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Estudos Ibero-Americanos
Observando as formulações assumidas pela distinção humano/animal ao longo da história da filosofia, Giorgio Agamben (2004) concluiu que qualquer conceito de humanidade deveria tanto excluir como incluir a natureza animal. Denominou esse dispositivo metafísico de “máquina antropológica”, o processo histórico que produz separações e reconciliações entre humanidade e animalidade (tais como as relações entre corpo e alma, por exemplo). No interior dessa máquina haveria uma zona de indeterminação onde é possível perceber a tensão entre gente e bicho, onde o movimento de separação é suspenso e a própria máquina exibe sua engrenagem capenga. Seria possível flagrar esse momento? Seria possível visitar esse lugar? A premissa dessa pesquisa é que a câmera fotográfica, como máquina antropológica, tem seu papel antropogênico particularmente visível quando os seres humanos são fotografados acompanhados de cães. Valendo-se de obras como os pintores Velasquez e Rembrandt e fotógrafos como Robert C...
Publicado em Eduardo Sterzi e Veronica Stigger (org.), Variações do corpo selvagem: Eduardo Viveiros de Castro, fotógrafo, São Paulo: SESC, 2017, pp. 14-21.
Entre Arte e Ciência: fotografia na antropologia é organizado pela antropóloga Sylvia Caiuby Novaes. A obra está dividida em nove artigos. A autora é professora titular no Departamento de Antropologia na Universidade de São Paulo, onde coordena o LISA -Laboratório de Imagem e Som em Antropologia. O livro trata do uso da técnica fotográfica usada pelos antropólogos em suas pesquisas empíricas e ensaios teóricos. O livro apresenta uma gama de artigos diversificados -trazendo um novo olhar sobre o uso da fotografia na antropologia. O livro extrapola o uso da câmera -as lentes vão além da materialidade da fotografia -pois traz à tona velhos novos questionamentos: a questão metodológica. O trabalho de Costilhes há uma dimensão intercultural. Ela explora, através da fotografia, os têxteis que são feitos por mulheres Minas Gerais e nos Andes peruanos. Os têxteis são explorados na perspectiva antropológica visual onde os mesmos são produtos que atravessam gerações e hão um significado artístico, religioso e econômico para a vida das comunidades. Costilhes vai além das lentes que focam os têxteis, e analisa também a simbologia invisível do ritual da tecelagem feminina. O trabalho se dá entre a imagem dos têxteis e o que eles implicam para além da materialidade. São mãos femininas que desenvolvem o trabalho têxtil.
Para além da dimensão estética, as práticas do graffiti possuem uma dimensão dos usos que é igualmente relevante, a qual desloca e cria fronteiras, fazendo emergir cidades imaginadas que se sobrepõem à cidade planejada. Pesquisar tais usos requer o acompanhamento dos processos de pintura na rua e um intenso deslocamento, colocando desafios à prática etnográfica. O uso da máquina fotográfica surgiu neste contexto e me levou a desenvolver uma atividade ao mesmo tempo reflexiva e produtiva. No entanto, as fotografias ganharam novas dimensões dentro da pesquisa, levantando perguntas não previstas: como produzir uma narrativa etnográfica dos usos da rua através de palavras e imagens? Partindo desta pergunta e deste contexto, procuro lançar um olhar sobre as possibilidades de construções de narrativas a partir do processo de edição de documentários e da composição gráfica dos zines e publicações alternativas, os quais podem fornecer modelos e inspirações para este segundo campo etnográfico.
FOTOGRAFIA E AUDIOVISUAL: IMAGEM E PENSAMENTO 2, 2022
capítulo no livro FOTOGRAFIA E AUDIOVISUAL: IMAGEM E PENSAMENTO 2
Informatica Na Educacao Teoria Pratica, 2011
Buscamos neste artigo discutir, a partir dos aportes de Gilbert Simondon e outros autores afins, alguns aspectos das relações entre objetos técnicos e a sociedade atual. Entendendo que humanidade e técnica estão inseridas nas mesmas etapas de evolução que se desenvolvem por um longo processo de individuações, assinalamos como eixo de nossa análise a discussão sociotécnica das condições do surgimento da fotografia panorâmica, bem como dos modos de subjetivação que permeiam esse processo. Assim, buscamos construir uma breve filosofia da técnica relativa à fotografia panorâmica, sem exaltar a ideia da relação homem e máquina como dominação, ou como uma mistura indistinta, mas sim disparando reflexões em que homem e máquina acoplados são produtores de modos de viver, que estão em constantes movimentos de instabilidade e estabilidade nas suas diferenças e semelhanças acionando processos de individuação e subjetivação. Palavras-chave: Fotografia panorâmica. Objeto técnico. Processo de individuação. Relação homem-técnica.
Este trabalho é uma proposta de plano de aula de antropologia para o ensino médio no Brasil usando como referencial o livro “Tristes Trópicos”, do antropólogo francês Claude Lévi-Strauss. Os pressupostos teóricos são expostos no primeiro capítulo, e então segue-se uma análise dos capítulos da obra, procedendo à escolha de alguns capítulos para serem trabalhados no plano de aula (e a exclusão, portanto, de outros). Realizar-se-á, por fim, uma delineação do plano de aula em si levando em conta os capítulos selecionados.
Palíndromo, 2016
Through a brief critical historical study, this article aims to show the transformation of occidental thought about the mimetic character of representation in painting and how photography performed an important role in this change, when it transferred for her the compromise with the copy of reality. The investigation considers the concept of mimesis pondered by Plato and Aristotle about the art, which had as one of its consequences the appreciation for similarity to reality in an artistic work, reflection which permeated the occidental esthetics for a long time. By showing initial attempts to unlink pictorial and photographic production from the imposition of seeking the verisimilitude, modernist movements reveal trends and attempts to replace the problem of representation.
