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2021, Da Cultura
A história da guerra de Independência do Brasil foi manipulada por gerações de historiadores, interessados em montar uma visão de que o processo de separação do Brasil de Portugal foi um feito de forma pacífica, quase como se o rei D. João VI autorizasse que seu filho, o futuro D. Pedro I, assumisse o governo do novo país em um ato que se resume à declaração feita no dia 7 de setembro. A proposta deste artigo é apontar que essa visão foi uma construção da historiografia. Na verdade, o processo de independência foi muito mais complexo e, do ponto de vista militar, muito contestado: houve combates do Maranhão até o Uruguai, que duraram mais que a participação brasileira na 2ª Guerra Mundial, com uma perda de vidas também superior às deste conflito.
Revista Aeronáutica, 2022
Apresentação do período de 1821 a 1824 como um período de conflito que resultou na Independência do Brasil, ao contrário de uma visão de uma separação política pacífica entre o Brasil e Portugal. Reedição de publicação da Revista da Cultura.
Revista de Historiografia, 2024
O texto analisa como a Independência do Brasil foi tratada no seu Bicentenário no ano de 2022, por meio de dois caminhos que consideramos convergentes: um primeiro, que faz considerações sobre o estado da arte da historiografia sobre a independência nas últimas décadas até o ano passado; um segundo, por meio da análise do momento de 2022 a partir do levantamento das aparições sobre o tema nas mídias digitais - especificamente os canais do YouTube existentes entre setembro de 2021 e dezembro de 2022. Defenderemos aqui como o ambiente político altamente polarizado no ano de 2022 marcou o espaço de enunciação dos discursos sobre a independência. Ver-se-á como a ascensão definitiva do uso das novas mídias como forma de comunicação, bem como a força com que as pautas políticas reivindicatórias ganharam a cena de oposição política, foram definidoras para percepção das novidades e limitações dos discursos sobre o tema. Ainda que a comunidade historiadora tenha que conquistar mais espaço na cena pública, a renovação dos estudos da historiografia em curso desde finais do século XX foi, e segue sendo, fundamental na difusão dos saberes críticos sobre seu proceso.
Portal Bicentenário , 2023
Rememorar o Bicentenário da Independência na escola foi uma grande oportunidade de demonstrar para a comunidade escolar outras histórias da Independência que tiveram como protagonistas figuras importantes como Maria Felipa de Oliveira. Além de ser um momento importante para se debater com os estudantes sobre as comemorações históricas e a história oficial, a cultura histórica, os usos do passado no presente e os silenciamentos que também são produzidos pela história. O evento do Bicentenário da Independência foi construído com muitas mãos, em um trabalho coletivo dos professores e alunos e que estimulou a participação de toda a comunidade escolar.
Revista Pesquisa e Educação à Distância, 2022
Nesta pesquisa, com a motivação do Bicentenário da Independência do Brasil (2022), pensamos o processo de celebração e construção da memória em torno do tema a cada marco temporal (ou "data redonda"), partindo de 1822 e chegando à atualidade, dialogando com os textos de Benedict Anderson e Eric Hobsbawm, observando a atuação ativa ou discreta do Governo Federal de cada período, que constrói e apaga.
