialização capitalista. Em um segundo momento, debruçando-se sobre o cone sul, investiga-se a frustração nostálgica de elites da Argentina e do Brasil que buscam consolidar, por meio de projetos arquitetônicos, a síntese de uma perspectiva apartada de sociedade na qual viam o povo como sendo inadequado para a grandeza dos sonhos idealizado de seus pretensos líderes. A obra também agrega a entrevista com o historiador Francisco Santiago, especialista em História e cultura visual.
Schwartzman, Ana... [et al]. (Org.). Centro Argentino de Investigadores de Artes - C.A.I.A. III Encuentro de Jóvenes Investigadores en Arte: 12, 13 y 14 de octubre de 2016. 1ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires : Centro Argentino de Investigadores de Artes - CAIA, 2018, v. 1, pp. 132-142., 2018
Faces de Clio, 2021
O artigo presente discorre sobre a historicidade, fenomenologia e sentidos do Orientalismo nas arquiteturas europeias do século XIX. Procura-se oferecer uma abordagem conceitual sobre tais manifestações e linguagens na cultura material edificada, enquanto produções sociais marcadas por tensões próprias de linguagem arquitetônica fundamentalmente parlante e de representação do ‘outro’. Intentamos, por assim, contribuir com um debate que observa o orientalismo na arquitetura, antes de tudo, como uma autoridade do conhecimento e de práxis simbólica, de distinção e afirmação da Europa – e do Ocidente. Materializada enquanto conhecimento, que a partir dos olhares categorizadores e edificadores dos seus arquitetos, eram - por arte - capazes de conceber um Oriente cativo, a ser exibido pelas ruas das cidades europeias, no panteão de seus triunfos, como arquiteturas aos gostos de “um Oriente” reconhecível.
The Frontiers of Art History and Visual Studies. Thoughts on Their Object of Study, edited by Gorka López de Munain. Anales de Historia del Arte, Universidad Complutense de Madrid. Monographic Issue, Eikón Imago 13, . Ediciones Complutense., 2024
To analyze, describe, and classify the human achievements considered culturally and socially as art is to reflect on the experiences and aesthetic effects of various historical contexts, especially on the judgments of cultural values and images. In this sense, this article addresses historical consciousness as a collective phenomenon developed by modern Western culture to meet a new context that is current and decolonial. Through a literature review on the formation of aesthetics and art history disciplines, this study addresses the meaning of art as an image that forms contemporary ideals for a sustainable world, valuing differences as a proposal for the revision of the knowledge established by the Western world and considering new narratives focused on visual culture studies for the formation of an inclusive history of art. To this end, the effects of this new context are discussed through the aesthetic experience regarding the challenges of knowledge construction by reviewing the central values of Western culture. Therefore, it is assumed necessary to interpret the cultural transformations through the arts concerning material, ethical, and aesthetic changes involving historical consciousness and new humanities knowledge developments in Western and non-Western environments.
Cadernos PROLAM/USP
Este trabalho apresenta um breve panorama da arte latino-americana, entre as décadas de 1950 a 1970, levando em consideração as principais transformações no campo artístico no período. Esta análise se pauta em uma leitura geral da implantação dos primeiros equipamentos culturais modernos, que tem como pano de fundo a penetração das ideologias construtivas atreladas aos projetos desenvolvimentistas. Em seguida, busca refletir sobre o advento da arte experimental, a partir do estudo de caso de proposições elaboradas por artistas conceituais. Esse exame parte de um repertório teórico relevante para a sedimentação das principais correntes do pensamento artístico e político da região. A análise permite ampliar os relatos da história da arte para além da unicidade do objeto, ao inscrevê-lo em um diálogo multifocal.
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Revista Digital do LAV, 2013
Atas do 14º..., 2019
Campos, Leticia Badan Knauer de [et al] (org.). Atas do XIII Encontro de História da Arte - Arte em confronto: embates no campo da História da Arte. Campinas : UNICAMP/IFCH/CHAA, 2019. pp. 343-351. , 2019
Projeto História : Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, 2021
História da Arte: Fronteiras, 2019
Caiana. Revista de Historia del Arte y Cultura Visual del Centro Argentino de Investigadores de Arte (CAIA), 2016
Rangel Cerceau Netto, 2020
Convergência Lusíada, 2017
História (São Paulo), 2013
catálogo da exposição Além de Grão Vasco. Do Douro ao Mondego: a Pintura entre o Renascimento e a Contra-Reforma, coordenada por José Alberto Seabra Carvalho e Joaquim Oliveira Caetano, Viseu, Museu Grão Vasco, pp. 72-97., 2016
Revista de História da Arte, Serie W, Dossiê The Art of Ornament. Senses, Archetypes, Shapes and Functions, Lisboa, 2019
Mulheres do Brasil: artes e artistas, 2023