Organon, 2021
O escritor argentino Juan José Saer (1937-2005) desenvolveu em alguns de seus ensaios críticos a ideia de que a Literatura seria uma antropologia especulativa. Proponho neste artigo investigar essa imagem mais a fundo, entendendo-a de certo modo literalmente e deixando os termos do campo discursivo antropológico ressoarem sobre a poética saeriana, tanto em seu entendimento sobre a linguagem como em algumas das imagens trabalhadas em sua ficção. Desenvolvo ainda essa leitura experimentando a sobreposição de olhares de uma antropologia que se nutre da literatura e de uma literatura que se vê como antropologia, por meio do cruzamento dos textos do escritor, Saer, e do antropólogo, Eduardo Viveiros de Castro, na condição de leitores de um mesmo conto de Guimarães Rosa. Este trabalho é uma versão revista e atualizada de um dos capítulos que permanecia inédito até agora de minha tese “Percepção, recordação e linguagem”. Foi publicado no dossiê “Os Múltiplos agenciamentos da experiência literária”, coordenado por Antonio Barros de Brito Jr,. e Alexandre Nodari.
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
2021
Em seu quarto artigo sobre a utilização da fotografia como instrumento a serviço da dominação colonial, a autora analisa o seu papel na produção do sujeito racializado-o 'tipo racial'-na cena de formação, desenvolvimento e institucionalização da antropologia.
2009
Considerando a complexidade atual da producao fotografica brasileiras, que pede cada vez mais estudos que compreendam as obras em sua mobilidade, a pesquisa propoe um estudo sobre o percurso de criacao do ensaio fotografico Antropologia a Face Gloriosa de Arthur Omar. Dessa forma, este artigo apresenta caminhos investigativos de analise da imagem fotografica contemporânea por meio dos estudos sobre processos de criacao, enriquecendo assim as maneiras de pensar a fotografia como um processo comunicativo e artistico.
2021
In this text, I try to associate anthropological field research to the photographic act itself, showing what is common in these two activities: the need for clipping, proximity, intimacy and empathy, the decision about what will or will not be in focus. From my experiences at the Escola de Arte Brasil: I talk about the awareness of the gaze, the need to create repertoires and the opportunity that photography offers to change the focus - from the verb to behavior, the body, the gestures, the details about which it is not always possible to speak. I also try to emphasize the association of photography with the narrative that Walter Benjamin talks about, the ability of both the narrative and the photography to welcome the experience of those who hear or contemplate it.
Imaginalis, 2022
Originado da tese de doutorado de Michel de Oliveira, “Seduzidos pela luz ou bases antropológicas da fotografia” não se parece com o que se convencionou chamar de trabalho acadêmico-científico. Não lhe falta, no entanto, o rigor da investigação nem a pertinência da revisão bibliográfica e do cruzamento de autores, muito menos a densidade e profundidade das ideias. É na escrita audaciosa, saborosa e viva que está a diferença. O texto inicial, registrado como tese defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2020, não é menos vibrante; é, ele também, o texto de um escritor. A feliz confluência entre o escritor e o pesquisador de doutorado vai muito além da forma, chegando ao questionamento e à proposta de equações para o velho, mas sempre atual problema da subjetividade na investigação científica.
Literatura e arte no antropoceno, 2021
O texto discute o a fotografia como plataforma de observação e intervenção no Antropoceno, com destaque para a relação entre o surgimento da imagem técnica e o começo (entre outros possíveis) do que se chama Antropoceno. Discutem-se, também, alguns eventos fotográficos como realizações técnicas e trágicas da nossa era, sem deixar de apontar alguns caminhos de esperança. As três experiências relatadas têm em comum a prática fotográfica como o espaço da mediação, meio de reverberar as narrativas ancestrais, ato político de defesa incondicional do planeta e de reconhecimento das alteridades que nos caracterizam como “terranos” (Latour, 2014).
Centro Interdisciplinar de Semiótica da Cultura e da Mídia.
Revista De Antropologia, 1996
RESUMO : Es te arti go di sc ut e o e1nprego do audi ovi sual na s pesquisas soc iais, te nd o co rno referência urna pesqui sa co mparati va e ntre Paris e Ri o de Jan eiro sobre o papel dos espaç os púb licos na soc iabilidad e das pessoas idos as. O obje tivo é aprofundar a in ves tigação no cmnpo da antropo log ia urb ana integ ra ndo à s ua m etodol og ia os in stru1nent os da antropo logia visual. O vídeo é, e ntão, emp regado co1no instrumento de pesquisa para le
2015
O presente ensaio tem como objetivo discutir como a fotografia se tornou uma das formas de virtualizacao homem. A medida que ela extrapola as fronteiras do corpo, torna-se uma especie de memoria que esta fora do corpo. Nessa condicao, passa a povoar o mundo dos signos, mas tambem da velocidade de um novo mundo que se apresenta a ela e que ela tem representar tambem como signo da subjetividade.
icone-ppgcom.com.br
Já pensou em se ver pelos olhos de outra pessoa que você um dia virá a ser? Ter a oportunidade de voltar em algum momento, em algum instante da sua vida, mesmo por alguns segundos? Poder viajar a lugares distantes sem sair do lugar? Conhecer pessoas diferentes, de outros tempos, e observar coisas jamais imaginadas? As imagens fotográficas possibilitaram narrativas visuais com a contemplação de histórias cotidianas, o conhecimento de lugares distantes e pessoas de tempos e lugares remotos. Mas, é realmente difícil para os indivíduos do século XXI imaginar o impacto e o encanto das primeiras pessoas que se depararam com seus rostos fixados nas imagens.
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