Diálogos, 2020
Ao se completarem os 150 anos do fim da Guerra da Tríplice Aliança (Guerra Guasu, Guerra contra a Tríplice Aliança ou Guerra do Paraguai, entre as várias denominações que o conflito recebeu), as academias dos países envolvidos abriram suas portas para novas reflexões e debates em torno deste acontecimento que marcou a vida política, social, econômica, cultural e histórica da região do Prata. Diferentes fatores têm contribuído para a renovação e a produção de novas leituras sobre a contenda. Sem dúvida, a disponibilidade de outras ferramentas teórico-metodológicas, surgidas nas últimas décadas, tem enriquecido com novos olhares as análises sobre o passado. Assim, foram deixados para trás os relatos engessados das histórias política e militar de outrora, em que o tom era colocado na ação dos “grandes homens” e na somatória de batalhas, sem dar margem às microhistórias, à história social ou à história cultural. Agora, estas se fazem presentes de maneira definitiva e em um diálogo interdisciplinar com as outras áreas das ciências humanas, transcendendo as fronteiras nacionais para construir uma história regional. Por sua vez, as histórias política e militar foram as grandes beneficiadas de estas mudanças que, longe de perderem espaço nas narrativas sobre o passado, ganharam um fôlego inusitado.Essa renovação historiográfica é nítida nos artigos que integram este dossiê. Em grande medida, o estado das investigações atuais é fruto da redemocratização das últimas décadas na bacia do Prata –o que tem permitido a organização e abertura de novos repositórios documentais –e da profissionalização das ciências humanas que, durante os governos autoritários, tinham sido amordaçadas. Os aportes das novas perspectivas de análise, bem como a incorporação de novos objetos e de novas fontes de investigação têm enriquecido o conhecimento sobre a guerra em si e sobre como ela se projetou nas respectivas histórias nacionais e nas relações internacionais entre os países que participaram no confronto.
Monografia sobre inssurreições ocorridas no estado da Bahia. Independência da Bahia, Independência do Brasil, Cidadania
Interlúdio - Revista do Departamento de Educação Musical do Colégio Pedro II, 2018
O presente trabalho pretende apresentar algumas das manifestações do crítico Oscar Guanabarino acerca da programação musical das festividades do Centenário da Independência do Brasil, em 1922. A partir dos artigos desse autor, veiculados nas páginas do Jornal do Commercio, apontam-se algumas das facetas daquela comemoração em meio às discussões sobre a modernidade na arte disseminadas no início do século XX.
2022
12 representantes seculares da Igreja (padres e bispos), pois estes já eram controláveis pelas ações políticas por meio do sistema do Padroado Régio. 8 Segundo Luis Dória (2001), a religiosidade do povo português continuava forte, e o que predominava era o princípio regalista, que defendia os poderes do rei separados da religião, e ainda um espírito anticongregacionista, contrário à presença do clero regular no Império português. Thaís Nívia de Lima e Fonseca (2011, p. 100) aponta que se iniciou um "ciclo de intervenções que, a rigor, significaram a implantação do ensino público estatal no Império português". O governo de Portugal antecipou-se a outros países europeus ao implantar a educação pública como dever do Estado. A Reforma dos Estudos Menores, iniciada em 1759, foi a responsável pela introdução, ainda que precária, da educação pública em todas as partes do reino de Portugal, nesse caso, significa educação estatal e não popular, uma vez que não se destinava aos súditos em geral. Tornava-se obrigação do Estado garantir a educação gratuita, estabelecer suas diretrizes, escolher por concurso os professores públicos, fiscalizá-los, pagá-los e mantê-los subordinados a uma política fortemente centralizadora (CARDOSO, 2011, p. 76). 10 Até este momento foi possível realizar o levantamento da existência de 6 conventos e 23 recolhimentos femininos na América Portuguesa existentes ao longo do período colonial (LAGE, 2020). 11 Azeredo Coutinho (1742-1821) foi responsável por implementar uma reforma educacional em Pernambuco, por meio da implantação de estatutos nos recolhimentos femininos e do Seminário de Olinda, dentro de uma perspectiva iluminista. Especificamente para o caso dos recolhimentos femininos pernambucanos (Glória e Conceição), estes se tornaram espaços educativos escolares, e a figura das "mestras de ler" recolhidas foi fundamental para a preparação de moças para a vida laica fora dos muros da instituição (ALMEIDA, 2003).
200 anos da Independência para quem?, 2023
A história brasileira é marcada por muitos golpes, contragolpes e metagolpes, sendo que na maioria das vezes a população foi excluída de qualquer participação política. O processo da independência seguiu esse roteiro, ou seja, autoritário, de cima para baixo, feito pelas elites em conluio com o império, o que revela muito o caráter autoritário dos brasileiros. Como apontam os historiadores, nossa independência não foi revolucionária ou romântica. Foi um golpe das elites em torno do imperador que afiançaria não só o não desmembramento do território, mas, principalmente, o sistema escravocrata. Ela criou um Estado, mas não criou a nação, em um processo sem povo, ou seja, sem reação. Considerando a importância do bicentenário no campo da memória e das disputas de narrativas, entendemos que esta efeméride é um momento ímpar de reflexão sobre a história. Para tanto, propomos como tema do XIV Encontro Estadual de História da ANPUH-ES a pergunta: 200 anos da Independência para quem? O objetivo é analisar o lugar dos grupos subalternos, invisibilizados e esquecidos ao longo da história brasileira. Interessa-nos refletir sobre as políticas públicas voltadas à inclusão de tais grupos (pretos, pardos, indígenas, mulheres, LGBTQIA+, etc.) e à ampliação da cidadania efetiva em um país que se constituiu na desigualdade. Afinal, o direito à memória é fundamental para todos nós que queremos viver em um Brasil mais republicano e democrático. O resultado das discussões é apresentado agora com a publicação dos textos completos.
Mídia e Cotidiano, 2022
O dossiê Imaginários e políticas de identidade no bicentenário da Independência do Brasil que abre este número da Revista Mídia e Cotidiano foi proposto em um momento crítico da história brasileira, pleno de conflitos, intolerâncias, acusações e imprevisibilidade. Mais do que a comemoração da efeméride, nosso interesse foi convidar a comunidade científica da Área de Comunicação a trazer contribuições para pensar este momento a partir de uma perspectiva de longo curso, não necessariamente vinculada à objetividade do tempo presente. Tomado este ponto de vista, observamos que se desnudam processos que apesar de estarem presentes no dia a dia das comunidades espalhadas por todo o país, muitas vezes não são percebidos ou, pior, passam a ser invisibilizados.
Revista Brasileira de Educação Básica, 2022
Incitado pela efeméride do Bicentenário da Independência do Brasil em 2022, este artigo tem por objetivo fazer uma reflexão crítica sobre esse processo histórico e suas relações com as ideias de nação e nacionalismo. Da mesma forma, pretende aproximar as conjunturas e eventos que levaram à formação do Estado Imperial brasileiro ao que ocorria no mesmo período em outras regiões das Américas. Dialogando com abordagens teórico-metodológicas que vêm sendo trabalhadas pela pesquisa acadêmica nos últimos anos, como as Histórias Comparada, Conectada e Transnacional, este texto busca, em suma, evidenciar a possibilidade da construção de outras escalas para a compreensão do processo de independência, visando, em particular, possíveis recortes para o estudo dessa temática em sala de aula.
Revista Brasileira de História da Educação
2021 é um ano singular para a História da Educação no Brasil. Ele representa uma transição, uma mudança de ciclo que se concretiza com o último ano antes de completarmos o bicentenário de nossa independência política, coincidindo com o início de uma nova década. Trata-se de um momento muito apropriado para pensarmos a história que nos trouxe até aqui, enquanto somos provocados pelas questões que se apresentam e hoje se impõem a nós professores e pesquisadores. De fato, esse é um movimento já iniciado na RBHE em 2020, quando, por meio de um dossiê, a revista inaugurou uma série de debates sobre essa temática.
O filme se passa num futuro não muito distante do nosso tempo. O local é uma cidade litorânea dos Estados Unidos, mas o nome da cidade não é revelado. Pode-se explicar esta ausência do nome da cidade devido ao fato de que em muitas obras de ficção científica, como esta, os Estados Unidos não se apresentem como nós o conhecemos, ou seja, como um grande país, formado de muitos estados e cidades. A forma como nos é mostrada é como um conglomerado de blocos urbanos unificados, formados pelas cidades que conhecemos. Esta unificação pode se dar por questões políticas, sociais, ou mesmo de ordem natural, como o caso de uma catástrofe, como um terremoto ou maremoto. Além da área litorânea da cidade, local onde importantes momentos do filme se passam, mais precisamente os da família que " adota " o robô NDR 114, conhecido por Andrew, temos também a parte urbana, caracterizada pela evolução da tecnologia, mostrada em seus grandes e modernos edifícios, nos carros voadores e nas técnicas da ciência, como a medicina e, é claro, da robótica. Alias, esta tecnologia é mostrada durante todo o filme como estando sempre em permanente evolução, afinal de contas, a história se passa durante os 200 anos de " vida " de seu personagem principal, e num tempo tão longo, é evidente que o mundo não podia ficar sempre do mesmo jeito. Outros cenários de filme também são importantes, como a empresa que cria os robôs, palco de várias visitas de Andrew e seu dono, a fim de notificar as características incomuns daquela máquina. Temos também a empresa, pequena de início e depois grandiosa, onde Andrew e seu novo amigo e cientista Rupert Burns, desenvolvem mais e mais a " humanidade " do robô. Um fator importante para tal empreendimento é o capital investido por Andrew, resultado dos muitos anos em que ajudou seu dono no conserto e confecção de relógios. Quando o robô decidiu partir, seu dono achou melhor dar a parte do dinheiro que lhe cabia pelo seu trabalho, numa atitude que valorizaria ainda mais o lado humano de Andrew. Um outro local de muito significado é a casa de Andrew, construída por ele mesmo depois que sai para viver uma liberdade só sua. É interessante notar o momento em que ele termina de construir sua morada e a evolução que ele faz nela ao longo do tempo. Representa o potencial de uma pessoa em montar uma individualidade, através de um espaço exclusivo, mesmo que esta pessoa seja um robô. Cenários de um filme são planos de fundo para as situações dos personagens, e às vezes, eles interagem com os seres vivos, tornando-se partes de suas existências. Podemos dizer, que os cenários, os objetos, enfim, tudo o que nos cerca, mesmo que não possua vida própria, é parte de nossas vidas, podendo inclusive, nos levar a escolher um ou outro caminho. O cenário é muito importante, pois representa o meio em que vivemos e construímos nossa vida, tanto para nós mesmos, como para os outros que habitam este mesmo mundo ao nosso lado. Enfim, chegamos ao tão importante bicentenário, presente no título do filme. Este período de tempo é muito importante para a compreensão da história e para que possamos identificar cada personagem, cada momento, pois é o período em que Andrew aprende tudo de possível neste mundo, e parte na sua busca de se tornar um ser humano, procurando possuir em seu ser mais do que componentes eletrônicos e um cérebro positrônico. Os duzentos anos em que a trama se desenrola vão de 2005, tempo em que se inicia a saga de Andrew chegando à casa de seu dono e desempenhando as funções pelas quais fora programado (cuidar dos afazeres domésticos), até o momento em que ele morre, ou pára de funcionar, em meados de 2225, após ter adquirido praticamente todas as características humanas, desde as chamadas biológicas até as que se
Princípios
O artigo tem como objetivo expor uma reflexão sobre os limites da independência do Brasil a partir das definições e contribuições dos clássicos do materialismo histórico. Palavras-chave: Independência. Materialismo histórico. Ideologia do colonialismo.
2014
Artigo publicado na revista LER, No. 133, março de 2014, p. 82-83
Museu Paranaense, 2022
Poder360, 2022
Manifestantes compartilham uma identidade coletiva conservadora, apoiada em símbolos, escreve Jonas Medeiros. Falta alguma emoção positiva inha observação da manifestação do Bicentenário da Independência na capital paulistana começou
Revue Nuevo mundo, mundos nuevos, 2024
Em 2022, as festividades para comemorar o bicentenário da independência do Brasil foram realizadas paralelamente à campanha eleitoral presidencial para o mandato de 2022-2027. O evento comemorativo assumiu uma dimensão especial no contexto da disputa eleitoral. Em eventos públicos em todo o país, bem como na grande mídia e nas redes sociais, foram feitas referências à memória da independência, bem como ao vocabulário fundador das nações modernas. De forma incomum na história recente do Brasil, conceitos como revolução, liberdade, soberania e povo foram mobilizados em debates eleitorais para instigar o eleitorado, defender uma visão da nação e se opor ao projeto de um adversário.
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